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CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019

INDICE
I Capitulo A Empresa
1.1 Conceito de Empresa 4
1.2 Objetivo de uma empresa 4
1.3 Finalidade 4
1.4 Importância 4
1.5 1.5 Classificação das empresas 4
1.5.1 Classificação quanto à Forma jurídicas 4
1.5.2 Classificação quanto à propriedade do seu capital 4
1.5.3 Classificação quanto à dimensão: 5
1.5.4 Classificação quanto ao sector de actividade: 5
1.5.5 Classificação quanto a função econômica 5
II. Capitulo A Contabilidade
2.1 Conceito de contabilidade 6
2.2 Objectos 6
2.3 Objectivos 6
2.4 Finalidade 6
2.5 Equação fundamental da Contabilidade 6
2.6 Funções da contabilidade 6
2.7 Divisão da contabilidade 7
2.7.1 Quanto aos factos a relevar: 7
2.7.2 Quanto aos sectores de atuação 7
2.8 Princípios contabilísticos 7
2.9 As leis contabilísticas 8
2.10 Documentos mais utilizados na contabilidade 8
III Capitulo O Patrimônio, A Conta, Inventario e Balanço
3.1 O património 9
3.1 Massas patrimoniais 9
3.1.1.1 Massa patrimoniais gerais: 9
3.1.1.2 Massas patrimoniais parciais: 9
3.1.1.3 Expressões contabilísticas 10
Exercícios Propostos Nº 1 10
Exercícios Propostos Nº 2 11
3.2 Conta 12
3.2.1 Características fundamentais: 12
3.2.2 Agregação dos elementos patrimoniais em conta 12
3.2.3 Regra de movimentação das contas 13
3.2.4 Representação gráfica 13
3.2.5 Desdobramentos de contas 13
3.2.6 Métodos das partidas e dobradas 14
3.3 Inventario 14
3.3.1 Características do inventario: 14
3.3.2 Classificação do inventario: 14

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3.3.2.1 Quanto a representação pode ser 14
3.3.2.2 Quanto a extensão pode ser 15
3.3.2.3 Quanto à apresentação podem ser: 15
3.3.2.4 Quanto a época da sua realização pode ser: 15
3.3.3 Representação gráfica do inventario 15
3.3.3.1 Representação Gráfica do inventário sintético 15
3.3.3.2 Representação Gráfica do inventário Analítico 16
3.4 O Balanço 17
3.4.1 Equação fundamental do balanço 17
3.4.2 Classificação do balanço 17
3.4.2.1 Quanto a representação: 17
3.4.2.2 Quanto ao grau de analise: 17
3.4.3 Variação da situação liquida 17
3.4.4 Fundo de Maneio 17
3.4.5 Obrigatoriedade 17
3.5 Representação gráfica do balanço 18
3.5.1 Representação Gráfica na vertical 18
3.5.2 Representação Gráfica na horizontal 18
3.6 Factos patrimoniais 19
Exercícios Propostos Nº 4 19
IV Capitulo Diário e Razão
4.1 Diário e razão 20
4.1.1.1 Representação Gráfica 20
4.1.2 O Razão 20
4.1.2.1 Representação Gráfica 20
4.1.2.2 Lançamento no Razão 20
4.2 Lançamentos contabilísticos 20
4.2.1 Tipos de lançamentos 20
4.2.2 Classificação dos lançamentos 21
Exercícios Propostos Nº 5 21
Capitulo V- Estudo do plano geral de Contabilidade
5.1 Plano geral de contabilidade e código de conta 22
5.2 Análise do plano geral de contabilidade: 22 e 23
5.3 Código de contas: 23
5.4 As contas mais utilizadas na contabilidade 23
5.4 Imobilizados 23
5.4.1.1 As amortizações acumuladas 24
5.4.1.1.1 Cálculo da Quota de Depreciação/Amortização: 24
5.4.1.1.2 Valor a Amortizar 24
5.4.1.1.3 Período de duração do bem 25
5.4.1.1.4 Critérios de Cálculo das Quotas de Depreciação/Amortização 25
5.5 Existência 27
5.5.1 O PGC prevê dois tipos de inventários: 27
5.5.1.1 Inventário permanente 27

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5.5.1.2 Inventário intermitente ou periódico 28
5.5.2 Critério de Valormetria das Existências. 29
5.5.3 Métodos de custeio: 29
5.5.3.1 Método de custeio do primeiro entrado, primeiro a saído (FIFO) 29
5.5.3.2 Método de custeio do último entrado, primeiro a saído (LIFO) 29
5.5.3.3 Método de custeio do custo médio (C.M.P) 29 e 30
5.6 Operações com Clientes E Fornecedores: 32
5.6.1 Cliente 32
5.6.2 Fornecedor 33 e 34
5.7 Empréstimos 35
5.7.1 Empréstimos bancários: 35
5.7.1.1 Empréstimos obtidos: 35
5.7.1.2 Empréstimo concedido: 35
5.7.2 Contabilização de empréstimo bancário: 35
5.8 Meios monetários (Disponibilidade) 36
5.8.1 Títulos negociáveis 36
5.8.2 Deposito a Prazo 36
5.8.3 Deposito a ordem 37
5.8.4 Caixa 37
5.8.4.1 Folha de caixas 38
5.9 Capital e reservas 39
5.9.1 Capital: 39
5.9.2 Reservas legais: 39
VI Capitulo O Balancete
6.1 Balancete 40
6.2 Representação Gráfica 40
6.3 Classificação dos balancetes: 40
Exercícios Propostos Nº 6 40 e 41
VII Capitulo Demonstração de Resultado
7.1 A demonstração de resultado 41
7.2 Apuramento do resultado líquido do exercício 41
7.3 Representação Gráfica da DRE 42
Exercício Resolvido 43 a 50

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I Capitulo A Empresa
1.1 Conceito de Empresa
A empresa é um conjunto de organizado de meios humanos, materiais e
financeiro variado para produção e distribuição de bens e serviços com fins de satisfazer
as necessidades de variais ordens, da comunidade onde se insere e que se constitui a
razão da sua existência.
1.2 Objetivo de uma empresa
A empresa tem como objectivo a Maximização de lucros, Consolidação do
patrimônio, Crescimento do negócio, Estabilidade e capacidade financeira.
1.3 Finalidade
Finalidade econômica e social da Empresa:
A empresa utiliza os seus trabalhadores para transformarem os recursos em bens
ou serviço que satisfaçam as necessidades dos consumidores. A esta actividade
realizada pela empresa chama-se produção.
A finalidade social consiste na atribuição de salário ao trabalhador, que lhe
permite algum poder de compra para satisfazer as necessidades, proporcionando-lhe
estabilidade na empresa e possibilidade de no futuro ter uma reforma.

1.4 Importância
A empresa é importante porque contribui no desenvolvimento quantitativo e
qualitativo na economia das sociedades.

1.5 Classificação das empresas


1.5.1 Classificação quanto à Forma jurídicas
Empresas em nome individual: trata-se de um tipo empresa em que o
proprietário do capital é uma única pessoa.
Sociedade em nome colectivo: são sociedades em que a responsabilidade dos
sócios é solidária e ilimitada, porque, perante as dívidas da sociedade, respondem não só
os bens afectos à sua actividade econômica, mais também os bens particulares de cada
sócio.
Sociedades por quotas: nas sociedades por quotas o capital é representado por
quota, cada uma das quais alocadas a um determinado sócio. Perante as dívidas da
sociedade responde o patrimônio da sociedade.
Sociedade anônimas: neste tipo de sociedade o capital é representado por
acções, as quais não estão alocadas a acionistas específicos. Quer o capital quer as
acções devem estar sempre expressos num valor nominal.
Sociedades em comandita: sociedades que se caracteriza pela existência de
dões tipos de sócios: os comanditários que entra com o capital, não tomam decisões na
empresa e por isso têm responsabilidades limitada. E os sócios comanditados que
entram para a empresa com o seu trabalho, são eles que tomam as decisões e por isso
tem responsabilidade ilimitadas.

1.5.2 Classificação quanto à propriedade do seu capital


Empresas públicas: empresas cujo o capital é detido pelo Estado ou por
instituições por ele directamente controladas.
Empresas privadas: empresas cujo capital é detido por pessoas individuais ou
por instituições privadas.

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Empresas de capital mistos: empresas cujo capital é detido simultaneamente
pelo Estado e por entidades privadas.
1.5.3 Classificação quanto à dimensão:
Micro empresa: empresa com menos de 10 trabalhadores.
Pequenas empresas: empresas com menos de 100 trabalhadores.
Média empresas: empresas com menos de 200 trabalhadores.
Grandes empresas: empresas com grandezas superiores às apresentadas antes.
1.5.4 Classificação quanto ao sector de actividade:
Sector primário: inclui as actividades relacionadas com a exploração de
recursos primário, nomeadamente a agricultura, as pescas, a pecuária e a extracção de
minérios.
Sector secundário: refere-se às actividade de transformação e inclui as
actividades industriais e de construção e obras públicas.
Sector terciário: inclui as actividades relacionadas com a prestação de serviços
e com o comércio, distribuição e transportes.
1.5.5 Classificação quanto a função econômica
Empresas comerciais cujo o objecivo principal e a veda de mercadorias, sem
qualquer transformação, ou seja, compram e vendem mercadorias. EX: supermercados,
lojas etc.
Empresas industrias são aquelas que criam artigos ou produtos através da
combinação e transformação de matérias-primas e subsidiaria (auxiliares ou
complementares). EX: uma fábrica de mobiliário.
Empresas de prestação de serviço são aquelas que não criam artigos não
compram vendem artigos, mas envolvem serviços ou actividades úteis indispensáveis a
sociedades. EX: empresas de consultoria, empresas de consultoria, empresas de
transportes escolares privados etc.

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II. Capitulo A Contabilidade
2.1 Conceito de contabilidade
A contabilidade é uma técnica de gestão que serve para analisar e avaliar a
situação económica e financeira de uma organização. É uma ciência que consiste na
recolha de tratamento de dados relactivamente aos factores patrimoniais decorrendo
numa determinada empresa a fim de fornecer informações uteis para a tomada de
decisões.
2.2 Objectos
O objecto da contabilidade é o estudo do património das entidades.
2.3 Objectivos
O objectivo da contabilidade é fornecer informações económica e financeira das
empresas para tomada de decisões.
A informação económica é fornecida pela demonstração de resultado. Nesta
óptica pode-se analisar a capacidade de a empresa gerar lucros.
A informação financeira está representada no balanço, onde se pode analisar a
capacidade de a empresa honrar as suas obrigações a curto e a médio longo prazo.
2.4 Finalidade
A finalidade da contabilidade é de assegurar o controlo do património
administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações patrimoniais,
bem como o resultado das actividades económicas desenvolvidas pela entidade para
alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou não.

A contabilidade pode ser feita para uma pessoa física ou Jurídica. Consiste –se
pessoas juridicamente falando, todo ser capaz de direito e obrigações.
Pessoa física: é a pessoa, é todo indivíduo.
Pessoa Jurídica: é a união de todo indivíduo que, através de um contrato
reconhecido por lei formão uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus
membros.
2.5 Equação fundamental da Contabilidade
Esta equação é escrita na forma A=PL+P e significa que o total de activos (A) é sempre
igual à soma do total de passivos (P) com o património líquido (PL).

