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Abstract:In discussing the institute of aid reclusion that refers to the rights of the family and
its importance as a mean of providing social rights. It consists of a concise report of the social
security and on the entities that comprise it, namely: social assistance, social security and
health. The research had its theme set in the historical evolution of family building to actual
liability assumed by the State Power in relation to pension benefits, in which your
presentation was made on the fundamental principle that made the aid-reclusion as a form of
pension provision. Addresses here the need for such a benefit in favor of the reclusive family
∗
Mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA - RS), Advogada atuante em
Direito Previdenciário, Professora Universitária e Coordenadora do Grupo de Iniciação Científica em Direito
Previdenciário da Faculdade de Direito de Alta Floresta (MT), membro do IBDP.
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Acadêmica do 10º Semestre da Faculdade de Direito de Alta Floresta (MT).
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Professora. Diretora Pedagógica do Curso de Direito da Faculdade de Alta Floresta (FADAF).Doutora em
Ciências – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Marília.
and that this right is a fundamental right and therefore is explicit a immutable clause in the
Constitution. The study verifies the conditions that lead to granting of the aid-reclusion.
1 INTRODUÇÃO
O auxílio- reclusão tem grande importância social, por ser um direito garantido ao preso
que contribuiu com seu trabalho junto a Previdência Social. O beneficio encontra-se previsto
na Constituição Federal e é concedido aos dependentes segurados do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) que se encontre preso e, atualmente, tenha o salário de contribuição tomado
em seu valor mensal de R$ 915,05 (novecentos e quinze reais e cinco centavos) o qual é
atualizada anualmente.
A Carta Magna de 1988 no título VIII, vem tratar da Ordem Social na função que o
Estado Nação tomou para sí com relação a prestação previdenciária e visa ofertar e promover
a Seguridade Social, Previdência Social, Assistência Social e Saúde. Aqui torna-se
importante lembrar que o nosso tema irá abordar o que referir-se apenas a Previdência Social,
pois o que foi proposto neste estudo foi a análise do auxílio-reclusão como medida de
proteção a família.
O pagamento de auxílio-reclusão está previsto no inciso IV do art. 201 da Constituição
Federal. O dispositivo diz que a Previdência Social deve amparar os dependentes dos
segurados de baixa renda.
Deve-se esclarecer que para todos os fins, o poder Estatal, que é disciplinado pela
Constituição Federal Brasileira, observa o cumprimento de tal benefício, e que a ideia de
Direito Social encontra-se implícita em todo o contexto exemplificativo da Constituição
Federal, no art. 6º: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.”
O estudo comportou também a análise do artigo 201, IV da CF, no qual é utilizado o
termo baixa renda. Os princípios que norteiam a Previdência Social e sua posição dentro do
ordenamento jurídico compreende os requisitos para a obtenção do auxílio-reclusão.
Para alcançar o objetivo deste projeto necessário se fez a pesquisa doutrinaria, e de
legislações. O método abordado teve a tendência de demonstrar a realidade do instituto
previdenciário. Que traz o benefício do auxílio-reclusão como proteção a família, o
procedimento utilizado é o histórico das leis e suas respectivas alterações ao longo do tempo.
2.1.2 Saúde
A Seguridade Social tem como função objetiva garantir o bem estar social do cidadão
que possa vir a sofrer ou venha a sofrer com doenças como invalidez, desemprego e também
por caso fortuito como a prisão.
Conforme preleciona Martins (2008, p. 43):
A seguridade social objetiva dar aos indivíduos e as suas famílias tranquilidade no
sentido de que, na ocorrência de uma contingência (invalidez, morte e outras.), a
qualidade de vida não seja significativamente diminuída, proporcionando meios para
a manutenção das necessidades básicas dessas pessoas. Logo, deve garantir os meios
de subsistência básicos do individuo.
A Carta Magna de 1988 trouxe em seu texto o direito da Seguridade Social, que passou
a ser visto com autonomia, visto este tema ter sido anteriormente tratado como um ramo do
Direito do Trabalho. O reconhecimento da matéria Seguridade Social se deu apenas no
instante em que a Constituição da Republica comportou um capítulo próprio tratando do
assunto, enfatizando-se também os princípios que iriam explanar todo o conteúdo.
