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Aula 27

Resumos para Concursos

Autor:

05 de Janeiro de 2024

02642874109 - Marcos Cirilo


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BIZU ESTRATÉGICO DE CONTABILIDADE GERAL

ANÁLISE ESTATÍSTICA

Pessoal, segue abaixo uma análise estatística dos assuntos mais exigidos pelas Bancas FGV, FCC
e CEBRASPE no âmbito da disciplina de Contabilidade Geral em concursos. Com base nessa
análise, podemos focar nos pontos mais importantes para revisar e detonar na prova!

Assunto % de cobrança
Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas, Fórmulas
do Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete de
Verificação
7,04%
Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas, Fórmulas
do Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete de
Verificação Parte II
Regime de Competência e Regime de Caixa, Apuração do
6,45%
Resultado do Exercício

Balanço patrimonial – Ativo Não Circulante 6,16%

Balanço patrimonial – Patrimônio Líquido Parte I


6,74%
Balanço patrimonial – Patrimônio Líquido Parte II

Demonstração do resultado do exercício. Demonstração


9,97%
do Resultado Abrangente.
Demonstração dos fluxos de caixa (métodos direto e
6,16%
indireto).

CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos 6,45%

CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e


8,21%
em Empreendimento Controlado em Conjunto

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MAPA DO BIZU
Neste material abordaremos apenas os temas mais importantes da disciplina,
considerando tanto o percentual de incidência nas provas, quanto a extensão e complexidade
do assunto. Veja como está estruturado o seu Bizu.

Assunto Bizus
Plano de Contas, Método das Partidas
Dobradas, Fórmulas do Lançamento, Livros 1
Contábeis e Fiscais, Balancete de Verificação
Plano de Contas, Método das Partidas
Dobradas, Fórmulas do Lançamento, Livros
2
Contábeis e Fiscais, Balancete de Verificação
Parte II
Regime de Competência e Regime de Caixa,
3
Apuração do Resultado do Exercício
Balanço patrimonial – Ativo Não Circulante 4
Balanço patrimonial – Patrimônio Líquido
5
Parte I
Balanço patrimonial – Patrimônio Líquido
6
Parte II
Demonstração do resultado do exercício.
7
Demonstração do Resultado Abrangente.
Demonstração dos fluxos de caixa (métodos
8
direto e indireto).
CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável
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de Ativos
CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em
Controlada e em Empreendimento Controlado 10
em Conjunto

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1. Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas, Fórmulas do


Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete de
Verificação.

PLANO DE CONTAS

Basicamente, quatro são as técnicas contábeis:


a) escrituração,
b) elaboração das demonstrações contábeis,
c) auditoria e
d) análise de balanços.

O objetivo hoje é estudarmos com detalhes a escrituração contábil, especialmente o que prevê
a ITG 2000 (R1), norma de Conselho Federal de Contabilidade que trata dessa técnica.
A fim de dar orientação gerais para execução da escrituração, a ITG 2000 (R1), prescreve certas
formalidades.
1+
ldloma e em
moeda corrente
HBCIOHBIS
J
f

forma contébil
\
V

Execugéo da ordem
Espago em branco
Escrituragéo cronolégica
\
ri\

auséncia Entrelinhas
+2

Base documentos
Borroes, rasuras e
ou elementos que
emendas
comprovem
\

Destacamos que a escrituração contábil é feita através de contas e, na contabilidade, conta é o


nome dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos e obrigações) e de resultado
(despesas e receitas).

Plano de contas: conjunto de todas as contas existentes dentro de uma entidade para
uniformizar os registros contábeis.
Esquematizando:

Elenco de Contas Relaqéo de contas

lnformaqées
Plano de Co ntas Manual de contas
Minunciosas

Modelos de
Demonstraqées
Contébeis

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MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

Na contabilidade, o caminho utilizado para se escriturar é o método das partidas dobradas. Esse
método consiste em considerar que para todo e qualquer item que ingressa no patrimônio,
há um lugar de onde ele é proveniente. Ou seja, não há geração espontânea de patrimônio,
mas sim uma origem para todo elemento que se aplica no patrimônio, passando a integrá-lo.

APLICAQOES \:| ORIGEM DE


DE RECU R505 |:| RECU R505

Ao registro de um fato contábil chamamos lançamento. Este é efetuado em livros contábeis


próprios como o diário, razão, caixa, duplicatas a receber etc. Ao conjunto de registros ou
lançamentos é que chamamos escrituração.

Atenção! O método das partidas dobradas também é conhecido pelo nome de método veneziano.

CONTAS LANÇADAS A DÉBITO E A CRÉDITO

→Débito é uma operação que aumenta o saldo de uma conta devedora e diminui o saldo de uma
conta credora!
→Crédito é uma operação que aumenta o saldo de uma conta credora e diminui o saldo de uma
conta devedora!
CONTA X
Lado do débito Lado do crédito

Gravem (regra geral):


- As contas do ativo, retificadoras do passivo, retificadoras do PL e as de despesa têm natureza
devedora.
- As contas do passivo, PL, retificadoras do ativo e as de receita têm natureza credora.
- As contas do ativo e as de despesa têm natureza devedora
- As contas do passivo, do PL e as de receita têm natureza credora.

O que você deve entender agora é que sempre que houver qualquer aumento ou diminuição de
uma ou mais contas a débito, terá de existir uma compensação com o aumento ou diminuição
de uma ou mais contas a crédito. Isso é o chamado método das partidas dobradas.

Aplicagéesg Origens ]

g
Conclusões! Com base no método das partidas dobradas, algumas conclusões podem ser
tomadas:

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- A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos.


- Um ou mais débitos numa ou mais contas deve corresponder a um ou mais créditos de valor
equivalente em uma ou mais contas.
- O total do ativo será sempre igual à soma do passivo exigível com o patrimônio líquido.
- O total do ativo mais a despesa será sempre igual à soma do passivo exigível com o patrimônio
líquido mais as receitas
ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UM LANÇAMENTO

a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;


b) conta devedora;
c) conta credora;
d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico
padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;
e) valor do registro contábil;
f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um
mesmo lançamento contábil.

Atenção! A preposição “a” indica conta creditada, ou seja, Mercadorias A Caixa significa
Débito na conta mercadorias e crédito na conta caixa.

Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos, desde que
permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas
no Livro Diário ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas daquele.

FÓRMULAS DE LANÇAMENTO

Lanqamento Débito Créd|to


‘Ia férmula ‘I 1
2a férmula 1 2
3a férmula l\J 1\

4a férmula NI N

TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS

Fatos contábeis ou Fatos Administrativos são aqueles que promovem alteração no patrimônio
(conjunto de bens, direitos e obrigações) de uma entidade. Já os atos contábeis são atos
relevantes que não alteram o patrimônio da entidade, tal como a contratação de empregados, o
simples fato de se conceder fiança a um terceiro ou avalizar um cheque.
Os fatos contábeis são divididos hoje em três grupos:

1) Modificativos - O fato modificativo provoca aumento ou redução do ativo ou passivo e, como


contrapartida, modificação na situação líquida. Necessariamente haverá uma conta de receita ou
despesa.
2) Permutativos - Os fatos permutativos configuram apenas trocas, permutas, entre bens do ativo e
passivo exigível, sem que haja alteração no valor total do patrimônio líquido e contas de resultado.
3) Mistos - Fato misto é o que envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo

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Esquematizemos:

Fatos Co ntébeis
Pe rm utativo Mod ificativo | M |sto
I Permuta entre elementos do ativo I Modificativo Aumentativo ‘I Misto Aumentatwo
I Permuta entre elementos do passivo I Modificativo Diminutivo Misto D|m|nut|vo
0 Permuta entre elementos do passivo e do ativo
I Permuta entre elementos do PL

RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO CONTÁBIL

Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de registro realizado com erro na


escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de:
A) estorno;
B) transferência; e
C) complementação.

Estorno Anulagéo total

Retificagao do Transposi<;ao para


Transferéncia
Langamento a conta correta

Posterior,
Complementagéo aumentando ou
diminuindo

Em qualquer das formas citadas acima, o histórico do lançamento deve precisar o motivo da
retificação, a data e a localização do lançamento de origem.

TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS

Fatos Contébeis
Permutativo Modificativo Mlsto
Permuta entre e|ementos do ativo 0 Modificativo Aumentativo Misto Aumentatwo
Permuta entre e|ementos do passivo 0 Modificativo Diminutivo Misto D|m|nut|vo
Permuta entre elementos do passivo e do ativo
Permuta entre e|ementos do PL

INSUBSISTÊNCIAS X SUPERVENIÊNCIAS

As superveniências ativas são fatos inesperados que acontecem e aumentam o patrimônio da


entidade, gerando receitas. Como o próprio nome diz, é algo superveniente, posterior. Em
contabilidade, tudo o que tiver o nome xx + ativas é considerado receita.
Nascim ento
rebanho
Superveniéncias Ativas Receitas
Recebimento
de heranqa

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As superveniências passivas representam justamente o contrário. São fatos inesperados que


diminuem a situação líquida patrimonial da empresa, como, por exemplo, um julgamento
desfavorável em processo judicial ou perante determinado conselho de contribuintes de um
fisco.
Despesas
Superveniéncias Perda inesperada
Passivas em processo

Por seu turno, temos as insubsistências ativas ou insubsistência do passivo e as


insubsistências passivas ou insubsistências do ativo.

As insubsistências ativas ou insubsistência do passivo são fatos que deixam de existir,


gerando receitas para a empresa. Insubsistência é algo deixa de existir. Trata-se de uma
insubsistência do passivo. É um passivo que deixa de existir, gerando receita.

lnsubsisténcia I: lnsubsisténcia
ativas |:| do passivo

Por seu turno, as insubsistências passivas ou insubsistências do ativo são fatos que deixam
de existir, qualquer que seja o motivo, causando uma diminuição do PL, pela geração de
despesas.

Insubsisténcia |:| lnsubsisténcia


Passive |:| do Ativo

Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: A base para o registro contábil de cada
operação segue a lógica das partidas dobradas.
Essa lógica é baseada na premissa de que:

A) ativo deve ser igual a passivo;


B) ativo equivale ao patrimônio líquido;
C) débitos e créditos têm o mesmo efeito patrimonial;
D) toda aplicação de recurso tem uma origem;
E) todo fato contábil modifica o patrimônio líquido.

Comentário: D) toda aplicação de recurso tem uma origem. Correto. O método das partidas
dobradas parte do pressuposto que todo recurso possui uma origem e uma aplicação. Dessa ideia
básica surgiu o método das partidas dobradas.

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2. Plano de Contas, Método das Partidas Dobradas, Fórmulas do


Lançamento, Livros Contábeis e Fiscais, Balancete de
Verificação Parte II.

LIVROS CONTÁBEIS E FISCAIS

LIVRO DIÁRIO

Contém o registro de todo e cada lançamento em ordem cronológica, fato que nos permite
compreender a sequência de acontecimentos ocorridos na empresa.

- Obrigatório (exigido pelo Código Civil);


- Principal (registra todos os fatos contábeis);
- Comum (para todas as empresas);
- Cronológico (fatos contábeis registrados em ordem cronológica).

