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- O termo política pode ser compreendido de duas formas: 1. Remete aos temas
clássicos, como eleições, votos, parlamento e governo; 2. Definição mais recente,
atribui o termo às ações executadas pelo Estado a fim de atender as demandas e
necessidades da sociedade.
- Uma das formas que as políticas de proteção social tomaram e que se consolidou por
meio do conceito de políticas públicas foi muitas vezes creditada a ações do governo.
- As políticas sociais são ações que favorecem a sociedade burguesa, são, portanto,
marcas do capitalismo.
- Construção histórica das políticas públicas no Brasil é marcada por três etapas: 1.
Relativa ao modelo de desenvolvimento do Brasil; 2. Marcada pelo fim da ditadura
militar; 3. Sustentada na ideia de reforma do Estado.
- Desse modo, a assistência oferecida à sociedade foi, em princípio, encarada como uma
prática de caridade ou filantropia.
- A partir das lutas e conquistas dos trabalhadores, no século XX, o Estado ganha nova
configuração em relação à sua implicação na área social e pública. Nessa nova
configuração, a sociedade teve um papel importante na luta pela qualidade de vida e
garantia dos direitos, principalmente no período de 1980 e 1990.
- A partir dos embates políticos, ocorre a aprovação da Constituição de 1988. Com ela, a
participação da sociedade na “coisa pública” ganha novas dimensões, modificando-se as
formas centralizadas e autoritárias, o que representou grande avanço na democratização
do país e na garantia de direitos à população.
- A Constituição (art. 194) dispõe à respeito da Seguridade Social -> conjunto de ações,
por parte tanto do poder público quanto da sociedade, a fim de assegurar os direitos à
saúde, à previdência e à assistência social.
- Lei Orgânica da Seguridade Social (1991; nº. 8.212) -> Organização da Seguridade
Social, estabelecendo, entre seus princípios, a universalidade no atendimento e a
democratização e descentralização da administração, levando em conta a
participação comunitária.
- Quanto à assistência social, a Constituição (art. 203) estabelece que esta deve ser
prestada a todos que necessitem, independentemente de contribuir ou não à seguridade
social.
- Lei Orgânica da Assistência Social (1993; nº. 8.742) -> Estabelece a assistência
social como um direito de todos e dever do Estado, tendo como objetivos: proteção
à família, à maternidade, à infância, adolescência e velhice; amparo às crianças e
adolescentes carentes; integração ao mercado de trabalho; assistência às pessoas
com deficiência; garantia de um salário mínimo mensal como benefício à pessoa
com deficiência e ao idoso, desde que comprovem não possuir meios de manterem-
se ou de serem providos pela família.
- Leis Complementares:
1. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA; 1990; lei nº. 8.069) -> Garantia de
direitos econômicos e sociais a serem assegurados à família, pela sociedade e pelo
Estado -> Direito à vida, saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização,
cultura, dignidade, respeito, liberdade, convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los à salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
2. Política Nacional do Idoso (PNI; 1994; lei nº. 8.842) e o Estatuto do Idoso (2003; lei
nº. 10.741)
- PNI -> Prescreve que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao
idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade, bem-estar e direito à vida.
- Estatuto do Idoso -> Prescreve que as medidas de proteção são aplicáveis sempre que
os direitos reconhecidos naquela lei forem ameaçados ou violados por ação ou omissão
da sociedade ou do Estado, por falta, omissão ou abuso da família, do curador ou da
entidade de atendimento, e em razão de sua condição pessoal.
- Princípios da LOAS:
1. Supremacia do atendimento às necessidades sociais;
2. Universalização dos direitos;
3. Respeito à dignidade e à autonomia dos cidadãos;
4. Igualdade de direitos;
5. Primazia da responsabilidade do Estado;
6. Participação da sociedade civil organizada;
7. Descentralização político-administrativa;
- A PNAS foi aprovada em 2004 e trouxe como projeto político a radicalização dos
modos de gestão e financiamento da política de Assistência Social.
Alta complexidade -> Serviços que garantem a proteção integral aos cidadãos,
individual ou coletivamente, no caso de famílias que se encontram em situações de
abandono ou com seus vínculos familiares e comunitários rompidos. Objetivam
oferecer moradia, alimentação, higienização e trabalho àqueles que não se
encontram mais em seu núcleo familiar.
- Conclusões:
- Problemas/Entraves da atuação:
- É fundamental para que o psicólogo atue no campo da educação que ele conheça como
as políticas são implantadas, quais as questões postas pelos educadores com relação às
concepções e práticas, bem como as condições de trabalho para sua implementação.
- Estratégia -> Humanização como política pública que deve criar espaços de
construção e troca de saberes, investindo nos modos de trabalhar em equipe. A partir
desse processo, os sujeitos mobilizados são capazes de transformar realidades e
transformarem a si mesmos.
- Democracia como política pública, ou seja, de interferência coletiva, que se exerce nos
movimentos sociais, nas organizações de classes, e também no cotidiano de vida e
trabalho nas instituições sociais.
- Foi fundamental nesse processo a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), que
pautou a inclusão da saúde como direito no novo texto constitucional.
4. Participação comunitária (ou controle social) -> Se concretiza por meio das
conferências de saúde e dos conselhos de saúde, ou seja, pela intervenção direta na
gestão de sistemas e serviços de saúde.
- Análise do princípio da Integralidade:
Obedece a três dimensões, segundo Rubem Mattos (2001):
- Essa política tem caráter transversal, pois perpassa todas as políticas e programas de
saúde, a fim de efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e de
gestão.
- Tipos de Equipes:
1. Multidisciplinar: Realiza atividades diretamente relacionadas à sua formação
disciplinar, sem interferir na ação um do outro; não estabelece condutas comuns.
- Fatores que contribuíram para que os serviços de saúde se tornassem opções para o
trabalho do psicólogo:
1. Reconfiguração do conceito de saúde, que incorporou aspectos sociais e subjetivos;
2. Priorização da Atenção Básica;
3. Definição da Estratégia de Saúde da Família como eixo central à atenção à saúde.