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DEDE BALANÇOS
EMENTA
Importância da análise e interpretação de balanços; Estrutura das demonstrações contábeis;
Padronização das demonstrações financeiras; Análise Vertical e Horizontal; Indicadores de
Liquidez; Indicadores de Endividamento; Indicadores de Rentabilidade; Indicadores de Atividade;
Estudo da necessidade líquida de capital de giro. Grau de alavancagem.
CARGA HORÁRIA
60 Horas
OBJETIVO
Dotar o aluno de conhecimento que lhe permitam promover Análise das Demonstrações Contábeis
para os mais diferentes objetivos internos e externos. Demonstrar a análise financeira através de
relatório e parecer.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Avaliar e analisar a estrutura das demonstrações contábeis; Elaborar relatórios avaliando a real
situação financeira e econômica das empresas e auxiliando a gestão com informações relevantes;
Comparar os índices e indicadores aplicados nas demonstrações contábeis com padrões de mercado.
Estruturar as demonstrações contábeis como fator fundamental no processo de análise de balanço;
Coletor dados e demais informações para melhor padronizar as demonstrações e aplicação das
técnicas de análise; Elaborar relatórios sobre o desempenho econômico/financeiro das empresas;
Identificar e aplicar vários índices utilizados e aplicados nas técnicas de análise de balanço.
REFERÊNCIAS
Bibliografia Básica
REIS, Arnaldo. Demonstrações Contábeis: estrutura e análise.São Paulo: Saraiva, 2003.
RIBEIRO, Osni Moura. Análise de balanços fácil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
BLATT, Adriano. Análise de Balanços – Estrutura e Avaliação das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Makron
Books, 2001.
Bibliografia Complementar
FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
GUIMARÃES, Marcos Freire. Análise das Demonstrações Financeiras. 5. ed. Brasília: Vestcon, 2005.
FRAGA, Isaque de Azevedo Gomes. Apostila de Análise Gerencial de Balanços – Teoria e Exercícios. Univale,
2011-1.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
LIMEIRA, André Luís Fernandes, SILVA, Carlos Alberto dos Santos, VIEIRA, Carlos, SILVA, Raimundo Nonato
Souza. Contabilidade para executivos. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis-Contabilidade empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
SÁ, Antonio Lopes de. Introdução à análise de balanços. São Paulo: Tecnoprint, 1981.
SUMÁRIO
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil obrigatório por lei, que evidencia,
resumidamente, a situação patrimonial e financeira de uma entidade.
Resumo Prático:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
LADO ESQUERDO LADO DIREITO
No Ativo as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez, dos elementos
nela registrados, nos seguintes grupos (§ 1º do artigo 178 e artigo 179):
a) Ativo Circulante, dividido em disponibilidades, direitos (valores a realizar ou créditos) e
as despesas pagas antecipadamente, com prazo de realização de até doze meses.
b) Ativo Não Circulante, dividido em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado,
Intangível e Diferido.
Longo Prazo do Ativo: valores realizáveis após o término do exercício seguinte ao da data
do Balanço (costuma-se dizer ‘após um ano da data do balanço’).
Curto Prazo do Passivo: valores exigíveis (tem que ser pagos) no curso do exercício social
seguinte ao da data do Balanço (costuma-se dizer ‘até um ano da data do balanço’).
Longo Prazo do Passivo: valores exigíveis após o término do exercício seguinte ao da data
do Balanço (costuma-se dizer ‘após um ano da data do balanço’).
A seguir, modelos da estrutura de Balanço Patrimonial, conforme alterações na lei das
sociedades por ações (Lei 6.404/76).
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
. .
. .
. .
Total do Circulante Total do Circulante
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
. .
. .
. .
. Total do Não Circulante
. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
. .
. .