2.6 Funções da contabilidade


A contabilidade é uma atividade de serviço cuja a função é de fornecer
informação quantitativa e qualitativa, de natureza financeira primeiramente, no que diz
respeitos as entidades económicas.
Assim sendo a contabilidade tem (4) quatro funções principais que são:
1.6.1 - 1a Função de registo: é função básica de contabilidade deve registar
todos os factos que provocam as alterações no seu património.
1.6.2 - 2a Função de controlo: analisa os factos que foram registados, permite
verificar se a empresa se encontra ou não a cumprir os objectivos propostos.
1.6.3 - 3a Função de avaliação: através dos factos registrado pode-se avaliar os
lucros ou prejuízos obtidos fazendo a comparação entre os proveitos ou ganhos e custos
ou perdas, permite também analisar a produtividade dos trabalhadores das empresas.
1.6.4 - 4a Função de previsão: análise realizada permite prever a evolução
futura da empresa a partir dos factos ocorridos.

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2.7 Divisão da contabilidade
2.7.1. Quanto aos factos a relevar:
Contabilidade financeira ou geral: regista as operações externas da empresa,
ou seja, aquelas que dizem respeito a empresa no seu todo, apuara o seu lucro global e
elabora o balanço.
Contabilidade de gestão ou analítica: regista as operações realizada no seio da
empresa (também dita de exploração ou de custos) e visa o apuramento dos resultados
não globais (Exemplo: por produto).
2.7.2. Quanto aos sectores de atuação
Contabilidade Comercial;
Contabilidade Industrial;
Contabilidade Bancaria;
Contabilidade Agrícola;
Contabilidade Seguradora;
Contabilidade Pública.
2.8 Princípios contabilísticos
Os princípios são aplicáveis a contabilidade no seu sentido mais amplo de
ciências sociais, cujo objectivo é o património das entidades.

1ª Princípio da continuidade: uma vez iniciada a sua atividade a empresa opera


de forma continuada, isto é, a empresa tem uma duração ilimitada. A sua gestão não
possui limites de tempo, a não ser que haja intensão de liquidar a empresa.
2ª Princípio da consistência: a empresa não pode alterar as suas políticas
contabilísticas, ou seja, a sua maneira de proceder de um exercício para o seguinte, a
não ser por razoes fortemente justificada e deve ser explicada no anexo.
3ª Princípio da especialização temporal ou do acréscimo: os registos dos
proveitos e dos custos devem ser tratados contabilisticamente no período em que
ocorrem, independentemente do facto do seu recebimento ou pagamento.
4ª Princípio do custo histórico: os registos contabilísticos devem ser feitos a
custo de aquisição ou de produção, dos bens e não aos custos pelo qual se prevê a
próxima aquisição dos bens.
5ª Princípio da prudência: a contabilidade deve ser prudente, sempre que se
deslumbre incerteza no futuro que possam afetar o seu patrimônio deve estima-las e
registra-las. Não devi, no entanto, criar reservas ocultas nem fazer provisões excessivas
que lhe possam reduzir o seu activo ou aumentar o seu passivo de modo a presentar
resultados menores.
6ª Princípio da substancia sobre a forma: as operações devem ser
contabilizadas atendendo a sua substancia e a sua realidade financeira e não a sua forma
legal.
7ª Princípio da materialidade: a materialidade tem a ver com a quantidade da
informação, diz que para as peças contabilísticas darem uma imagem verdadeira e fiel
do patrimônio da empresa não pode falhar nenhum elemento.

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2.9 As leis contabilísticas
As leis contabilísticas destinam-se fundamentalmente a:
 Divulgar as informações contabilísticas Ex. A lei obriga que todas as empresas
publiquem as contais anuais;
 Dar segurança. Esta finalidade é importante na medida em que a lei faz com que
as contas sejam feitas de forma correcta, aplicando sanções, e castigos às que
estejam elaboradas de forma incorrecta;
 Dar consistência à contabilidade uma vez que sendo a contabilidade é elaborada
da mesma forma e de um ano para o outro são comparáveis os resultados.

2.10 Documentos mais utilizados na contabilidade

Nas Operações com o Banco:


 Guia ou talão de depósito;
 Cheque;
 Ordem ou transferência;
 Aviso bancário;
 Extractos de contas.
Nas Operações com o Caixa:
 Recibo;
 Nota de saída de caixa;
 Nota de lançamento.

Nas Operações de Compra e Venda:


 Nota ou talão de venda a dinheiro;
 Factura;
 Nota de Crédito;
 Nota de Débito;
 Nota de Encomenda;
 Nota ou guia de Remessa.

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III Capitulo O Patrimônio, A Conta, Inventario e Balanço
3.1 O património
O patrimônio: é um conjunto de bens direito e obrigações pertencente a uma
entidade.
Elementos patrimoniais: são elementos que compõem o património de uma
entidade. Eles podem ser bens, direitos e obrigações da entidade, classificados em
activo e passivos.
Os bens são elementos corpóreos, os direitos e obrigações são elementos
incorpóreos mas quer um quer outro, tem de ter um determinado valor, expresso em
unidade monetária.
O valor do patrimônio pode ser encontrado pela soma algébrica dos valores dos
bens direito e obrigações:
O valor do Património= bens + direitos – obrigações PL=B+D-O
O património pode ser:
Individual: se for propriedade de um indivíduo;
Social: se for de uma colectividade;
Nacional: se for de uma nação (incluindo o património público (do Estado).

3.1.1 Massas patrimoniais


As massas patrimoniais podem ser massas patrimoniais gerais e massas
patrimoniais parciais:
3.1.1.1 Massa patrimoniais gerais:
Activo (bens e direito) controlado por uma entidade como resultado de
acontecimentos passados e dos acontecimentos econômicos futuros.
Passivos obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos
passados, da liquidação dos quais se espera que resultem fluxos de recursos da empresa
incorporando benefícios económicos.
Situação liquida é o interesse residual no activo depois de deduzido o passivo.
3.1.1.2 Massas patrimoniais parciais:
Activo:
Activo não corrente: são os bens fixos na empresa, ou seja, bens que não se
destinam a ser vendidos ou transformado, bens que duram mais de um ano na empresa.
Activo corrente: são os bens e direitos circulantes na empresa, ou seja, bens que
são renovados várias vezes até um ano.

Passivo:
Passivo não corrente: são os débitos médio e longo prazo (superior a um ano).
Passivo corrente: são os débitos a curto prazo originado pelas operações
correntes da empresa (inferior ou igual a um ano).

Situação liquida:
Capital próprio e as reservais classe que inclui o valor inicial do património
(situação liquida inicial) e os lucros retidos retirados de ano anterior (situação liquida
adquirida ou retirada).
Resultados classe que inclui a riqueza criada pela actividade da empresa (lucro
ou prejuízo) do exercício económico.

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3.1.1.3 Expressões contabilísticas
Dívida - Um valor a pagar Obrigação Passivo
Dívida a, ao, sobre Um valor a pagar Obrigação Passivo
Dívida de, do, da Um valor a receber Direito Activo

Debito - Uma dívida a pagar Obrigação Passivo


Debito a, ao, sobre Uma dívida a pagar Obrigação Passivo
Debito de, do, da Uma dívida a Direito Activo
receber

Credito - Uma dívida a Direito Activo


receber
Credito a, ao, sobre Uma dívida a Direito Activo
receber
Credito de, do, da Uma dívida a pagar Obrigação Passivo

Empréstimo - Uma dívida a receber Direito Activo


Empréstimo a, ao, sobre Uma dívida a receber Direito Activo
Empréstimo de, do, da Uma dívida a pagar Obrigação Passivo
Empréstimo obtido, contraído Uma dívida a pagar Obrigação Passivo
Empréstimo Concedido Uma dívida a receber Direito Activo

Factura a, ao, para Venda a prazo Direito Activo


Factura de, do, da Compra a prazo Obrigação Passivo
Factura-recibo de, do, da Compra a prazo Obrigação Passivo

Exercícios Propostos Nº 1
Identifique os seguintes elementos se são bens, direitos ou obrigações (A, P, S.Liquida).
Elementos Patrimoniais Bem Direito Obrigação Activo Passivo S. Liquida
5000 Kg de Arroz para Venda
2 Carrinha de Marca Hilux
2 computadores
Dívida do Cliente
Compra a prazo de uma Motorizada
Empréstimo de médio e longo prazo
Financiamento de curto prazo
6 Telefones fixo para o escritório
Dívida ao Estado
3 Impressoras
Edifício comercial
Investimento financeiro
Dívida a fornecedor
Depósito à ordem no BAI
Outros valores a receber
2000 Kg de Carne para venda
Software de Gestão primavera

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Alvara comercial
Reservas legais
Resultado líquido do exercício
Exercícios Propostos Nº 2
Mapa patrimonial
Elementos Patrimoniais Valores Bens Direito Obrigações
16 Ar-condicionados 800 000,00
Divida com o Estado 8 000,00
1 carrinha de marca Datson 1 000 000,00
Edifico Comercial 2 000 000,00
Alvara Industrial 9 000,00
Despesas de constituição 12 150,00
Compra a prazo de Imobilizado 250 100,00
Divida a Fornecedor 100 000,00
Imobilizados em curso 50 200,00
Financiamento do BIC 553 000,00
Deposito a Prazo no BCI 30 000,00
23 Ar-Condicionado para venda 1 035 000,00
Deposito a ordem no BAI 22 375,00
Emprestimo de longo medio prazo 300 000,00
Dinheiro em cofre 5 375,00
Total 6 175 200,00
Activo Passivo
Total
Capital Proprio CP=A-P

Resolução Bens Direitos Obrigações


4 911 725,00 52 375,00 1 211 100,00
Capital Proprio 3 753 000,00

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3.2 A Conta
Conta: é o conjunto de elementos patrimoniais com características semelhante,
expresso em unidade de valor, ou seja, em moeda.
3.2.1 Características fundamentais:
1ª Titularidade – Toda a conta deve ter um título que evidencie claramente
quais os elementos patrimoniais que dela fazem parte.
2ª Homogeneidade – cada conta deve conter os elementos patrimoniais com
características comuns.
3ª Integrabilidade – todos os elementos que apresentam características
semelhantes devem fazer parte da mesma conta.

3.2.2 Agregação dos elementos patrimoniais em conta


Activo
Do activo não corrente fazem parte as seguintes contas principais:
Imobilizações Corpóreas: elementos patrimoniais tangíveis, moveis ou imóveis,
isto é, bens materiais. Ex. Maquinas, computadores, secretariais, edifícios etc.
Imobilizações Incorpóreos: são elementos patrimoniais intangíveis,
nomeadamente as despesas de constituição da empresa. Ex. Trespasses, softwares etc.
Investimentos financeiros: incluímos nesta conta os elementos patrimoniais
que representam aplicação financeira de médio e longo prazo. Ex. Compra de acções de
quotas ou de obrigações com caracter de permanência.

Do activo corrente há a considerar quatro rubricas:


Existência: engloba as seguintes contas, mercadoria, matérias primas e
subsidiarias e de consumo, produtos acabados, subprodutos, desperdício, resíduos e
refugos.
Contas a receber: são todos os terceiros que tem dívida com a empresa pelo
facto de terem adquiridos bens e serviços com excepsão dos bens destinados aos
imobilizados. A principal conta integrante desta rubrica é a de cliente.
Meios monetários: As principais contas integrantes desta rubrica são a de
depósito a prazo, deposito a ordem, caixa.
Outros activos financeiros: engloba investimentos em outras empresas;
investimentos em imóveis e outros investimentos de curto prazo.
Passivo
As principais contas integrantes no passivo
Empréstimo: regista-se todos as dívidas que a empresa tem para com terceiros
derivados de fundo que obteve junto da banca ou de outras entidades.
Fornecedores: registra-se todas as dívidas derivadas de aquisição de bens e de
serviços com excepsão dos destinados ao imobilizados que se regista na conta outros
valores a pagar.
Estado: regista-se as dívidas derivadas que a empresa tem para com os entes
públicos. Os principais entes públicos são o estado, as autarquias e a segurança social.
Outros valores a pagar: registra-se todas as dívidas que a empresa tem para
com terceiros derivados da aquisição de bens e serviços destinados ao imobilizados,
bens como encargos a repartir por períodos futuros.

