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Aspectos físicos: relevo e hidrografia

1.
É a mais populosa e desenvolvida região do Brasil, já que abriga mais da metade das indústrias,
além de ter um Setor Terciário (comércio e serviços, como bancos, escritórios de advocacia,
escolas e hospitais) dinâmico e diversificado e uma agropecuária muito moderna e produtiva.
Sem contar o fato de abrigar grandes reservas de ferro, alumínio, manganês, petróleo e gás
natural.
2.
No Sudeste do Brasil praticamente 90% das terras são altas, com a ocorrência de muitas
serras. A quantidade de serras e morros é muito grande em virtude do predomínio de relevo de
planalto. Na parte leste da região está o planalto Atlântico (Serras do Leste e Sudeste), formado
por rochas cristalinas, de formação muito antiga e muito resistentes à erosão, sendo o granito
a mais comum. Já na oeste, temos o planalto Meridional, formado por rochas sedimentares,
como o arenito, mais fáceis de serem gastas pela chuva, vento e rios, ou seja, pela erosão. Nele
encontramos algumas chapadas e também cuestas.
3.
Os grandes rios do Sudeste nascem nas terras altas (planaltos), formando cachoeiras bastante
aproveitadas para a instalação de usinas hidrelétricas. As duas grandes bacias hidrográficas são
a do rio São Francisco e a do rio Paraná; em uma posição secundária temos a bacia do Atlântico
Sul – trecho Leste, destacando-se o rio Doce e o Jequitinhonha, e a do Atlântico Sul – trecho
Sul-Sudeste, em que se destacam o rio Paraíba do Sul e o Ribeira de Iguape. Sob as terras do
Sudeste encontra-se uma grande reserva de água doce subterrânea, chamada aquífero Guarani,
a maior do mundo em extensão.
4.

Minas Gerais

Espírito
Santo

São Paulo
Rio de Janeiro

OCEANO N
ATLÂNTICO

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Aspectos físicos: clima e vegetação

1.
O clima tropical de altitude atinge as áreas elevadas do Sudeste (serras e morros), apresentando
seis meses de chuva (primavera/verão) e seis de seca (outono/inverno), com um verão bem
quente e um inverno rigoroso (grande amplitude térmica).
2.
O norte de Minas Gerais é uma área de clima quente e bem seco, com chuvas praticamente
apenas em dois meses do ano, durante o outono (clima semiárido).
3.
Litoral: manguezais e remanescentes da mata Atlântica; áreas elevadas: campos de altitude e
os pinheiros de araucárias.

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Aspectos populacionais

1.
O Sudeste é a região mais populosa do Brasil, com aproximadamente 90 milhões de habi-
tantes em 2020, ou seja, aproximadamente 45% da população de nosso país. Sua densidade
demográfica (ou seja, a média de habitantes por quilômetro quadrado) é também elevada,
sendo a região mais povoada do Brasil, com 87 habitantes por quilômetro quadrado.
2.
Trata-se da região brasileira mais urbanizada, abrigando as três maiores capitais brasileiras
(metrópoles de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte).
3.
A grande miscigenação entre os recém-chegados portugueses e os indígenas gerou o caboclo
(ou mameluco).

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Processo de povoamento

1.
Os nordestinos, principalmente paraibanos, pernambucanos e baianos, trabalharam como

operários nas fábricas e na construção civil (pedreiros ou auxiliares), ou como trabalhadores
domésticos (faxineiros, jardineiros e porteiros, entre outros).
2.
Inicialmente ocupada por diversas etnias indígenas, a região Sudeste abrigou São Vicente, a
primeira vila do Brasil, fundada em 1532 pelo português Martim Afonso de Souza, donatário
dessa capitania hereditária.
3.
Os bandeirantes, paulistas que penetravam o Brasil em busca de metais e pedras preciosas,
além de índios para escravização, deram início a diversos povoamentos no interior do Sudeste,
alguns deles transformados em cidades.

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Aspectos econômicos: agricultura e pecuária

1.
Área menos desenvolvida do estado de São Paulo por ser área de preservação ambiental (grande
mancha de mata Atlântica), o Vale do Ribeira tem importante cultivo de chá e banana, realizado
por descendentes de japoneses, que também praticam a apicultura (criação de abelhas).
2.
A região Sudeste tem uma pecuária muito forte e eficiente, com elevada produção de carne,
couro e leite. Encontramos tanto a pecuária extensiva quanto a intensiva. A extensiva ocorre em
larga escala no Oeste Paulista (interior de São Paulo), no norte de Minas Gerais e no Triângulo
Mineiro, enquanto a intensiva é bastante forte no sul de Minas Gerais e no Vale do Paraíba,
voltada para a produção de leite. Seguido de perto por Santa Catarina e Paraná, São Paulo é o
maior produtor nacional de frangos e ovos.
3.
A produção cada vez maior de eucalipto (trazido da Austrália), principalmente no norte do
Espírito Santo, em cidades como Aracruz, tem como função o fornecimento de celulose
(matéria-prima do papel), madeira e carvão vegetal. O Brasil é o maior produtor mundial de
celulose. O cultivo da seringueira cresce cada vez mais no Oeste Paulista, que já responde por
60% da produção de borracha natural.