O livro diário é obrigatório pela legislação empresarial, comercial, como vimos no Código
Civil.

LIVRO RAZÃO

O Razão tem a função de apresentar as modificações ocorridas em cada conta, apresentando,


inclusive, o saldo delas.
O livro razão é facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e sistemático (leva em
conta principalmente a organização das informações).

APENAS O LIVRO DIÁRIO É OBRIGATÓRIO!

LIVRO CAIXA

Como o nome indica, esse livro Registra as entradas e saídas de numerário. Os registros
devem ser efetuados em ordem cronológica e, por isso, pode ser utilizado como auxiliar do Livro
Diário, devendo atender a todas as formalidades exigidas.
O livro caixa é obrigatório para contribuintes que estejam no regime simplificado previsto na Lei
Complementar 123/2006.

LIVRO REGISTRO DE INVENTÁRIO E ENTRADA E SAÍDA DE MERCADORIAS

Registra os bens de consumo, as mercadorias, as matérias-primas e outros materiais que se


achem estocados nas datas em que forem levantados os balanços.

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar em que são relacionadas todas as


contas, sejam ela patrimoniais ou de resultado. O objetivo desse demonstrativo é verificarmos se foi
aplicado corretamente o Método das Partidas Dobradas.

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ldentificagéo da
entidade
/
f

Abrangéncia

/
\

identificagéo das
Elementos Minimos
contas e
do Balancete
respectivos grupos
l
/

Sa|dos das contas


(devedores ou
credores)
\
/

Soma dos saldos


devedores ou
credores
J

Se o balancete se destinar a fins externos, deve conter também o nome e assinatura do


contabilista responsável, bem como número do CRC.

Observação

Em certame recente, a CEBRASPE cobrou o seguinte tema: O balancete de verificação...

A - ...é elaborado a partir dos saldos do livro diário e visa à conferência da igualdade matemática
dos registros
realizados a débito e a crédito.
B - ...é o instrumento correto para identificar eventos não registrados pelo contador no livro
diário.
C - ...permite a identificação de eventos registrados em duplicidade pelo contador.
D - ...visa atender às necessidades de informação dos usuários externos, embora sua elaboração
não seja obrigatória pela legislação comercial e societária.
E - ...de uma empresa, mesmo quando demonstra igualdade entre os saldos devedores e
credores, não exclui uma possível ocorrência de erro nas demonstrações contábeis da empresa.

Comentários:
O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar em que são relacionadas todas
as contas, sejam elas patrimoniais ou de resultado. O objetivo deste demonstrativo é
verificarmos se foi aplicado corretamente o Método das Partidas Dobradas. Gravem isso!

E – Correto! Vale ressaltar que nem todos os erros de escrituração são constatáveis no Balancete
de Verificação. Por exemplo: se a empresa efetuar a venda de mercadorias a prazo e, por engano,
registrar a entrada de caixa, o balancete de verificação não irá apresentar esse erro. A soma dos
débitos ainda será igual à soma dos créditos.

3. Regime de Competência e Regime de Caixa, Apuração do


Resultado do Exercício.

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REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA

O CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica nos apresenta alguns conceitos importantes sobre o
Regime de Competência:

O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias


sobre reivindicações e recursos econômicos da entidade que reporta nos períodos em que
esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes
ocorram em período diferente. Isso é importante porque informações sobre os recursos
econômicos e reivindicações da entidade que reporta e mudanças em seus recursos econômicos
e reivindicações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação do
desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre
recebimentos e pagamentos à vista durante esse período.
Guardem isto: a receita é recebida quando GANHA, ainda que não tenha sido recebida.

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência
aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente
aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Para o Regime de Caixa, a despesa ocorrerá quando for efetuado o PAGAMENTO.


Regime de Caixa Regime de Competéncia I

Receita quando recebida Receita quando ganha


(ainda que n50 recebida)
Despesa quando paga Despesa quando incorrida
(ainda que n50 page)

Utilizado em situagées
especificas

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:


I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte referem-se às chamadas despesas


antecipadas.

Precisamos esse conceito bem fixado: se um desembolso beneficiar mais de um exercício


contábil, ele é registrado como um ATIVO e, POR COMPETÊNCIA, vamos apropriando, isto é,
reconhecendo o fato gerador da despesa no resultado.
Receitas Antecipadas Despesas Antecipadas
obflgacaes
Passwo
]

1
I
|
Direito

Atlvos que se tomarao despesas por


1
I
Apropriadas ao resultado por competencia com petencla

APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

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Se as receitas foram maiores do que as despesas, a conta ARE terá saldo credor, o que significa
LUCRO no período.
Se as receitas foram menores do que as despesas, a conta ARE terá saldo devedor, o que significa
PREJUÍZO no período.

Apuragéo do resultado (lucro Lucros ou prejuizos


ou prejuizo) 1 [ acumulados
U U

DRE ] [ Balango patrimonial

LANÇAMENTOS CONTÁBEIS BÁSICOS

Dica importante para aprendizado! A dica aqui é que vocês peguem papel e caneta e sigam os
lançamentos passo a passo, conosco, fazendo as anotações e constituindo, a nosso exemplo, os
lançamentos e balanços sucessivos.

Constituição Da Sociedade

BALAN O PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO

PATRIMONIO LIQUIDO
Capital social 1[ll(D0,00
Capital social a integral. -100.(X)0,00
Total do Ativo 0,00 Total do Pasivo + PL 0,00

Retificadora Au menta m Dimi nuem


Ativo Crédito Débito
Passivo Débito Crédito
Patrimbnio Liquido Débito Crédito

Integralização Do Capital Social Em Dinheiro

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 50_(DO,CO
PATRIMONIO LIQUIDO
Capital social 100.0l[X),OO
Capital social a integral. -50.0(X],0O
Total do Ativo 50.(X)0,00 Total do Passivo + PL 50.DO0,00

Aquisição De Mercadorias À Vista Sem Incidência De Tributos (operação que despenca na prova!)

BALAN Q0 PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 4-0.000,0D
Mercadonas 10.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO
Capital social 1OU.0C0,00
Capital social a integral. -50.0(X],OO
Total do Ativo 50.[DO,CD Total do Passivo + PL 50_CDD'DO

Aquisição De Mercadorias A Prazo Sem Incidência De Tributos

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A conta fornecedora será sempre uma conta de passivo, para registrar as compras de
mercadorias realizadas a prazo.
Negociaqno Trinsito Entrega

-H -~. ,1;
R!
Contnbilizagio aq uil
Na entrega

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 4-0.(X)0,CO Fomeoedores 20.(X)0,00
Meroadorias 30.[X)O,CO PATRI MON IO LlO.U IDO
Capital social 100.0(X],OO
Capital social a integral. -50.0(D,OD
Total do Ativo 70.(X)0,00 Total do Passivo + PL 70.(X)0,00

Integralização Do Capital Social Com Terreno E Veículos

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 40.000,00 Fornecedores 20.000,00
Mercaclorias 30.000,00 Financiamento a paqar 5000,00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LlQUlDO
Veiculos 30.000,00 Capital social 100.000,00
Total do Ativo l25.000,00 Total do Passive + PL 125.000,00

Venda De Mercadorias À Vista Sem A Incidência De Tributos

Apuragéo do resultado do exercicio


l Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 10,000,00 Receita de vendas 25.000,00

Lucro do exercicio 15.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 65.000,00 Fornecedores 20.000,00
Mercadorias 20.000,00 Financiamento a paqar 5.000,00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LlQUlDO
Veiculos 30.000,00 Capital social 100.000,00
Lucros acumulados l5.000,00
Total do Ativo 140.000,00 Total do Passivo + PL 140.000,00

Venda De Mercadorias A Prazo Sem A Incidência De Tributos

AP
uragéo do resultado do exercicio
Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75.000,00

Lucro do exercicio 45.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 65000.00 Fo rnecedores 20.000,00
Clientes 50.000,00 Financiamento a pagar 5000,00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LlO.UlDO
Veiculos 30000.00 Capital social l00.000,00
Lucros acumulados 45.000,00
Total do Ativo 170.000,00 Total do Passivo + PL 170.000,00

Entrada De Sócio Na Empresa, Com Ágio Na Emissão Das Ações

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Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal [...].
_Total do Capital Social (R5)
Valor Nominal
T n° agoes

Transações de Capital da Empresa com sócios: NÃO SÃO DESPESAS NEM RECEITAS.
Apuracéo do resultado do exercicio
Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75.000,00

Lucro do exercicio 45.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 215.000,00 Fornecedores 20.000,00
Clientes 50.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO
Veiculos 30.000,00 Ca pital social 200_O00,00
Reserva de capital 50.000,00
Lucros acumulados 45.000,00
Total do Ativo 320.0O0,00 Total do Passivo + PL 320.000,00

Reconhecimento Da Depreciação Do Veículo

Apuragao do resultado do exercicio


l Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75.000,00
Despesa de depreciagéo 6000,00
Lucro do exercicio 39.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa Z15.000,00 Fornecedores 20.000,00
C l ientes 50.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO
Veiculos 30.000,00 Capital social 200.000,00
(—) Depreciagéo acumulada —6.000,00 Reserve de capital 50.000,00
Lucros acumulados 39.000,00
Total do Ativo 314.000,00 Total do Passivo + PL 3l4.000,00

Adiantamento A Fornecedores

Apuragao do resultado do exercicio


l Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75.000,00
Despesa de depreciacéo 6000.00
Lucro do exercicio 39.000,00

BALANCO PATRIMONIAL
AT IVO PASSIVO
Caixa 200.000,00 Fornecedores 20.000,00
Clientes 50.000,00 Financiamento a paqar 5.000,00
Adiantamento a fomecedores 15.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO
Terrenos 25.000,00 Capital social 200.000,00
Veiculos 30.000,00 Reserva de capital 50.000,00
(—) Depreciacao acumulada —6.000,00 Lucros acumulados 39.000,00
Total do Ativo 314.000,0Cl Total do Passivo + PL 314.000,00

Entrega Das Mercadorias Relativas Ao Adiantamento A Fornecedores

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Apuracéo do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30000.00 Receita de vendas 75000.00
Despesa de depreciagéo 6000.00
Lucro do exercicio 39.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 200.000,00 Fornecedores 20.000,00
Clientes 50.000,00 Financiamento a paqar 5.000,00
Mercadorias 15_OO0,00 PATRIMQNIO LlQUlDO
Terrenos 25.000,00 Capital social 200.000,00
Veiculos 30.000,00 Resewa de capital 50.000,00
(») Depreciacéo acumulada —6.000,00 Lucros acumulados 39.000,00
Total do Ativo 314.000,00 Total do Passivo + PL 314.000,00

Reconhecimento Da Despesa De Aluguel

Apuracao do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75_OO0,00
Despesa de depreciacéo 6000,00
Despesa de aluquel 5.000,00
Lucro do exercicio 34.000,00

BALANCO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 200.000,00 Fornecedores 20.000,00
Clientes 50.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Mercadorias 15.000,00 Al uguéis a pagar 5.000,00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LlQUlDO
Veiculos 30.000,00 Capital social 200.000,00
(—) Depreciagéo acumulada -(5.000,00 Reserve de capital 50.000,00
Lucros acumulados 34000.00
Total do Ativo 3'l4.000,00 Total do Passivo + PL 314.000,00

Pagamento Dos Fornecedores Com Desconto Financeiro

Apuracao do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75.000,00
Despesa de depreciacao (5.000,00 Descontos obtidos 5.000,00
Despesa de aluquel 5.000,00
Lucro do exercicio 39.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 185.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Clientes 50.000,00 Aluquéis a pagar 5.000,00
Mergadoriag 15_000,00 PATRIMONIO LlQU|DO
Terrenos 25.000,00 Capital social 200.000,00
Veiculos 30.000,00 Resewa de capital 50.000,00
- Depreciacao acumulada -6.000,00 Lucros acumulados 39.000,00
Total do Ativo 299.000 O0 Total do Passivo + PL 299.000,00

Desconto Condicional (ou financeiro) Desconto lncondicional (ou comercial)

' Depende de uma condigéo a ser ' lndepende de qualquer condigao.


satisfeita. Concedido no ato do negécio.
0 Exemplo: desconto de 10% se pagar 0 Exemplo: desconto de 10% no ato da
antes do vencimento. venda.

