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UNIDADE II

Política Social no Brasil

Profa. Ma. Silmara Quintana


O contexto da crise capitalista dos anos 1970 e a perda dos direitos
sociais: o desmonte das políticas sociais na Europa, nos Estados
Unidos e na América Latina
 Liberalismo: pressupunha a não intervenção do Estado na regulação econômica.
 Neoliberalismo: a nova roupagem do Estado à regulação econômica.
 Liberalismo – séculos XVI e XVII. Principais representantes: David Ricardo
e Adam Smith.
 A corrente liberal primava por análises sobre a vida social que compreendessem
“[...] o princípio do trabalho como mercadoria e sua regulação pelo livre mercado”
(BEHRING; BOSCHETI, 2010, p. 56).

Fonte:
http://economia.culturam
ix.com/medidas/liberalis
mo-politico-e-economico
O contexto da crise capitalista dos anos 1970 e a perda dos direitos
sociais...

 Behring e Boschetti (2010, p. 62), buscando sistematizar as principais colocações


do liberalismo, indicam-nos: predomínio do individualismo, bem-estar individual
maximiza o bem-estar coletivo, predomínio da liberdade e da competitividade,
naturalização da miséria, predomínio da lei da necessidade, manutenção de um
Estado Mínimo, políticas sociais estimulam o ócio e o desperdício e por isso a
política social deve ser apenas um paliativo.
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sociais...

 1944 – Friedrich Hayek – O Caminho da Servidão.

 Anderson (1995, p. 9) precisa ser compreendido como sendo: “[...] um ataque


apaixonado contra qualquer limitação dos mecanismos de mercado por parte do
Estado, denunciado como uma ameaça letal à liberdade, não somente econômica,
mas também política”.
O contexto da crise capitalista dos anos 1970 e a perda dos direitos
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 Em meados da década de 1970, Pereira (2008) aponta a posição dos


neoliberalistas:
1) “[...] o excessivo gasto governamental com políticas sociais públicas é nefasto
para a economia, porque gera o déficit orçamentário que, por sua vez, consome a
poupança interna, aumenta as taxas de juros e diminui a taxa de inversão
produtiva. Consequentemente, tal déficit estimula a emissão de moeda ou
empréstimo de dinheiro do sistema bancário, aumentando, assim, a oferta
monetária e a inflação. Para enfrentar esse problema, a única solução prevista
seria cortar substancialmente o gasto público para liberar recursos
para a inversão privada;”
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 Em meados da década de 1970, Pereira (2008) aponta a posição dos


neoliberalistas:

2) “[...] a regulação do mercado pelo Estado é negativa porque, ao cercear o livre


jogo mercantil, tal regulação desestimula o capitalista de investir. Isso, por sua vez,
impede o desenvolvimento econômico e a criação de empregos. A solução seria a
desregulação do mercado de trabalho e da comercialização da força laboral;”
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 Em meados da década de 1970, Pereira (2008) aponta a posição dos


neoliberalistas:

3) “[...] a proteção social pública garantida, sob a forma de política redistributiva, é


perniciosa para o desenvolvimento econômico, porque onera as classes
possuidoras, além de aumentar o consumo das classes populares em detrimento
da poupança interna. Neste caso, a melhor solução é diminuir o efeito
redistributivo das políticas sociais, o que supõe a flexibilização ou retração
da sua garantia.”
O contexto da crise capitalista dos anos 1970 e a perda dos direitos
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 O neoliberalismo se trata, no entanto, de um projeto ideológico, político e


econômico idealizado e que propõe uma série de orientações que evoca a
necessidade de alteração no formato exercido até então no que diz respeito à
regulação econômica.
 Governos que rapidamente aderiram ao neoliberalismo: Inglaterra, Estados
Unidos, Alemanha, seguidos mais timidamente por: Itália, França, Espanha,
Portugal, Grécia, Chile, Bolívia, República Tcheca, dentre outros.
 Governos que não aderiram: Suécia, Áustria, Japão.
Aproveite as sugestões de filmes disponíveis no
livro-texto.
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sociais...

