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MATERIAL COMPLEMENTAR

Educação Inclusiva

Profa. Lisienne Navarro


Constituição de 1988 – Artigo 5°

Assegura os direitos gerais dos cidadãos:

 princípios de igualdade sem distinção;

 o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.


LDB 9394/96

 Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum a ser
complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura,
da economia e da clientela.
Constituição de 1988 – Artigo 205

 Estabelece que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família. Dispõe


sobre os objetivos gerais da educação.
Constituição de 1988 – Artigo 206

 Discorre sobre os princípios da educação: igualdade de condições para o acesso


e a permanência na escola, liberdade, pluralismo de ideias, gratuidade, valorização
dos profissionais do ensino, gestão democrática, padrão de qualidade.
Constituição de 1988 – Artigo 208

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

 * “III. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,


preferencialmente, na rede regular de ensino.”
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96

 “Art. 58 – Entende-se por Educação Especial, para os efeitos dessa Lei, a modalidade
de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação.”

 “§ 1° Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular,


para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.”
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96

 “§ 2° O atendimento educacional será oferecido em classes, escolas ou serviços


especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.”

 “§ 3° A oferta de Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa


etária de zero a cinco anos, durante a Educação Infantil.”
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96

“Art. 59 – Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiências, transtornos


globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para


atender as suas necessidades.

III. Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração
desses educandos nas classes comuns.”
Interatividade

Os currículos do Ensino Fundamental e Médio, conforme a LDB 9394/96, precisam conter uma
parte comum e uma parte diversificada. Em relação a isso é correto afirmar:

a) Parte comum refere-se à possibilidade de atender as necessidades de todos os alunos.


b) Parte diversificada refere-se apenas ao atendimento das necessidades econômicas
e culturais.
c) Parte diversificada refere-se a modificações impulsionadas pelas diferenças regionais.
d) Parte diversificada demonstra-se pela possibilidade de atender as características regionais
e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
e) Parte comum refere-se apenas ao atendimento das
necessidades econômicas e culturais de uma região
específica e determinada.
Resposta

Os currículos do Ensino Fundamental e Médio, conforme a LDB 9394/96, precisam conter uma
parte comum e uma parte diversificada. Em relação a isso é correto afirmar:

a) Parte comum refere-se à possibilidade de atender as necessidades de todos os alunos.


b) Parte diversificada refere-se apenas ao atendimento das necessidades econômicas
e culturais.
c) Parte diversificada refere-se a modificações impulsionadas pelas diferenças regionais.
d) Parte diversificada demonstra-se pela possibilidade de atender as características regionais
e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
e) Parte comum refere-se apenas ao atendimento das
necessidades econômicas e culturais de uma região
específica e determinada.
Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 Ação política, cultural, social e pedagógica.

 Defesa de todos estarem e aprenderem juntos.

 Conjuga igualdade e diferença – valores indissociáveis (equidade).

Por que há dificuldades em implementar práticas pedagógicas em escolas regulares


que atendam as necessidades de todos os alunos?
Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 Porque as escolas sempre instituíram práticas homogêneas, o que se efetivou
como uma política discriminatória.

 A inclusão, nessa conjuntura, assume espaço central.

Para minimizar essas adversidades é criado esse documento, mas antes:


Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 É necessário repensarmos sobre alguns marcos legais que possibilitaram chegar
à realidade presente.

 A educação era privilégio de apenas um grupo da sociedade.

 Com a democratização há um paradoxo inclusão/exclusão.

 “[...] sob formas distintas, a exclusão tem apresentado características comuns nos processos
de segregação e integração que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.”
(2007, p. 1)
Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 A educação especial era vista como uma forma de atendimento substitutivo
ao ensino regular.

 1854: Instituto dos Meninos Cegos (Benjamin Constant).

 1857: Instituto dos Surdos-Mudos (Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES).
Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 1926: Instituto Pestalozzi.

 1954: primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE.

 Lei 4.024/61.

 Direito dos excepcionais à educação, preferencialmente, no ensino regular.


Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 Lei 5.692/71.

 Tratamento especial para os alunos com deficiências físicas, mentais, os que se encontrem
em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados.
Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 Não promove a organização de um ensino capaz de atender as necessidades de todos.

 Reforça o encaminhamento dos alunos para as classes especiais e instituições.


Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 “Nesse período, não se efetiva uma política pública de acesso universal à educação,
permanecendo a concepção de políticas especiais para tratar da temática da educação
de alunos com deficiências e, no que se refere aos alunos com superdotação, apesar
do acesso ao ensino regular, não é organizado um atendimento especializado
que considere as singularidades de aprendizagem desses alunos.”
(2007, p. 2)
Interatividade

A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva estabelece


algumas dificuldades em implementar práticas pedagógicas em escolas regulares que atendam
as necessidades de todos. Diante disso é correto afirmar:

a) Antes da década de 1980 não houve iniciativas que asseguravam o atendimento


das necessidades dos alunos com deficiências na escola regular.
b) Desde o início das iniciativas, pensava-se na necessidade dos alunos com deficiências.
c) A escola sempre buscou trabalhar com a heterogeneidade.
d) A busca por trabalhar de forma homogênea com os alunos é um objetivo da atualidade.
e) Os professores da escola regular sempre buscaram atender
as necessidades de todos os alunos, independente
de suas necessidades e limitações.
Resposta

A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva estabelece


algumas dificuldades em implementar práticas pedagógicas em escolas regulares que atendam
as necessidades de todos. Diante disso é correto afirmar:

a) Antes da década de 1980 não houve iniciativas que asseguravam o atendimento


das necessidades dos alunos com deficiências na escola regular.
b) Desde o início das iniciativas, pensava-se na necessidade dos alunos com deficiências.
c) A escola sempre buscou trabalhar com a heterogeneidade.
d) A busca por trabalhar de forma homogênea com os alunos é um objetivo da atualidade.
e) Os professores da escola regular sempre buscaram atender
as necessidades de todos os alunos, independente
de suas necessidades e limitações.
Objetivos da Política Nacional da Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva
Incluir os alunos e assegurar:

 acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade dos estudos;

 transversalidade da modalidade de educação especial;

 oferta de atendimento educacional especializado;


Objetivos da Política Nacional da Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva
 formação para os professores da educação especial e demais professores;

 participação da família e da comunidade;

 acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações


e na informação;

 articulação intersetorial na implementação das políticas.


Clientela da Educação Especial de acordo com a Política Nacional
de Educação Especial
 Aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial que restringem a sua participação na escola e na sociedade.

 Transtornos globais do desenvolvimento – alterações qualitativas nas interações sociais


e na comunicação, interesse restrito, estereotipias e repetições (autismo, síndromes
de espectro autista e psicose infantil).

 Altas habilidades – potencial elevado em áreas isoladas ou combinadas: intelectual,


acadêmica, liderança, psicotricidade e artes.
Diretrizes da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 Realizar o atendimento educacional especializado.

 Disponibilizar os recursos e os serviços desse atendimento.

 Orientar os alunos e os professores na utilização de recursos nas turmas comuns.


Diretrizes da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 Atendimento educacional especializado: identifica, elabora e organiza recursos
e disponibiliza programas de enriquecimento curricular.

 Deve apoiar a inserção do aluno e é obrigatória a sua oferta.


Diretrizes da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva
 “Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação na perspectiva da educação
inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras e guia intérprete,
bem como de monitor ou cuidador aos alunos com necessidades de apoio nas atividades
de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante
no cotidiano escolar.”
(2007, p. 11)
Inclusão escolar – algumas reflexões

 Convívio com as diferenças.

 Aprendizagem como experiência relacional e participativa.

 Desconstrói o sistema escolar excludente, normativo e elitista.

 Se há a priorização das diferenças não fixamos mais a igualdade como referência.