O artigo 194 da Constituição Federal de 1988, já supramencionado, declara, em seu
parágrafo único, que cabe ao Poder Pública a obrigação de organizar a Seguridade Social
respeitando os seguintes objetivos:
[...] Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a
seguridade social com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e
rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – equidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão
quadripartite, com participação dostrabalhadores, dosempregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgão colegiados.
Por todo o exposto, verifica-se que a doutrina encontra-se em consonância com os
objetivos observados no parágrafo único do artigo já citado, sendo estes os principais
princípios que representam a ideia de universalidade constitucional que tem como função
orientar a prestação da Seguridade Social.
Neste momento faz-se necessário abordar para melhores esclarecimentos a Seção III do
Titulo VIII da Constituição Federal de 1988, onde se encontra a definição de Gênero
Seguridade Social, que teve sua derivação da espécie Previdência Social.
Conforme consta na Lei 8.029, de 12 de abril de 1990, e Decreto 99.350, de 27 de junho
de 1990, a partir deste momento verificou-se a criação do Instituto Nacional do Seguro Social,
uma autarquia federal que se encontra vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência
Social, que veio, portanto a consagrar o princípio Fundamental da Previdência social, a
solidariedade social por trazer como ideia principal, conforme Martinez (2001, p. 90):“A
contribuição da maioria em beneficio da minoria”, onde todos contribuem. Neste sentido o
mesmo Autor ainda cita:
Solidariedade Social é expressão do reconhecimento das desigualdades existentes no
estrato da sociedade e deslocamento físico, espontâneo ou forçado pela norma
jurídica, de rendas ou riquezas criadas pela totalidade, de uma ou outra parcela de
indivíduos previamente definidos. Alguns cidadãos são identificados como
portadores e receptores, a uns subtraindo-se o seu patrimônio e a outros, acrescendo-
se, até atingir-se a consecução do equilíbrio social. O princípio da solidariedade
social significa a contribuição pecuniária de uns em favor de outros beneficiários, no
espaço e no tempo, conforme a capacidade contributiva dos diferentesníveis da
clientela de protegidos de oferecerem e a necessidade de receberem.
Assim torna-se claro o equilíbrio de uma sociedade que almeja e traz como princípio a
solidariedade na sua captação e distribuição de recursos, onde todos contribuem na medida de
sua capacidade financeira.
A Lei n. 8.213/91 elenca as prestações beneficiárias compreendidas pela Previdência
Social em seu artigo 18. O Regime Geral de Previdência Social que expressa os benefícios e
serviços quanto aos segurado são: aposentadoria por invalidez; aposentadoria por idade;
aposentadoria por tempo de contribuição; aposentadoria especial; auxílio-doença; salário-
família; salário-maternidade; auxílio-acidente.
A Carta Magna de 1988 vem em seu artigo 201 inciso IV trazer à luz a pensão por
Morte e o auxílio-reclusão, que deverão ser abordados neste momento, fazendo-se necessário
deixar de lado os temas supramencionados.
A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu artigo 24, determina que: “Período de
carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas
competências.”
Conforme apregoa Viana (2005), considera-se ‘carência’, para fins previdenciários, o
número mínimo de contribuições mensais efetuadas ao Regime Geral de Previdência Social
fazendo-se necessárias à aquisição do direito ao benefício.
É de importância basilar para a concessão deste beneficio a comprovação de
determinado mínimo de contribuições pagas, que são exigidos pelo Regime Geral de
Previdência Social, no entanto, devido à ocorrência de riscos de miserabilidade existentes em
nosso país, essa carência passa não existir, em respeito ao princípio da solidariedade.
Assim, com relação a essa temática, a Lei 8.213/91 em seu artigo 26 inciso I, determina
que: “Independe de carência a concessão do auxílio-reclusão.”
3.1.6 A Suspensão, a Perda e a Manutenção do Auxilio Reclusão
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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______. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. O auxílio-reclusão será devido nas mesmas
condições da pensão por morte. Disponível em: <https://
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______. Lei. n.10.666, de 8 de maio de 2003. Data. 08/05/2003. Ementa. Dispõe sobre a
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