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FACULDADE METROPOLITANA

LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

A LUDICIDADE E AS REPECURSSÕES NAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS


NO ITINERÁRIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

ANTONIA MARIA DE SOUSA SANTOS

UNIÃO – PI
2022
ANTONIA MARIA DE SOUSA SANTOS

A LUDICIDADE E AS REPECURSSÕES NAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS


NO ITINERÁRIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo apresentado à Faculdade


Metropolitana, no curso de
Pedagogia , como requisito parcial
para obtenção do título de
Pedagoga.

UNIÃO – PI
2022
A LUDICIDADE E AS REPECURSSÕES NAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS
NO ITINERÁRIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

ANTONIA MARIA DE SOUSA SANTOS

RESUMO

Esta pesquisa tem como tema a ludicidade no processo educativos de aprendizagens


de crianças na modalidade Educação Infantil, haja visto que é uma etapa que favorece
o desenvolvimento em vários aspectos das crianças no percurso escolar. A ludicidade
assume uma grande função na construção de conhecimentos na vida de uma criança,
visto que contribui de forma positiva para o seu desenvolvimento em diversos
segmentos. Nesse sentido, alçamos como objetivo discutir as repercussões das
brincadeiras para o processo de desenvolvimento de habilidades e competências das
crianças na modalidade supracitada. No que tange ao caminho metodológico,
optamos por uma abordagem de natureza qualitativa e de cunho bibliográfico.
Verificamos que as brincadeiras são essenciais nas vidas das crianças dentro ou fora
da escola, no âmbito educativo a ludicidade promove grandes contribuições para o
avanço das crianças, favorecendo uma aprendizagem mais ampla e dinâmica,
potencializando vários aspectos necessários para o crescimento dos pequeninos.

Palavras-chave: Ludicidade. Educação Infantil; Desenvolvimento; Aprendizagens.


A LUDICIDADE E AS REPECURSSÕES NAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS
NO ITINERÁRIO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO

A ludicidade assume uma grande função na construção de conhecimentos na


vida de uma criança, visto que contribui de forma positiva para o seu desenvolvimento
em diversos segmentos. As brincadeiras aplicadas no espaço escolar, de forma
correta, dinâmica e prazerosa, auxiliam na socialização em determinadas atividades.
O RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) destaca a
importância do brincar, e que o mesmo deve ser inserido na vida escolar da criança
como um estímulo para o seu desenvolvimento integral, contribuindo para o avanço
de suas habilidades e competências, tendo em vista, o desenvolvimento da criança
em todos os seus aspectos (BRASIL, 1998).
A ludicidade assume uma grande função na construção de conhecimentos na
vida de uma criança, visto que contribui de forma positiva para o seu desenvolvimento
em diversos segmentos. As brincadeiras aplicadas no espaço escolar, de forma
correta, dinâmica e prazerosa, auxiliam na socialização em determinadas atividades.
Nesse contexto, pensar no brincar para a criança, leva a refletir sobre o
desenvolvimento cognitivo. Assim, é pertinente que o professor em sala utilize a
ludicidade como facilitadora da construção do conhecimento através das atividades
lúdicas. Os conhecimentos trabalhados em sala de aula, através de experiências,
fazem com que elas saibam se expressar, socializar e aprender de forma dinâmica.
Partindo desse contexto, propomos como objetivo deste trabalho discutir as
repercussões das brincadeiras para o processo de aprendizagem das crianças na
educação infantil. Nesse sentido, entendemos que os jogos e as brincadeiras são
métodos lúdicos que promovem afetividade, interação, imaginação, expressividade e
autonomia, pois eles trazem benefícios muito importantes para o desenvolvimento da
criança e vão muito além do brincar.
Diante dessa premissa, a hipótese tem como fundamento as abordagens
lúdicas que contribuem de maneira expressiva para a formação da criança. Por meio
das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam
com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais, os educadores recomendam
que os jogos e as brincadeiras sejam inseridos nas açõespedagógicas, de forma que
aprendizagem seja desenvolvida através do lúdico.
Diante desse pressuposto, a justificativa do presente estudo surgiu do interesse
em buscar novas estratégias para trabalhar o lúdico com as crianças e compreender
sua importância como ferramenta de grande utilidade para o educador, buscando
estimular uma reflexão no corpo docente para ampliação e inserção de novas
abordagens educativas.