 Anderson (1995) nos diz que se por um lado teve uma redução dos gastos com
política social, por outra, os Estados precisaram aumentar os recursos para auxiliar
o grande número de desempregados que foram sendo gerados e ainda para
custear a pensão para idosos que, via de regra, não podiam trabalhar, mas
também não podiam permanecer abandonados à própria sorte, demandando,
assim, a intervenção estatal.
O contexto da crise capitalista dos anos 1970 e a perda dos direitos
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 1991 – nova crise.


 Mais países entram no neoliberalismo, mesmo que esse refletiu, no período, 38
milhões de desempregados.
 1989 – Consenso de Washington: Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BIRD) buscaram encontrar alternativas para
superar o subdesenvolvimento observado em alguns países.
 Problema dos “gastos sociais”.
 As políticas sociais passam a ser novamente residuais, pontuais.

 Há, assim, uma mutação na qual os poderes universais


de proteção social são substituídos pela particularização
dos benefícios sociais.
Interatividade

O neoliberalismo teve adesão de vários países numa retomada ao liberalismo. Ele


visa a:

a) Garantir a qualidade de vida do trabalhador.


b) Regular políticas sociais.
c) Enxugamento da intervenção estatal seja na economia, seja nas políticas sociais.
d) Equilibrar oferta e procura de mercadorias.
e) Sucessão política.
Resposta

O neoliberalismo teve adesão de vários países numa retomada ao liberalismo. Ele


visa a:

a) Garantir a qualidade de vida do trabalhador.


b) Regular políticas sociais.
c) Enxugamento da intervenção estatal seja na economia, seja nas políticas sociais.
d) Equilibrar oferta e procura de mercadorias.
e) Sucessão política.
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 Década de 1980 – democratização brasileira, com a primeira eleição direta:


Tancredo Neves e José Sarney.
 Economia: Plano Cruzado.
 Política: Constituição de 1988.
 Social: Programa Leite e reforma sanitária.

“Art. 194 – A seguridade social


compreende um conjunto integrado de
ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social.”
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Artigo 195, da referida Constituição:


 “I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: (Alterado pela EC-000.020-1998)
 a) A folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;
 b) A receita ou o faturamento;
 c) O lucro;”
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 “II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo


contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o Art. 201;

 III – sobre a receita de concursos de prognósticos;

 IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a


lei a ele equiparar.”
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Objetivos, conforme preconiza o parágrafo único, do artigo 194:


I. “universalidade da cobertura e do atendimento;
II. uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e
rurais;
III. seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV. irredutibilidade do valor dos benefícios;
V. equidade na forma de participação no custeio;
VI. diversidade da base de financiamento;
VII. caráter democrático e descentralizado da
administração, mediante gestão quadripartite, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.”
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A Política Social de Saúde (2018):

 Direito do cidadão e dever do Estado.

 1990 – Lei nº 8.080 – Lei Orgânica da Saúde – LOS.

 Sistema Único de Saúde – SUS.


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Art. 7º – princípios:
I. “universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência;
II. integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III. preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade
física e moral;
IV. igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie;
V. direito à informação, às pessoas assistidas,
sobre sua saúde;”
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Art. 7º – princípios:
VI. “divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua
utilização pelo usuário;

VII. utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de


recursos e a orientação programática;

VIII.participação da comunidade;

IX. descentralização político-administrativa, com direção


única em cada esfera de governo [...];”
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Art. 7º – princípios:

X. “integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e


saneamento básico;
XI. conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de
serviços de assistência à saúde da população;
XII. capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII.organização dos serviços públicos de modo a evitar
duplicidade de meios para fins idênticos.”
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 Política de Assistência Social.

 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.

 2004 – Plano Nacional de Assistência Social – PNAS.