Total do Não Circulante Total do Patrimônio Líquido
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
. Disponibilidades . Duplicatas a Pagar
. Realizações (ou Créditos) . Aluguéis a Pagar
. Despesas antecipadas . Empréstimos a Pagar
. ICMS a Recolher
Total do Circulante Total do Circulante
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE
. Realizável a longo prazo . Exigível a longo prazo
. Investimento . Resultados não realizados
. Imobilizado Total do Não Circulante
. Intangível PATRIMÔNIO LÍQUIDO
. Diferido . Capital Social
. Reservas de Capital
. Reservas de Lucros
. Ajuste de Aval. Patrimonial
. (-) Ações de Tesouraria
. (-) Prejuízos Acumulados
Total do Não Circulante Total do Patrimônio Líquido
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
C) Modelo completo do da estrutura do Balanço Patrimonial contemplando grupos,
subgrupos e algumas contas.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
ATIVIDADES USUAIS Duplicatas a Pagar
Disponível Salários a Pagar
Caixa Encargos Sociais a Recolher
Bancos c/Movimento Impostos Federais a Recolher
Aplicações de Liquidez Imediata Impostos Estaduais a Recolher
Total do Disponível Impostos Municipais a Recolher
Créditos Empréstimos Bancários
Duplicatas a Receber Provisão para IRPJ
Empréstimos a Receber Provisão para Cont. Social
Estoques de Mercadorias Dividendos a Pagar
Total do Realizável a Curto Prazo Alugueis Recebidos Antecipadamente
Despesas antecipadas
TOTAL DO CIRCULANTE
Assinatura de Jornais e Revistas NÃO CIRCULANTE
Seguros pagos antecipadamente (Seguros a Vencer) Exigível a Longo Prazo
Alugueis pagos antecipadamente (Aluguéis a Vencer) Financiamentos
Total das Despesas antecipadas Empréstimos Bancários
TOTAL DO CIRCULANTE Empréstimos de Coligadas/Controladas
NÃO CIRCULANTE Empréstimos de Sócios
Realizável a Longo Prazo – Atividades Usuais Total do Exigível a Longo Prazo
Empréstimos a Sócios Resultados não Realizados
Empréstimos a Coligadas/Controladas Lucros em Participações Societárias
Despesas de Exercícios Futuros Ganhos de Doações/Subvenções p/ investimentos
Total do Realizável a Longo Prazo (-) Encargos tributários
Investimentos Total do Res. Não Realizados
Participações Societárias TOTAL DO NÃO CIRCULANTE
Imóveis para Renda PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Obras de Arte Capital Social
Total dos Investimentos (-) Capital a Realizar
Imobilizado - Bens em operação Reservas de Capital
Veículos Ajustes de Avaliação Patrimonial
Móveis, Máquinas e Equipamentos Reservas de Lucros
Equipamentos de Informática (-) Ações em Tesouraria
(-) Depreciação Acumulada (-) Prejuízos Acumulados
Total do Imobilizado TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Intangível
Fundo de Comércio
Marcas e Patentes
Direitos Autorais
(-) Amortização Acumulada
Total do Intangível
Diferido
Gastos Pré-operacionais
Gastos com Reestruturação
(-) Amortização Acumulada
Total do Diferido
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
1.1.3 Observações importantes sobre o Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Destino/Aplicação/Investimento Origem/Fonte/Financiamento
(Para onde vão os recursos) (De onde vem os recursos)
Recursos Próprios, Capital Próprio ou Passivo não Exigível: É o mesmo que Patrimônio
Líquido. Significa recursos do proprietário da empresa.
Recursos Alheios, Capital Alheio, Recursos de Terceiros, Capital de Terceiros ou
Passivo Exigível: É o mesmo que Obrigações. São os recursos obtidos pela empresa que
geram dívidas para a empresa.
Origem dos Recursos ou Fonte dos Capitais: É a soma das obrigações com o Patrimônio
Líquido (Recursos Alheios + Recursos Próprios).
Você já sabe, a gestão do patrimônio da empresa gera um resultado que poderá ser lucro ou
prejuízo.
O objetivo deste item é apresentar a você, de maneira bem simples, os procedimentos
necessários para a apuração do resultado do exercício da empresa.
1.2.1Conceituação básica
Se o saldo da conta ARE for devedor significa que as despesas da empresa foram
maiores que suas receitas e, portanto, obteve prejuízo no período.
Se o saldo da conta ARE for credor significa que as receitas da empresa foram maiores
que suas despesas e, portanto, obteve lucro no período.
1
Exercício Social: representa um ano de atividade. Geralmente, a empresa o faz coincidir com o ano civil, ou seja,
inicia-se em 01.01.XX e vai até 31.12.XX.
1.2.2 Demonstração Dedutiva
Receita
(-) Despesas Sentido vertical
(dedutivo)
Lucro ou Prejuízo
A DRE pode ser simples para micro ou pequenas empresas que não requeiram dados
pormenorizados para a tomada de decisão, como é o caso de bares, restaurantes e mercearias.
Deve evidenciar o total de despesa deduzido da receita, apurando-se, assim, o lucro, sem
destacar os principais grupos de despesas.
BALANÇO PATRIMONIAL
DRE
Ativo Passivo
1. Passivo Circulante (+) Receitas
1. Ativo Circulante (-) Despesas/Custos
2. Passivo não Circulante
(Capital Circulante ou de Giro)
(Capital de Terceiros)
3. Patrimônio Líquido
2. Ativo não Circulante (=) Lucro ou Prejuízo
(Capital Próprio)
(Capital não Circulante) (aumenta / diminui PL)
1.2.4 Estrutura sintética da Demonstração do Resultado do Exercício
Observações importantes:
Os valores a serem diminuídos serão indicados entre parênteses.
A DRE poderá ser elaborada em duas colunas: na primeira coluna serão descriminados os
valores parciais de cada item e na segunda coluna os valores totais.
2
A Receita Operacional Bruta (ROB) poderá desmembrar-se em: Vendas de Mercadorias (comércio), Vendas de
Produtos (indústrias) ou Vendas de Serviços (prestação de serviços)
3
As deduções da ROB representam as diminuições referentes às vendas canceladas (devoluções dos clientes),
abatimentos concedidos aos clientes (na Nota Fiscal) e aos tributos que incidem sobre o faturamento da empresa
(ICMS, ISS, PIS, COFINS etc.).