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No momento
da negociaqéo F
Dedugao da
Receita Bruta
Para quem (despesa)
Desconto we
concede
Comercial N50 é despesa
(lncondicional) financeira
/
1 v 1

Para quem Nao precisa


iv ..
obtiver contablllzar

Momento
posterior a f

H5 OCIB 30 Nao é despesa


de venda
Para quem \

Desconto concede f

despesa
Financeiro
financeira
(Condicional) \
\

N50 é receita
de venda
Para quem d

obtiver \

Receita
Financeira
d

Adiantamento De Clientes

Apuracao do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 30.000,00 Receita de vendas 75.000,00
Despesa de depreciagao 6_000,00 Descontos obtidos 5.000,00
Despesa de aluguel 5.000,00
Lucro do exercicio 39.000,00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
21 5.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Cllentes 50.000,00 Aluguéis a pagar 5.000,00
Mercadorias 1 5.000,00 Adiantamento de clientes 30000.00
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO
Veiculos 30.000,00 Capital social 200.000,00
(—) Deprecia-Q50 acumulada -6000,00 Reserva de capital 50.000,00
Lucros acumulados 39.000,00
Total do Ati vo 329.000,00 Total do Passivo + PL 329.000,00

Atenção!
- Receita de vendas: reconhecida quando da entrega da mercadoria
- Baixa do estoque: reconhecida quando da entrega da mercadoria

Entrega Das Mercadorias Relativas Ao Adiantamento

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Atenção! Vejam que não há movimentação no caixa. O recebimento no caixa foi feito quando o
cliente adiantou a mercadoria. Aqui, só estamos contabilizando a entrega (e, respectivamente, a
receita e baixa da mercadoria).

Apuraqao do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas 105.000,00
Despesa de depreciagiio 6000,00 Descontos obtidos 5.000,00
Despesa de aluquel 5.000,00
Lucro do exe rcicio 54.000,00

BALANCO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 215.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Clientes 50.(X)0,(X) Aluquéis a paqar 5.000,00
Terrenos 25.(X)0,(X) PATRIMONIO LlQUlDO
Veiculos 30.(I)0,(X) Capital social 200.0(I),00
(—) Depreciagao acumulada -6.0(D,00 Reserva de capital 50.000,(X]
Lucros acumulados 54.(X)0,(X]
Total do Ativo 3'l4.0(X],00 Total do Passivo + PL 314.0(X),00

Pagamento Antecipado De Despesa De Seguro

Lançamentos relativos a despesas antecipadas:


1 – No momento do pagamento: Debita a conta despesas antecipadas (direito do ativo, portanto,
aumentando este grupo) e credita a conta disponível – caixa ou bancos, já que está saindo
dinheiro para o pagamento.
2 – Com o transcurso do tempo: Debita a conta despesa (despesa de seguros, de aluguel etc.) e
credita a conta despesa antecipada (reduzindo o valor do direito conforme o tempo vai
passando).
Apuragao do resultado do exercicio
Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas 105.000,00
Despesa de depreciagao 6000,00 Descontos obtidos 5.000,00
Despesa de aluguel 5.000,00
Despesa de seguro 1 .000,00
Lucro do exercicio 53.000,00

BALANCO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 203.000,00 Hnanciamento a pagar 5.000,00
Clientes 50.000,00 Aluguéis a pagar 5.000,00
Despesa Antecipada Seguro 11 .ooo,0o PATRIMGNIO LlQUlDO
Terrenos 25.000,00 Capital social 200.000,00
Veiculos 30.000,00 Reserva de capital 50.000,00
(—) Depreciacao acumulada -45.000,00 Lucros acumulados 53.000,00
Total do Ativo 313.000,00 Total do Passivo + PL 31 1000,00

Reconhecimento De Perdas Estimadas Com Clientes

Apura<;§o do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas 'l05.000,00
Despesa de depreciacéo 6000,00 Descontos obtidos 5.000,00
Despesa de aluguel 5.000,00
Despesa de aeguro 1000,00
Despesa com DEfdBS estirnadas com clientes 5.000,00
Lucro do exercicio 48.000110

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 203.000,00 Financiamento a pagar 5.000,00
Clientes 50.000,00 Alu uéis a a- ar 5.000 00
(—) Ajuste pf perdas estimadas com clientes -5.000,00
Despesa Antecipada Seguro 11.000,00 Capital social 200.000,00
Terrenos 25.000,00 Reserva de capital 50.000,00
Veiculos 30.000,00 Lucros acumulados 48.000,00
(—) Depreciacao acumulada -45.000,00
Total do Ativo 308.000,00 Total do Passivo + PL 308.000,00

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Atenção! Essas perdas eram chamadas, antigamente, de “Provisão para Devedores Duvidosos”.
Deixem esse termo “guardado na manga”, pois ainda pode aparecer, apesar de não estar
tecnicamente correto.
“Provisão” atualmente representa um passivo, mas de prazo ou valores incertos. E a “PDD” não
é paga a ninguém, é apenas um valor que a empresa deixa de receber. O correto, portanto, é
“Ajuste”, e não “Provisão”.

Clientes Liquidaram A Dívida, Com Desconto Concedido Pela Empresa

Apuragao do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas 105.000 00
Despesa de depreciacao 6 .000,00 Desco ntos obtidos 5.000 00
Despesa de aluguel 5 .000,00
Despesa de seguro 1 .000,00
Despesa com perdas estimadm com clientes 5 .000,00
Descontos financeiros concedidos 5 .000.00
|Lucro do exercicio 43.000

BALANQO PATRlMO'N IAL


AT IVO PASSIVO
Caixa 243.(I)0, CO Financiamento a pagar 5.CO0,(I)
Clienrte-s 0,00 Aluguéis a pagar 5.000,00
(—) Ajuste p/ perdas estimadas oom clientes ~5.(XX),00 | PATRIMONIO LlQ UIDO
Despesa Antecipada Seguro 11.lII)0,00 Capital social 200.000,00
Terrenos 25.(II),0O Raerva de capital 50.C0O,(IJ
Veiculos 30030.00 Lucros acumulados 431130.00
(—) Depreciaoao acumulada -6.0(X),OO
Total do Ativo 3031130. 00 lTotal do Passivo + PL 303000.00

Reversão Da Perda Estimada Com Clientes

Apuragéo do resultado d o exercicio


l Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 4s_000,o0 Receita de vendas 105_O0Cl,0O
Despesa de depreciacao 45.000,00 Descontos obtidos 5.000,00
Despesa de aluguel 5.000,00 Reversao da estimativa de perda 5.000,00
Despesa de seguro 1 .00o,00
Despesa com perdas estimadas com clientes 5.000,00
Descontos financeiros concedidos 5.000,00
Lucro do exercicio 48.000 00
BALANQO PATRIMONIAL
AT NO PASSIVO
Caixa 248.0(D,00 Fnanciamento a pagar 5.(IJO,(I)
Despesa Antecipada Seguro 11.0(I),00 Al uéisa u = ar 51110 (X)
Terrenos 25-000.00
Veiculos 30.0(1),% Capital social 200.000,00
(—) Depreciaéo acumulada —6.000,00 Reserve de capital 50.(DO,(X)
Lucros acumulados 48.(I)O,CO
Total do Ativo 308.0(D,00 Total do Passivo + PL 308.000.00

Constituigao da
estimativa de Perda —
Despesa

Reversao da
estimativa de Perda —
Receita

Ações Em Tesouraria - A conta ações em tesouraria ficará reduzindo o PL.

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Apuragao do resultado do exercicio


Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas
Despesa de depreciagao 6000,00 Descontos obtidos
Despesa de aluguel 5.000,00 Reverséio da estimativa de perda 5 000 00
Despesa de seguro 1000,00
Despesa com perdas estimadas com clientes 5.000,00
Descontos financeiros concedidos 5.000,00
Lucro do exercicio

BALANQO PATRIMONIAL
ATlVO PASSIVO
Caixa 24-3000,00 lrmanciamento a pagar 5.C00,UJ
Despesa Antecipada Seguro 1'l.0(D,00 Aluquéis a paqar 5.CO0.(X)
Terrenos 25.000,00 PATRIMONIO LlQU|DO
Veiculos 30.0(D,0O Capital social 200.000,00
(—) Depreciagao acum ul ada -6000,00 Reserva de capital 50.000,00
Lucros acumulados 48.(X)O,C0
— Acoes em tesouraria —5.CDO,C0
Total do Ativo 303.(XIJ,00 Total do Paxivo + PL 3o3.0o0,00

Reconhecimento Da Despesa De Salário

Apuracao do resultado do exercicio


l Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas
Despesa de depreciacao 6000,00 Descontos obtidos
Despesa de aluguel 5.000,00 Reversao da estimativa de perda 5 000 00
Despesa de seguro 1.000,00
Despesa com perdas estimadas com clientes 5.000,00
Descontos financeiros concedidos 5.000,00
Despesa de salaries 1000.00
Luc ro do exe rcicio

BALANQO PATRIMONIAL
AT NO PASSIVO
Caixa 243.0C0,00 Fnanciamento a pagar 5.(I)0,(X)
Despesa Antecipada Seguro 11.0CD,00 Aluguéis a pagar 5.(D0,(X)
Terrenos 25.0(X),OO Salérios a pagar 7.CO0,00
Veiculos 30.0(X),0O PATRlMClNlO LlO.UIDO
(—) Depreciafio acumulada —6.000,00 Capital social 200.000,00
Reserva do capital 50.CO0,CO
Lucros acumulados 41 .C00,C0
— Agaes em te-souraria -5.CDO,(I)
Total do Ativo 303.0(I],00 Total do Passivo + PL 303000.00

Reconhecimento De Dividendos - Reconhecimento de dividendos = NÃO É DESPESA DA DRE

Apuracao do resultado do exercicio


l Despesas Receitas
Custo da mercadoria vendida 45.000,00 Receita de vendas 105 000 00
Despesa de depreciacao (5.000,00 Descontos obtidos 5 000 00
Despesa de aluguel 5.000,00 Reversao da estimativa de perda 5 000 00
Despesa de seguro 1 000.00
Despesa com perdas estimadas com clientes 5.000,00
Descontos financeiros concedidos 5.000,00
Despesa de salaries 7.000.013
Lucro do exercicio 41000 00

BALANQO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 222.5(X),00 Financiamento a pagar 5.CDO,C0
Despesa Antecipada Seguro 11.0(1),00 Aluguéis a pagar 5.CO0.(I]
Terrenos 25.0(D,00 Salarios a pagar 7.0‘.)0,CK]
Veiculos 30.00100 PATRI MCNIO LTQUIDO
(—) Depreciagfio acumulada —6.000,00 Capital social 200.000,00
Reserva do capital 50.(I)O,C0
Lucros acumulados 20.50011]
(—) Agoes em tesouraria —5.C00,(XJ
Total do Ativo 282.5(1),0O Total do Paxivo + PL 282.500,00

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Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: Assinale a opção que indica o
reconhecimento de um passivo no balanço patrimonial de uma entidade.
a) Pagamento antecipado de despesa.
b) Pagamento de um empréstimo bancário.
c) Reconhecimento de provisão para contingência.
d) Reconhecimento do uso de um ativo imobilizado.
e) Venda de estoque, sendo metade à vista e o restante a prazo.
Sendo a leta c) correta.