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3.2.3 Regra de movimentação das contas


Contas do ativo:
Debitadas pelos saldos iniciais e pelos aumentos;
Creditam-se pelas diminuições.
Contas do passivo:
Debitam-se pelas diminuições;
Creditam-se pelos saldos iniciais e pelos aumentos.
Contas do capital próprio:
Debitam-se pelas diminuições;
Creditam-se pelos saldos iniciais e pelos aumentos.
Contas de custos ou perdas:
Debitam-se pelos Aumentos dos Custos;
Creditam-se pelas transferências e pelas devoluções.
Contas de proveito ou ganhos:
Debitam-se pelas transferenciais e pelas devoluções;
Creditam-se pelos aumentos de proveitos.

3.2.4 Representação gráfica


Graficamente as contas podem ter a configuração de um T conforme se diz na
gíria e que contabilisticamente designa-se por Razão. Exemplo:

Deve(D) Título da Conta Haver(C)

Débito Crédito
(Debitar) (Creditar)

O Saldo de uma conta pode apresentar três naturezas:


Se D > C o débito é maior que o crédito o saldo chama-se Saldo devedor (SD).
Se D = C o débito é igual ao crédito o saldo chama-se Saldo nulo (S0).
Se D < C o débito é menor que o crédito o saldo chama-se Saldo credor (SC).
Assim, o saldo recebe sempre o nome do lado mais forte e numa conta verifica-se
sempre a seguinte igualdade. D+Sc = C+SD

3.2.5 Desdobramentos de contas


43-Depósito á
Contas do 1º Grau
Ordem

43.1-Moeda 43.2-Moeda
Contas do 2º Grau nacional Estrangeira

Contas do 3º Grau 43.1.1-BFA 43.1.2-BCI 43.1.3-BIC 43.2.1-BDA

Contas do 4º Grau 43.1.1.1-Luanda 43.1.1.2-Benguela 43.1.1.3-Huambo

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3.2.6 Métodos das partidas e dobradas


O método das partidas e dobradas ou digráfico consiste no seguinte:
Para todo débito em uma conta há, simultaneamente, crédito em outra conta com
o mesmo valor. E o total de valores que debitou em uma conta deve ser igual ao total de
valores a creditar em outra conta.
Exercícios Propostos Nº 3
Atribui código nos seguintes elementos patrimoniais segundo o PGC
Conta Descrição
Edifício
Amortizações acumuladas
Mercadorias
Fornecedores correntes
Estado
Pessoal Adiantamento
Venda de Imobilizados
Títulos negociáveis
Depósitos a ordem
Reservas legais
Alvara comercial
Depósitos a prazo
Caixa fundo fixo
Despesa de constituição
Cliente de cobrança duvidosa
Imobilizações em curso
Clientes correntes
Imobilizações financeiras
Capital
Outros valores a receber
Pessoal – remuneração
Investimentos em imóveis

3.3. Inventario
Inventario: é um documento onde encontram-se os elementos patrimoniais
concretos com a indicação das suas quantidades e valores.

3.3.1 Características do inventario:


1ª É estático porque apresenta a relação dos elementos patrimoniais em
determinado momento.
2ª É quantitativo porque os elementos estão valorizados em moedas.
3ª É qualitativo porque desta lista fazem parte todos os elementos patrimoniais
dessa empresa nesse momento.
3.3.2 Classificação do inventario:
3.3.2.1. Quanto a representação pode ser:
Inventario simples ou corrido: escrevem-se os valores activo e passivos sem
obedecerem a qualquer ordem.
Inventario classificado ou selectivo: escrevem-se os valores activos e passivos
agrupados em contas e por ordem.
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3.3.2.2. Quanto a extensão pode ser:


Inventario total ou geral: quando nele estão inscritos todos elementos
patrimoniais da empresa em determinado momento.
Inventario parcial: quando apenas são alistados determinado elementos do
património da empresa.
3.3.2.3. Quanto à apresentação podem ser:
Inventario analítico: quando além do título da conta, nele são representados
todos os seus elementos integrantes, devidamente valorizados.
Inventario sintético: quando nele apenas surgem as contas integrantes com
respectivo título de extensão.
3.3.2.4. Quanto a época da sua realização pode ser:
Inventario inicial: quando realizado no início da atividade da empresa.
Inventario periódico anual ou ordinário: realizado anualmente com carácter
obrigatório e referido a 31 de dezembro. Este inventario é imprescindível para elaborar
outro documento obrigatório de grande importância o balanço.
3.3.3 Representação gráfica do inventario
3.3.3.1 Representação Gráfica do inventário sintético

Descrição Qtd P.Unitário Valor


Activo
Activo não corrente
.-Imobilizações Corpóreas
.-Imobilizações Incorpóreas
.-Investimentos
Sub-total
Activo corrente
.-Existências
.-Terceiros
.-Disponibilidades
.-Outros activos correntes
Sub-total
Total do Activo
Passivo
Passivo não corrente
.-Contas a pagar de médio
e longo prazo
Sub-total

Passivo corrente
.-Contas a pagar de Curto prazo
Sub-total
Total do Passivo

15
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019

3.3.3.2 Representação Gráfica do inventário analítico


Descrição Qtd P.unitario Valor
Activo
Activo não corrente
.11-Imobilizações Corpóreas
11.2-Edificios e outras construções
11.2.1-Edificio admistrativo
11.3 Equipamentos básico
11.3.1-Máquinas
11.5 -Equipamento de carga e transporte
11.5.1-viatura Toyota Dina
12-Imobilizações Incororpóreas
12.1.1.1- Software de gestão Primavera
12.1.1.2- Software de gestão Sac
12.1.1.3-Despesas de Constituição
12.1.1.4- Alvara Comercial
Sub-total
Activo corrente
.-Existências
26-Mercadoria
26.1-Caixas de Musaico
26.2-Britas
.-Terceiros
31-clientes
31.1Clientes Correntes
31.1.1-CAREM-C
31.1.2-Sempre a inovar
37.9-Outros valores a Receber
.-Disponibilidades
43-Deposito a Ordem
43.1 Moeda nacional
43.1.1 BFA
43.1.2 Millenio Atlantico
45.1-Caixa
.-Outros activos correntes
Sub-total
Total do Activo
Passivo
Passivo não corrente
33-Emprestimo
33.1.1.1-Moeda nacional-BPC (M.L.P)
Sub-total
Passivo corrente
32-Fornecedor
32.1-Fornecedor correntes
32.1.1-Nova sotecma
32.1.2-Brico Mart
33.1.1.1-Moeda nacional-BNI (Curto Prazo)
34 Estado
34.1-imposto sobre lucro
34.2-imposto de produção de Consumo
34.9-Outros impostos
Sub-total
Total do Passivo

16
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019

3.4 O Balanço
O balanço: é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar,
quantitativamente e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e
Financeira de uma empresa ou entidade. O Balanço está dividido em três
categorias fundamentais: activo, passivo e capital próprio
3.4.1 Equação fundamental do balanço Activo = Passivo + Capital Próprio
3.4.2 Classificação do balanço
3.4.2.1. Quanto a representação:
Balanço vertical: o segundo membro vem abaixo do primeiro membro;
Balanço horizontal: um membro no lado esquerdo e o outro no lado direito.
3.4.2.2. Quanto ao grau de analise:
Balanço analítico: são visualizados todos os valores parciais do activo, passivo
e do capital próprio;
Balanço sintético: não é tão detalhado como o balanço analítico porque ele
visualiza os totais do activo, passivo e capital próprio.

3.4.3 Variação da situação liquida


A situação liquida resulta da comparação entre o activo e o passivo. Desta
comparação poderá verificar-se uma das seguintes hipótese:
1ª Activo maior que passivo: A > P, SL > 0, neste caso a situação liquida diz-
se activa e representa-se por SLa, ou seja, A = P + SLa.
2ª Activo igual a passivo: A = P, SL = 0, neste caso a situação liquida diz-se
nula e assim temos A = P.
3ª Activo é menor que o passivo: A<P, SL< 0, neste caso a situação liquida
diz-se negativa e representa-se por SLp, ou seja, A + SLp = P.

3.4.4 Fundo de Maneio


Designa-se por fundo de maneio a diferença entre o activo corrente e o passivo corrente.
Fundo de Maneio= Activo corrente- Passivo corrente
FM=AC-PC
O valor do fundo maneio danos a ideia aproximada da situação financeira da
empresa, na medida em que responde a necessidade financeira das operações de
exploração, isto é, com resultado do fundo de maneio ficamos a saber se a empresa se
encontra capaz de cumprir com as suas obrigações a curto prazo.

3.4.5 Obrigatoriedade
De acordo com as disposições legais. O balanço deve ser:
a). Elaborado periodicamente e referido a 31 de dezembro de cada ano;
b). Apresentado aos órgãos de administração do Estado competente dentro dos
prazos indicados;
c). Representado graficamente de acordo com o modelo obrigatório integrado no
diploma que oficializa o P.G.C;
d) Região em livro próprio;
e). Publicado em órgãos de informação mais lidas no país.

17
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019

3.5 Representação gráfica do balanço


3.5.1 Representação Gráfica na vertical
Activo Valor
Activo não corrente
.-Imobilizações Corpóreas
.-Imobilizações Incororpóreas
.-Investimentos
.-Outros activos não correntes
Sub-total

Activo corrente
.-Existências
.-Terceiros
.-Disponibilidades
.-Outros activos correntes
Sub-total
Total do Activo
Capita Proprio e Passivo
Capital Proprio
.-Capital
.-Reservas
.-Resultados transitados
.-Resultados liquido do exercicio
Total do C. proprio
Passivo não corrente
.-Contas a pagar de medio
e long prazo
Sub-total
Passivo corrente
.-Contas a pagar de Curto prazo
Sub-total
Total do Passivo
Total do C. proprio +Passivo

3.5.2 Representação Gráfica na horizontal

18
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Activo Valor Capita Proprio e Passivo Valor
Activo não corrente Capital Proprio
.-Imobilizações Corpóreas .-Capital
.-Imobilizações Incororpóreas .-Reservas
.-Investimentos .-Resultados transitados
.-Outros activos não correntes .-Resultados liquido do exercicio
Sub-total Total do C. proprio
Passivo não corrente
.-Contas a pagar de medio
Activo corrente e long prazo
.-Existências Sub-total
.-Terceiros Passivo corrente
.-Disponibilidades .-Contas a pagar de Curto prazo
.-Outros activos correntes Sub-total
Sub-total Total do Passivo
Total do Activo Total do C. proprio +Passivo
3.6 Factos patrimoniais
São todas operações ou acontecimento que ocorrem na empresa no seu dia-a-dia
que provocam alterações ou variações na composição ou no valor do património.
Os factos patrimoniais podem ser:
Factos patrimoniais permutativo: é quando a operação provoca alteração ou
variação na composição, e não no valor do património.
Factos patrimoniais modificativos: é quando a operação provoca alteração ou
variação na composição, e no valor do património.