4
CMV (Custo das Mercadorias Vendidas); CSP (Custo dos Serviços Prestados); CPV (Custo dos Produtos Vendidos).
5
A empresa poderá apresentar Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto. O Resultado Bruto é também chamado de RCM
(Resultado da Conta Mercadorias ou Resultado Com Mercadorias).
6
A empresa poderá apresentar Lucro Líquido ou Prejuízo Líquido.
7
Só haverá Provisão para pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL) se a empresa apresentar resultado positivo (lucro).
8
Valor igual ao saldo de ARE.
1.2.4.1 Estrutura analítica da Demonstração de Resultado do Exercício
Receita Operacional Bruta (ROB): é gerada da venda de bens e/ou serviços prestados pela
empresa, provenientes da operação principal da atividade da empresa.
Custos sobre Vendas (CPV/CSP/CMV): são gastos efetuados com a produção dos bens
vendidos, com os serviços prestados e com as mercadorias vendidas.
Resultado Bruto (RB): é a diferença entre a ROL e os custos sobre das vendas dos
produtos/serviços/mercadorias. É utilizado para apuração da Margem Bruta.
Resumo Prático:
Observações importantes:
Para tanto, o administrador deve seguir uma política racional de realização de vendas e suas
respectivas cobranças (controle rigoroso de crédito e cobrança) para garantir o recebimento
de suas vendas a prazo. Quando se apura o resultado de uma empresa, computam-se as
receitas e os ganhos no momento da operação independente do seu recebimento ou
pagamento. Este critério, que atende ao Princípio da Competência, visa manter um
equilíbrio na estrutura financeira da empresa.
1.2.6 Modelo simplificado de Plano de Contas
1) ATIVO
CIRCULANTE Itens com prazo de realização (conversão em dinheiro) em até doze meses
DISPONIBILIDADES
Caixa Valores à disposição da companhia/empresa ou
conversíveis em dinheiro, no prazo máximo de 7 dias.
Bancos Conta Movimento
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
DESPESAS ANTECIPADAS
Seguros a Vencer
Assinatura de jornais e revistas
DISPONIBILIDADES
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
Se houverem
REALIZAÇÕES (OU CRÉDITOS)
Aplicações Financeiras
Imóveis para Venda
DESPESAS ANTECIPADAS
Seguros a Vencer
Assinatura de jornais e revistas
IMOBILIZADO
Equipamentos de Informática
Imóveis para Uso Itens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa
Instalações ou exercidos com esta finalidade. O Imobilizado será subdividido em:
Máquinas e Equipamentos Bens em Arrendamento, Bens em Operação e Bens para Futura
Operação.
Móveis e Utensílios
Veículos
(-) Depreciação Acumulada
Terrenos
INTANGÍVEL
Fundo de Comércio
Marcas e Patentes
Direitos Autorais Itens incorpóreos destinados à manutenção das
Gastos com Treinamento de Pessoal atividades da empresa ou exercidos com esta finalidade.
Gastos com Pesquisas e Desenvolvimento (P&D)
Gastos com Desenvolvimento de Sistemas
(-) Amortização Acumulada
DIFERIDO
Gastos que contribuirão, efetivamente, para o aumento do
Gastos Pré-Operacionais
resultado de mais de um exercício social e que não configurem
Gastos com Reestruturação simples acréscimo na eficiência operacional da empresa.
(-) Amortização Acumulada
2) PASSIVO
CIRCULANTE
Duplicatas a Pagar (ou Fornecedores)
Aluguéis a Pagar
Empréstimos a Pagar
ICMS a Recolher
Provisão para Imposto de Renda
Provisão para Contribuição Social
IR Fonte a Recolher Obrigações de qualquer natureza e recebimentos
Contribuições Previdenciárias a Recolher antecipados, vencíveis no prazo de até doze meses.
FGTS a Recolher
Honorários da Diretoria a Pagar
Salários a Pagar
Dividendos a Pagar
Adiantamento de Clientes
Aluguéis Recebidos Antecipadamente
Vendas a Realizar/Serviços a Prestar
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São ações ou cotas de capital adquiridas de outras sociedades.
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
Capital Subscrito
(-) Capital a Realizar
RESERVAS DE CAPITAL
Ágio na subscrição de ações
Produto da alienação de partes beneficiárias
10
Coligadas são as empresas na qual a investidora participa com 10% ou mais do capital da investida, mas sem
controlá-la. As controladas são as empresas em que a investidora é titular de direitos que assegurem a capacidade de
decisão nas assembléias da investida, inclusive de determinar ou eleger a administração da mesma.
3) DESPESAS
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas com Vendas (Comerciais)
Comissões sobre Vendas
Fretes e Carretos
Material de Embalagem
Propaganda e Publicidade
Despesas c/ Devedores Duvidosos
Despesas Administrativas
Aluguel
Energia Elétrica
Água
Correios
Amortizações
Fretes e Carretos
Material de Expediente
Prêmios de Seguro
Gastos ou perdas relacionados às operações normais da
Comunicações empresa.