4. Balanço patrimonial – Ativo Não Circulante.

O ativo não circulante é composto por:


1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;
2 – investimentos;
3 – imobilizado;
4 – intangível.

ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo
prazo é composto por:

Ativo nio circu|anta- - Raalizével a Longer Prazo


Dire-itu raalizéveis a '5 0 términa do exercicio social subsequanta
Vanda Cu-|i9adas4'Cont|'c|-ladaa
Dire-itu darivado da- Adiantamentu Direturea, adminiatraclorea, 5-dcio-5 N50 usual
Empréstimu Acicmistas nu participants-s do luczru

Circulante
Se-Que
E nu-561150 u|ul| da \ a
ampresa "€ re-gra

Vanda da N50 Circulanta uerall


Marcadoria para
diretur
Ni“ E mgdcio N50 Circulante
[independents do
usual cla empraaa
prazo]
*

ATIVO NÃO CIRCULANTE – INVESTIMENTOS

Pela Lei 6.404, investimentos podem ser avaliados por dois métodos: o método de custo e o
método da equivalência patrimonial (MEP). Pelas normas internacionais (CPCs), investimentos
podem ser avaliados pelo MEP, pelo custo ou pelo valor justo.

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|nvest|mentos W <>
Custo Outros

Valor Justo

MÉTODO DE CUSTO
Avahlaqfio Cus-to de aqu|s|<;ao
|n\rest|n'1entos
avahados pelo custo
(—) AJUSCB perdas Se a perda ‘For
provavels permanente

Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita, quando da


distribuição FORMAL DE LUCROS. Não importa quando o lucro foi gerado, mas quando houve a
formalização da distribuição.

Por uma determinação da legislação tributária, se os dividendos distribuídos no prazo de até 6


meses após a aquisição do investimento são considerados como uma recuperação de parte do
investimento. Não afetam o resultado, isto é, não representam receitas.
/
Avaliagéo:
Custo de aquisigéo
- Perdas provéveis
/
/

/
Dividendos /
6 meses (ou acordados
no momento da

Redugao do cu./co

MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em


controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob
controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial (...): (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

Gravem isso: alterou o PL da investida vai gerar alteração na investidora também!

CONCEITO DE CONTROLE

A Lei 6404/76 (Lei das SA) apresenta as seguintes definições:

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Art. 243 § 2º: Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou


através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.

Agfies ordinarias Agfies preferenciais

'lA1;5a»s 'comuns' ‘Em ragra n50 d§o diraito a veto


IEI11 reg-3 dig diraitg 3 vow IPossuam maior dividends ou
prinridade para raambolsar 0 capital

[EZJQQFSE1111?rZ§£.i1Z_dlI.§alZ§rZrZF;IZ§IQQEQZIIQEZEZ563550 t.m|| I
Para haver preponderância nas deliberações sociais através da AG faz-se necessária a
propriedade de mais de 50% das ações que dão direito a voto, isto é, 50% das ações mais 1 ação,
o que caracteriza, também, o controle.

CONCEITO DE COLIGAÇÃO

Lei 6404/76:
Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder
de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.
Sim H Coligada H MEP ]

lnfl.

N50 Hlnven. Perm.

QUALQUER ALTERAÇÃO no Patrimônio Líquido da Investida é reconhecida pela Investidora, no


resultado do exercício ou diretamente no Patrimônio Líquido, o que chamamos de Outros
Resultados Abrangentes. Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora
pelo PL da investida, e comparamos com o valor do investimento da investidora.

Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora, o que está ocorrendo com
o resultado da investida. Assim, quando a investida apura prejuízo ou lucro, isso se reflete no
resultado da investidora, independentemente da distribuição dos dividendos. O reconhecimento
não é apenas quando ocorre a distribuição formal do lucro, anotem isso!

Diminuigio do aeu
Cia Investida destina
Patriménio Liquido,
aaldo para dividandos
ck?

U
Cia lnvestidora
Cia lnveafidora
ooniabiliza a redugiu
raconhaoa 0 diraito a
da conta de
receber no ativo
lnvastimentaa

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Aula 27

AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO EM COLIGADAS OU CONTROLADAS – CONTABILIZAÇÃO –


COM MAIS VALIA E GOODWILL.

O ágio (valor pago a maior) na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser
classificado em duas parcelas:
1) Mais Valia dos ativos líquidos e
2) Goodwill

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor justo que é o preço
que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma
transação não forçada.
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos (patrimônio líquido) é a Mais
Valia. E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de “ágio por
expectativa de rentabilidade futura”). No balanço consolidado, a mais valia será eliminada
contra os ativos e passivos que lhe deram origem. E o goodwill será transferido para o grupo
Ativo Intangível, em conta específica.

INVESTIMENTOS PERMANENTES SEGUNDO OS CPCS


1 - É investimento permanente? Sim!
2 – É coligada, controlada, sociedade sob controle comum ou sociedades do mesmo grupo? Sim!
Avaliado pelo MEP!
3 – Não! Próximo item.
4 – É possível a adoção do valor justo (valor de mercado)? Sim! Então, o valor justo deverá ser
utilizado.
5 – Não! Então, utilizaremos o valor de custo.

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO

Propriedades mantidas para auferir receitas de aluguel ou para valorização do capital, ou


ambas e, não para:
a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas;
ou
b) venda no curso normal das operações.
• Imóveis para aluguel visando atender às atividades fins da empresa → Imobilizado;
• Imóveis para aluguel não relacionado às atividades fins, visa apenas gerar renda →
Investimentos;

Propr|edade para |nvest|mento At|vo Imobilizado

' Terreno ou lmovel I Mantido para uso na produgao,


' Aluguel (aluguel é a finalidade), PTe5ta§5° de 5erVi§°5- fins
valorizagao ou ambos administrat“/°5
' Aluguel a outros (quando aluguel é
meio para conseguir fim)
' Se espera utilizar por mais de um
periodo

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Aula 27

Prupriadada utilizacla paa


invastimanto a- para p-rod|.|g§o
corn:-:n1ita|\tan\ante

E poasfual saparar?

A parba Lrtilizada na
Claaa:Fi'ca-5;: ltélfioé
a|gn|fica\te?

Claaaifica-sa tudu Claasifica-sa tudo


propriadada cl-mpada prapria-dada para
pale invastimantu

IMOBILIZADO

Segundo o CPC 27:


Ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a
outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.
Há os bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como os bens objetos de
arrendamento (leasing). O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: operacional e financeiro.
No arrendamento operacional, o arrendatário reconhece (contabiliza) o ativo, e passa a ter
despesa de depreciação e despesa financeira.


— produqio cu
fi1mflv
‘H-aTt1H
ha-rntangival ‘ -0-uhas (q-|.|ando aluguel
nae é 0 fim}
I
Mantido para fina
adrrinistrafivoa

Espara-sa utilizar par


mia da-1 parin-do

INTANGÍVEL

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Aula 27

Conforme a lei 6.404:


Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
O CPC 04 nos apresenta conceito de ativo intangível, como se segue:

Conceito: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.

Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: A Lei nº 11.941/09 trouxe alterações em
relação à Lei nº 6.404/76, que estão alinhadas com o texto da NBC TG 18 (R3) –
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em
Conjunto. Com base na norma contábil, são coligadas as sociedades nas quais a
investidora tem influência significativa. Considera-se que há efetivamente influência
significativa quando
(A) a investidora considera relevante o investimento na coligada.
(B) a investidora exerce controle por meio de uma subsidiária integral.
(C) o valor contábil do investimento é igual a 10% do valor do patrimônio líquido da investidora.
(D) a investidora é titular de, no mínimo, 15% das ações preferenciais do capital da investida.
(E) a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou
operacional da investida, sem controlá-la.

Comentários:
A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar
nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é
presumida quando se possui 20% do capital votante (ações ordinárias). Essa presunção,
entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa pode ter mais de 20% e não ter influência
significativa e ter menos de 20% e ter influência significativa.
Isso é previsto na lei 6.404/76:
Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o
poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la.
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por
cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.
Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da influência
significativa.
Esta será a palavra-chave! Portanto a (E) será a correta.

5. Balanço patrimonial – Patrimônio Líquido Parte I.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO – CONCEITO E ESTRUTURA

Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os
seus passivos.

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CAPITAL SOCIAL
==3208e9==

O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da sociedade ou


com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar.
A lei das SA dispõe que:
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela
ainda não realizada.

Preste atenção! As questões, de modo geral, podem pedir o lançamento de subscrição e de


realização do capital.
A subscrição é quando o acionista/sócio assume o compromisso de ingressar na sociedade,
formalizando através dos instrumentos jurídicos pertinentes. Ainda não houve entrega dos
recursos. A realização ou integralização do capital social é a entrega efetiva dos recursos pelo
sócio.

Segundo a Lei 6.404/76, a constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes


requisitos preliminares:
I - Subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital
social fixado no estatuto;
II - Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações
subscritas em dinheiro;
III - Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela
Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.

Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas
do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social, ou, quando
aplicável, na Reserva de Capital que registrar o prêmio recebido na emissão das novas ações.

RESERVAS DE CAPITAL

Dica! Sempre que você vir uma conta iniciando com reserva, saiba que será uma conta integrante
do Patrimônio Líquido

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que não
se configuram como receita, contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

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Com base no artigo 182 da Lei das SA:


Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de


emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

Reserva de capital Nao 550 mais reservas de capital

ii ‘ ‘
Agio na amissao da- agoaa
H [ ‘
Doagoes 9 Sub. Para lnve-:.t.
I
Alienagfio da PBs I Prémio Emissfio da Debénmres I

Alienagio do BS
i 5

F
an auporta 5
Abaorgio da per raaarvaa da
~ prajuizcia lucrna a lucroa
\_ 3 acum ulaclaa

Raagata-,
raarrl:-plan,
cumpra da agfi-as

Utilizagia daa Reagaba da parbaa


raaarvaa da capital benefidariaa

lnaurp-c>ra1;Eo ac:
mpital social

Pagamanbo Ha
Idividandua a aqioa
ptafilranciaia, aa
~
As reservas de capital somente podem ser utilizadas para pagamento de dividendos de ações
preferenciais. Não podem ser utilizadas para pagamento de dividendos de ações ordinárias.

Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto. As preferenciais são aquelas
que não dão, em regra, direito a voto, mas possuem outras vantagens, geralmente relacionadas
ao pagamento de maiores dividendos.

O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor (quem está comprando a


ação) que ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas.

Destacamos que uma ação pode não ter valor nominal, mas possuir um valor de referência para
comparação.

A emissão das partes beneficiárias é exclusiva de cias fechadas (LSA, art. 47). Como já dito, a
participação nos lucros deve ser menor do que 10%.

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Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias gera lançamento contábil. Isto é, no caso
do administrador aposentado, se ele paga pelos títulos há contabilização. Se forem doadas, há
apenas menção em notas explicativas.
Agora:

. Pode virar
Reserva de Lucro
.
Antes:
- \
Reserva de Cap”
Doaqfies e
Subvengfies

Prémio na emisséo de debéntures

Receita no resultado: regime de competéncia

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de reavaliação.
Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial.

Ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir valores de ativos
e de passivos, enquanto a reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente.
Ajuste de HVfl|iB§§O patrimonial
Enquanto nao computado no resultado do exercicio
Contrapartida de aumento ou redugio do ativo ou passivo

Ern dacorréncia da avaliagao a valor justo

AÇÕES EM TESOURARIA

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na
tesouraria. As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto. Os custos de
transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem ser tratados
como acréscimo do custo de aquisição de tais ações.
Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como
redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados
diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição
de tais ações, não afetando o resultado da entidade

Lei 6404/76:
Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta
do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

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Ganho com agéas Pl." Rasarva do


em tesouraria Capital
Oparagoos com
agfies arn
tasourana
Perda com aqées Pl_' diminuindo a
am tesouraria raserva

A<;6Es EM NA?/5% E'§E'r\;O A CONTA REDUTORA


TESOURARIA DIVIDENDOS DO PL

¢
GANHQ NA PERDA NA ALIENAQAO:
NAO AFETA O Al-IENACAOI DIMINUI A RESERVA
RESULTADO RE$ER\/A DE QUE SERVIU DE LASTRO
CAPITAL NA AQUISIQ/KO

Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: As reservas de capital, contabilizadas no


patrimônio líquido, representam valores recebidos que não transitaram e não irão
transitar pelo resultado como receita.
Assinale a opção que indica quando as reservas de capital podem ser utilizadas.
(A) Na reversão de provisões e no pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais.
(B) Na compensação de perdas extraordinárias e no atendimento a projetos de investimento em
expansão.
(C) Na incorporação ao capital social e no aumento do valor do investimento em coligadas e
controladas.
(D) No resgate, reembolso ou compra de ações e na absorção de prejuízos, quando estes
ultrapassarem as reservas de lucros.
(E) No pagamento de dividendos sobre a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente
e no resgate de partes beneficiárias.

Comentários:
Era muito comum que algumas empresas no passado distribuíssem as reservas de capital aos
sócios como forma de dissolução disfarçada da empresa. Por esse motivo, há restrições há
utilização dessas reservas pela Lei 6404/76. Vejam:
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo
189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
(artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá
ser destinada ao resgate desses títulos.
(D) No resgate, reembolso ou compra de ações e na absorção de prejuízos, quando estes
ultrapassarem as reservas de lucros. Correto!

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6. Balanço patrimonial – Patrimônio Líquido Parte II.

RESERVAS DE LUCROS

As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o


objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, e posterior destinação.

Compensafio dc
Prejuizos
¢
a.
Rasenras de Lucros
Destinagio no Lucro r
do Enercicio ~

Dividandos
-
<

Aumento de Capital
Social
¢

Com a alteração da lei das S.A a conta antigamente denominadas lucros ou prejuízos
acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja, haverá de existir uma
destinação para este lucro, não podendo ficar em conta específica do PL. Isso não quer dizer que
a conta de Lucros Acumulados não existe mais, tenha cuidado.

As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:


1. Reserva legal
2. Reservas estatutárias
3. Reservas para contingências
4. Reservas de incentivos fiscais
5. Reservas de retenção de lucros
6. Reserva de lucros a realizar
7. Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos
8. Reserva de prêmio na emissão de debêntures
O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a
realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará
sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição
de dividendos. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007)

Para a sua prova, grave que os LEÕES têm que ser MENOR DO QUE O CAPITAL SOCIAL!
L egal
E statutária
O rçam entária
Es pecial para dividendos não distribuídos

RESERVA LEGAL

Reserva legal → 5% do LLE → Limitado a 20% do capital social.


Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a empresa.

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Atenção! Para o cálculo da reserva legal, as bancas consideram o capital realizado, isto é
capital social – capital social a integralizar.
1» +

556 do lucro Antes de qualquer


liquido
Z1»- destinagio
l *
l
Dbrig; 2056 do
capital social
realizado
I'
Li'n'|tes we-+
Reserva legal Facult: Res. Leg. +
- Hes. Cap. = 3096
Cap. Soc.
lntegridade do n
.
capital social
-
Aurnentar capital

'
Utilizapio _

Corn pensar
prejuizos
|

RESERVAS ESTATUTÁRIAS

Flleservas estatutarias

Podem ser |.'lI'E\liSl3S no


estatuto, se:

lndicar a sua F. m. . Fr a parcela a Estabelecer 0


finalidade mar as C Enos ser destinada limite maximo

RESERVA DE CONTINGÊNCIA

Reserva para contingéncia Provisfias para contingéncias

Iconiperisagiodeperdaememerfidohniro; *G:ihe|'turadeperdae|nq|.|ej€hor|uefatogeradrr
-Segregar|oPLparceladelucrosq|.iepoder'iiirpa|a *Oo|1sliuldai|1dependerrbedoluo'oouprej|.|eodo
cividendos; exercicio;
-Ereverfidaparaluarsaoinuladosloomelrdcou nioo *Niohi|'evers5odevalu'es,e|nreg|a_
'!’l'e"t"i-i'"€T3|\d°5Cd°‘5di"'5dE|'ld°‘5 *Con1a do passivo e crlrtrqlrtida em despes
-GontadoPL,|esen|adelucros.Naoafetars1.|ltado; resultado;
-Eiielrqios: gaadas, irundagfies, sacas, empress que *E1:err|:lo5: irdenizagfies contlatuais, contirgenclas
operrnoampei-iodosaltameirteluoativosedepoiscom figmigu-gbalhigrag,
baixa lucratividade.

RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS

As doações e subvenções governamentais, antes das mudanças ocorridas na


contabilidade, eram registradas à conta de reserva de capital. Agora essas doações são
registradas como receita (lembrem-se de que as receitas são contas de resultado).

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Apesar de o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções governamentais tenha
deixado de figurar como reserva de capital, a companhia poderá deliberar por formar com esse
montante uma reserva de lucro, chamada reserva de incentivos fiscais.

RESERVA DE RETENÇÃO DE LUCROS

Conforme a Lei 6.404/76:


Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter
parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente
aprovado.

A finalidade dessa reserva é financiar projetos de investimentos, e não pode afetar (diminuir) os
dividendos obrigatórios. Mas, ao invés de distribuir todo o lucro na forma de dividendos
adicionais, a empresa pode constituir a reserva de retenção de lucros.

RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou


do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a
assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à
constituição de reserva de lucros a realizar. As reservas de lucros a realizar só podem ser
utilizadas para dois fins: pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos!

RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS

Segundo a Lei das Sociedades por Ações:


Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a
parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...) Portanto, a regra é a distribuição de dividendos
ao final de cada exercício social. Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer
de a empresa possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o
pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um volume
extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em recuperação judicial
ou extrajudicial.

Resewa de Lucros a Realizar Resenra Especial para Dividendos Nao


Distribuidos
l Caixa da emprasa cornprometido I l Cenario Econfimioo Ruirn I

l Lucro n5o realilado


ll l
Alto volume de emprétimos

l Ganho com IIIEF 1: vendas de Longo Pram


ll ""l
Recuperagao Judicial

RESERVA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da
Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime
de competência. O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva

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específica de prêmios de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de Renda (Lei
11.941/09).

LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial, quando do
fechamento da demonstração.

- A conta lucros acumulados é uma conta temporária do patrimônio líquido. Ela recebe o
resultado do exercício que não mais pode ficar ali retiro injustificadamente.
- A conta prejuízos acumulados pode continuar a existir normalmente.

Segundo a Lei 6.404/76:


Art. 189. Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

Segundo a Lei 6.404/76:


Art. 189. Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.
Absorgfio do prejuizo

1° Lucro.
acumulados

2° Reserves de lucros

3° Reserva legal

*Podem ser utilizadas também as reservas de capital (facultativamente).

A LUA RELUZ AO RELENTO NA CAPITAL!


1º) LUcros Acumulados (Lua)
2º) REserva de LUcros (Reluz)
3º) REserva LEgal (Relento)
4º) Reservas de CAPITAL (Na capital)

DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS

A regra é a distribuição de dividendos obrigatórios ao final de cada exercício social.

Divide ndos
Estatuto oxprosso Hxa o quanta quisor
Lucro liquido do exercicio
Estatuto omisso [base do _Rg5ewa|QgB|
calculo): 50% do lucro liquido _Rg5e~a para oonflngéncias
alustPdD' que P enmnvadfl da + Rovers-E0 do rosowa para contingéncias
segumte mam“ - Rosorva do incontivos fiscais (facultativo)
- Rosorva omisséo do dobonturos {facultativo}
So fixar dopois Minimo 25% do valor do lucro ajustado acima

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DIVIDENDOS ADICIONAIS

Tratamento Dos Dividendos


1) Dividendos obrigatórios: ficam contabilizados no Passivo, na data do fechamento das
demonstrações contábeis.
2) Dividendos adicionais:
2.1) Declarados após o período contábil: Não são contabilizados, sendo apenas divulgados em
Nota Explicativa.
2.2) Declarados antes do período contábil: ficam no Patrimônio Líquido, até a aprovação pela
Assembleia, quando são transferidos para o Passivo.

ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL

Adiantamento Para Aumento De Capital


Regra → passivo exigível
Exceção → quando não houver hipótese de restituição = PL

Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: Assinale a opção que indica uma transação
que diminui o valor do Patrimônio Líquido de uma entidade.
a) Compensação de prejuízo com reservas.
b) Pagamento ou crédito de juros sobre o capital próprio.
c) Transferência do saldo de outros resultados abrangentes para a conta lucros acumulados.
d) Reversão de reservas de capital para apropriação ao capital social.
e) Apropriação do lucro líquido do exercício para a formação de reservas.
Sendo a letra b) a correta.

7. Demonstração do resultado do exercício. Demonstração do


Resultado Abrangente.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta o


desempenho da entidade através do confronto entre receitas e despesas. Por essa característica,
possui caráter dinâmico.
Se as receitas forem maiores que as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário,
sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.
Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as receitas e despesas
devem ser reconhecidas independentemente de pagamento ou recebimento.