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Aspectos econômicos: extrativismo vegetal, animal e mineral

1.
O extrativismo vegetal tem pequena participação na economia do Sudeste, principalmente em
virtude da grande devastação da cobertura vegetal, tanto do cerrado quanto da mata Atlântica.
Destacam-se apenas uma tímida extração do pinhão nas araucárias das áreas de serra, e da
madeira e do palmito da mata Atlântica, principalmente o da palmeira pajuçara (ou juçara),
hoje protegida por lei federal em áreas de parques nacionais.
2.
Com relação ao extrativismo mineral, apesar da significativa extração de mármore, ouro e
pedras preciosas (principalmente de Minas Gerais), vamos destacar o ferro, o petróleo e o gás
natural. Minas Gerais tem imensas reservas dos metais ferro e manganês, principalmente no
Quadrilátero Ferrífero. Em Poços de Caldas destacam-se a bauxita, rocha de onde se extrai o
mineral usado na confecção de alumínio, e o urânio. Há imensas reservas de petróleo e gás
natural no litoral do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, na Bacia de Campos (e, em menor
grau, São Paulo – Bacia de Santos). Não podemos nos esquecer da extração de sal marinho
(usado principalmente como sal de cozinha) no litoral norte do Rio de Janeiro, principalmente
na cidade de Cabo Frio.
3.
Em relação ao extrativismo animal, tem grande destaque no litoral de São Paulo, Rio de Janeiro
e Espírito Santo a pesca, tanto de peixes como de crustáceos (camarões, lagostas e caranguejos)
e moluscos (ostras e mexilhões).

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Aspectos econômicos: indústria, transportes e turismo

1.
Minas-Vitória, que liga Belo Horizonte à capital capixaba; Estrada de Ferro Central do Brasil e
Ferrovia do Aço.
2.
    Turismo religioso: Aparecida do Norte-SP.
• De estações de inverno: Campos do Jordão-SP, Monte Verde-MG, Petrópolis e Teresópolis,
ambas no RJ.
• Balneário: praias como Guarapari-ES, Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio, todas no RJ,
Guarujá, Ubatuba e Ilhabela (estas em SP).
• Centros históricos: São Paulo (SP), São Vicente (SP), Rio de Janeiro (RJ), Paraty (RJ), além
das importantes cidades mineiras de Ouro Preto, Sabará, Mariana, São João del Rey e
Congonhas do Campo.
• Ecoturismo: Brotas (SP), Bertioga (SP), Vale do Ribeira (cavernas como a do Diabo, próxima
à cidade de Registro-SP), Angra dos Reis (RJ), além de parques como o de Itaúnas (ES),
de Ilha Grande (RJ) e o de Itatiaia, entre Rio de Janeiro e São Paulo, o primeiro do Brasil,
fundado pelo presidente Getúlio Vargas em 1937.
• Estâncias hidrominerais (estação de águas): Caxambu, São Lourenço e Poços de Caldas,
todas em Minas Gerais.
3.
O Porto de Tubarão (ES) escoa boa parte do ferro e de manganês extraídos do Quadrilátero
Ferrífero, principalmente para o exterior (exportação).

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O estado de São Paulo

1.
Laranja (Araraquara, São José do Rio Preto, Itápolis, Catanduva, Bebedouro, Matão, Flórida
Paulista e Limeira), cana-de-açúcar (Piracicaba, Ribeirão Preto e Campinas), soja, trigo, algodão,
milho, batata, frutas (uvas, morangos, caquis, pêssegos e figos), em Jundiaí, Valinhos, Vinhedo
e Atibaia, seringueira no Oeste Paulista e eucalipto (madeira, carvão e celulose para papel)
em cidades como Suzano, na Grande São Paulo e, por fim, arroz e banana no Vale do Paraíba
(destacando-se a cidade de Paraibuna), chá e banana no Vale do Ribeira.
2.
O ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema) abriga muitas indústrias
automobilísticas, como a Ford, General Motors e Volkswagen.
3.
    
A riqueza gerada pela cafeicultura, que gerou um grande fluxo de dinheiro, que acabou
investido nas primeiras fábricas.
• A cafeicultura também trouxe o imigrante italiano, que veio para o plantio do café, mas que
tinha experiência como operário em indústrias na Itália.
• O grande potencial de geração de energia elétrica dos rios paulistas, com várias quedas-d’água.
• O bom sistema bancário, de comunicações e de transportes (principalmente as eficientes
ferrovias e o Porto de Santos, usados para o escoamento do café) gerados pela cafeicultura.