Impostos e Taxas
Serviços de Terceiros
Multas Fiscais
Salários
Honorários da Diretoria
Décimo Terceiro Salário
Encargos Sociais
Férias
Despesas c/ Depreciações
Despesas c/ Amortizações
Despesas c/ Outras Provisões Ativas
Despesas c/ Provisões Passivas
Despesas Financeiras
Despesas Bancárias
Juros Passivos
Descontos Concedidos
RECEITAS OPERACIONAIS
Receitas de Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços
Vendas de Mercadorias Ganhos relacionados às operações
Vendas de Produtos normais da empresa.
Prestação de Serviços
(-) Vendas Anuladas*
(-) ICMS sobre Vendas* *Atenção: contas redutoras das Receitas de
Vendas. São despesas que são dispostas desta
(-) ISS sobre Serviços*
forma para facilitar a apuração da Receita
(-) PIS sobre Faturamento* Líquida de Vendas.
(-) COFINS*
Receitas Financeiras
Rendimentos de Aplicações Financeiras Continuação das receitas operacionais.
Descontos Obtidos
Juros Ativos
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final)
Resultado com Vendas de Mercadorias (RVM = Vendas Líquidas – CMV)
Apuração do Resultado do Exercício (ARE = Receitas – Despesas = Lucros ou Prejuízos)
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Representam contas que estão Compreende obrigações exigíveis
constantemente em giro – em que serão liquidadas no próximo
movimento. Sua conversão em exercício social, ou seja, no prazo de
dinheiro ocorrerá em até doze meses até doze meses.
Capital Capital de
Circulante PASSIVO NÃO CIRCULANTE Terceiros
Passivo Exigível a Longo Prazo
Obrigações de qualquer natureza e
recebimentos antecipados, vencíveis
após o prazo de doze meses.
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE 42.000,00 PASSIVO CIRCULANTE 38.000,00
Disponibilidades 15.000,00 Fornecedores 12.000,00
Caixa 10.000,00 Salários a pagar 10.000,00
Bancos 5.000,00 Impostos a pagar 5.000,00
Créditos 13.000,00 Empréstimos a pagar 10.000,00
Duplicatas a Receber 5.000,00 Outras Contas a pagar 1.000,00
Estoques de mercadorias 8.000,00
Despesas antecipadas 14.000,00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.500,00
Seguros pagos antecipadas 14.000,00 Passivo Exigível a Longo Prazo 2.000,00
ATIVO NÃO CIRCULANTE 14.000,00 Empréstimos a pagar 1.000,00
Ativo Realizável a Longo Prazo 2.000,00 Financiamentos a pagar 1.000,00
Contas a Receber 2.000,00 Resultados não Realizados 500,00
Investimentos 2.000,00 Lucros em Participações Societárias 500,00
Participações coligadas 2.000,00
Imobilizado 4.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 15.500,00
Veículos 4.000,00 Capital Social 9.500,00
Intangível 4.000,00 Reservas de Capital 2.000,00
Direitos Autorais 4.000,00 (-) Prejuízos Acumulados 4.000,00
Diferido 2.000,00
Despesa organizacional 2.000,00
TOTAL DO ATIVO 56.000,00 TOTAL DO PASSIVO 56.000,00
3. A empresa tem, à sua disposição, um Capital Circulante Líquido a curto prazo de $4.000,00
(AC – PC). Ou ainda: o Ativo Circulante representa 110% do PC (AC/PC*100).
5. O Capital Fixo mencionado no item anterior é preciso será a diferença entre o Ativo não
Circulante e o Realizável a Longo Prazo, ou seja, ANC – RLP.
2 OBJETIVOS DA ANÁLISE GERENCIAL
As Demonstrações Contábeis fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com
as normas contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto
mais eficientes quanto melhores informações produzir.
Em linha mais abrangente, pode-se listar algumas informações produzidas pela Análise de
Balanços:
Situação Econômica e Financeira
Desempenho operacional
Eficiência gerencial na utilização dos recursos
Pontos positivos e negativos
Análise de tendências e perspectivas
Quadro evolutivo
Causas e efeitos na situação econômica financeira
Providências que deveriam e devem ser tomadas
Avaliação final
A Análise Vertical permite determinar a participação relativa de cada conta no grupo total.
Através desta técnica é possível avaliar e acompanhar a estrutura econômico-financeira da empresa.
A análise financeira é feita com base nos dados extraídos do Balanço Patrimonial. Através
dessa técnica o analista é capaz de estudar os recursos (Disponibilidades, Direitos a Realizar e
Estoques) que a empresa gerou e medir sua capacidade de pagamento (saldar suas dívidas a curto
e a longo prazo).
A análise da situação econômica é feita com base nos elementos que compõem a
Demonstração do Resultado do Exercício, pelo estudo e interpretação do resultado alcançado
pela movimentação financeira. Essa análise possibilita conhecer a rentabilidade obtida pelo
capital investido na entidade.
Análise de como a empresa obteve seus resultados (lucro ou prejuízo) através de sua
movimentação financeira:
Esta análise tem como objetivo analisar o risco de falência através de índices combinados e
métodos estatísticos.