REFERÊNCIAL TEÓRICO

Concepções de ludicidade

É necessário que compreendemos que as brincadeiras podem ser


consideradas como atividades livres, espontâneas, que levam as crianças a
socializarem com outras crianças; sendo, assim, uma prática importante para que se
desenvolvam e consigam realizar as assimilações do contexto da brincadeira com o
real. São, portanto, as formas mais originais que a criança tem de se apropriar do
mundo, porque é brincando que ela se relaciona com as pessoas e os objetos ao seu
redor. (MALUF, 2009).
Nesse turno, entendemos que os jogos são experiências humana, rica e
complexa, portanto:

Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das


crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na
interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também se
tornam autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando
em práticas suas fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta
do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das
pressões situacionais da realidade imediata (BRASIL, 1998, p. 23).

Dessarte, partindo do que traz o documento, entendemos que o brincar para a


criança nos leva a refletir sobre o desenvolvimento cognitivo. Assim, é pertinente que
o professor em sala de aula utilize a ludicidade como facilitador da construção do
conhecimento através das atividades lúdicas para que, assim, assimilem os
conhecimentos trabalhados em sala de aula, através de experiências da realidade,
fazendo com que as crianças saibam se expressar, socializar e aprender de forma
dinâmica.
Percorrendo pelos estudos de Bougere (2010) apud Kishimoto (2002) que
conceituam “brincar supõe, de início, que no conjunto das atividades humanas,
algumas sejam repertoriadas e designadas como ‘brincar’, a partir de um processo de
designação e de interpretação complexo”. O brincar está presente na vida das
crianças, desde muito cedo com a convivência familiar, e se insere em várias
atividades realizadas pelas crianças principalmente no contexto escolar.
À esteira dessa lógica, é válido relatar que os educadores devem ver nas
brincadeiras uma forma de aprender através do lúdico, ou seja, de forma prazerosa
para as crianças. Desse modo, é perceptível o auxílio das brincadeiras no ambiente
escolar, atuando direta ou indiretamente no processo de ensino e de aprendizagem
dos alunos. (MALUF, 2009).
Ainda na esteira do pensamento de Maluf (2009) acrescenta que a brincadeira
é alguma forma de divertimento típico da infância, transmitida à criança através de
seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração a outra, que pode ser
aprendida pela criança de forma espontânea.
A ludicidade se encontra presente em algumas etapas da educação básica,
mas se concentra especificamente na educação infantil, onde fatores como a idade e
o manejo com as crianças possibilitam o uso cada vez mais constante de
metodologias e instrumentos enriquecedores das aulas, o que as torna atrativas e
mais dinâmicas, e facilita o processo de ensino e de aprendizagem. A compreensão
e a visibilidade dos jogos e das brincadeiras são imprescindíveis ao percurso
educativo.
O brincar é uma atividade importante na vida do ser humano. A criança
começa a brincar antes mesmo de iniciar os seus primeiros passos, através de
conversas, músicas infantis e brinquedos diversos. A partir desta vivência, em seu
dia a dia, a criança começa a imitar por meio de gestos e de expressões, observados
com frequência no decorrer do seu crescimento.
Assim, pode-se entender que a ludicidade tem uma grande importância na
vida e no crescimento de uma criança, podendo-se considerar uma necessidade
básica para o seu desenvolvimento, assim como a alimentação, a educação e a
saúde, sem desconsiderá-la como um importante instrumento no processo de ensino
e de aprendizagem das crianças (MALUF, 2009).
Nesse aspecto, segundo o art. 30 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), a Educação Infantil será oferecida em: “I – creches, ou entidades
equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II- pré-escolas, para as crianças
de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade” (BRASIL, 1996). Sendo assim, a educação
infantil deve ser trabalhada de forma democrática, com a participação da família na
integração do aprendizado dos educandos.
Diante disso, o professor deve estar preparado e atuante nesse itinerário e a
sua formação deve ser contínua. A busca pelo conhecimento e pelo enriquecimento
do exercício docente se torna relevante, pois à medida que o educador compreende
a sua função na promoção e na mediação pedagógica, no âmbito da educação infantil,
desempenhará um trabalho significativo para as crianças. Por isso, é também de suma