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IQ [fie Confronto
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E DESPE535 Prejufzo

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Saldo para 0 PL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo
na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência
de empregados, que não se caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em
moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas
e rendimentos.

DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 (R2) – ESTRUTURA


CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
\
Receflas Despesas
Al.Il"l'IEI1tOS HOS fltlVOS Dlmlnuiqfies nos ativos

Redugfies nos passivos Aumentos nos passivos

Geram aumentos no Patrimonio Geram dimlnulgfies no


Llquido Patrlmfmio Liquldo

Excegio: contrlbulpfies de Exceqéo: dlstrlbulgfies de


detentores de direitos sobre 0 cletentores de clireltos sabre 0
patrimdnio patrimonio
J K J

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/ \
Distribuigées aos Con1I|bu|i;6os do
detontoros do dotentoros do
diI‘9it°8 505$ 0 diroitos sobre 0
P8fri"'"5I1iO patrimonio
7 ‘ '\

Dividendos, Juros _ _ _
N50 sio despesas sobro o Capital N50 55° |-909]-tas Ag": na E_m'55'a° de
Préprio aliogs
. .
’ \

Roceloimonto polo
Retirada do Capital gmisséo de pB 9
Bén us do Su bs::ri|;.5o

ESTRUTURA DE DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI


6.404/76

Eitrutura da domonatraoéio do roaultado do exercicio


Faturamonto bruto [venda bmta + IPI aobro latu ram onto)
I:-} lPl aoloro loturornonto bruto
Vondaa brutoaillioooito bruto do \.ror1doa,|"Rocoito oporaoional bruto
I:-} Do-duofiios do rocoito bruto
Dovoluoiioa o oancolomorito do vondaa
Aloatimontos a-obro vendas
Doacontoa incondicionoia conoodidoafdoacontoa comorcioia
lmpostoa o contribui-oooa sobro vondos o sorvigos [lCl‘vl5, I5-S, PIS, COFINS}
Ajuato o valor proaonto sobro oliontos
Vondaa liquidaofliocoito liquida do vondoalfloooita oporacional liquida
I:-} Cuato da mercadoria vondido [CMV = Eat. iniciol + Cornproa liq. — Eat. final)
Lucro br|.rto.|"Rosul'l:ado oporacional lorul:o.l'Roaul'l:ado oom moroodorioa
I:-} Doapoaaa oporacionaia
Corn vondos
Administrativaa
Goraio
Hnanooiraa liquidaa [doapoaoa 'Flf13f"lEBlF3B — roooitaa linoncoiraa}
Outraa doapoaoa oporacionaia
+ Clutraa roooitaa oporocionaia
Hosultado oporooional |iquidoJ'Lucro ou projuizo oporacional liquido
I:-} Outraa doapoaos lantigaa doapoaoa noo oporacionaia]
+ Dutroa rocoitaa lantigaa ro-coitoa néio oporacionaia]
Roaultado antoa do lmpoato do Rondo o Coritrihuicio Social aobro Lucro Lic|uido
I:-} Dospoaa com proviaao para lmpoato do Ronda o CELL
Roaultado apoa o lmpoato do Rer'|dafCSLL o ontoa das participocoaa
I:-} Participog-Boa oatotutoriaa aobro o lucro
Dobonturistaa
Emprogodoa
Administradoros
Parlzo-s bonaficiafios
Fundo do aaaiabonciolprouidoncia a omprogadoa
Lucro ou projuho liq uido do oxorcicio

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RECEITA BRUTA DE VENDAS

De acordo com a Lei 6404/76, a contabilização das vendas é feita pelo valor bruto, incluindo
impostos. As reduções das vendas são feitas em contas específicas, deduzindo a conta receita
bruta.

O princípio básico deste pronunciamento consiste em que a entidade deve reconhecer receitas
para descrever a transferência de bens ou serviços prometidos a clientes no valor que reflita a
contraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca desses bens ou serviços.
Portanto, a receita deve ser mensurada pelo valor da contraprestação a receber.

DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS

Representa todas as devoluções de vendas ocorridas dentro do exercício social. As devoluções


de vendas de exercícios anteriores são consideradas como despesas operacionais.

Devolugiio do exercicio Dedugio da Receita Bruta

Devolugfio do exercicios anterioros

ABATIMENTO SOBRE VENDAS

Atenção! O abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não afeta a base de
cálculo dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS).

DESCONTOS
Momonto
posterior a
nogociacfio Nao é do-ape-aa
do venda
Para quom
Doscorrto curlcidfl
daap-one
Financeiro
Financeira
[Condi::ional)

Nao é receita
do venda
Para quom
obtivor
Receita
l:lf‘l3f‘ICB'lFi

No momento da
nogociagao
Dodugio do
-l
r
Receita Bruta
ld==P===l
Doaoonto Para qilm
Comarcial Gone
Nio 5 despesa
[lnoondicionall
linanooia

Para quom N50 prociaa


obtivor contabilizar
a 4

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TRIBUTO SOBRE VENDAS

lPl Tributo por fora


+ .
Receita bruta Preqo de venda
ICMS Tributo por dentro
' PIS/COFINS Tributo por dentro
Precisa ficar bem claro para você que o IPI NÃO INTEGRA A RECEITA BRUTA!

CUSTOS DE ESTOQUE

Ciiato do wbuqn i1cl|.i: Nio inchi

'P‘re-go do oompra 'TribulJos remiporavois (MP: lF'l, ICMS, PIS,


1-|mpmtm-_ da. impqrtaqgn B Du-|;|»m t-ibutm CCIFINS nao ::|.mulativ~oa. Rovonda: ICMS, PIS

1-|:|_5-|;D da 1;|-3|-|5p.m-mg Q l'Doacontoa oomerciais


0599.10 "Abatimentos
ilvlan useio
l'C|.5l:los dirotamente airibu ivoia

PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

As participações devem ser retiradas na seguinte ordem:

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações


(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
“DEA PIFOU”

Atenção! Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que cada participação
diminui a base de cálculo da participação seguinte. É muito importante que isso fique claro!

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26

O Pronunciamento Técnico do CPC nº 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis –


determina que a entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no
período em duas demonstrações:
1) demonstração do resultado do período (DRE); e
2) demonstração do resultado abrangente do período;
As alterações que ocorrem no Patrimônio Líquido das entidades podem ser divididas em dois
grandes grupos:

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1. As transações de capital da empresa com seus sócios; e


2. O Resultado Abrangente Total.
Emissao de agoes,
PBs, Bonus de
I Subscrigéo, Agfies em
l Transagfies d Tesouraria
: Capital
I I I I I I I I I I I I I I (IDI \______1

DMPL
Alteragoes no
PL
Receitas e
DESI] E585 DRE
l Resultado
Abrangente
Total
Il-
,___ I I I I I I I I I I I I I I I '~___--I Outros 1|
Resultados ,1 DRA
Abrangentes

COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76

LEI 6404/76
CPC 26 — Apresentagao das Demonsbragfies
Contabels
Receita Bruta
(—) Dedugfies das Vendas
Receita Liquida Receitas
(—) CMV (—) CMV
Lucro Bruto Lucro bruta
(—) Despesas (—) Despesas
—- Vendas —— Vendas
—- Gerais e administrativas —- Gerais e administrativas
—- Outras despesas operacionais —- Outras despesas e receitas operacionais
-- Financeiras, deduzidas as receitas
Lucro cu prejuizo operacional = Resultado antes Receitas e Despesas
Outras receitas e outras despesas financeiras
Resultado antes IR +/~ Despesas e Receitas financeiras.
(—) Provisao IR (=) Resultado das operaI;6es continuadas
(—) Particlpagfiesz
-— Debentures +/- Resultado Ilquido das operagfies
-— Empregados descontinuadas.
-~- Administradores (—) Despesas tributos sobre 0 lucro
-— Partes Beneficiaries (—) Participagfies:
Lucro ou prejuizo por aI;€Io -- Debentures
-— Empregados
<-- Administradores
-- Partes Beneficiaries
Resultado liquido do periodo

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE

Segundo o CPC 26: Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante
um período que resulta de transações e outros eventos que não sejam derivados de transações
com os sócios na sua qualidade de proprietários.
Resultado abrangente compreende todos os componentes da “demonstração do resultado” e da
“demonstração dos outros resultados abrangentes”. DRE + OUTROS RESULTADOS
ABRANGENTES = RESULTADO ABRANGENTE

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Variagoes na reserva
l de reavaliagao
u
\

Ganhos e perdas
atuariais
F
/

Resultado Liquido r Ganhos e perdas dew


Outros resultados conversao das
abra ngentes demonstragfies
J
k (exterior) J
r \
r
Resultada Abrangente Outros Rersultaclos Ganhos e perdas
Total Abrangentes ativos financeiros
disponiveis para
J venda
f
Reclassificagao de r

Outros Resultados ‘Ganhos e perdas com


para o resultado do hedge
Penodo
4

Como exemplo de resultados abrangentes temos:


- Ajustes de conversão do período e acumulados.
- Ajuste de avaliação patrimonial.
Em suma. As receitas e despesas de uma entidade devem figurar na demonstração do resultado
do exercício. Por seu turno, as outras variações do patrimônio líquido, que, futuramente,
poderão transitar pelo resultado ou ficar só no Patrimônio Líquido são apresentadas como
outros resultados abrangentes, na chamada demonstração de resultados abrangentes, desde que
não sejam valores provenientes dos sócios.
Atenção! É vedada a inclusão da Demonstração dos Resultados Abrangentes apenas na DMPL.
Portanto, atualmente a Demonstração dos Resultado Abrangentes deve ser apresentada como
uma demonstração separada.
Portanto, o que você deve levar para a prova é o seguinte:
- Resultado abrangente: está incluído na DMPL.
- Demonstração do resultado abrangente: deve ser apresentada separadamente.
A seguir, um modelo de demonstração de resultados abrangentes.
B RF SA
DEMCINSTRNQCJES DO RESULTADO ABRPHGENTE

Controlad ora Co nsolldalzlo

31.12.14 31.12.13 3'1 .1114 31.12.13


Lucro llquicla do exercicio 2225.035 1182.430 1224.87? 1.065.831’
Oulroa rasultadoa abrangorllno
Ferdas rla aamersaa do operalgbea no axloriar 1120.337) (41264) [120..'L3T] (4-1.254]
Perdas naa radizadaa sabre qzlicagtles dispoI'Ilva's a venda (11831) (23-T591 (11.sa1] (23_T59j|
IRICS sabre parchs nan reaizaim sabre apizaabes clisponlveis a varida 41 129 41 129
Perdaa sabre hecya de fluxn de csixa 1162.810 (2501156) [152.81Tl 1260.056]
lRlC-S sabre perdas do hedge do llixa do aaixa In-#1313 55.152 91.271 55152 94.271
Dulros resultnioa ahrangenros liquldao oom elelmo subooque ntas no
resultllo I23B.2S2]_ (2§II.6B9]_ [239_2'B2]_ {230.6B9:|_
Ganhos aluariaa de pianos ae pensao e aeneflcias pas emprego 25 8.731 34.153 aJa1 341.103
IRJCLS so-are garhas aluarhals de planas ae pensaa ehenelislas p-as emprego 25 l2-9'59]. (1'l.E23]_ l19'59l_ l11.E23]_
Durras l"E!l.llI‘.lID! Iihrangente-5 llquldao earn elelmo suboeque ntas no
resultado 5.76 2 22.550 51.762 22.550
Durroa resultoiaa ahrangonroa do an rdcla, Ilqul-one do hqaosrm 1.851.506 B54331 1.991.347 B-53.705
fll.rlbI.Il\Iol l
Aalnnlstas cnritrolauores 1.991.506 B51331 1.991.515 054.301
Aclonlslas I100 contra-hrloree (1591 4.4-01'
1.551.506 B54331 1.991.347 B-5B.TOB

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Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: Uma entidade apresenta uma análise das
despesas em sua Demonstração do Resultado do Exercício utilizando uma classificação
baseada na sua natureza, uma vez que acredita que este critério oferece informação
confiável e mais relevante.

