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Roberto C Comitre - RA: 421189

GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS E DO COMÉRCIO


Professor: Carlos Henrique Costa da Silva

1. Qual seu entendimento sobre o lugar da mercadoria na consolidação da


Sociedade de Consumo?

As sociedades e seus valores se transformam constantemente e as


coisas adquirem novos significados. Este fato se torna mais evidente no último
século, quando as formas de produção mudaram, determinando uma maior
difusão das mercadorias que passaram a mediar as nossas relações. Fica
então, configurada uma verdadeira sociedade de consumo, que privilegia o
consumo especializado, diversificado e individual. As diferentes mercadorias
surgem para satisfazer os mais variados desejos, e nesse sentido, o comércio
também tem passar por processos de adequação para atender as novas
exigências dos consumidores, isto é, da sociedade como um todo.
Face ao atual modo de produção, diversificado e abundante de
mercadorias, consumidores precisam ser “criados” para absorver tal demanda
e neste sentido, o marketing e a propaganda ganham destaque, influenciando
os consumidores em potencial, agregando novos valores à mercadoria e
criando novas necessidades, que devem ser supridas com novos produtos.
Nessa sociedade de consumo, as mercadorias rapidamente se tornam
obsoletas e assim, o consumo se intensifica e para tanto, as empresas, fazem
uso de diferentes estratégias e, dentre elas, até mesmo confundir os
consumidores no intuito que consumam cada vez mais. As mercadorias deixam
de ter somente valor útil (valor de uso), e passam a adquirir valores subjetivos,
carregadas de signos e dirigidas à públicos específicos. Surge a cultura do
consumo que passa a regular o cotidiano das pessoas, isto é, a mercadoria
torna-se uma das lógicas da sociedade de consumo.
Em suma, na nossa sociedade capitalista, o mundo das mercadorias
molda uma nova sociedade, pautada no consumo, onde as relações humanas
ficam relegadas a um segundo plano. Não exagerando, as pessoas passam a
viver para o mercado, sempre guiadas pelas regras do capital. Nesse sentido, a
mercadoria tem papel fundamental, pois o seu consumo através do comércio,
inserido principalmente no meio urbano, nos fornece elementos importantes
para se entender os novos padrões dessa sociedade de consumo.
2. Escolha 5 imagens que demonstrem a diversidade das formas comerciais na
cidade e explique o porque que selecionou cada uma das imagens.

Foto 1: Comércio na área central da Cidade do Porto / Portugal.


Autor: Beto Comitre, 2011.

Esta foto foi escolhida por representar um comércio tradicional, neste


caso um pequeno comércio, especializado na venda de rolhas e outros
produtos de cortiça. Este tipo de comércio, muitas vezes, é de administração
familiar, e a relação entre o proprietário e o cliente é bastante estreita.
Interessante notar a ênfase dada ao ano da fundação da casa (1850).
Foto 2: Rua ao lado do Mercado de Abastos de Santiago de Compostela / Espanha.
Autor: Beto Comitre, 2011.

Esta foto representa outro tipo de comércio tradicional, neste caso, O


Mercado de Abastos (com sua fachada à direita). Neste mercado, os
comerciantes estão organizados na forma de cooperativa no intuito de melhorar
a gestão dos seus negócios. Porém, o mais interessante e a presença da figura
das “paisanas”, produtoras agropecuárias do município de Santiago e cidades
vizinhas, que vendem suas colheitas e outros produtos (queijo, por exemplo),
nas ruas ao lado do mercado, arranjadas conforme a procedência e o tipo de
produto oferecido, tendo como destaque o “pimiento de Padrón”, com a
denominação de origem do produto.
Figura 3: Comércio de produtos típicos da China no bairro de “Chinatown” – Nova Iorque /
Estados Unidos.
Autor: Beto Comitre, 2012.

Este tipo de comércio oferece uma enorme gama de produtos típicos,


(alimentos e outras mercadorias), e é utilizado pela comunidade chinesa da
cidade de Nova Iorque, e por milhares de pessoas que visitam a cidade,
servindo como atração turística, mostrando a territorialidade que a comunidade
chinesa construiu nesta cidade americana.
Figura 4 - Supermercado Loblaw´s - Lower Jarvis St, Toronto/Canada.
Autor: Beto Comitre, 2012.

O que impressiona neste supermercado é a sua organização,


variedade e qualidade dos produtos oferecidos. Também possui um
restaurante “self-service”, com grande variedade de pratos, que podem ser
consumidos no interior da loja.
Esta rede canadense foi fundada em 1919, combinando novos
conceitos de autoatendimento e “cash and carry”. Os clientes não teriam mais
que esperar por um funcionário para buscar os itens atrás de um balcão da
loja. Apesar de algum descrédito inicial, a cadeia Loblaw´s cresceu, em uma
década, para mais de 70 lojas somente na província de Ontário/Canada,
mostrando que esse novo modo de comércio, com características modernas,
“caiu no gosto” dos clientes.
Figura 5 - Loja Prada – Galeria Vittorio Emanuele II – Milão/Itália.
Autor: Beto Comitre, 2013.

As galerias surgiram no XIX e que ainda resiste em nossos dias, são


consideradas um dos símbolos do comércio moderno e umas das formas
embrionárias dos “shoppings centers”. Esta loja está localizada na Galeria
Vittorio Emanuele II, em Milão, famosa por suas marcas de grife. Foi nesta
galeria que Mario Prada abriu sua primeira loja, há 100 anos, tornando-se num
dos ícones do comércio de luxo mundial.

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