importância que o professor tenha clareza da importância do brincar no processo de
ensino e aprendizagem. (ANDRANDE, 2013).
A Declaração Mundial de Educação para Todos – criada em 1998 na Tailândia,
estipula a educação como um direito básico para todos os sujeitos, independente de
quaisquer que sejam suas crenças, cor, classe social e econômica, dentre outras
características que fazem do mundo um espaço híbrido culturalmente.
Frente ao exposto, concordamos com o que rege a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDB) 9.394/96 reforça as brincadeiras na educação infantil em
consonância com esses princípios universais de uma educação democratizada. O
brincar e o cuidar são conceitos básicos estipulados para essa fase educacional, visto
que a ludicidade é compreendida como um suporte na evolução dos alunos.
É bom lembrar que só o indivíduo pode estar em estado lúdico, uma
determinada brincadeira pode ser lúdica para uma pessoa e não ser para outra. De
acordo com Bacelar, no estado lúdico o ser humano está inteiro, ou seja, está
vivenciando uma experiência que integra sentimento, pensamento e ação, de forma
plena. Esta experiência é própria de cada indivíduo e se processa interiormente e de
forma peculiar para cada história pessoal (BACELAR, 2009). A vivência se dá nos
níveis corporal, emocional, mental e social, de forma integral e integrada.
Com isso, postulamos que as brincadeiras devem ser assimiladas como uma
possibilidade de abertura de espaços para as crianças mostrarem suas habilidades,
fragilidades e medos, para que as habilidades sejam potencializadas e reparadas
respectivamente. A relevância das brincadeiras é como alternativa para construção
de sua personalidade e da capacidade de conviver coletivamente. Assim, como
estabelecem uma relação de dinamicidade entre o brincar e o educar, a simetria desta
prática é que oportuniza às crianças a alicerçarem tanto as suas capacidades quanto
o seu interesse pelo aprender.
A ludicidade garante em seu processo uma aprendizagem aproveitadora e
contribui para o desenvolvimento psicomotor da criança, ou seja, possibilita um
desenvolvimento real, completo e prazeroso. O lúdico também aumenta o vocabulário,
ajuda no raciocínio lógico, auxiliando no desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem da criança.
Partindo dessa ideia, recorremos aos ditos de Santos (2012), que enfatiza o
lúdico como facilitador da aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os
processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
As atividades lúdicas desenvolvem vários aspectos na construção do conhecimento
da criança, dentre eles se podem destacar: a imaginação, a memorização, que é
relevante para o ensino de qualidade. As práticas direcionadas para o
desenvolvimento da criança estão em vários aspectos, desde a recepção na chegada
na escola, como na contação de histórias, dentre outras propostas.
Nesse mesmo aspecto, de acordo com as construções teóricas de Abramovich
(1997), ler histórias para uma criança é desenvolver um potencial crítico, onde a
criança pode pensar, duvidar, perguntar e até questionar. Pode sentir a necessidade
de saber mais e melhor ou perceber que pode mudar sua opinião. Ler histórias
desperta o espírito crítico e a vontade de conhecer ou saber sobre novos assuntos e
adquirir novos conhecimentos. Assim a criança percebe que de acordo com o que vai
aprendendo, sua opinião poderá ser modificada.
As práticas direcionadas ao desenvolvimento da criança estão em vários
aspectos, desde a recepção na chegada à escola, como na contação de histórias,
dentre outras propostas. A criticidade é formada desde muito cedo, a partir do contato
despretensioso com a literatura. Através dela, os sujeitos são confrontados com um
universo que instiga os sentidos e que estimula a curiosidade. O ato de ler ou de ouvir
histórias desperta espírito crítico e a ânsia pelo conhecer. Isso ajuda na construção
da própria identidade e em convicções, o que é de grande relevância na formação de
processos decisórios futuros. As histórias infantis são uma ferramenta importantíssima
na hora de lidar com questões afetivas da criança, oferecendo auxílio no processo de
resolução de seus problemas emocionais.
A ludicidade traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento da criança. Além
de ser uma prática muito estimulante, pois possibilita adquirir conhecimento de forma
criativa, podendo também proporcionar os momentos de troca de experiências entre
as crianças, como também ensinamentos. “Toda criança que brinca vive uma infância
feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado físico, e, emocionalmente,
conseguirá superar com mais facilidade, os problemas que possam surgir no seu dia-
a-dia.” (MALUF, 2009, p. 21)