3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
Este tipo de análise, também conhecida por “Análise por Coeficientes”, mostra a composição
percentual e a participação de cada conta em relação a um valor adotado como base (100%), sendo
importante para avaliar a estrutura da composição dos itens de recursos da empresa.
Coeficientes: São valores que determinam os percentuais de cada conta ou grupo de contas em
relação ao seu conjunto.
Conforme já visto, o Passivo mostra a origem dos capitais que estão à disposição da empresa
e o Ativo mostra onde esses capitais foram aplicados.
Para se calcular a análise vertical divide-se o valor da conta desejada pela conta escolhida
como base de comparação. Caso queira encontrar este índice na forma percentual, multiplica-se por
cem.
Fórmula:
Veja como a situação do Balanço Patrimonial da empresa acima fornece dados para
interpretação:
Além desses dados que acabamos de analisar, poderão ser extraídos outros dados para fins
de análise. A interpretação será estudada nos capítulos seguintes.
Agora veremos como a Análise Vertical pode nos ajudar a analisar a Demonstração do
Resultado do Exercício. Podemos visualizar as variações, ocorridas durante o exercício, que
provocaram aumentos ou diminuições no Patrimônio Líquido.
Observe a seguinte Demonstração do Resultado do Exercício (não reclassificada):
O Custo das Mercadorias Vendidas, que foi de $ 12.000, correspondem a 40% da Receita
Líquida com Vendas.
O Resultado Bruto, que foi de $ 18.000, corresponde a 60% da Receita com Vendas.
As Despesas Administrativas, que foram de $ 5.000, correspondem a 16,67% das Receitas
com Vendas.
As Despesas Comerciais, que foram de $ 1.000, correspondem a 3,337% das Receitas com
Vendas.
As Despesas Financeira, que foram de $ 8.000, correspondem a 26,67% das Receitas com
Vendas.
As Receitas Financeiras e demais ganhos, que foi de $ 4.000, correspondem a 13,33% da
Receita com Vendas.
O Lucro Líquido do Exercício, que foi de $ 3.000, correspondem a 10,00% da Receita com
Vendas.
3.2 ANÁLISE HORIZONTAL (AH)
A análise horizontal, por sua vez, representa o mecanismo de comparação que se faz entre os
valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais, ou seja, é uma
análise temporal das contas da empresa.
Este tipo de análise toma por base dois ou mais exercícios sociais para verificar a evolução
de seus componentes. Observando, por exemplo, o comportamento dos diversos itens do Patrimônio
e, principalmente, dos índices, pode-se fazer uma análise de tendência.
Para se calcular a análise horizontal é preciso identificar a diferença de valores da mesma
conta em períodos diferentes e dividi-la pela conta anterior, ou a conta base da análise. Desejando-
se encontrar este índice na forma percentual, também se multiplica por cem.
Fórmula:
Veja como a situação do Balanço Patrimonial da empresa acima fornece dados para
interpretação da análise horizontal:
Veja como a Demonstração acima permite a extração de dados para serem interpretados:
Este é o processo de análise mais utilizado pelos analistas de balanços, porque oferece visão
global da situação econômica e financeira da entidade.
De acordo com o interesse do usuário (Sócios, Acionistas, Bancos, Fornecedores,
Funcionários, etc.) os analistas poderão extrair das demonstrações contábeis um número maior ou
menor de índices para analisar.
A fim de obter um bom diagnóstico quanto à situação financeira e econômica de uma
entidade, é aconselhável que o analista separe as duas funções, para que, em um segundo estágio, os
resultados obtidos em cada uma dessas duas análises sejam conjugados, a fim de compor um quadro
geral da situação patrimonial da entidade.
A situação financeira é evidenciada pelos Índices de Capitais e de Liquidez, enquanto a
situação econômica é ressaltada por meio dos Índices de Rentabilidade.
O índice é a relação entre contas ou grupos de contas nas demonstrações contábeis que visa
evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa.
Para se obter os índices bastam aplicar as fórmulas apropriadas, utilizando valores extraídos
das Demonstrações Contábeis.
a) Interpretação isolada
b) Interpretação conjunta
c) Comparação com Índices-Padrão
Cabe ao analista selecionar, da melhor maneira possível, um conjunto de índices que lhes
permita obter os resultados desejados.
É preciso seguir uma seqüência lógica na interpretação isolada e em conjunto dos índices,
visando ganhar tempo e obter melhores resultados.
Para o melhor aprendizado iremos dividir o estudo dos índices de estrutura de capitais da
seguinte forma:
Tomaremos como base o balanço da empresa Beta S/A, para calcular os índices.
O Capital de Terceiros, como vimos anteriormente, é a soma das Obrigações a Curto Prazo
(Passivo Circulante) e das Obrigações a Longo Prazo (Passivo não Circulante).
Esse índice tem como objetivo comparar os recursos de Capital de Terceiros com os
recursos de Capital Próprio. Revela também qual a proporção existente entre o Capital de Terceiros
(Obrigações) e o Capital Próprio (Patrimônio Líquido). Se multiplicarmos por 100, obteremos a
resposta em porcentagem.