Exercícios Propostos Nº 4
A empresa CPR, Lda apresentou em 01 de janeiro de 2016 elementos
patrimoniais para a elaboração do inventário e balanço inicial, os seguintes elementos
estão valorizados em Kwanza.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
- Capital Inicial ?
- Imobilizados Corpóreas 65 000,00
- Imobilizados Incorpóreas 35 000,00
- Investimento financeiro 5 000,00
- Mercadorias 25 000,00
- Clientes Correntes 32 000,00
- Fornecedores Correntes 25 000,00
- Empréstimo de curto prazo 10 000,00
- Estado 8 500,00
- Empréstimo de medio longo prazo 47 500,00
- Outros valores a receber 4 500,00
- Outros valores a pagar 6 000,00
- Deposito a prazo 12 000,00
- Deposito a ordem 10 500,00
- Dinheiro em Cofre 6 000,00

Pretende-se
a) O inventário e o valor do capital proprio
b) O Balanço Inicial
c) Fundo de maneio
d) Comente os resultados obtidos no cálculo do fundo de maneio

20
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
IV Capitulo Diário e Razão
4.1 Diário e razão
4.1.1 O Diário: é um livro que serve para registar, por ordem cronológica, os
factos que provocam alterações no património das empresas.
4.1.1.1 Representação Gráfica
No dia um de março a empresa efetuou um depósito a ordem no valor de cem mil
Kwanzas
Data Descrição da conta Débito Crédito
(01/03) 43 Depósito a ordem 100 000,00
(01/03) 45 caixa 100 000,00

4.1.2 O Razão: é classificador de todo o movimento gestivo da empresa por


contas.
4.1.2.1 Representação Gráfica
D 26 Mercadoria C
Saldo Inicial
Aumento Diminuições

4.1.2.2 Lançamento no Razão


Considerando a natureza de cada facto patrimonial, e de acordo com o princípio
de partidas dobradas, os lançamentos são feitos em 2 (duas) ou mais contas, assim
sendo, um lançamento no razão leva-nos a debitar uma ou mais contas e em
contrapartida creditando uma ou mais contas. Enquanto o diário é escriturado por ordem
cronológica de realização das operações, no razão, estas mesmas operações são
classificadas de acordo com a sua natureza e por contas.
4.2 Lançamentos contabilísticos
Lançamentos contabilísticos: é um registo de qualquer facto patrimoniais, nos
livros ou suportes contabilísticos. Em todo lançamento existe cinco elementos
essenciais: Conta debitada, conta creditada, História da operação, Valor da operação,
Local e data.
4.2.1Tipos de lançamentos
1ª Lançamento de abertura: respeitam ao registo dos valores iniciais das
contas de um comerciante, no início da sua actividade;
2ª Lançamento corrente: respeitam ao registo das operações realizadas e dos
acontecimentos ocorridos durante cada exercício económico;
3ª Lançamento de estorno: tem por finalidade transferir retificar comissões,
duplicações e erros cometidos nos lançamentos;
4ª Lançamento de regularização: visam retificar o saldo das contas que não
correspondem à realidade, normalmente, efectuam-se no fim de cada exercício
económico antes de se proceder ao apuramento de resultado;
5ª Lançamento de transferência ou de apuramento: tem por finalidade
transferir os saldos das contas de custo e proveitos para as
de resultados, permitindo a posterior determinação dos resultados da empresa.
6ª Lançamento de encerramento das contas: são efectuados depois do
apuramento de resultado e da elaboração do balanço e permite fechar as contas que
apresenta saldos (devedores e credores).

21
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
7ª Lançamento de reabertura: registam, no início de cada exercício
económico, os valores iniciais das contas (sados finais das contas no exercício anterior).
4.2.2 Classificação dos lançamentos
Atendendo a natureza dos diversos factos patrimoniais que provocam alterações
e modificações no património da empresa, podemos ter quatro (4) tipos de lançamentos:
Lançamento da 1ª forma: este tipo de lançamento é caracterizado por existir uma
conta á debitar e uma só conta a creditar.
Lançamento da 2ª forma: quando há uma só conta a debitar e várias contas a creditar.
Lançamento da 3ª forma: quando há várias contas a debitar e uma só conta a creditar.
Lançamento da 4ª forma: quando há várias contas a debitar e várias contas a creditar.

Exercícios Propostos Nº 5
Efetue as seguintes nas operações no diário e no razão.
1- Compra a pronto pagamento de mercadoria no valor de 20.000,00, via
Banco.
2- Venda a pronto pagamento de mercadoria no valor 35.800,00, via Banco
3- Compra a prazo de uma motorizada de marca Dayun no valor de 280.000,00
4- Venda a prazo de mercadoria no valor de 32.850,00.
5- Compra a prazo de mercadoria no valor de 30.000,00.
6- A empresa levantou 10.000,00 do banco para reforçar o caixa.
7- Pagamento de água e energia no valor 20.000,00, 60% em água e o restante
em energia. Via caixa.
8- Pagamento de seguro automóvel no valor de 8.000, via caixa.
9- Pagamento de 60% da dívida do fornecedor.
10- Recebimento da dívida total do cliente.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Capitulo V- Estudo do plano geral de Contabilidade
Plano geral de contabilidade e código de conta
 As partes que constituem o plano geral de contabilidade
 Análise do plano geral de contabilidade
 Código de contas
 As contas utilizadas na contabilidade

5.1 Plano geral de contabilidade e código de conta


As partes que constituem o plano geral de contabilidade
O plano geral de contabilidade apresenta fundamentalmente as seguintes partes
Quando de conta: que as empresas devem seguir, permitindo a definição dos
conteúdos das várias contas, as regras de movimentação e a articulação entre as contas.
Conjunto de mapas modelos: a elaboração pelas empresas, nomeadamente:
 Balanço;
 Demonstração de resultado;
 Demonstração de resultado por função;
 Demonstração de origem e aplicação de fundos;
 Demonstração de fundos circulantes;
Notas às contas: que é um Anexos que procura explicar os conteúdos de várias contas e
os valores constantes das peças contabilísticas.
5.2 Análise do plano geral de contabilidade:
O plano geral de contabilidade apresenta classe de contas e peças contabilísticas.
Assim, há a considerar o balanço:
Balanço analítico – descriminação das contas e subconta utilizadas pela empresa, bem
como das massas patrimoniais, totais e parciais.
Balanço sintético – balanço resumido, onde aparecem as contas principais e as massas
gerais e parciais.

O plano geral de contabilidade apresenta:


O Quadro de conta tem dez (10) classes. Destas classes, 5 primeiras contêm
contas que pertencem ao balanço. Também pertence ao balanço a conta 88 –
Resultado líquido do exercício. As classes 6,7 e 8 contêm contas que permitem apurar o
Resultado líquido do exercício
A classe 9 é recomendada para empresas industriais e permite saber qual o
custo dos produtos que a empresa fabricou a partir da transformação da matéria. Como
as empresas industriais são muitas variadas era impossível arranjar um plano de contas
que servisse a todas ao mesmo tempo, daí a razão da classe 9 estar vaga, cada empresa
industrial vai elaborar um plano próprio para actividade que exerce.
A classe 0 é constituída pelas chamadas contas a ordem. Esta classe é de uso
facultativo onde estão registados bens que não pertencem ao património da empresa,
mas que estão à sua guarda sendo ela responsável pela sua manutenção. É o que
acontece quando a empresa guarda bens de valores que não pertencem à empresa, mas

23
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
sim a terceiros. Exemplo: A Mulher do sócio, compra uma jóia valiosa que guarda no
cofré da empresa. O valor da jóia deve ser registado nesta conta. Não pertence ao
patrimônio da empresa, mais está à responsabilidade da empresa.

5.3 Código de contas:


No que respeita às contas podemos considerar as:
Conta principal, aquelas que têm apenas dois dígitos. Ex. 43 Deposito à ordem,
onde o primeiro digito significa que a conta pertence à classe 4 Meios Monetários e o 3
significa a terceira conta desta classe.
Subcontas, desdobramento das contas principais.
As Subcontas
Enquanto as contas principais apresentam dois, dígitos as subcontas apresentam mais de
dois e são divisões de uma conta principal.
A conta 43.1.1 significa o seguinte:
 O Digito 1 conta da classe Quatro – Meios Monetários;
 O Digito 2 significa que dentro da classe Quatro, há uma conta de Deposito a
ordem;
 O Digito 3 significa que se trata de moedas nocional;
 O Digito 4 significa que se trata do banco onde a empresa abril a conta.
Resumo:
 43 conta do 1º Grau;
 43.1 conta do 2º Grau;
 43.1.1 conta do 3º Grau.

5.4 As contas mais utilizadas na contabilidade


5.4.1 Imobilizados
Nesta rubrica são registados os bens adquiridos com objectivo de permanência
na empresa e que não se destinem a transformação ou venda. Regista nesta rubrica todos
os bens corpóreos e incorpóreos com um carácter de permanência na superior a um ano.
Ex: Um imobilizado adquirido no mês de janeiro no valor de 1.000.000,00 KZs.

Compra a pronto
D 11/12 C D 43/45 C
Valor da Valor da
aquisição aquisição

Compra a prazo
D 37.1 C
Valor da
aquisição

24
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.4.1.1 As amortizações acumuladas
Os imobilizados corpóreos e incorpóreos estão sujeitos a perder valor devido a
vários factores. A esta perda sofrida por estes Activos dá-se o nome de depreciação,
depreciação essa que pode ter como causa os seguintes factores:
Ordem Física: são devidos quer ao desgaste funcional do bem, quer à sua
depreciação espontânea, provocada por corrosão ou inundações.
Ordem Económica: são devidos quer ao processo tecnológico que fazem com
que esses bens se tornem obsoletos, quer às modificações das preferências dos
consumidores.
Para nos referirmos um activo mais correcto a nível contabilístico iremos usar a
designação de Depreciação/Amortização ou Reintegração quando nos referirmos à
depreciação sofrida pelos nossos imobilizados corpóreos e incorpóreos.
Ao adquirirmos um activo, ele vai ser utilizado pela empresa durante vários
exercícios. Deste modo o seu valor de aquisição não será considerado como custo de um
só exercício, o que acontece, é que à medida que este imobilizado se vai depreciando,
essa perda do seu valor deverá ser tida como um custo de exploração desse exercício e
ser por isso registado contabilisticamente.
A depreciação/amortização deve, pois, mostrar de exercício para exercício qual
foi a verdadeira depreciação sofrida pelos activos tangíveis e intangíveis.

5.4.1.1.1 Cálculo da Quota de Depreciação/Amortização:


Por Quota de Depreciação/Amortização entende-se a redução do valor que a
imobilização sofreu durante determinado período (exercício económico).
Para podermos proceder ao cálculo da quota de depreciação/amortização é necessário
conhecermos dois elementos importantes:
5.4.1.1.2 Valor a Amortizar
Valor a amortizar (Va): este valor resulta da diferença entre o valor inicial ou
de origem do bem e do seu valor residual.
Valor Inicial ou de origem (Vo): entende-se por valor inicial ou de origem, o
custo do bem no momento em que este é adquirido. Este valor pode variar de acordo
com as circunstâncias em que a empresa o adquiriu, ou seja, se o adquiriu a terceiros o
seu valor será o valor da factura; mas se o bem foi construído ou fabricado na empresa,
o seu valor será o resultado do custo de fabricação.
Valor Residual (Vr): este é o valor pelo qual que se espera vir a vender o bem
quando a empresa deixar de o querer utilizar. Este valor é, pois, um valor fictício, uma
vez que é uma estimativa, podendo por isso estar sujeito a erros.