Assinale a opção que indica um item apresentado na demonstração do resultado de acordo com
o método da natureza do gasto.
(A) Despesas de vendas.
(B) Despesas administrativas.
(C) Despesas operacionais.
(D) Custo dos produtos e serviços vendidos.
(E) Despesa com benefícios a empregados.

Comentários:

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação baseada na
sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade, devendo eleger o
critério que proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações
legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na demonstração do resultado


de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com
transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre
as várias funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos a
classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de dividir a depreciação do período entre
depreciação das máquinas usadas na fabricação (que é atribuída ao custo do produto) e
depreciação do escritório (que gera despesa administrativa), é demonstrado apenas o
valor total da depreciação.

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos produtos e


serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte do
custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição
ou das atividades administrativas.

No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos segundo esse
método separadamente das outras despesas.

Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação
de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias
e envolver considerável julgamento.

Portanto, a letra (E) é a correta, pois Despesa com benefícios a empregados é uma rubrica
apresentada na DRE apresentada pelo método da natureza.

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8. Demonstração dos fluxos de caixa (métodos direto e indireto).

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA NA LEI 6.404/76


A demonstração dos fluxos de caixa é obrigatória para a companhia aberta e para a companhia
fechada com patrimônio líquido superior a 2 milhões.
A lei 6404/76 estabelece ainda que no mínimo teremos três fluxos evidenciados na DFC:

. . . . l: Fluxos de
Oporacronal Financiamento lrwstrmento S Caixa

Conceito de Atividades Operacionais:


Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras
atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.
Conceito de Atividades de Investimento
Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de
outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
Conceito de Atividades de Financiamento
Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na
composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.

- Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.


- Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um
insignificante risco de mudança de valor.
- Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.
O método direto parte diretamente da conta caixa, enquanto o indireto é feito partindo do lucro
líquido do exercício, fazendo alguns ajustes na DRE. Só há diferença no fluxo operacional. O de
financiamentos e investimentos é igual.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO INDIRETO


Os passos para fazermos a DFC pelo método indireto, no fluxo operacional, são os seguintes:
Passo 1: Pegar o lucro líquido do exercício
Passo 2: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa.
Passo 3 Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.

Modelos de fluxo de caixa pelo método direto e pelo método indireto:


Atividades operacionais
Lucro líquido
(+) Depreciação, amortização e exaustão
(+)(-) Resultado da equivalência patrimonial
(+)(-) Resultado na alienação de imobilizado, investimentos ou intangíveis
(+) Despesas financeiras que não afetam o caixa
(-) Receitas financeiras que não afetam o caixa
(=) Lucro ajustado

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(+)(-) Variação nas contas do ativo circulante e realizável a longo prazo:


Duplicatas a receber
Clientes
(PDD)
(Duplicatas descontadas)
Estoques
Despesas antecipadas
(+)(-) Variação nas contas do passivo circulante e passivo não circulante:
Fornecedores
Contas a pagar
Impostos a recolher
Atividades de financiamento
Terceiros
Empréstimos e financiamentos (passivo – captação e pagamento)
Sócios
Aumento/integralização de capital (PL)
Pagamento de dividendos
Atividades de investimento
Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do ativo não circulante)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – MÉTODO DIRETO


No método direto, usamos as contas patrimoniais e ajustamos pelas contas de resultado. Ou seja,
usamos as mesmas informações, mas a forma de cálculo muda. Fica bem simples se usarmos a
fórmula universal, para o método direto, que é a seguinte:
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final
O saldo inicial e final de cada conta vem do Balanço Patrimonial. E as contas de Resultado
representam as entradas ou as saídas, dependendo da conta.

Modelos de fluxo de caixa pelo método direto e pelo método direto:


Atividades operacionais
Recebimento de clientes
Recebimento de juros
Pagamentos
- A fornecedores de mercadorias
- De impostos
- De salários
- De juros
- Despesas pagas antecipadamente
Atividades de financiamento terceiros
Empréstimos e financiamentos (Passivo – captação e pagamento)
Sócios
Aumento/integralização de capital (PL)
Pagamento de dividendos
Atividades de investimento
Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do Ativo Não Circulante)

Os fluxos das atividades de financiamento e de investimentos são iguais nos dois métodos.

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Entre o método indireto ou direto só há diferença no fluxo das atividades Operacionais.

Principals exam lo-s do afividodos do flu:-to Oporacional


Vanda do morcadorias
Rocoloimonto Prostag-Eo do sorvigos
Royalties, honorarios, comissfios
Se-guros
lmposto do ronda

Principals oxom los do atividados do flta-co Oporocional


Fomocodoros do morcadorias
Fomocodoros do sorvioos
Ernprogados
Pagamonto
Soguros
lmposto do ronda o Arrondamonto do
CF‘ olou Baixo Valor

Principais oxom los do ativid»-ados do fiI..a-co lnvostimonto-5


Vonda do imoloilizado
Vonda do intangival
Rocolaimonto Outros ativos do longo prazo
Vanda do participagooo sociotarias
Aquisigaio do irriobilizado
Aquisigéo do intangivol
Pagamemo Outros ativos do longo prazo
Co-mpra do participaqéos sociotarias

Principais oxomploa do atividados do fluxo Financiamento


Emissao do aI;6os!lnstIumon'lJos patrimoniais
Dobonturos (Caixa rooobido pa-la amiss-aol
Rgcgblmgmo Emprostimos, notos promissorias
Rosgato do agéos./lnstrumontos patrimoniais
PfigiIl'I19I'l1D Amortizacao do ompréstimos
Pagamonto do arrondamonto

r" "-" " " " "-" "-" " " " "-" "-" " " " "-" l
. Atonqaol Aposar do sor atividado rolacionada a ativo imobilizado (arrondamonto), .
l o pagamonto om caixa para rodulgoo do passivo rolativo a arrondamonto o FlI..aco
| do caixa do financiamonto.

CPC Ericoraja Alternative


Pflgflmofltfl Qporacional Financiamento
Juros
Rocobimonto Oporacional lnvostimonto
Juros ggbfg .;;api1;a| Pagamonto Financiamento Oporacional
P"5PTl° 9 dl‘-'ld‘9"'d° RBCQblTI'I'BFlIO Oporacional lnvostimonto

Empréstimo Principal:
• Empréstimo contraído: Financiamento
• Empréstimo concedido: Investimento
• Juros sobre empréstimos: Operacional

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Arrendamento
• Arrendamento: Fluxo de Financiamento (pagamento das parcelas).
• Juros relativos ao arrendamento: Segue o que o CPC recomenda.
• Arrendamento de curto prazo e pequeno valor: Fluxo Operacional.

Compra e venda de ações:


• De outras companhias: fluxo de investimento
• Ações em tesouraria: fluxo de financiamento

Duplicatas descontadas: fluxo operacional


Atualmente, as Duplicatas Descontadas ficam classificadas no Passivo, pois a operação constitui,
em essência, um empréstimo garantido pelas duplicatas.

Mas, para a Demonstração de Fluxo de Caixa, a operação de duplicatas descontadas entra no


fluxo operacional.

Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: De acordo com o Pronunciamento


Técnico CPC 03 (R2) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, os fluxos de caixa agregados
advindos da obtenção e da perda de controle de controladas devem ser apresentados
separadamente e classificados, respectivamente, nas atividades
(A) operacional e operacional.
(B) de investimento e de investimento.
(C) de investimento e de financiamento.
(D) de financiamento e de investimento.
(E) de financiamento e de financiamento.

Comentários:

O item 39 do CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa afirma que os fluxos de caixa agregados
advindos da obtenção ou da perda de controle de controladas ou outros negócios devem ser
apresentados separadamente e classificados como atividades de investimento.
Imagine, por exemplo, se a Cia Alfa pagar R$ 100 milhões para adquirir o controle da Cia Beta.
Essa saída de caixa será classificada com fluxo de atividades de investimentos.
Da mesma forma, se a Cia Alfa receber R$ 150 milhões para deixar o controle da Cia Beta, essa
entrada de caixa será classificada com fluxo de atividades de investimentos.
A (B) é a correta.

9. CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

Teste de recuperabilidade: procedimento aplicados a ativos imobilizados e intangíveis que tem


o fito de assegurar que ativos não estejam avaliados por valores superiores ao de recuperação.
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

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I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os


empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor;
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

\/ \/ \

Recu peragao Registra Quando Adicionalmente

Houver interrupgéo
Revisa a vida L'Itil
do empreendimento

lmobilizados e Perda do valor do /


intangiveis capital aplicado O s ativos nao
\ pucl erem produzir Ajusta depreciagéo,
resultados amortizagéo,
suficientes para exaustao
recuerar o valor

/\ /\ J o

Perda por recuperabilidade

Valor Contébil
Valor de Venda
Valor em uso

Valor Recuperével

Obs.: Valor recuperável é o maior entre valor justo e valor em uso.

Definições importantes sobre teste de recuperabilidade

I Maior ‘ Valorjusto liquido do


despesa de venda
Valor recuperével

Valor em uso

Valor contébil maior que .


, Registra perda
recuperavel
Teste de
recuperabilidade
Valor contébil menor
H Nada so faz (prudéncia)
que valor recuperével

Periodicidade De Realização Do Impairment Test

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l:Inal do
exercicio
(periodo de
reporte}

H5 ]nd[cio5 de ISim! Teste de recuperabilidade


desvdcrizaggo? ‘N50! Teste dispensado

lndependente de oGoodwill (Combinafio do negocios)


indicio deve olntangivel com vida Litil indefiriida
testar. Olntangivel n50 disponivel para uso

IDENTIFICAÇÃO DE QUE UM ATIVO PODE ESTAR DESVALORIZADO

Principais indicadores de desvalorizagao


lndicadores externos lndicadores internos
Valor do ativo diminuiu mais do que 0 normal Obsolescéncia ou dano fisico do ativo
Mudangas tecnologicas Mudangas dentro da estrutura da sociedade
Taxas de juros aumentaram Desempenho pior que 0 esperado
Valor contabil do PL é maior que 0 valor do
mercado

MENSURAÇÃO DO VALOR RECUPERÁVEL

Valor Recuperável → Maior valor entre:


a) valor líquido de despesas de venda;
b) valor de uso.

