PROVA BIMESTRAL – DIREITO CONSTITUCIONAL

 Quais os órgãos e instituições responsáveis (Ex; SUS);

 Quais são as políticas públicas a serem implantadas;
 Quais os princípios e regras;
 Qual a efetividade jurisdicional (condições).

ASSISTÊNCIA SOCIAL

- Há diversos órgãos competentes a frente sobre o tema, quando relacionados à

concessão de benefícios de assistência social, as instituições e órgãos competentes,
incluem:
1. **Poder Judiciário:** O tribunal mencionado na decisão é responsável por analisar e
julgar o caso, interpretando as leis aplicáveis e tomando decisões.
2. **Instituto Nacional do Seguro Social (INSS):** Em muitos casos de benefícios
relacionados à assistência social, o INSS pode estar envolvido na análise e concessão
dos benefícios, conforme estabelecido pela legislação previdenciária.
3. **Ministério da Cidadania:** No contexto da assistência social, o Ministério da
Cidadania, por meio de seus órgãos vinculados, pode ter responsabilidade na
formulação de políticas e na coordenação de programas sociais, incluindo a concessão
de benefícios.
4. **Advocacia-Geral da União (AGU):** A AGU pode representar o governo em
processos judiciais, defendendo os interesses da União nos casos relacionados à
assistência social.
5. **Defensoria Pública:** Em alguns casos, a Defensoria Pública pode estar envolvida
na representação legal de pessoas que não têm condições financeiras de arcar com os
custos de um advogado particular.

- É de dever do ESTADO, a assistência social é uma política de seguridade social não

contributiva, disposto na Constituição Federal de 1988. A assistência social está inserida
no contexto mais amplo da seguridade social, conforme estabelecido no artigo 194.
“A seguridade social compreende ações relacionadas à saúde, previdência e assistência
social, formando um conjunto integrado de iniciativas dos poderes públicos e da
sociedade.”
As disposições constitucionais relativas à assistência social foram regulamentadas pela
Lei Orgânica da Assistência Social — Loas —, Lei Federal 8.742, de 1932. A partir de
então, a assistência social passou a se organizar pelas seguintes diretrizes:
Descentralização político-administrativa: A implementação das ações de assistência
social ocorre de forma descentralizada, envolvendo diversos níveis de governo;
Participação da população, tanto na formulação da política como no controle público de
suas ações;
Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política;
Centralidade na família: A família é destacada como um elemento central nas ações de
assistência social, reconhecendo sua importância no contexto da proteção social.
- Há algumas regras especificas para a contribuição da assistência social e de como
devem ser seguidas:
Regras na concessão do benefício, regra de vigência da Lei, tendo em vista que o termo
inicial para o benefício é a data da Lei 8.742/93, indicando a aplicação retroativa dessa
legislação específica.
Além disso, a mesma Lei em seu artigo 4ª elege os principais princípios que estão
previstas na Lei Orgânica da Assistência Social:
I - Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica;
Ou seja, há prioridade no atendimento às necessidades sociais diante das exigências de
rentabilidade econômica.
II - Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação
assistencial
alcançável pelas demais políticas públicas;
A universalização dos direitos sociais tem como finalidade tornar o indivíduo que
recebe a assistência apto a alcançar os direitos pelas demais políticas públicas.
III - Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e
serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se
qualquer comprovação vexatória de necessidade;
O respeito à dignidade se mostra como prioridade, fazendo com que não haja criação
de barreiras intransponíveis devido à situação de vulnerabilidade.
IV - Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer
natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
Embora que alguns não sejam beneficiários efetivos de assistência, existe uma
igualdade no direito de acesso ao atendimento.
V - Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem
como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
A assistência precisa ser divulgada à população que necessita para que seja efetivada,
dessa forma, o atendimento se mostra como uma das maneiras de promover a ampla
divulgação dos serviços e benefícios assistenciais.
- Conforme a jurisprudência de R.E 256594 – 6 Mato Grosso do Sul trata-se de ação
movida pela Recorrida em face da União Federal com pedido principal ao pagamento
do benefício assistencial de prestação continuada no importe de um salário-mínimo
vigente a época da ação com o fundamento no art. 203, V da Constituição Federal por
ser portadora da deficiência mental. Sabendo que uma das regras para obter o LOAS é a
renda per capital até ¼ do salário-mínimo o Voto vencedor do Relator Ilmar Galvão
reconheceu o benefício assistencial pela Recorrida, por estar disposto todos os requisitos
(vulnerabilidade social, renda familiar, ser uma pessoa com deficiência) tudo isso com
base em prova documentais, testemunhais, avaliações socioeconômicas e perícias.

Família, criança, adolescente, jovem e idoso – LAIF

- No Brasil, o órgão responsável pelo Estatuto do Idoso é o Poder Legislativo. O

Estatuto do Idoso é uma lei federal que foi criada para garantir os direitos das pessoas
idosas no país. Ele foi instituído pela Lei nº 10.741/2003, portanto, a legislação federal é
quem altera, aprova, modifica ou revoga as Leis.
- Há diversas áreas e iniciativas que devem ser implementadas na política pública para
idosos. É importante que essas políticas sejam abrangentes, multidisciplinares e
sensíveis às necessidades específicas dessa população. Apesar do Brasil ser considerado
um país jovem, está envelhecendo e os afetados pela progressão de diversos fatores,
principalmente na tecnologia e inovação são os idosos. Pelo menos deve haver uma
aproximação dos dois estatutos: do idoso e da juventude com a aplicação de políticas
públicas, sendo elas.
Saúde: acesso a cuidados médicos e programas de prevenção, atendimento
especializado para doenças comuns;
Assistência Social: rede apoio social para idosos em situação de vulnerabilidade,
abrigos e cuidados para idosos em situação de abandono ou maus-tratos, programas de
assistência financeira e benefícios sociais;
Educação: educação continuada, incentivo à participação em atividades culturais e
esportivas, cursos de capacitação para inserção no mercado de trabalho;
Transporte e Mobilidade: acessíveis e adaptados, incentivos para o uso de tecnologias
de transporte;
Moradia: programas de habitação, comunidades de moradia assistida ou adaptada;
Legislação e Proteção: fortalecimento das leis, combate à discriminação e ao abuso;
Cultura e Lazer: programas de lazer e entretenimento, espaços culturais e de lazer;
Tecnologia e Inovação: treinamentos para a utilização de dispositivos tecnológicos,
desenvolvimento de programas voltadas para as necessidades dos idosos.

- Lei nº 10.741/2003 no Brasil, estabelece uma série de princípios, direitos e regras para
assegurar os direitos das pessoas idosas.
Princípios: dignidade, proteção integral, prioridade absoluta, não discriminação,
participação e acessibilidade.
Direitos e regras: transporte, moradia, trabalho e renda, educação, cultura e lazer,
prevenção e combate à violência, prioridade processual e prioridade em atendimentos.