Valor a Amortizar = Valor Inicial – Valor Residual

25
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.4.1.1.3 Período de duração do bem
Já se viu anteriormente que o encargo que representa a depreciação/amortização
do bem deve ser repartido pelo período de duração desse bem. Porém, a determinação
deste período de duração desse bem. Porém, a determinação deste período é uma
estimativa e depende de empresa para empresa, dependendo por exemplo do uso dado
ao bem, da qualidade do bem e dos cuidados na sua conservação.

5.4.1.1.4 Critérios de Cálculo das Quotas de Depreciação/Amortização


Depois de se conhecerem estes elementos, pode-se então proceder ao cálculo do valor a
amortizar, sendo que para tal o critério:
Critério das Quotas Constantes ou Linear
É o critério mais simples, consistindo na repartição equitativa do valor a
amortizar pelos vários períodos de reintegração. Por este facto, a parcela a amortizar
anualmente é sempre a mesma. Sendo (Qi) a quota de depreciação/amortização, e (n) a
vida útil do bem, este valor obtém-se da seguinte forma:

𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (𝑽𝒐) − 𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑹𝒆𝒔𝒊𝒅𝒖𝒂𝒍 (𝑽𝒓)


𝑸𝒊 =
𝑽𝒊𝒅𝒂 ú𝒕𝒊𝒍 (𝒏)
Deste modo, é possível construir um quadro de depreciações/amortizações, onde
se consegue fazer a previsão da depreciação/amortização sofrida pelo bem durante a sua
vida útil:

Quota de Depreciações/ Taxa


Base de Cálculo Valor
Anos Depreciação/ Amortização Depreciação/
(V o-Vr ) Contabilístico
Amortização Acumuladas Amortização

Em Angola, o problema das amortizações e reintegrações encontra-se


regulamentado em dois documentos oficiais:
 Lei Nº19/14 de 22 de Outubro (Código do Imposto Industrial)
 Decreto Presidencial Nº207/15 de 5 de Novembro.

26
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Exemplo:
Suponha que uma empresa comprou um computador por 150.000akz em Janeiro de
2015. Prevê-se que a sua vida útil seja de 4 anos, e que o valor residual do bem seja de
15.000akz

A sua resolução será:


Pelo critério das quotas constantes:
Preço de aquisição: 150.000akz
Valor Residual: 15.000akz
Vida útil: 4 anos
Quota = (150.000akz-15.000)/4 = 33.750akz

O respectivo quadro de amortizações:

Quota de Depreciações/ Taxa


Base de Cálculo Valor
Anos Depreciação/ Amortização Depreciação/
(V o-Vr) Contabilístico
Amortização Acumuladas Amortização
2015 33 750,00 33 750,00 116 250,00
2016 33 750,00 67 500,00 82 500,00
135 000,00 25%
2017 33 750,00 101 250,00 48 750,00
2018 33 750,00 135 000,00 15 000,00

D 18 C D 73 C
Amortização Amortização
Acumulada Acumulada

Esta conta (18) é debitada pela anulação das amortizações devido à perda, a venda ou
abate.
A vida útil dos bens imobilizados é estabelecida pelo Decreto Presidencial nº
207/15 de 5 de novembro, que também indica as taxas máximas de depreciação desses
bens.

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CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.5 Existência
Devem ser reconhecidos como existências, os bens que:
 Respeitem as condições gerais para o reconhecimento como activos.
 Satisfaçam uma ou mais das seguintes condições:
a) Sejam detidos para venda no decurso normal da atividade operacional da
empresa.
b) Resultem do processo de produção da empresa e se destinem à venda.
c) Se destinem a ser consumidos no processo de produção ou na prestação de
serviços, e que revistam a forma de matérias ou materiais de consumo.
5.5.1 O PGC prevê dois tipos de inventários:
1. Inventário Permanente
2. Inventário Intermitente
5.5.1.1 Inventário permanente
Considerações gerais:
À medida que se efectuam as compras, os valores são registados na conta de
compras (21) e, imediatamente actualizadas as contas de stock (26)
As vendas são registadas apenas pelo valor facturado ao cliente, sendo, no
momento da venda efectuado o registo do Custo das Mercadorias Vendidas e feito o
registo de movimentação do stock
No final do ano, após inventariação física do armazém, procede-se apenas a
ajustamentos se o valor resultante da contagem física não coincidir com os valores
registados na conta 26.
Ex: Registo da compra, com movimentação de stock. Compra de Mercadoria:
D 45/43/32 C D 26 C D 21 C
Transferencia Transferencia
do valor total do valor total
Valor da Valor da
das compra das compra
Compra Compra
para conta de para conta de
(Factura) (Factura)
Armazem Armazem
(Mercadoria) (Mercadoria)

Ex: Registo da Venda, com movimentação de stock e registo do CMV:

D 45/43/31 C D 61.3 C
Valor da Valor da
Factura Factura

D 71 C D 26 C
Valor em Valor em
Armazém Armazém

28
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
OBS: Não carece de registo específico o fecho de contas, excepto se o valor da
contagem física NÃO coincidir com o valor registado nas contas de stock.
5.5.1.2 Inventário intermitente ou periódico:
Considerações gerais:
Regista as compras efectuadas ao longo do ano, sem actualizar as contas de
armazém.
As vendas são registadas apenas pelo valor facturado ao cliente, sem ser
registada a movimentação do stock em armazém
No final do ano, após inventariação física do armazém, procede-se ao cálculo do
Custo da Mercadoria Vendida (saídas de stock para entrega a clientes) e à actualização
das contas de compras e stocks em armazém
Ex: Registo da compra, sem movimentação de stock. Compra de Mercadoria:
D 21 C D 45/43/32 C
Valor da Valor da
Factura Factura

Ex: Registo da Venda, sem movimentação de stock Venda de Mercadoria:


D 45/43/31 C D 61 C
Valor da Valor da
Factura Factura

Inventario intermitente ou periódico.


1º. Passo para o apuramento do custo das mercadorias vendidas (CMV).

CMV = Existências Iniciais + Compras Líquidas– Existência Final


Compras Líquidas = Compras – descontos – devoluções.
Existências Iniciais = valor em stock no início do ano.
Existências Finais = valor em stock no final do ano (resultante da contagem física).
2º. Passo contabilização:

D 71 C D 26 C D 21 C

CMV = Compras CMV = Compras


EI+CL-EF liquidas EI+CL-EF liquidas

29
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.5.2 Critério de Valormetria das Existências.

As existências devem ser valorizadas ao custo ou valor realizável líquido, dos


dois o mais a baixo.
O custo das existências deve incluir os seguintes custos:
 O peço de compra.
 Direitos de importação e outros impostos (que não sejam posteriormente
recuperáveis).
 Custos de transporte.
 Custos de manuseamento.
 Outros custos directamente atribuíveis à compra dos bens.
Os custos acima devem ser considerados líquidos de desconto comercial, abatimentos e
outros de natureza semelhante.
5.5.3 Métodos de custeio:
Designa-se por métodos de custeio os processos destinados a medir o valo de
saídas dos inventários, quer para serem incorporados no processo de produção, quer
para serem vendidos. São adaptados vários métodos de custeio de entrada e saída das
existências dos armazéns da empresa assim sendo, temos o seguinte:
1. Custo histórico (FIFO);
2. Custo específicos (LIFO);
3. Custo médio ponderado (C.M,P).
5.5.3.1 Método de custeio do primeiro entrado, primeiro a saído (FIFO):
Este método pressupõe que os elementos de inventário que foram primeiro
comprados são vendidos em primeiro lugar e consequentemente os elementos que
permanecem em inventario no fim do período são os elementos mais recentemente
comprados ou produzidos.
5.5.3.2 Método de custeio do último entrado, primeiro a saído (LIFO):
Este método pressupõe que os elementos de inventário que tenham sido
comprados ou produzidos em último lugar são os primeiros vendidos e
consequentemente os elementos remanescentes no inventario do fim do período são os
que foram comprados ou produzidos em primeiro lugar.
5.5.3.3Método de custeio do custo médio (C.M.P):
Por este método o custo de cada elemento é determinado a partir da média
ponderada do custo de elementos semelhantes comprados ou produzidos durante o
período.
A média pode ser determinada numa base periódica ou à medida que cada
entrega adicional seja recebida, o que depende das circunstanciais da empresa.

30
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Primeiro a entrar é o primeiro a sair (FIFO):
Segundo esse critério, a saída de um item de estoque será valorizada pelo
custo de aquisição ou de fabricação do primeiro item que entrou em Armazém.
Exemplo:
Informações:
 Existência Inicial 100 unidades de mercadoria pelo preço unitário de 30.
 Dia 01/jan – Compra de 200 unidades de mercadoria pelo valor total de 4.000,00
 Dia 10/jan – Compra de 400 unidades de mercadoria pelo valor total de 12.000,00
 Dia 14/jan – Venda de 300 unidades de mercadoria pelo valor total de 10.200,00
 Dia 18/jan – Compra de 500 unidades de mercadoria pelo valor total de 12.000,00
 Dia 20/jan – Venda de 700 unidades de mercadoria pelo valor total de 32.200,00

Ficha de Armazém

ENTRADAS SAÍDAS EXISTENCIAS FINAL


DATA DESCRIÇÃO
Q.t P.Un Valor Q.t P.Un Valor Q.t P.Un Valor
Janeiro Saldo Inicial 100 30,00 3 000,00
100 30,00 3 000,00
01/jan Compra 200 20,00 4 000,00
200 20,00 4 000,00
100 30,00 3 000,00
10/jan Compra 400 30,00 12 000,00 200 20,00 4 000,00
400 30,00 12 000,00
14/jan Venda 300 34,00 10 200,00 400 30,00 12 000,00
400 30,00 12 000,00
18/jan Compra 500 24 12 000
500 24 12 000,00
20/jan Venda 700 46,00 32 200,00 200 24 4 800,00

31
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.6. Operações com Clientes E Fornecedores:
Clientes e fornecedores.
 Contas a receber: são todos os terceiros que tem dívida com a empresa pelo
facto de terem adquiridos bens e serviços com excepsão dos bens destinados aos
imobilizados. A principal conta integrante desta rubrica é a de cliente.
 Fornecedores: registra-se todas as dívidas derivadas de aquisição de bens e de
serviços com excepsão dos destinados ao imobilizados que se regista na conta
outros valores a pagar.

5.6.1 Cliente

a) Cliente venda a pronto, prazo.


Venda a pronto e prazo
D 45/43/31 C D 61 C
Valor da Valor da
Factura Factura

Documento a emitir no momento de efectuar venda a clientes:


 Pronto pagamento: emissão de factura e de recibo em simultâneo – “venda a
dinheiro”
 A crédito: emissão de factura no momento da venda e do recibo no momento do
recebimento.
b) Descontos comerciais e Financeiros.
Contabilização de uma venda com desconto comercial
D 31 C D 61.8 C D 61 C
V. da venda-
Deconto Valor da
Desconto
comercial venda
Comercial

O valor do desconto diminui o Proveito Operacional da Venda


Contabilização de uma venda com desconto financeiro
D 43/45 C D 76.3 C D 61 C
V. da venda-
Desconto Valor da
Desconto
Financeiro venda
Financeiro

O valor do desconto financeiro é registado como uma perda financeira, não


influenciando o Proveito Operacional da Venda.
Documentos a emitir no momento de efectuar um desconto a clientes:
 Desconto comercial: Pode vir directamente na factura ou ser efectuado
posteriormente através de Nota de Crédito.
 Desconto Financeiro: Nota de Crédito, antes da emissão do recibo ou pode vir
mencionado no próprio recibo.