 2005/2011 – SUAS – Sistema Nacional de Assistência Social.

 “[...] direito do cidadão e dever do Estado, é Política de


Seguridade Social não contributiva, que provê os
mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade,
para garantir o atendimento às necessidades básicas.”
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 Política de Assistência Social.


 Artigo 2º
 “I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à
prevenção da incidência de riscos, especialmente: (Redação dada pela Lei
nº 12.435, de 2011)
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
(Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
(Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
(Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)”
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 Política de Assistência Social


d) “A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária; e (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)

e) A garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com


deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família; (Incluído pela
Lei nº 12.435, de 2011)”
Os anos 1980 e o Sistema de Seguridade Social no Brasil

II. “a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade


protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de
vitimizações e danos; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

III. a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto
das provisões socioassistenciais.”
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 Política de Assistência Social


Proteção
social

Básica Especial
Cras Creas

Média Alta
complexidade complexidade
Os anos 1980 e o Sistema de Seguridade Social no Brasil

Os princípios são descritos no artigo 4º:


I. “supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica;

II. universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação


assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

III. respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e


serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória
de necessidade;”
Os anos 1980 e o Sistema de Seguridade Social no Brasil

Os princípios são descritos no artigo 4º:


IV. “igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer
natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

V. divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais,


bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios
para sua concessão.”
Os anos 1980 e o Sistema de Seguridade Social no Brasil

Artigo 5º:
I. “descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo;

II. participação da população, por meio de organizações representativas, na


formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;

III. primazia da responsabilidade do Estado na condução


da política de assistência social em cada esfera
de governo.”
Interatividade

A partir da Constituição Federal de 1988 se constitui a Seguridade Social. Quais as


políticas que a compõem?

a) Educação, habitação e Previdência Social.


b) Educação, assistência social e saúde.
c) Educação, Previdência Social e habitação.
d) Assistência social, saúde e Previdência Social.
e) Habitação, trabalho, renda e cultura.
Resposta

A partir da Constituição Federal de 1988 se constitui a Seguridade Social. Quais as


políticas que a compõem?

a) Educação, habitação e Previdência Social.


b) Educação, assistência social e saúde.
c) Educação, Previdência Social e habitação.
d) Assistência social, saúde e Previdência Social.
e) Habitação, trabalho, renda e cultura.
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 1970 – o sistema capitalista evidencia outra crise econômica – excesso de poder


que vinha sendo conferido ao Estado na regulação econômica e na gestão da vida
das pessoas.
 Estado abandona as funções de regulador/recursos do fundo público junto a
empresas privadas, os grandes oligopólios.
 Redução estatal no investimento, do fundo público, destinado à realização dos
serviços públicos.
 “Satanização do Estado” e uma “santificação do mercado,
do que é privado” (IAMAMOTO, 2001, p. 35).
Privatizações:
Banespa – Santander
Telesp – Telefônica
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 Brasil aderiu ao neoliberalismo.


 Redução da intervenção estatal junto às políticas sociais.

“O Estado não é só o guarda noturno ou o porteiro do capital


nem apenas o cúmplice jurídico e repressivo das suas
operações financeiras. Por meio de fundos cobrados à
nação, ele assegura aos monopólios o financiamento
suplementar que lhes permite resistir momentaneamente aos
efeitos da baixa da taxa média de lucro. Este financiamento
ganha todo o seu sentido, porque o Estado capitalista atua,
cada vez mais diretamente, sobre as relações de produção e
simultaneamente sobre as forças produtivas” (BOCCARA,
1971, p. 96 apud BEHRING, 2011, p. 40).
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 1990.

 Eleição direta – Fernando Collor e Itamar Franco.

 Redução de gastos na área social e a regulação econômica a fim de recuperar as


taxas de lucro do capitalismo.

 Plano Collor I e Plano Collor II – confisco dos ativos (poupança dos correntistas) e
o congelamento de preços e salários.