Nessa perspectiva, os trabalhos realizados na infância influenciam de forma


significativa na formação adulta da criança. A educação infantil que se caracteriza
pelas noções de lateralidade, de convivência nas atividades propostas em grupos
estimula, além de tudo, a superação dos desafios que comumente são lançados, além
disso, desenvolve o cognitivo da criança, para que o brincar seja algo acessível,
prazeroso e importante no desenvolvimento das crianças. A percepção de que os
professores devem construir as brincadeiras de forma coletiva deve ser instaurada
nas práticas pedagógicas.
Partindo dessa premissa, entendemos que as crianças conseguem demonstrar
com os jogos suas emoções, suas frustrações e seus medos, que serão analisados e
solucionados pelos professores; mas também nessas atividades lúdicas, as crianças
demonstram suas habilidades, que serão potencializadas pelos docentes, fazendo
dessas atividades uma etapa fundamental da educação básica. Para todo e qualquer
indivíduo, o brincar é uma necessidade naturalmente humana e que propicia a
consolidação do indivíduo no ambiente em que vive, quando se considera o brincar
como forma de manifestação e de aprendizado. (ALMEIDA, 2014).
Para conhecer como funcionam as atividades lúdicas, é necessário
compreender o conceito do brincar, visto que os benefícios e as atribuições dessas
atividades na educação infantil são funções que devem fazer parte do rol das práticas
dos educadores, sobre a compreensão da ludicidade, Andrade (2013) nos diz:

Brincar é, portanto, experienciar a vida. É se divertir em todas as


etapas que compõem este processo, inclusive no ato de errar, pois a
possibilidade de errar é uma das melhores partes do ato de brincar,
uma vez que essa se torna desafiadora, e é o desafio que move a
brincadeira. (ANDRADE, 2013, p. 19)

O brincar é fundamental, visto que se constrói com o brincar uma infância


apropriada para que a criança evolua em todos os aspectos seja cognitivo, afetivo,
etc;. Desse modo, é importante que espaços das salas de aula sejam voltados para
uma proposta do brincar e que os docentes compreendam como importante a relação
entre o brincar e a aprendizagem no processo de ensino e aprendizagem, uma vez
que entendemos que esses processos não se separam.
Partindo desse contexto, Friedmann (2006) nos esclarece que a ludicidade
garante em seu processo uma aprendizagem proveitosa e contribui para o
desenvolvimento psicomotor da criança, ou seja, possibilita um desenvolvimento real,
completo e prazeroso. O lúdico também aumenta o vocabulário da criança e ajuda no
raciocínio lógico, o que auxilia no desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem da criança.