32
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
c) Devoluções de mercadorias vendidas.
Contabilização de uma devolução de mercadorias

D 61.7 C D 31 C

valor de venda valor de venda


da mercadoria da mercadoria
devolvida devolvida

D 71 C D 26 C
valor em valor em
armazém da armazém da
mercadoria mercadoria
devolvida devolvida

Obs.: A devolução de mercadorias por parte de clientes implica sempre a


emissão de uma Nota de Crédito referente à devolução.
d) Adiantamento de clientes.
Contabilização de um adiantamento de clientes
D 43/45 C D 31.9.1/37.9 C
Valor Valor
recebido recebido

Recibo: documento a emitir aquando do recebimento do adiantamento.


Regularização do Adiantamento

D 31 C D 31.9.1 C D 61 C
Valor da Valor da
Adiantamento Adiantamento
venda venda

Após emissão da factura, o adiantamento deve ser regularizado e transportado para a


conta corrente do cliente.

33
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.6.2 Fornecedor
a) Fornecedor compra a pronto e a prazo:
D 21 C D 45/43/32 C
Valor da Valor da
Factura Factura

b) Descontos comerciais e Financeiros.


Contabilização de uma compra com desconto comercial
D 21 C D 21.8 C D 32 C
V. da compra-
Valor da Desconto
Desconto
compra comercial
comercial

Se estiver em Inventário Permanente, ao transferir os valores para a conta 26


(mercadorias), transfere o valor líquido do desconto, saldando as contas 21 e 21.8.
Contabilização de uma compra com desconto financeiro

D 21 C D 66.3 C D 43/45 C
Valor da
Valor da Desconto
compra-
compra financeiro
Desconto

O valor do desconto financeiro é registado como um ganho financeiro, não


influenciando o valor da mercadoria em stock.
Documentos a emitir no momento de efectuar um desconto a clientes:
Desconto comercial: Pode vir directamente na factura ou ser efectuado posteriormente
através de Nota de Crédito.
Desconto Financeiro: Nota de Crédito, antes da emissão do recibo ou pode vir
mencionado no próprio recibo
c) Devolução de mercadorias compradas
Devolução de mercadorias compradas Inventario Permanente
D 32 C D 21.7 C D 26 C
valor de valor de
Mercadoria Mercadoria
compra da compra da
devolvida no devolvida no
mercadoria mercadoria
Stock Stock
devolvida devolvida

Devolução de mercadorias compradas Inventario Periódico


D 32 C D 21.7 C
valor de valor de
compra da compra da
mercadoria mercadoria
devolvida devolvida

A devolução de mercadorias ao fornecedor só deve ser registada após


confirmado o acordo do mesmo com a devolução, ou seja, após recebida a respectiva
Nota de Crédito.

34
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
d) Adiantamento por conta de compras.
Contabilização de um adiantamento por conta de compras (com preço fixado)
D 28 C D 43/ 45 C
Valor pago Valor pago

Um adiantamento para uma compra cujo preço está previamente fixado, é considerado
uma EXISTÊNCIA.
Regularização do adiantamento a quando da emissão da factura
D 21 C D 32 C D 28 C
Valor da Valor da
Adiantamento Adiantamento
compra compra

Após emissão da factura, o adiantamento deve ser regularizado e transportado


para a conta corrente do fornecedor.
Contabilização de um adiantamento a fornecedores (sem preço fixado)
D 32.9.1 C D 43/ 45 C
Valor pago Valor pago

Um adiantamento a um fornecedor para compra de uma mercadoria cujo preço


não está previamente fixado, é considerado um activo monetário.
Regularização do adiantamento a quando da emissão da factura
D 21 C D 32 C D 32.9.1 C
Valor da Valor da
Adiantamento Adiantamento
compra compra

Após emissão da factura, o adiantamento deve ser regularizado e transportado


para a conta corrente do fornecedor.

35
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
5.7 Empréstimos
5.7.1 Empréstimos bancários:
Nesta conta são registrados todos os movimentos inerentes a financiamento que a
empresa obtém ou concede a outrem ou terceiros os empréstimos podem ser:
1- Empréstimos obtidos:
a) Empréstimos obtidos de médio e longo prazo;
b) Empréstimos obtidos de curto prazo;
2- Empréstimo concedido:
a) Empréstimos obtidos de médio e longo prazo;
b) Empréstimos obtidos de curto prazo;
5.7.1.1 Empréstimos obtidos:
Os empréstimos obtidos podem prover de entidades bancarias ou instituições
financeiras, de entidades participantes ou participadas:
 De sócios;
 De outras obrigações financeira ou não financeiras.

5.7.1.2 Empréstimo concedido:


Os empréstimos concedidos pelas empresas podem ser de diversas natureza tal como:
 Empréstimos concedidos ao pessoal da empresa;
 Empréstimo concedido de financiamento.

5.7.2 Contabilização de empréstimo bancário:


Ex. No dia 1 de fevereiro, a empresa conseguiu no banco BFA um financiamento de
2.000.000,00 kz, pelo período de 2 ano a taxa de juros simples de 5%.

D 43/45 C D 33 C
Valor Valor
Recebido Recebido

Regularização de empréstimo

D 76.1 C D 37.5 C
Valor dos Valor dos
Juros Juros

5.7.3 Estado
Registram-se todas as dívidas que a empresa tem para com entes públicos. Os princípios
entes públicos são: Estado, Autarquias e a Segurança Social.
Está conta é constituída pelas seguintes subcontas
 Imposto sobre lucro
 Imposto de produção e consumo
 Imposto de rendimento de trabalho
 Imposto de circulação
 Segurança Social

36
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
 E outras dividas com os entes públicos citados a acima.

Exemplo: Durante o mês de abriu a empresa recebeu dos seus clientes 320.000,00 kz, e
deverá pagar o imposto de selo a taxa de 1% sobre o valor total recebido.

Registro da operação.

Método directo
D 75.3.1 C D 43/45 C
1% do valor 1% do valor
recebido recebido

Método Indirecto:

D 34.9 C D 43/45 C
1% do valor 1% do valor
recebido recebido

Regularização Anual
D 75.3.1 C D 34.9 C
1% do valor 1% do valor
recebido recebido

5.8 Meios monetários (Disponibilidade)


É considerado disponibilidade todo valor contido nas contas da empresa ligado a
entrada de receitas (bens monetários), contido num determinado período de tempo de
balanço.
Todo dinheiro existente na empresa é elemento de disponibilidade.
5.8.1 Títulos negociáveis
Esta conta destina-se a registar os títulos adquiridos para aplicação de
excedentes de tesouraria e que são detidos com o objectivo de serem transacionados a
curto prazo ou seja num período inferior a um ano.

Ex. A empresa adquiriu 1.500,00 acções da ABC, Lda a 1.000,00 Kwanza cada.
Valor= Q×P.u
Valor total=1.500,00×1.000,00 = 1.000.000,00

D 41.1 C D 43 C
Valor Valor

No dia seguinte foram vendidas 1.000,00 acções a 1.300,00 Kwanza cada.


Valor total=1.000,00×1.300,00 = 1.300.000,00
Se haver proveito:

37
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
D 41 C D 43 C D 66.6.2 C
Valor das V das Acções
Valor
Acções Vendidas -
recebido
Vendidas Valor recebido
Se Não Haver Proveito:
D 76.6.2 C D 43 C D 41.1 C
V das Acções Valor Valor das
Vendidas - recebido Acções
Valor recebido Vendidas

5.8.2 Deposito a Prazo


Esta conta destina-se a registar os meios de pagamento existentes em contas a
prazo nas instituições de crédito.
Ex. A empresa constitui um deposito a prazo de um 600.000,00 Kwanza, pelo
período de 6 meses, à taxa anual de 6%.

D 42 C D 43 C
Valor Valor
Investido Investido
Regularização dos Juros
D 37.3.3 C D 66.1 C
Juros Juros

5.8.3 Deposito a ordem


Esta conta destina-se a registar os meios de pagamento existente em contas à
ordem nas instituições de crédito.
Ex. Deposito a ordem no banco BII no valor de 10.000,00 Kwanza.
D 45 C D 43 C
Valor Valor

5.8.4 Caixa
Esta conta agrega os meios de pagamento, tais como nota de balanço, moeda
metálica de curso legal, cheques e vales postais, nacionais ou estrangeiros.
Caixa fundo fixo:
Esta conta destina-se a refletir os meios de pagamento destinados a fazer face a
Esta conta deverá ser debitada por contrapartida de:
 Bancos, tendo por base um cheque passado à ordem do responsável pela caixa e
um vale assinado por este confirmando a recepção e a responsabilização pelo
valor que lhe foi entregue; ou.
 Caixa – valores destinados a pagamento especifico, tendo por base um valor
assinado pelo responsável do caixa, confirmando a recepção e responsabilização
pelo valor que lhe foi entregue.

Esta conta deverá ser creditada quando:


 For necessário diminuir o valor fundo fixo; ou.
 O responsável pelo caixa mudar.

38
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019

Nesta data, deverá ser:


 Cancelado o vale anteriormente emitido;
 Emitido novo vale que deverá ser assinado pelo responsável pelo caixa a partir
dessa data.
A contrapartida do crédito será um débito na mesma conta tendo por base o novo
vale.
Os pagamentos efectuado mediante a utilização dos meios monetários desta
caixa deveram ser registados a débitos nas respectivas contas de custo e a crédito numa
das seguintes contas:
 Banco, se for passado um cheque à ordem de responsável pelo caixa para a
reposição do valor do fundo fixo;
 Caixa – valores destinados a pagamento específicos, se for entregue ao
responsável pelo caixa valores em dinheiro para repor o valor do fundo fixo.
Os valores em caixa, compostos por meios monetários e documentos de
despesas devem, em qualquer momento, totalizar o valor do fundo fixo. No final de
cada mês, o fundo fixo deverá ser composto exclusivamente por meios monetárias.

5.8.4.1 Folha de caixas


É um quadro articular e demonstrativos de todas entradas e saídas de meios
monetários que a empresa efectua num determinado período de tempo.
Normalmente a folha de caixa nas grandes empresas são elaboradas diariamente.