 Impeachment do presidente.
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 1992-1994 – Itamar Franco assume o governo.


 Fernando Henrique Cardoso – Plano Real.
 Regulação econômica, compreensão de que o papel do Estado era antigo e,
portanto, deveria ser modernizado, sobretudo pela introdução de novas
tecnologias, de globalização econômica, sucateando a economia nacional em
detrimento da economia externa, além de redução da intervenção junto aos
serviços sociais.

“A solidariedade privada, a parceria entre Estado, mercado


e sociedade e a descentralização da provisão social”
(PEREIRA, 2000, p. 166 apud COUTO, 2010, p. 148).
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 Eleito FHC.
 No âmbito da regulação econômica, priorizou o controle da inflação e a
estabilidade da moeda e da dívida externa. No âmbito da modernização estatal,
promoveu o que denominou reforma fiscal, argumentando em prol da redução do
Estado, sobretudo do rol de intervenções junto às políticas sociais, para que ele
conseguisse empreender uma gestão eficiente.
 Ausência de gastos na área social por parte do Estado foi interpretada
como uma negligência.

Programa Comunidade Solidária.


Ação assistencialista e não de direito.
Municípios mais pobres do país.
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 FHC.
 Emenda Constitucional nº 20: exigência para benefícios de aposentadoria e
pensão do tempo de contribuição ao regime previdenciário, e não mais o
tempo de trabalho.
 “[...] limitação da concessão de aposentadorias
especiais;
 imposição de teto para o valor dos benefícios;
 alteração da fórmula de cálculo das aposentadorias por
tempo de contribuição, que passa a tomar por base a
média dos 80% maiores salários-de-contribuição,
multiplicada pelo ‘fator previdenciário’, que varia de
acordo com a idade, a expectativa de sobrevida e o
tempo de contribuição do segurado na data da
aposentadoria” (ARAÚJO, 2009, p. 35).
O avanço do neoliberalismo no Brasil

 FHC.
 Ao final do governo, contabilizaram-se: um aumento da concentração de renda,
fenômeno muito conhecido no país (GONÇALVES, 1999); um altíssimo índice de
desemprego (MATTOSO, 1999); uma tentativa constante de desmontar os direitos
trabalhistas construídos por longas décadas (NETTO, 1999); um processo de
privatização intenso e várias reformas da Constituição de 1988, principalmente no
que se refere ao campo dos direitos sociais (COMPARATO, 1999)
(COUTO, 2010, p. 150).
Interatividade

Em 1988, temos a publicação da Constituição Federal que traz, em seu art. 194, o
tripé da seguridade social; mas em sucessivos governos, eleitos com voto direto,
qual a postura desses governantes frente às políticas sociais?

a) Fernando Collor optou por regular as poupanças da classe trabalhadora.


b) Itamar Franco teve a execução do Plano Real em seu governo.
c) Houve uma redução dos recursos para implementação das políticas sociais
previstas na CF de 1988.
d) A Previdência Social teve abrangência
na % da aposentadoria.
e) A assistência social foi efetivada entre 1988 e 1996,
com aporte de recursos em ações estatais.
Resposta

Em 1988, temos a publicação da Constituição Federal que traz, em seu art. 194, o
tripé da seguridade social; mas em sucessivos governos, eleitos com voto direto,
qual a postura desses governantes frente às políticas sociais?

a) Fernando Collor optou por regular as poupanças da classe trabalhadora.


b) Itamar Franco teve a execução do Plano Real em seu governo.
c) Houve uma redução dos recursos para implementação das políticas sociais
previstas na CF de 1988.
d) A Previdência Social teve abrangência
na % da aposentadoria.
e) A assistência social foi efetivada entre 1988 e 1996,
com aporte de recursos em ações estatais.
O Brasil e as políticas sociais nos governos Lula, Dilma e Temer

 Governo Lula.
 O número de desempregados cresceu para 85 milhões e os rendimentos dos
trabalhadores caíram 74%. Ou seja, além da intervenção mínima do Estado, temos
uma precarização da vida da classe que vive do trabalho.
 Programa Fome Zero.
 Projetos de transferência de renda (Cartão-Alimentação, Bolsa-Alimentação,
Bolsa-Escola e Vale-Gás).
 Unificados pelo Programa Bolsa Família – cadastro municipal – CadUnico.
Abril de 2018, no Brasil, 46,6 milhões de brasileiros eram
atendidos pelo Bolsa Família, representando, assim, 1/5 da
população do país.