Como regra, o valor recuperável deve ser determinado para ativos individualmente.

VALOR DE USO

A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:


(a) estimar futuras entradas e saídas de caixa decorrentes de uso contínuo do ativo e de sua
baixa final; e
(b) aplicar taxa de desconto adequada a esses fluxos de caixa futuros

BASE PARA ESTIMATIVAS DE FLUXOS DE CAIXA FUTUROS

A análise do fluxo de caixa também deve se basear em políticas mais recentes adotadas pela
empresa e abranger um período máximo de 5 anos adiante (salvo se se justificar período mais
longo).

RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO DE UMA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO

Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor
contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma
perda por desvalorização do ativo.

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Segundo a norma, essa perda deve ser reconhecida no resultado do exercício (outras despesas),
exceto se o ativo tiver sido reavaliado; neste caso a perda será lançada como reversão da reserva
de reavaliação.
' Ativos Despesa no
normals‘ resultado

Ativos y Reverséo da]


reavaliados reserva

PERDA POR RECUPERABILIDADE DE ATIVOS REAVALIADOS

Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor
contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma
perda por desvalorização do ativo.

A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do


resultado, a menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo
reavaliado deve ser tratada como diminuição do saldo da reavaliação.

A perda por desvalorização de ativo não reavaliado deve ser reconhecida na demonstração do
resultado do exercício. Entretanto, a perda por desvalorização de ativo reavaliado deve ser
reconhecida em outros resultados abrangentes (na reserva de reavaliação) na extensão em que
a perda por desvalorização não exceder o saldo da reavaliação reconhecida para o mesmo ativo.
Essa perda por desvalorização sobre o ativo reavaliado reduz a reavaliação reconhecida para o
ativo.

'Ativos Despesa no
normais " resultado
Perda
Ativos Reversao da Se exceder:
reava l ia dos reserva despesa

REVERSÃO DA PERDA POR DESVALORIZAÇÃO

A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que
a perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir
alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo.
Evinféncias de que a Se deixaram <:le
Exceto o goodwill
causas da perda deixara Faz 0 teste! existir, reversao da
(néo reverternos)
de existir? perda

Receita no resultado
OU

Reverséo da reserve
Reverséo
de reavaliagéo

N50 pode aumentar


0 valor do ativo além
do valor original

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Atenção! A reversão será reconhecida no resultado (como receita) ou como reversão da reserva
de reavaliação, se o ativo tiver sido reavaliado.

Observação

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: O contador de uma entidade incorreu em
um erro e não reconheceu a reversão do teste de impairment dos ativos imobilizados
dela.
Sendo o efeito que esse erro causou ao patrimônio da entidade, a subavaliação do ativo e do
patrimônio líquido.

10. CPC 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e em


Empreendimento Controlado em Conjunto.

Presume-se
20% ou mais do
influencia
Capital Votante
significativa
Mantém direta ou
indiretamente ' resume-se que
Menos de 20% do NAO tenha
Capital Votante influencia
ll - -

Método da Equivalência Patrimonial


INVESTIMENTO - CONTABILIZADO AUMENTA O“
EQUIVALENCIA K> INICIALMENTEAO K> D'gg";JégJE5iCZ)$Lé%?o
PATRIMONIAL CUSTO PEMODO

AJUSTES NO PL
AFETAM O VALOR DO
INVESTIMENTO DIMINUEM O
INVESTIMENTO

Resultados Abrangentes: Referem-se a valores que são lançados diretamente no Patrimônio


Líquido da entidade, sem afetar o Resultado do período. Podem ser, por exemplo, Ajuste de
Avaliação Patrimonial, Ajustes Acumulados de Conversão, e outros.
10. (.._) Ajustes no valor contébil do investimento também 550 necessérios pelo
reconhecimento da participagéo proporcional do investidor nas variagoes de saldo
dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos
diretamente em seu patriménio liquido Tais variagoes incluem aquelas
decorrentes da reavaliagéo de ativos imobilizados, quando permitida legalmente,
e das diferengas de converséo em moeda estrangeira, quando aplicével. A parte
do investidor nessas mudangas é reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros
resultados abrangentes diretamente no patrimonio liquido do investidor, e n50 no
seu resultado.

TRATAMENTO DOS DIVIDENDOS

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Quando a empresa distribui dividendos, o seu Patrimônio Líquido diminui. Assim, o valor do
investimento contabilizado na Investidora deve ser ajustado.
Ou seja, a distribuição por parte de dividendos para empresa avaliada pela equivalência
patrimonial diminui o valor do Investimento.
lnvestimento
avaliado pela Diminui 0
equivaléncia lnvestimento
O atrimonial
Dividendos
lnvestimento Receita do
avaliado pelo Valor d ividendos
Justo ou pelo Custo (Resultado)

PERDA DA CONDIÇÃO DE COLIGADA

Se o investidor deixar de ter influência significativa sobre a coligada, ou deixar de ter controle
sobre a controlada (sem que a controlada se torne coligada), então deve suspender o uso do
método da equivalência patrimonial. Nesse caso, o investimento deve ser contabilizado como
instrumento financeiro de acordo com os Requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 –
Instrumentos Financeiros; Reconhecimento e Mensuração.

Quando da perda de influência e do controle, o investidor deve mensurar ao valor justo qualquer
investimento remanescente que mantenha na ex-coligada ou ex-controlada. O valor justo será
considerado o valor do ativo, no reconhecimento inicial como ativos financeiros.

O CPC 46 – Mensuração do Valor Justo - define Valor Justo como o preço que seria recebido pela
venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

O investidor deve reconhecer no Resultado do período qualquer diferença entre:


a) O valor justo do investimento remanescente, se houver, e qualquer montante proveniente da
alienação parcial de sua participação na coligada e na controlada; e
b) O valor justo e o valor contábil do investimento na data em que foi perdida a influência
significativa ou foi perdido o controle.

LUCROS NÃO REALIZADOS

Quando uma empresa vende ativos a outra, coligada ou controlada, pode haver a ocorrência de
lucros não realizados. Considera-se realizado o lucro quando o ativo for vendido para terceiros.

l Vende l Empresa B H Vende Terceiros H Lucro Realizado

Em resa C N50 Vencle Lucro n50


p Terceiros Realizado

O lucro não realizado pode ocorrer na venda de estoque, investimento, instrumentos financeiros
de curto prazo, imobilizado ou intangível.

A maioria das questões de lucro não realizado refere-se a venda de estoque. É neste aspecto que
você deve se atentar.

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Aula 27

Obs.: No caso da questão mencionar a alíquota do Imposto de Renda, devemos levar em


consideração para calcular o lucro não realizado. O lucro não realizado é considerado o resultado
líquido dos tributos.

Ascendentes lnvestida Para


(Upstream) lnvestidora

Transagéo

Descendentes lnvestidora Para


(Downstream) lnvestida

Os lucros não realizados nas transações, seja de venda da investida para a investidora, seja de
venda da investidora para a investida, são eliminados para o cálculo do valor do investimento
no balanço individual da investidora, através do Método da Equivalência Patrimonial.

RESUMO DAS ALTERAÇÕES

a) Devem ser eliminados os lucros não realizados resultante de venda da coligada para a
investidora ou da investidora para a coligada, para o método da equivalência patrimonial.
b) Deve ser eliminado apenas o lucro referente à participação da empresa investidora; o lucro
referente à participação de terceiros é considerado realizado.
c) Venda da investidora para a coligada:
O lucro não realizado é eliminado na linha de resultado de equivalência patrimonial:
Resultado da equivalência patrimonial 500.000
(-) Lucro não realizado em operações com coligadas (50.000)
Observação:
No balanço de publicação, normalmente o investimento fica demonstrado já pelo líquido:
D – Investimento em coligadas- Equiv. Patrimonial 450.000
Mas deve ser controlado em subcontas o valor do investimento ajustado pela equivalência
patrimonial e o valor do ajuste dos lucros não realizados:
D – Investimento em coligadas- Equiv. Patrimonial 500.000
C - Lucro não realizado em operações com coligadas (50.000) 450.000
d) Venda da coligada para a investidora: o lucro não realizado é deduzido da equivalência
patrimonial.
e) No balanço individual:
Da controladora → Elimina os resultados não realizados
Da controlada → Reconhece (contabiliza) os resultados não realizados

PREJUÍZOS NÃO REALIZADOS

Deve ser verificado se há indícios de perda por recuperabilidade, para definir se os prejuízos não
realizados serão eliminados ou não.
Elimina somente
Coligagao % do
investimento
Operagéo
Elimina 100% do
Controle lucro néo
realizado

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Aula 27

Atenção: Houve uma alteração na Interpretação ICPC 09 (R2) - Demonstrações Contábeis


Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de
Equivalência Patrimonial – que indica que o lucro não realizado entre controladas passa a ser
ajustado pela participação, e não mais em 100%.
As bancas ainda não “descobriram” essa alteração. Portanto, para concurso, devemos verificar
se a banca ainda segue o procedimento anterior (ajusta 100% do lucro não realizado entre
controladas) ou o novo procedimento (ajusta só o percentual de participação, mesmo entre
controladas).

Demonstrações Contábeis para Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial.


. deve usar a
lnvestlmento — _ é aceitével uma
. I, . demonstragao
equiva encia defasagem de 2
contébil mais
patrimonial meses.
recente.

U w

a duragao dos devem ser elaboradas


periodos abangidos <1 com as mesmas politicas
deve ser igual. e critérios contabeis.
J

Equivalência Patrimonial dos Prejuízos Apurados pela Coligada/Controlada

COLIGADAS: Os prejuízos na coligada devem parar de ser reconhecidos pela investidora, quando
o valor da sua participação chegar a zero, a não ser que haja obrigação legal ou construtiva
(obrigação não formalizada) de fazer pagamentos pela coligada.
CONTROLADAS: aqui surge outra diferença em relação às normas anteriores. O prejuízo das
controladas continua sendo reconhecido pela equivalência patrimonial, mesmo depois de zerar
o valor do investimento.

Cessa quando A néio ser que exista


Colig adas investimento chegar obrigagéo legal ou
8 ZQFO construtiva
PRE.JU|;OS
EQUIVALENCIA
PATRIMONIAL Continua
Deve produzir o
reconhecendo 0
mesmo esultado e o
Controladas prejuizo mesmo
mesmo PL que 0
depois de zerar 0
balango consolidado
investimento

Em certame recente, a FGV cobrou o seguinte tema: A Cia Alfa possui participação de 12% no
capital social da Cia Beta. O presidente da Cia Alfa integra o conselho de administração da
Cia Beta. Com base nessas informações e de acordo com a Lei n.º 11.638/2007 e com os
pronunciamentos técnicos do CPC, a participação societária da Cia Alfa na Cia Beta deve ser
considerada a Coligada.

Comentários:
Embora a Cia Alfa possua participação de 12% no capital social da Cia Beta, podemos considerar
sua participação como Coligada. Isso se deve a existência de influência significativa pela Cia Alfa
evidenciada pela representação no conselho de administração da Cia Beta.
Obs.: a influência significativa é presumida quando se possui 20% do capital votante (ações
ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário!

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