Inclusão escolar – algumas reflexões

 “É preciso termos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza


e sermos iguais quando as diferenças nos inferiorizam.”
(MANTOAN, 2003)

 Parece que as normas legais têm sido interpretadas e praticadas de forma equivocada
e contrária ao que se propõe nas legislações.

 Isso porque.....
Interatividade

De acordo com a Política da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva,


a clientela da educação especial pode ser considerada:

a) Apenas alunos com deficiências.


b) Alunos com deficiências e superdotados.
c) Alunos com superdotação e transtornos globais do desenvolvimento.
d) Apenas alunos com transtornos globais do desenvolvimento.
e) Alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
Resposta

De acordo com a Política da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva,


a clientela da educação especial pode ser considerada:

a) Apenas alunos com deficiências.


b) Alunos com deficiências e superdotados.
c) Alunos com superdotação e transtornos globais do desenvolvimento.
d) Apenas alunos com transtornos globais do desenvolvimento.
e) Alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
Mas por que a inclusão escolar apresenta dificuldades
para ser operacionalizada?
 Neutralização dos professores para os problemas e os desafios que lhe são impostos.

 Neutralização do sistema que impõe por escrito uma coisa e executa outra.

 Facilitamos a introdução de uma inovação fazendo exatamente o que fazíamos antes,


mas agora com nomes diferentes.
Como criar uma escola inclusiva

O problema com a aprendizagem:

 como o ensino é ministrado;

 como a aprendizagem é concebida (em comparação com os colegas ou o próprio aluno).


Como criar uma escola inclusiva

Superar a maneira de como ensinamos:

 Antes: acúmulo de informações para a preparação para a série seguinte e para o mercado
de trabalho.

 * Hoje: formar cidadãos e priorizar o crescimento individual.


Como criar uma escola inclusiva

 Tratar as disciplinas como meios para conhecer melhor o mundo.

 Envolvimento de todos no processo educativo.

 Promover ações educativas que estejam pautadas na solidariedade, na colaboração


e no compartilhamento.
Como criar uma escola inclusiva

 Considerar as possibilidades dos alunos (valorizar o que ele pode aprender hoje).

 Profissionais capazes de ensinar a turma toda e isso exige uma reformulação do Projeto
Político-Pedagógico da unidade escolar.
Garantia de aprendizagem da heterogeneidade

 Formação permanente do professor.

 Consultoria e assessoria técnica e pedagógica.

 Suporte pedagógico especializado.


Inclusão escolar – a forma como concebemos a deficiência

 Identidade: Não é o que eu sou, mas o que o outro é.

 Por isso....

 A diferença, a deficiência e as suas causas não estão no sujeito, mas na forma


como a sociedade lida com isso!

 A deficiência é produzida socialmente!


Interatividade

Quando buscamos uma escola que atenda as necessidades de todos alunos, a escola deve:

a) Promover as mesmas prática pedagógicas a todos os alunos, independente


de necessidades e limitações.
b) Assegurar que o Atendimento Educacional Especializado cumpra com a função escolar.
c) Permitir que pessoas com deficiências sejam matriculadas apenas nos serviços
especializados e não frequentem as escolas regulares.
d) Realizar um trabalho cooperativo entre os professores da Escola Regular e todos os outros
serviços oferecidos aos alunos com deficiências.
e) Não utilizar recursos, métodos, técnicas e formas
de avaliação diferenciadas.
Resposta

Quando buscamos uma escola que atenda as necessidades de todos alunos, a escola deve:

a) Promover as mesmas prática pedagógicas a todos os alunos, independente


de necessidades e limitações.
b) Assegurar que o Atendimento Educacional Especializado cumpra com a função escolar.
c) Permitir que pessoas com deficiências sejam matriculadas apenas nos serviços
especializados e não frequentem as escolas regulares.
d) Realizar um trabalho cooperativo entre os professores da Escola Regular e todos os outros
serviços oferecidos aos alunos com deficiências.
e) Não utilizar recursos, métodos, técnicas e formas
de avaliação diferenciadas.
ATÉ A PRÓXIMA!

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