Sempre que este quociente for inferior a um ou menor que 100%, indicará o excesso de
Capitais Próprios sobre o Capital de Terceiros, evidenciando que a entidade possui liberdade
financeira para tomada de decisões.
Por outro lado, quando os Capitais de Terceiros forem investidos na empresa em proporções
maiores que os Capitais Próprios, esse quociente será superior a um, ou maior que 100%, indica a
existência de dependência financeira da empresa junto aos seus credores.
Havendo dependência financeira, as empresa terão de se sujeitar às regras impostas por estes
credores (altas taxas de juros, prazos menores para pagamento e dificuldades para obtenção de
créditos).
CAPITAL DE TERCEIROS
FÓRMULA: X 100
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão.
Esse índice tem como objetivo comparar os recursos do Passivo Circulante (Obrigações a Curto
Prazo) com os recursos de Capital de Terceiro (Obrigações a Curto e Longo Prazo). Revela qual a
proporção existente entre as Obrigações de Curto Prazo e as obrigações totais (Capital de
Terceiros). Se multiplicarmos por 100, obteremos a resposta em porcentagem.
Os recursos financeiros para cobrir os compromissos a longo prazo poderão surgir em função do
desenvolvimento normal das atividades da empresa, sem a necessidade de recorrer a operações que
geram recursos imediatos. Nem sempre esta situação é benéfica financeiramente para a empresa.
Quanto menor for este índice, maiores serão os prazos que a empresa terá para saldar seus
compromissos. O ideal é que este índice seja menor que 50% pois, em conseqüência, as dívidas a
longo prazo estarão na maior parte e melhor será a situação financeira da empresa.
PASSIVO CIRCULANTE
FÓRMULA: X 100
CAPITAL DE TERCEIROS
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão.
No exemplo acima podemos concluir que as dívidas a curto prazo da empresa representam
52% das dívidas totais, logo, a empresa terá que pagar a maioria de suas dívidas a curto prazo.
5.1.3 Quadro resumo Dos Índices de Garantia de Capitais de Terceiros
Exemplo Prático:
Esse índice tem como objetivo comparar os recursos de Capital Próprio com as aplicações
no Ativo. Revela qual a proporção existente entre os recursos próprios com os investimentos
aplicados no Ativo da empresa. Se multiplicarmos por 100, obteremos a resposta em porcentagem.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
FÓRMULA: X 100
TOTAL DO ATIVO
No exemplo acima podemos concluir que as aplicações no Ativo, financiadas por Capitais
de Próprios representam apenas 15%, ou seja para cada $1,00 investidos no Ativo, $0,15 é obtido de
Capital de Próprios.
Esse índice tem como objetivo comparar os recursos de Capital Próprio com as aplicações
no Ativo Circulante. Ele revela qual a proporção existente entre os recursos próprios com os
investimentos aplicados no capital de giro da empresa. Se multiplicarmos por 100, obteremos a
resposta em porcentagem, ou seja, quanto a empresa investiu de Capital Próprio para cada $ 100,00
aplicados no Capital de Giro.
Siglas:
PL = Patrimônio Líquido
AC = Ativo Circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
FÓRMULA: X 100
ATIVO CIRCULANTE
Este índice avalia o grau de imobilização do Capital Próprio no Ativo Fixo, revelando a
relação existente entre os recursos próprios com os investimentos de caráter permanente. Se
multiplicarmos por 100, obteremos a resposta em porcentagem.
Imobilizado
FÓRMULA: PATRIMÔNIO LÍQUIDO X 100
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão.
No exemplo acima podemos concluir que as aplicações no Ativo Fixo, foram financiadas
por Capitais Próprios e por Capitais de Terceiros, pois o índice ficou acima de 100%, ou seja, para
cada $1,00 investido no Capital de Fixo, parte é obtida de Capitais Próprios e outra parte de capitais
de terceiros.
Para evidenciar ainda mais nossa interpretação, se analisarmos o Capital Circulante Próprio
(PL – AF), podemos observar que o resultado foi 42.000,00 negativo (CCP = 58.0000,00 –
100.000,00), isto significa que o Capital Próprio foi inferior ao Capital Fixo, nesta circunstância a
empresa não tem liberdade para tomada de decisões, uma vez que ela é dependente de Capitais de
Terceiros para financiar seu Capital Fixo, sendo que sua situação financeira poderá estar
comprometida.
Imobilizado
FÓRMULA: X 100
CAPITAL DE TERCEIROS
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão
5.3.3 Quadro resumo dos Índices de Imobilização de Capitais
Avalia o grau de
Imobilização de imobilização dos
Imobilizado Quanto MENOR,
2º Capitais de IMCT x 100 recursos de terceiros
melhor.