A atividade lúdica é muito viva e se caracteriza sempre pelas


transformações, e não pela preservação de objetos, papéis ou ações
do passado das sociedades [...] Como uma atividade dinâmica, o
brincar modifica-se de um contexto para outro, de um grupo para outro.
Por isso, a sua riqueza. Essa qualidade de transformação dos
contextos da brincadeira de não poder ser ignorada (FRIEDMANN,
2006, p. 43).

Percebe-se, pelo exposto acima citado pela autora, que as atividades são
extremamente importantes para auxiliar na construção do aprendizado significativo
das crianças. A imitação faz parte das etapas do desenvolvimento infantil, logo as
fases e as brincadeiras devem ser estruturadas e analisadas da melhor maneira
possível, embora haja especificidades do brincar nesse estudo para educação infantil.
O lúdico proporciona à criança o desenvolvimento de sua imaginação, visto que
ao brincar ela: aprende a explorar o mundo; amplia sua capacidade de percepção
sobre si mesma; aprende a organizar seus pensamentos e seus sentimentos; adquire
maior liberdade de conciliar o mundo real e o mundo da imaginação; sente um bem-
estar e pode, até mesmo, libertar-se de sentimentos ruins como o medo e a
insegurança. (PASSOS, 2013).
As brincadeiras podem ser consideradas como atividades livres, espontâneas,
que levam as crianças a socializar com outras crianças. As brincadeiras estão
presentes no cotidiano das crianças e o ambiente deve estar preparado para se tornar
um espaço produtivo e prazeroso afim de estimular as crianças. (SANTOS, 2012).
Consideramos a importância e o caráter indispensáveis das atividades lúdicas
para a aprendizagem das crianças; e destacamos ainda que essas atividades
pautadas no brincar despertam e potencializam diversas habilidades no crescimento
da criança, não apenas um crescimento físico, mas em diversos aspectos como:
aprendizagem, relações, ideias, dentre outros elementos necessários que integram
sua formação. Através do lúdico que os conteúdos podem ser ministrados de forma
mais despretensiosa, facilitando dessa forma a aprendizagem.
Nesse turno, ao discutirmos sobre essas relações no ambiente escolar na
Educação infantil, o modo como os alunos são vistos e orientados no percurso
educativo, recorremos aos estudos articulados por Calil (2005, p. 47), que exclama “O
saber é o que somos. Somos o saber que criamos e somos a experiência de
partilharmos o saber a cada momento de nossas vidas”. Nas falas do autor, podemos
compreender que o trajeto educativo é um momento determinante para a
aprendizagem dos alunos na educação infantil, se durante esse percurso as
abordagens pedagógicas não forem efetivadas, desenvolvidas de forma que favoreça
essa potencialização das crianças, há repercussões negativas que podem causar
danos irreparáveis na identidade dos alunos, e em sua aprendizagem. Com isso, as
experiências desenvolvidas na escola devem acontecer imprescindivelmente da
maneira mais feliz possível.
Nesse sentido, a partir das discussões trazidas por Almeida (2014), elucida-nos
que o lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, etapa que merece
atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, com anseios,
experiências e dificuldades diferentes.

METODOLOGIA

No desenvolvimento metodológico, realizou-se pesquisa bibliográfica que, de


acordo com Gil (1996, p. 48), “[...] é desenvolvida a partir de material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.” Desse modo, foi feita uma
investigação teórica para alcançar dados para a compreensão da definição do lúdico
e de seus métodos utilizados, buscando analisar a contribuição dele na aprendizagem
da criança na educação infantil.
Para iniciar esta pesquisa, foi necessária a seleção do material de busca que
trata sobre a temática abordada; em seguida foi feita uma leitura prévia e,
posteriormente, a leitura seletiva para o embasamento teórico do assunto; depois
dessa etapa, foi feita, portanto, a análise dos dados coletados, que deu início à
construção e à redação desta pesquisa.
No percurso dessa investigação, utilizou-se, de forma articulada, o
levantamento bibliográfico acerca da ludicidade no processo de aprendizagem de
crianças na educação infantil, primeira experiencias desses sujeitos com o mundo
escolar, cuja elaboração é desenvolvida a partir de materiais já elaborados, feitos,
permitindo que outras pesquisas em comum objeto seja desenvolvidas. Nesse turno,
apoiamo-nos nos pressupostos de Prodanov e Freitas (2013, p. 54), que discorrem
acerca da pesquisa bibliográfica que é:

[...] elaborada a partir de material já publicado, constituído


principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos
científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em
contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da
pesquisa. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador
verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis
incoerências ou contradições que as obras possam apresentar.
Nesse mesmo sentindo, corroboramos com os pensamentos de Boccato
(2006), discorrendo que a pesquisa bibliográfica alça o levantamento e análise crítica
dos documentos publicados sobre a temática a ser pesquisado e que intenta atualizar,
desenvolver o conhecimento e contribuir com a realização da pesquisa. Com a
temática definida e delimitada, o pesquisador terá que trilhar caminhos para
desenvolvê-la.

CONCLUSÃO

Durante a realização dessa pesquisa foi possível verificar que a atuação do


lúdico na educação infantil; bem como os conceitos, contribuições e a proposta da das
brincadeiras e jogos como possibilidade de ampliação do avanço educacional das
crianças na educação infantil, como também o desenvolvimento de outros fatores
considerados como fundamentais para a formação dos alunos/as, dentre os quais se
destaca: cognitivo, sensorial, afetivo, psicossocial e psicomotor.
Nesse interim, pode-se afirmar que a escolha e organização dos jogos e de
materiais lúdicos, os brinquedos, precisa ser feita de forma coerente, a fim de respeitar
a faixa etária dos alunos/as, incluir os objetivos propostos para cada fase, e respeitar
as propostas dos professores no seu plano de aula; já que quando remetida à proposta
pedagógica, a brincadeira pode incrementar os conteúdos e tornar a sala de aula um
ambiente divertido, que proporciona formas prazerosas de aprendizado situações
diretamente.
No trajeto educativos, os jogos são considerados essenciais para a formação e
desenvolvimento de aspectos essenciais tanto para a vida infantil até na adulta, como
os próprios documentos oficiais da educação como Base Nacional Comum Curricular
- BNCC reiteram que as brincadeiras são universais, portanto, essenciais na vida
escolar e extraescolar dos alunos/as. Por isso os jogos são, portanto, as formas mais
originais que a criança tem de se apropriar do mundo, porque é brincando que ela se
relaciona com as pessoas e os objetos ao seu redor.
Quanto aos benefícios da ludicidade, constatou-se que a inserção de práticas
com essa abordagem, contribui para o crescimento em várias vertentes: fortalecendo
a cognição, ampliação de conceitos corporais, interação no contexto escolar e social,
estimulando as competências e as habilidades necessárias para o desenvolvimento
no percurso de escolarização.
Somando-se a isto, este trabalho permite aos estudantes de Pedagogia a
construção de novos conhecimentos e saberes, os quais favorecerão a formação
acadêmica, além de contribuir para a compreensão da ludicidade na Educação Infantil
e o uso da ludicidade nas práticas pedagógicas dos professores.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, Fanny. Por uma arte de contar histórias. In: Literatura infantil:
gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

ALMEIDA, Aline Marques da Silva. A importância do lúdico para o


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http://www.seduc.mt.gov.br/para-o-desenvolvimento-da-criança. Acesso em 20 dez.
2022.

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Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério
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MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.

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BROUGERE, Gilles. Brinquedo e Cultura. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São


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GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,
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MALUF, Ângela Cristina M. Brincar prazer e aprendizado. Rio de Janeiro: Vozes,


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PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos


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