Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2019
UNIP- Universidade Paulista
Campus Cidade Universitária
Psicologia
São Paulo
2019
Sumário
1. Introdução 4
2. Projeção e Apercepção................................................................................................6
3. HTP: House-Tree-Person 9
4. Teste de Apercepção Infantil : CAT-A 12
5. Conclusão 14
Referências Bibliográficas............................................................................................16
4
1. INTRODUÇÃO
As técnicas projetivas são amplamente utilizadas nos mais variados contextos,
com o objetivo de compreender aspectos da personalidade encobertos, latentes ou
inconscientes. Isto é possível a partir da análise da maneira como o indivíduo percebe e
interpreta o material do teste, ou produz uma determinada tarefa, pois esta reflete
aspectos fundamentais de seu funcionamento psicológico.
Atendo-se ao construto projeção, verifica-se que Freud usou
primeiramente o termo como uma ação psíquica defensiva. Entretanto, quando a
expressão "métodos projetivos para o estudo da personalidade" foi introduzida por
Frank em 1939 (citado por Anzieu, 1981), em artigo publicado no Journal of
Psychology, o conceito de projeção já vinha associado a uma concepção inovadora e
bastante ampliada. Esse autor usou o termo "métodos projetivos" para explicar as
semelhanças entre três técnicas de avaliação da personalidade, o teste de associação de
palavras de Jung , teste de manchas de tinta de Rorschach e o Teste de Apercepção
Temática - TAT de Murray , demonstrando que a semelhança entre elas residia no fato
de que aí estava em jogo uma projeção - exteriorização de aspectos da personalidade
não perceptíveis de outro modo, retirando-se do termo o caráter meramente defensivo
desse fenômeno. Ocorre que essas técnicas não seguiam a metodologia psicométrica
utilizada pela maioria dos testes da época, baseando-se na abordagem clínica e estando
sua credibilidade vinculada exclusivamente à teoria que lhes deu origem.
As técnicas projetivas têm como
objetivo investigar a dinâmica e a estrutura da personalidade, caracterizando-se pela
apresentação de material ambíguo e indefinido que permita ao sujeito, ao dar a resposta,
projetar seus conteúdos internos. Essas técnicas, de acordo com Anzieu (1981), são
divididas em duas categorias, os testes projetivos temáticos, cujo modelo são os testes
de apercepção temática, que revelam os conteúdos significativos da personalidade, bem
como a natureza dos conflitos, desejos, relações com o ambiente, mecanismos de
defesa, enfim revelam a dinâmica da personalidade No presente trabalho,
serão pautados características do CAT- A e o HTP.
O CAT-A, fazendo parte do grupo das técnicas temáticas que tem por objetivo eliciar
processos projetivos sob a forma de histórias, que possui enquanto estímulo, as figuras
de animais para a composição de historias, partindo do pressuposto que as imagens de
animais evocam a fantasia com mais facilidade, fato que pode ser observado nas
fábulas, nos contos de fadas e no papel que têm os animais nos jogos infantis, nos
5
2. A PROJEÇÃO E A APERCEPÇÃO
Os métodos projetivos foram assim designados por Frank (1939, 1965), quando
este autor reuniu sob o mesmo termo uma diversidade de testes então utilizados. Frank
(1939) achava que as técnicas projetivas ofereciam acesso ao mundo dos sentidos,
significados, padrões e sentimentos, revelando aquilo que o sujeito não pode ou não
quer dizer, frequentemente por não se conhecer bem. De acordo com este autor, tais
métodos podiam apreender aspectos latentes ou encobertos da personalidade, por serem
inconscientes.
Os métodos projetivos são utilizados desde o início do século XX. Porém,
muitas vezes foram olhados com suspeita por psicólogos que procuram maior segurança
nos procedimentos dos testes objetivos. O preconceito contra os testes projetivos foi
responsável pelo declínio de seu uso, durante a década de 1960, época em que os testes
objetivos ganharam muito prestígio.
Anzieu (1988) indica a confluência de duas grandes correntes teóricas na
invenção dos métodos projetivos — o Gestaltismo, por um lado, e a Psicanálise, por
outro.
O CAT-A faz parte do grupo das técnicas temáticas que tem por objetivo eliciar
processos projetivos sob a forma de histórias. É um descendente direto do Teste de
Apercepção Temática-TAT, de Henry Murray, considerado um instrumento projetivo
eficaz para avaliação de adultos, mas que não atendia, satisfatoriamente, as necessidades
com crianças pequenas, dada as características dos estímulos – figuras com situações
mais pertinentes ao mundo adulto.
A partir de suas experiências com crianças, o CAT-A foi criado por Leopold
Bellak e Sonya Sorel Bellak em 1949, ao constatarem que é mais fácil para crianças
pequenas identificarem-se com animais do que com pessoas (Bellak & Bellak, 1949 /
1991).
Em 1965 foi publicada uma forma humana (CAT-H), na qual as figuras de
animais foram substituídas por pessoas e, posteriormente, em 1952 foi lançado um
suplemento do CAT, o CAT-S composto por figuras de animais em situações diferentes
do primeiro.
Enquanto estímulo, as figuras de animais apresentam uma natureza mais
ambígua em relação à idade, sexo e a cultura. Essa característica representa uma
vantagem em comparação a outras técnicas similares, partindo do pressuposto de que as
imagens de animais evocam a fantasia com mais facilidade, fato que pode ser observado
nas fábulas, nos contos de fadas e no papel que têm os animais nos jogos infantis, nos
desenhos animados da televisão e histórias em quadrinhos. Pode-se concluir que os
animais têm um importante papel nas fantasias e nas angústias infantis (Bellak &
Hurvich, 1965). O referencial teórico que fundamenta o CAT-A é o
psicanalítico e o seu propósito é estudar a dinâmica das relações interpessoais, a
natureza e a força dos impulsos e tendências, assim como as defesas organizadas contra
eles. As situações escolhidas para compor cada prancha referem-se a aspectos
importantes do desenvolvimento da criança, como as fases oral, anal, fálica, complexo
edipiano, reações diante da cena primária, etc. Esses aspectos serão explicados na
descrição das pranchas que compõem o teste, baseado no manual .
Assim como ocorreu com outras
13
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Anastasi, A. & Urbina, S. (2000). Testagem Psicológica. Porto Alegre:
Artmed.