PC + PELP aplicados no Ativo
terceiros Fixo
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Ativo Fixo = Ativo não Circulante – Ativo Realizável a Longo Prazo)
Capital de Terceiros = Passivo Circulante + Passivo não Circulante)
6 ANÁLISE POR ÍNDICE DE LIQUIDEZ
De modo geral, presume-se que, quanto maior a liquidez, melhor a situação financeira da
empresa. Porém, um alto índice de liquidez não representa necessariamente boa saúde financeira. O
cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequada administração dos
prazos de recebimento e de pagamento (índices de atividades). Assim, uma empresa que tem altos
índices de liquidez, mas mantém mercadorias estocadas por longos períodos, e recebe com atraso
suas vendas a prazo ou mantém duplicatas incobráveis na conta de cliente (“Ativo Podre”) poderá
ter problemas de liquidez, ou seja, dificuldades para honrar seus compromissos nos vencimentos.
Observação: O grupo Créditos é constituído apenas pela conta Estoque de Mercadorias, no valor
de R$138.000,00
Esse índice mede a capacidade financeira da empresa em honrar seus compromissos de curto
prazo contando apenas com suas disponibilidades (Caixa, Bancos e Aplicações de Liquidez
Imediata). Avalia o poder da empresa em pagar suas obrigações com vencimentos ao longo do
exercício seguinte (Passivo Circulante).
A liquidez imediata apresenta, quase sempre, um índice inferior à unidade, pois não é
considerada normal a empresa manter um saldo de caixa ou bancos em nível elevado, visando
garantir pagamentos que vencerão ao longo do exercício seguinte. Por esse indicador é possível
concluir que, uma vez em crescimento, a empresa pode estar imobilizando recursos em tesouraria,
deixando de gerar recursos no giro dos negócios.
DISPONÍVEL
FÓRMULA:
PASSIVO CIRCULANTE
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão
No exemplo acima podemos concluir que para cada $1,00 de dívidas que a empresa tem a
pagar a curto prazo ela dispõe, imediatamente, apenas de $0,01. Isto significa que a empresa terá
dificuldades para honrar com seus compromissos considerando apenas seus recursos imediatos. Se
multiplicarmos por 100, obteremos o resultado em percentual, evidenciando a proporção relativa
entre o numerador e o denominador (0,01 x 100 = 1%, ou seja, o Disponível representa 1% do PC).
ATIVO CIRCULANTE
FÓRMULA:
PASSIVO CIRCULANTE
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão
No exemplo acima podemos concluir que para cada $1,00 que a empresa tem a pagar a curto
prazo ela poderá realizar apenas $0,91. Ou seja: o AC representa 91% do PC.
Esse índice é a medida mais rigorosa da liquidez da empresa, sendo tratado por muitos
especialistas com “teste de fogo”. Mostra quanto a empresa poderá dispor de recursos circulantes,
sem levar em consideração seus estoques, para fazer face às suas obrigações a curto prazo.
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão
No exemplo acima podemos concluir que a empresa é dependente de seus estoques para
honrar com seus compromissos a curto prazo, ou seja, para cada $1,00 que a empresa tem a pagar a
curto prazo ela disporá, de recursos correntes, sem considerar seus estoques, apenas de $0,11. Ou: o
AC, excluindo-se o estoque, representa 11% do PC.
Para efeitos didáticos os valores acima foram arredondados para melhor compreensão
No exemplo acima podemos concluir que para cada $1,00 que a empresa tem a pagar a curto
prazo ela disporá, somando-se os recursos correntes (Ativo Circulante) e recursos de longo prazo
(Ativo Realizável a Longo Prazo), apenas de $0,87 centavos. Ou: o AC + RLP representa 87% do
PC + PNC.
Como todos os indicadores de liquidez apresentados pela empresa estão abaixo da unidade
(ou seja, são menores que 100%), significa que a empresa terá dificuldades de liquidar suas dívidas
a não ser que modifique sua política de compras, crédito e cobrança. Pode acontecer também que,
apesar de sua baixa liquidez, seus recebimentos ocorram antes de seus pagamentos, já que os
indicadores são apurados em base anual e não mensal.
6.5 QUADRO RESUMO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Com base nas demonstrações abaixo iremos fazer a análise por índice de Rentabilidade:
11
CMV (Custo das Mercadorias Vendidas); CSP (Custo dos Serviços Prestados); CPV (Custo dos Produtos Vendidos)
12
A empresa poderá apresentar Lucro Líquido ou Prejuízo Líquido.
7.1 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Observação importante:
Ativo Médio (AM) = Ativo Inicial + Ativo Final PL Médio (PLM) = PL Inicial + PL Final
2 2
A razão é que nem o Ativo Final e nem o Ativo Inicial geram o resultado, e sim a média do
Ativo utilizado no ano. Idem para o Patrimônio Líquido.
Entretanto, por questão de praticidade, trabalharemos, neste capítulo, apenas com os
valores finais.
LUCRO LÍQUIDO
FÓRMULA: X 100
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Lucro Líquido apurado no exercício representa 12% do Patrimônio Líquido, ou seja: para
cada $1,00 investido pelos proprietários há um ganho de $0,12 centavos.
Isto significa que haverá, em média, uma demora de 8 anos (100% / 12% = 8,33) para que os
sócios recuperem seus investimentos na empresa. Isto é: o pay back (tempo de retorno) é de 8 anos
em média.