Exemplo:
A empresa CPR, Sa durante o mês de fevereiro ano de 2018 efectuou as seguintes
operações:

Saldo do mês Anterior ---------------20.000,00


 03/02/2018 – Pagamento a vista de água da factura do mês anterior no valor de 5.000,00.
 07/02/2018 – Compra a Pronto P. matérias diversos de escritório no de 14.500,00.
 09/02/2018 – A empresa efectuou um levantamento no valor de 30.000,00, para o reforço do
caixa.
 12/02/2018 – A empresa recebeu de seu cliente 100.500,00 pelo caixa.
 14/02/2018 – Depositou 80.000,00
 15/02/2018 – Venda de mercadoria no valor de 25.000,00 sendo 60% a prazo e o restante a
pronto. Via caixa.
 17/02/2018 – Pelo caixa a empresa pagou despesas de saúde de um funcionário no valor de
15.000,00
 22/02/2018 – Pagamento via caixa de energia no valor de 8.000,00, factura do mês de
janeiro.
 24/02/2018 – Pagamento via caixa de taxa de circulação no valor de 4.000,00.
 28/02/2018 – Pagamento via caixa de imposto de selo no valor de 8.000,00

39
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019

Folha de Caixa
Data Descrição Doc. Entradas Saídas
03/02/2018 Pgto de água 5 000,00
07/02/2018 Compra de matérias de escritório 14 500,00
09/02/2018 Levantamento para reforço do caixa 30 000,00
12/02/2018 Recebimento do cliente 100 500,00
14/02/2018 Deposito 80 000,00
16/02/2018 Venda de mercadoria 40% pelo caixa 10 000,00
17/02/2018 Ajuda médica ao funcionário 15 000,00
22/02/2018 Pagamento energia 8 000,00
24/02/2018 Pagamento de taxa de circulação 4 000,00
28/04/2018 Pagamento de imposto de selo 8 000,00
Total 140 500,00 134 500,00
Saldo Inicial 20 000,00
Entradas 140 500,00
S.Final = S.Inicial + Entrada - Saida
Saídas 134 500,00
Saldo Final 26 000,00
5.9 Capital e reservas
5.9.1 Capital:
Esta conta destina-se a registar:
a) O capital nominal subscrito das empresas sob forma de sociedade;
b) O capital inicial e as dotações de capital das empresas públicas;
c) O capital inicial, o adquirido e ainda as operações de natureza financeira com o
respectivo proprietário no caso de comerciantes em nome individual.
d) O capital das cooperativas.
Contabilização da subscrição do capital
D 35.1.4 C D 51 C
Valor Valor
Subscrição Subscrição

Contabilização da realização do capital


D 43 C D 35.1.4 C
Valor Valor
Realização Realização

5.9.2 Reservas legais:


Esta conta destina-se a registar as reservas que devam ver constituída por
imposições legal e deverá ser subdividida, consoante as necessidades, tendo em vista a
legislação que lhes aplicável.
Segundo o código das sociedades comercial devem ser constituídas uma reserva
legal de 5% dos resultados líquidos do exercício até atingir 20% do capital social, no
caso das sociedades anónimas e de 30% para as sociedades por quotas.
Ex. A assembleia-geral decidiu transferir, 5% dos resultados do exercício
anterior no valor de 200.000,00 Kzs. Para reservas legais.
 Resultado transitado 200.000,00
 Reservas 10.000,00

40
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Contabilizações das reservas
D 81 C D 55 C
Valor da Valor da
reservas reservas

VI Capitulo O Balancete
6.1 Balancete
Balancete: É um instrumento financeiro que utiliza para visualizar a lista do
total dos débitos e dos créditos das contas, juntamente com saldo de cada uma delas se é
devedor ou credor. É um documento contabilístico que serve para verificar se a
movimentação do débito é igual à do crédito e igualmente aos saldos, e também se a
soma dos valores apresentados a débito é igual à soma dos valores a crédito.
O balancete é um documento onde constam:
Os títulos de todas as contas utilizada pela empresa no período.
Os movimentos acumulados pelas contas utilizadas.
Os saldos apresentados pelas contas a débito e a crédito.
6.2 Representação Gráfica

Conta Descrição Movimentos Saldos


Débito Crédito Devedor Credores

Total

Para elaboração de um balancete é necessário:


1º Inscrever as contas e os respectivos totais no quadro do balancete;
2º Somar o débito e o crédito de todas as contas do razão considerado;
3º Somar os valores das colunas dos movimentos a débito e o crédito de todas as contas;
4º Determinar o saldo de cada conta e inscreve-lo na colunas respectiva;
5º Somar os valores das colunas dos saldos.
6.3 Classificação dos balancetes:
Balancete auxiliar dos razões ou de verificação;
Balancete rectificados;
Balancete final.
A este balancete, que as empresas normalmente elaboram no fim de cada
período corrente de janeiro a dezembro dá-se o nome de balancete de verificação.
O balancete de verificação é um documento de que constam:
Os títulos de todas as contas utilizadas pela empresa no período;
Os movimentos utilizados a débito e a crédito;
Os saldos apresentados pelas contas utilizadas.
A soma de todas as importâncias nelas registadas a débito tem de ser igual a
soma de todas as importâncias nelas registadas a crédito. A soma dos saldos devedores
tem de ser igual a soma dos saldos credores nele registado.

41
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Balancete rectificados: é documento onde aparece inscrito as contas que foram
regularizadas como a de compra, imobilizados, mercadoria e as de clientes e fornecedor
em que o total das importâncias registadas a débito é igual ao Total das importâncias
registadas a crédito e, consequentemente, se a soma dos saldos devedores é igual dos
saldos credores.
O balancete final: permite verificar se a soma dos valores apresentados a débito
é igual à soma dos valores apresentados a crédito;
- Verificar se a soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores;
- Verificar se todas as contas de custos e de proveitos e encontram saldadas;
- Saber qual o valor do resultado líquido obtido pela empresa no exercício económico;
- Obter com facilidade o balanço final da empresa, a partir das colunas dos saldos das
respectivas contas.
Exercícios Propostos Nº 6
Elabore a balancete de verificação com base na resolução do exercício proposto nº5

VII Capitulo Demonstração de Resultado


7.1 A demonstração de resultado: é uma demonstração contabilística a
evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operação
de uma entidade.
A demonstração de resultado é constituída pelas seguintes rubricas:
Proveitos e ganhos: Aumento dos benefícios económicos durante o período na
forma de influxos ou melhoras de activo ou diminuições de passivos que resultam em
aumentos de capital próprio, que não sejam relacionados com as contribuições dos
Participantes no capital próprio.
Custos e perdas: Diminuições dos benefícios durante o período na forma de
influxos ou perdas de valor de activos ou no aumento de passivos que resultam em
diminuição de capitais próprios que não sejam relacionados com as distribuições aos
participantes no capital próprio.
O Objectivos da demonstração de resultado seu principal objectivo é detalhar
cada passo que compõe o resultado líquido da empresa em um exercício através do
confronto das receitas, custos e despesas apuradas, gerando informações significativas
para tomada de decisão.
7.2 Apuramento do resultado líquido do exercício: É uma apresentação
Contabilística com objectivo de calcular resultado líquido do exercício (apurar lucro).

Para apuramento do resultado líquido do exercício utilizamos as contas da classe 6 e 7.


Os saldos das contas 61, 62, 63, 64, 65, e 71, 72, 73, 75, são transferidos para a
conta 82 (resultados operacionais).
Os saldos das contas 66 e 76 são transferidas para a conta 83 (resultados
financeiros).

42
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Os saldos das contas 67 e 77 são transferidas para a conta 84 (resultados em
filial e associados).
Os saldos das contas 68 e 78 são transferidas para a conta 85 (resultados não
operacionais).
Os saldos das contas 69 e 79 são transferidas para a conta 86 (resultados
extraordinários).
Os saldos das contas 82, 83, 85, 86, 87 são transferidas para a conta 88
(resultado líquido exercícios).

7.3 Representação Gráfica da DRE

Modelo de Demonstração de Resultado


(Por Naturaza)

Empresa:________________________________________ Moeda:
Data / /

43
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Exercicio
Descrição
n n-1
61-Vendas
62-Prestação de Serviço
63-Outros Proveitos Operacional
64-Variação nos Inventarios de Produtos Acabados
65-Trabalho para Própria Empresa
Sub-Total
71-Custos das Mercadorias Vendidas e Consumidas (CMVC)
72-Custo Com Pessoal
73-Amortização do Exercício
75-Outros Custos e Perdas Operacionais
Sub-Total
Resultados Operacional
66-Proveitos e Ganhos Financeiras Gerais
76-Custos e Perdas Financeiras Gerais
Resultados Financeiro
67-Proveitos e Ganhos Financeiros em Subsidiarias e Associados
77-Custos e Perdas Financeiras em Subsidiarias e Associados
Resultado de Filiais e Associados
68-Outros Proveitos e Ganhos não Operacional
78-Outros Custos e Ganhos não Operacional
Resultado não Operacional
Resultado Antes do Imposto
87- Imposto Sobre Lucros
Resuldo Líquido das Actividades Correntes
69-Proveitos e Ganhos Extraodinario
79-Custo e Perdas Extraordinario
Resultado Extraordinario
87-Imposto Sobre Lucro
Resultado Liquido do Exercicio

Exercício Resolvido.
A empresa C.P.R, Lda con sede em Luanda sociedade que se dedica ao comercio
de Ar-condicionado iniciou as suas actividades comercial em 06 de janeiro de 2016 com
os seguintes valores patrimoniais.

Elementos Patrimoniais Valor


6 Ar- condicionados 45 000,00
1 carrinha de marca Toyota Hilux 100 000,00
1 Escritório 200 000,00

44
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Alvara comercial 8 000,00
Deposito a ordem no BAI 10 000,00
Dinheiro em cofre 4 000,00
Capital Próprio (Situação Liquida) ?

Mapa patrimonial

Elementos Patrimoniais Bens Direito Obrigações


6 Ar-condicionados 270 000,00
1 carrinha de marca Toyota
Hilux 100 000,00
1 Escritório 200 000,00
Alvara comercial 8 000,00
Deposito a ordem no BAI 10 000,00
Dinheiro em cofre 4 000,00
Total 582 000,00 10 000,00 0,00
Activo Passivo
Total 592 000,00 0,00
Capital Próprio C. Próprio=Activo-Passivo 592 000,00

O Inventario
Património QT P.U Valor
Activo
Activo não Corrente
Meios fixos e investimentos
11-Imobilizações corpóreas
11.2 Escritório 1 200 000,00 200 000,00
11.4.1 Carrinha Toyota Hilux 1 100 000,00 100 000,00
12-Imobilizações incorpóreas -
12.9.1 Alvara comercial 1 8 000,00 8 000,00

45
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Sub-total 308 000,00
Activo Corrente
Existência
26 Mercadoria 6 45 000,00 270 000,00
Terceiros
Clientes - 0
Disponibilidade
43.1 Deposito a ordem no BAI 10 000,00 10 000,00
45.1 Caixa 4 000,00 4 000,00
Sub-total 284 000,00
Total do Activo 592 000,00
Passivo
Passivo não corrente
Sub-total 0 0
Passivo corrente
Sub-total 0 0
Total do Passivo 0 0

O Balanço Inicial
Activo Valor Capital Próprio e Passivo Valor
Activo não Corrente 51 Capital Próprio 592 000,00
Meios fixos e investimentos 56 Reservas 0
88 Resultado líquido do
11-Imobilizações corpóreas exercício 0
11.2 Escritório 200 000,00 Total do capital próprio 0
11.4.1 Carrinha Toyota
Hilux 100 000,00

46
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
12-Imobilizações
incorpóreas -
12.9.1 Alvara comercial 8 000,00
Sub-total 308 000,00
Activo Corrente Passivo
Existência Passivo não corrente
26 Mercadoria 270 000,00 Sub-total 0
Terceiros Passivo corrente
Clientes 0 Sub-total 0
Disponibilidade Total do Passivo 0
43.1 Deposito a ordem no
BAI 10 000,00
45.1 Caixa 4 000,00
Sub-total 284 000,00
Total do Capital próprio +
Total do Activo 592 000,00 Passivo 592 000,00

Durante o exercício de 2016 esta empresa efectuou, entre outras, as seguintes operações:
1) Empréstimo obtido de médio e longo prazo no BAI no valor de 80.000,00 mil
Kwanzas, sendo os juros a pagar no primeiro período de 4.600,00.
2) Venda a pronto pagamento de 5 Ar-condicionado no valor de 50.000,00, vai
Banco.
3) A empresa efectuou um levantamento de 24.000,00 para o reforço do caixa.
4) Compra a prazo de 6 Ar-condicionado no valor de 40.000,00
5) Pelo caixa empresa pagou água e electricidade no valor de 20.000,00, sendo
60% pago em água e restante pago em electricidade.
6) Compra a pronto pagamento de 3 Ar-condicionado no valor de 35.000,00. Via
banco.
7) Pagamento em numerário de segura automóvel da viatura no valor de 6.000,00.
8) Cheque do BAI pelo pagamento de 60% da dívida do fornecedor.
9) Venda a prazo de 8 Ar-condicionado no valor de 60.000,00.
10) A empresa pagou por transferência bancaria a dívida do pessoal no valor de
56.000,00.
11) Recebimento de 80% da dívida do cliente via banco.
12) No mês de dezembro a empresa regularizou o imposto de selo (1%), e os juros
bancários.

