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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA

SERVIÇO SOCIAL

CONSIDERAÇÕES SOBRE ASSISTÊNCIA SOCIAL E DIREITOS


SOCIAIS - A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

PROFESSOR: LUIZ EDUARDO

ALUNA: CRISTIANE VELOZO


MATRÍCULA: 201703040872 - 3º PERÍODO
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO SOCIAL I

RIO DE JANEIRO/RJ
2018
POLÍTICAS SOCIAIS E ASSISTÊNCIA SOCIAL APÓS A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988.

Desde sua gênese, as ações assistenciais possuíam uma forte


característica caritativa, tirava a pessoa da condição de cidadão, de indivíduo
de direitos, transformando-o em incapaz, carente e necessitado da ajuda dos
mais ricos da sociedade.
O Brasil passa a viver uma abertura política na década de 80, após 20
anos de ditadura militar. A necessidade de uma sociedade mais igualitária e
justa foi direcionada para a Assembleia Nacional Constituinte, convocada em
1986 para criar a nova Constituição do país. A estrutura assegurou a ampla
participação do povo, através dos debates e das emendas populares.
Foi promulgada em 5 de outubro de 1988, garantindo uma série de
conquistas e avanços democráticos, representando assim uma ampliação dos
direitos sociais, a proteção social foi reconhecida como direito do cidadão e
dever do Estado. Com a Constituição, a assistência social passou a ser
reconhecida como política pública, integrada da seguridade social, ao lado das
políticas de saúde e da previdência social.
Passa a ser uma questão de todos, uma responsabilidade pública
garantida por lei, o que antes era visto como problema de cada um ou “coisa de
pobre”. A previdência passa a assistir aqueles que não contribuem, dando a
eles o direito à proteção social, a saúde passa a ser universal e gratuita, com
os artigos 203 e 204 da Constituição o direito a assistência social se torna
realidade.
A Carta Magna inovou em aspectos essenciais, especialmente no que
diz respeito à descentralização político - administrativa, dividindo as
competências de gestão das políticas entre as instâncias municipais, estaduais
e federais, aumentando o incentivo à maior participação da sociedade civil
organizada. Estabeleceu-se, assim, a descentralização político-administrativa
na definição das ações governamentais na área social.
O Benefício de Prestação Continuada, o BPC é fruto de emenda
popular, ao ser regulamentado representou uma conquista das pessoas idosas
e com deficiência que passaram a ter direito a renda. A Lei 8.069/90 - Estatuto
da Criança e do Adolescente estabeleceu a criação de Conselhos Municipais,
com competência para criar as políticas de atendimento e firmar as prioridades
orçamentárias no setor. A Lei 8.080/90 - Lei Orgânica da Saúde regulamentou
o Sistema Único de Saúde estabelecendo a formação dos Conselhos
Municipais de Saúde.
A Lei 8.742, de 07.12.93 - Lei Orgânica de Assistência Social, LOAS que
regulamentou os artigos da Constituição, que trataram da assistência social,
garantindo o modelo de gestão e de controle social de forma descentralizada e
participativa. A LOAS colocou decididamente que a assistência social seria
administrada pelo princípio da universalização dos direitos sociais, garantindo
que o destinatário da ação assistencial tivesse acessibilidade das demais
políticas públicas.
Esse princípio marcou a história da justiça social e da política da
constatação dos direitos humanos e sociais no país. Pela primeira vez o
brasileiro surgia como um cidadão, como sujeito do processo e como titular de
direitos, ele teria direito à Seguridade Social, à Previdência, à Saúde e à
Assistência Social.
Assistência Social brasileira apresentava ações paternalistas e
clientelistas do poder público, favores disponibilizados aos usuários, o que
julgava que o atendido era um favorecido e não um cidadão usuário de um
serviço ao qual tinha direito. A Assistência confundia-se com a caridade, com a
ajuda aos pobres e necessitados; era mais uma prática do que uma política.
A partir de 1988, a Assistência passou a ser uma política pública, que
compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos
e da sociedade, visando assegurar os direitos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Importantes inovações surgiram com a Constituição, trazendo mudanças
na sociedade e no Estado brasileiro, que ficou com a obrigação de assumir o
atendimento aos cidadãos em relação aos direitos sociais. Pode-se afirmar que
a Seguridade Social brasileira é uma política que veio para responder as
demandas de reestruturação da política social no Brasil, o que produziu um
novo ideário social que determinou a formulação de uma estrutura de proteção
social com caráter abrangente, justa, universal e democrática.
Portanto, todas essas transformações e conquistas levam o assistente
social, profissional que atua em vários espaços da realidade social, a ser
desafiado pelas situações e mudanças que permeiam a vida das pessoas, pela
conjuntura econômica com a crise, desemprego, pela falta de informação sobre
direitos, pela violação dos direitos, enfim, fatores que demandam atenção
especial, bem como capacidade teórica e prática para concretizar a Política de
Assistência Social através da formulação de políticas públicas eficazes e
eficientes.
Ao Estado cabe oferecer e garantir proteção social e ao usuário o direito
de acessar benefícios e serviços, aos poucos a população começou a perceber
a mudança, na primeira década do milênio milhares de brasileiros saíram da
linha da pobreza, começaram a ter acesso à política de assistência social.

REFERÊNCIA
Vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=gq4YXI1pggg
(Apresenta a História da Assistência Social no Brasil).

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