Programa Bolsa Família – governos: Lula, Dilma e Temer.


O Brasil e as políticas sociais nos governos Lula, Dilma e Temer

Uma família pode receber o valor do benefício básico, associado aos variáveis, e o
correspondente à superação da pobreza. Até março de 2019:
Renda per capita de até 89,00 Bolsa família de 89,00 por família
Renda per capita de até 178,00 Bolsa família de 41,00 por família

 Agregou-se o Programa Brasil Carinhoso.


 Substituído, em outubro de 2016, pelo Programa Criança Feliz no início
do governo Temer.
O Brasil e as políticas sociais nos governos Lula, Dilma e Temer

Governo Lula – demais programas sociais – federais – desenvolvidos pelo município:


 PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (frequência escolar e
SCFV/CCII).
Municípios de até 250.000 hab. 25,00 por beneficiário

Municípios acima de 250.000 hab. 40,00 por beneficiário

 Agente Jovem/2013 – ProJovem Urbano e Rural – 18 a 29 anos – objetivo.

 Retomada do Ensino Fundamental e profissionalização.


O Brasil e as políticas sociais nos governos Lula, Dilma e Temer

 Governo Lula também aderiu ao neoliberalismo.

 Modelo liberal-periférico – as ações em assistência social mantiveram a atenção


aos grupos mais pobres e não se tornaram intervenções universais.

 Reforma Previdenciária – Lula dá continuidade a FHC no que tange a rever a


aposentadoria dos funcionários estatutários. Ementa 41/2003 (teto da ativa, teto
salarial, previdência complementar – regime fechado – contribuição definida,
taxação dos servidores inativos).

 Temer avança e aprova alteração previdenciária.


O Brasil e as políticas sociais nos governos Lula, Dilma e Temer

Em relação à saúde:

 Lula em campanha: programa de saúde bucal, na atuação em urgência e


emergência e na organização da chamada farmácia popular e ampliação do
Programa Saúde de Família.

 De 2003-2007 – Política Nacional de Saúde Bucal, a criação do Serviço de


Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, o Programa Farmácia Popular, a
ampliação do Programa Saúde da Família, expansão dos
Centros de Atenção Psicossocial e a criação da Câmara de
Regulação do Mercado de Medicamentos. Além disso,
foram desenvolvidas ações junto a grupos específicos.
O Brasil e as políticas sociais nos governos Lula, Dilma e Temer

 Durante o Governo Dilma passou a ser chamado como Estratégia Saúde da


Família, mas conserva o mesmo princípio de atuação preventiva e por meio da
intervenção na modalidade básica.

 Seguem vários programas de saúde desenvolvidos e mantidos durante


essas três gestões.
Interatividade

Durante os governos Lula, Dilma e Temer; a lógica neoliberal se mantém, mas qual o
modelo adotado no governo Lula?

a) Bolsa Família.
b) Estratégia da Família.
c) Reforma previdenciária.
d) Liberal-periférico, atende a extrema pobreza, não sendo universal.
e) Agente Jovem.
Resposta

Durante os governos Lula, Dilma e Temer; a lógica neoliberal se mantém, mas qual o
modelo adotado no governo Lula?

a) Bolsa Família.
b) Estratégia da Família.
c) Reforma previdenciária.
d) Liberal-periférico, atende a extrema pobreza, não sendo universal.
e) Agente Jovem.
ATÉ A PRÓXIMA!

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