Lançamentos de abertura e Operações correntes

47
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
D 11.2 Escritorio C D 11.4.1 Carrinha toyota Hilux C
SI) 200 000,00 SI) 100 000,00

D 12.9.1 Alvara comercial C D 26 Mercadoria C


SI) 8 000,00 SI) 270 000,00

D 43.1 Deposito a ordem no BAI C D 45.1 Caixa C


SI) 10 000,00 24 000,00 (3 SI) 4 000,00 20 000,00 (5
1) 80 000,00 105 000,00 (6 3) 24 000,00 6 000,00 (7
2) 250 000,00 144 000,00 (8
11) 384 000,00 56 000,00 (10
6 340,00 (12

D 51 Capital Proprio C D 33.1 Empretimo C


592 000,00 (SI 80 000,00 (1

D 76.1.1 Juros C D 37.5.2 Juros C


1) 4 600,00 4 600,00 (1

D 21.2 Compra de Mercadoria C D 61.3 Venda de Mercadoria C


4) 240 000,00 250 000,00 (2
6) 105 000,00 480 000,00 (9

D 31.1 Cliente C D 32.1 Fornecedor C


9) 480 000,00 384 000,00 (11 8) 144 000,00 240 000,00 (4

D 75.2.11 Água C D 75.2.12 Electricidade C


5) 12 000,00 5) 8 000,00

D 75.2.22 Seguro C D 72.2 Custo ao Pessoal C


7) 6 000,00 10) 56 000,00

D 75.3.1.1 Imposto de Selo C D 34.9.1 Imposto de Selo C


12) 7 300,00 12) 6 340,00 7 300,00 (12

48
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Balancete de Verificação

Movimento Saldo
Conta Descrição
Débito Crédito Devedor Credor
11.2 Escritório 200 000,00 200 000,00
11.4.1 Carrinha Toyota Hilux 100 000,00 100 000,00
12.9.1 Alvara comercial 8 000,00 8 000,00
21.2 Compra de Mercadoria 345 000,00 345 000,00
26 Mercadoria 270 000,00 270 000,00
31.1 Cliente 480 000,00 384 000,00 96 000,00
32.1 Fornecedor 144 000,00 240 000,00 96 000,00
33.1 Empréstimo de MLP 80 000,00 80 000,00
34.9.1 Imposto de Selo 6 340,00 7 300,00 960,00
37.5.2 Juros 4 600,00 4 600,00
43.1 Deposito a ordem no BAI 724 000,00 335 340,00 388 660,00
45.1 Caixa 28 000,00 26 000,00 2 000,00
51 Capital Próprio 592 000,00 592 000,00
61,3 Venda de Mercadoria 730 000,00 730 000,00
72.2 Custo com o Pessoal 56 000,00 56 000,00
75.2.11 Água 12 000,00 12 000,00
75.2.12 Electricidade 8 000,00 8 000,00
75.2.22 Seguro 6 000,00 6 000,00
75.3.11 Imposto de Selo 7 300,00 7 300,00
76.1.1 Juros 4 600,00 4 600,00
TOTAL 2 399 240,00 2 399 240,00 1 503 560,00 1 503 560,00

Regularizações Anuais
D 21.2 Compra de Mercadoria C D 26 Mercadoria C
240 000,00 240 000,00 SI) 270 000,00 545 000,00
105 000,00 105 000,00 345 000,00 70 000,00 (SD
345 000,00 345 000,00 615 000,00 615 000,00

D 71.1 C.M.V.M.C C
545 000,00

49
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Balancete de Regularização

Movimento Saldo
Conta Descrição
Débito Crédito Devedor Credor
11.2 Escritório 200 000,00 200 000,00
11.4.1 Carrinha Toyota Hilux 100 000,00 100 000,00
12.9.1 Alvara comercial 8 000,00 8 000,00
21.2 Compra de Mercadoria 345 000,00 345 000,00
26 Mercadoria 615 000,00 545 000,00 70 000,00
31.1 Cliente 480 000,00 384 000,00 96 000,00
32.1 Fornecedor 144 000,00 240 000,00 96 000,00
33.1 Empréstimo de MLP 80 000,00 80 000,00
34.9.1 Imposto de Selo 6 340,00 7 300,00 960,00
37.5.2 Juros 4 600,00 4 600,00
43.1 Deposito a ordem no BAI 724 000,00 335 340,00 388 660,00
45.1 Caixa 28 000,00 26 000,00 2 000,00
51 Capital Próprio 592 000,00 592 000,00
61,3 Venda de Mercadoria 730 000,00 730 000,00
71.1 C.M.V.M.C 545 000,00 545 000,00
72.2 Custo com o Pessoal 56 000,00 56 000,00
75.2.11 Água 12 000,00 12 000,00
75.2.12 Electricidade 8 000,00 8 000,00
75.2.22 Seguro 6 000,00 6 000,00
75.3.11 Imposto de Selo 7 300,00 7 300,00
76.1.1 Juros 4 600,00 4 600,00
TOTAL 3 289 240,00 3 289 240,00 1 503 560,00 1 503 560,00

50
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Apuramento de Resultado
D 71.1 C.M.V.M.C C D 61.3 Venda de Mercadoria C
545 000,00 545 000,00 T2 250 000,00 250 000,00 (2
T1
545 000,00 545 000,00 480 000,00 480 000,00 (9
730 000,00 730 000,00

D 72.2 Custo ao Pessoal C


10) 56 000,00 56 000,00 T3 D 82 Resultado Operacional C
56 000,00 56 000,00 T2 545 000,00 730 000,00 T1
T3 56 000,00
D 75.2.11 Água C T4 33 300,00
5) 12 000,00 12 000,00 T4 SC) 95 700,00
12 000,00 12 000,00 730 000,00 730 000,00

D 75.2.12 Electricidade C D 83 Resultado Finaceiro


5) 8 000,00 8 000,00 T4 T5 4 600,00 4 600,00 (SD
8 000,00 8 000,00 4 600,00 4 600,00

D 75.2.22 Seguro C D Resultado Antes do Imposto (RAI) C


7) 6 000,00 6 000,00 T4 4 600,00 95 700,00
6 000,00 6 000,00 SC) 91 100,00
95 700,00 95 700,00
D 75.3.1.1 Imposto de Selo C
12) 7 300,00 7 300,00 T4 D 34.1 Imposto sobre os Lucros C
7 300,00 7 300,00 SC) 27 330,00 27 330,00
27 330,00 27 330,00
D 76.1.1 Juros C
1) 4 600,00 4 600,00 T5 D 87 Imposto sobre os Lucros C
4 600,00 4 600,00 27 330,00 27 330,00 T6
27 330,00 27 330,00

D 88 Resultado Liquido do Exercicio C


T6 27 330,00 91 100,00
SC) 63 770,00
91 100,00 91 100,00

51
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Balancete Final

Movimento Saldo
Conta Descrição
Débito Crédito Devedor Credor
11.2 Escritório 200 000,00 200 000,00
11.4.1 Carrinha Toyota Hilux 100 000,00 100 000,00
12.9.1 Alvara comercial 8 000,00 8 000,00
21.2 Compra de Mercadoria 345 000,00 345 000,00
26 Mercadoria 615 000,00 545 000,00 70 000,00
31.1 Cliente 480 000,00 384 000,00 96 000,00
32.1 Fornecedor 144 000,00 240 000,00 96 000,00
33.1 Empréstimo de MLP 80 000,00 80 000,00
34.1 Imposto Sobre os Lucros 27 330,00 27 330,00
34.9.1 Imposto de Selo 6 340,00 7 300,00 960,00
37.5.2 Juros 4 600,00 4 600,00
43.1 Deposito a ordem no BAI 724 000,00 335 340,00 388 660,00
45.1 Caixa 28 000,00 26 000,00 2 000,00
51 Capital Próprio 592 000,00 592 000,00
61,3 Venda de Mercadoria 730 000,00 730 000,00
71.1 C.M.V.M.C 545 000,00 545 000,00
72.2 Custo com o Pessoal 56 000,00 56 000,00
75.2.11 Água 12 000,00 12 000,00
75.2.12 Electricidade 8 000,00 8 000,00
75.2.22 Seguro 6 000,00 6 000,00
75.3.11 Imposto de Selo 7 300,00 7 300,00
76.1.1 Juros 4 600,00 4 600,00
82 Resultado Operacional 95 700,00 95 700,00
83 Resultado Financeiro 4 600,00 4 600,00
Resultado Antes do Imposto 91 100,00 91 100,00
87 Imposto Sobre os Lucros 27 330,00 27 330,00
88 Resultado Líquido do Exercício 27 330,00 91 100,00 63 770,00
TOTAL 4 265 300,00 4 265 300,00 864 660,00 864 660,00

52
CONTABILIDADE FINANCEIRA BÁSICA 2019
Balanço Anual (Ordinário)

Activo Valor Capital Próprio e Passivo Valor


Activo não Corrente 51 Capital Próprio 592 000,00
Meios fixos e investimentos 56 Reservas 0
11-Imobilizações corpóreas 88 Resultado liquido do exercício 63 770,00
11.2 Escritório 200 000,00 Total do capital próprio 655 770,00
11.4.1 Carrinha Toyota Hilux 100 000,00
12-Imobilizações incorpóreas Passivo
12.9.1 Alvara comercial 8 000,00 Passivo não corrente
Sub-total 308 000,00 33 Empréstimo de MLP 80 000,00
Activo Corrente Sub-total 80 000,00
Existência Passivo corrente
26 Mercadoria 70 000,00 32 Fornecedor 96 000,00
Terceiros 34 Estado 28 290,00
31 Clientes 96 000,00 37 Outros Valores a Pagar 4 600,00
Disponibilidade Sub-total 128 890,00
43.1 Deposito a ordem no BAI 388 660,00 Total do Passivo 208 890,00
45.1 Caixa 2 000,00
Sub-total 556 660,00
Total do Activo 864 660,00 Total do Capital próprio + Passivo 864 660,00

Demonstração de Resultado por Natureza

Conta Descrição Valor


61,3 Venda de Mercadoria 730 000,00
71.1 C.M.V.M.C 545 000,00
72.2 Custo com o Pessoal 56 000,00
75.2.11 Água 12 000,00
75.2.12 Eletricidade 8 000,00
75.2.22 Seguro 6 000,00
75.3.11 Imposto de Selo 7 300,00
82 Resultado Operacional 95 700,00
76.1.1 Juros - 4 600,00
83 Resultado Financeiro - 4 600,00
Resultado Antes do Imposto 91 100,00
87 Imposto Sobre os Lucros 27 330,00
88 Resultado Líquido do Exercício 63 770,00

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