O Lucro Líquido representa 2% do Ativo total da empresa, ou seja: para cada $1,00 aplicado
no Ativo, há um ganho de $0,02 centavos. Isto é: o pay back da empresa é de 50 anos em média
(100%/2% = 50). Isto significa que haverá, em média, uma demora de 50 anos para que a empresa
obtenha de volta seu investimento.
O Ativo girou 0,36 vezes no ano pelas vendas, ou seja, a empresa vendeu o equivalente a
0,36 vezes o seu Ativo. Em aproximadamente 33 meses (12 meses/0,36 vezes = 33,33) a empresa
recupera uma vez o seu Ativo.
RESULTADO BRUTO
FÓRMULA: X 100
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
O Resultado Bruto representa 27% das receitas operacionais. Isto significa que para cada
$1,00 vendido (receita) a empresa ganha $0,27 que irão remunerar as despesas e os proprietários da
empresa.
RESULTADO OPERACIONAL
FÓRMULA: X 100
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
LUCRO DO EXERCÍCIO
FÓRMULA: X 100
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
O Lucro do Exercício representa 5% das Receitas Operacionais Líquidas. Isto significa que
para cada $1,00 de receita apurada a empresa ganha $0,05 centavos de lucro para distribuição aos
proprietários.
O primeiro item a ser analisado será a Taxa de Retorno sobre os investimentos, que poderá
ser obtida por meio da Margem Líquida, ou Rentabilidade líquida pelo Giro do Ativo. As empresas
que ganham na margem, normalmente ganham no preço. As empresas que ganham no giro, visam
quantidade. A rentabilidade de um empresa é obtida por meio de uma boa conjugação entre Preço e
Quantidade, ou seja, entre Margem (lucratividade) e Giro (Produtividade).
Siglas:
TRI = Taxa de Retorno dos Investimentos
RL = Rentabilidade Líquida
GA = Giro do Ativo
O segundo item a ser analisado será o Prazo de Retorno dos Investimentos, poderá ser
obtida por meio da divisão da percentagem de 100% pela Taxa de Retorno dos investimentos, ou
seja ela irá determinar em quanto tempo empresa leva para recuperar seus investimentos.
Siglas:
PRI = Prazo de Retorno dos Investimentos
TRI = Taxa de Retorno dos Investimentos
FÓRMULA =100
DO PRI TRI
Stephen C.Kanitz desenvolveu um método muito interessante de prever falências, por meios
de dados estatísticos extraídos de índices financeiros de algumas empresas que realmente faliram.
Nesse método, Kanitz criou um Fator de Insolvência, uma espécie de termômetro para a
empresa. O objetivo deste termômetro é analisar e avaliar o risco de falência da empresa, dando
uma nota que varia de (-) 7,0 até 7,0.
Se a nota for positiva variando entre 0 até 7,00, pode-se afirmar que há um equilíbrio na
administração da estrutura financeira e econômica da empresa, sendo melhor quanto mais se
aproximar do 7,00.
Se a nota for menor que (-) 3,0, a propensão de falência da empresa é maior. Entre (-) 3,0 e
0, é uma região de penumbra, ou seja, uma situação indefinida.
FATOR DE INSOLVÊNCIA
ÍNDICES FÓRMULAS
Índice de Retorno do Lucro Líquido
X1 Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido
Ativo Circulante + Realizável a longo Prazo
X2 Índice de Liquidez Geral
Passivo Circulante + Passivo não Circulante
Ativo Circulante - Estoque
X3 Índice de Liquidez Seca
Passivo Circulante
Ativo Circulante
X4 Índice de Liquidez Corrente
Passivo Circulante
Índice de Participação de PC + PNC
X5 Capitais de Terceiros Patrimônio Líquido
SOLVÊNCIA
(reduzidas possibilidades de falência)
0
PENUMBRA
(situação indefinida)
-3
INSOLVÊNCIA
(propensão à falência)
-7
9 PARECER ECONÔMICO E FINANCEIRO
Ao
Conselho de Administração e Acionistas da XPTO S/A
Nesta
OBJETIVO
O presente parecer tem por objetivo apurar a estrutura econômica e financeira da empresa
XPTO S/A, em atendimento a administração e seus acionistas.
FUNDAMENTAÇÃO
A análise de LIQUIDEZ no balanço patrimonial da empresa foi feita com base nos seguintes
índices:
LIQUIDEZ IMEDIATA
LIQUIDEZ CORRENTE
LIQUIDEZ SECA
LIQUIDEZ GERAL
A XPTO S/A apresentou um ciclo financeiro de 92 dias (Vide Anexo X), ou seja, a empresa
paga a seus fornecedores com 28 dias após a compra e somente 92 dias após esse pagamento recebe
o montante referente às vendas realizadas para os clientes. Para financiar seus clientes por 53 dias, a
empresa está utilizando recursos de terceiros para cobertura de seu capital de giro. Concluímos que
os prazos médios apresentados pela empresa não são satisfatórios, sugerimos aos administradores
verificar sua política de compra, venda e estocagem.
5. FATOR DE INSÔLVENCIA