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Respostas das atividades adicionais

1.
Vitória (ES), São Luís (MA) e Florianópolis (SC).

2.
Pico da Bandeira, na serra do Caparaó (divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo), com
2 892 m de altitude.

3.
Os mares do morros correspondem ao conjunto de ondulações que ocorrem nos estados do
Rio de Janeiro, São Paulo e ao sul de Minas Gerais, com formato de meia laranja ou de mamas
(mamelonares).

4.
Cuestas são superfícies elevadas que apresentam encosta abrupta (espécie de paredão) de um
lado, enquanto que, do lado oposto temos uma encosta suave, em formato de “tobogã”.
5.


8
7
6

5 9
4
3
10
2

1
OCEANO N
ATLÂNTICO

1 Rio Ribeira do Iguape

2 Rio Paranapanema

3 Rio Tietê

4 Rio Paraná

5 Rio Grande

6 Rio Paranaíba

7 Rio São Francisco

8 Rio Jequitinhonha

9 Rio Doce

10 Rio Paraíba do Sul

6.
Em razão das elevadas altitudes (serras e morros) comuns na região. Áreas altas tendem a ser
mais frias, durante o inverno principalmente.

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7.
No clima tropical úmido todos os meses são muito chuvosos e quentes. As chuvas são resultado
da proximidade com o oceano, de onde vem uma grande quantidade de vapor d’água (massas
de ar).

8.

Editora Núcleo
OCEANO N
ATLÂNTICO

caatinga
cerrado
mata Atlântica
vegetação litorânea (mangue)
campos de altitude
floresta subropical (araucária)

9.
Os espanhóis.

10. Coreanos, chineses e, mais recentemente, bolivianos, peruanos, chilenos e argentinos, seguidos
pelos congoleses, nigerianos, ganeses e haitianos.

11. Com o Ciclo da Mineração (séculos XVII e XVIII), um número ainda maior de portugueses
ingressou no Sudeste, principalmente em Minas Gerais. A necessidade de mão de obra no
garimpo atraiu um grande número de negros provenientes do Nordeste, onde eram escravos
e que acabaram sendo vendidos pelos senhores de engenho nordestinos. A miscigenação
aumentou ainda mais, resultando em um grande número de mulatos. Ainda hoje, a presença
de afrodescendentes na formação étnica e cultural do Sudeste é facilmente percebida,
principalmente nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

12. A cafeicultura.

13. Os alemães.

14. O Sudeste é a “locomotiva” do trem da economia brasileira, já que é responsável por pelo
menos metade das riquezas produzidas em nosso país. Além de possuir uma industrialização
diversificada e um fortíssimo Setor Terciário (comércio e serviços), apresenta uma agricultura
muito mecanizada e uma pecuária bem produtiva.

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15.     Soja: Oeste Paulista e Triângulo Mineiro (o Brasil é o maior exportador mundial).
• Cana-de-açúcar: Oeste Paulista, Sudeste Oriental e Triângulo Mineiro (o Brasil é o maior
exportador mundial de açúcar e o maior produtor de álcool).
• Café: sul de Minas, Sudeste Oriental e Triângulo Mineiro (Minas Gerais é o maior produtor
nacional, seguido pelo Espírito Santo).

16.

Editora Núcleo
1

4
3 2
6
5

7
8 OCEANO N
ATLÂNTICO

1 norte de Minas

2 Sudeste Oriental

3 região central de Minas

4 Triângulo Mineiro

5 Oeste Paulista

6 sul de Minas

7 Sudeste metropolitano

8 Vale do Ribeira

17. 4-Triângulo Mineiro: área bem desenvolvida, com forte pecuária extensiva bovina e cultivo de
soja e arroz, principalmente. Destaque para as cidades de Uberaba e Uberlândia.
8-Vale do Ribeira: porção menos desenvolvida do estado de São Paulo, por ser área de pre-
servação ambiental (remanescentes de mata Atlântica). Destaque para o ecoturismo e para o
cultivo de chá e banana por descendentes de japoneses.

18. 5-Oeste Paulista: forte agropecuária (gado bovino, destacando-se também o cultivo de laranja,
cana-de-açúcar e soja).
6-Sul de Minas: maior produção de café do país, além de forte pecuária leiteira.

19. As águas do litoral capixaba e fluminense são ricas em peixe porque por elas passa uma
corrente marinha fria, chamada corrente das Falklands (ou das Malvinas). Essas águas
geladas favorecem a proliferação de plânctons, alimentos dos peixes e diversas outras
espécies marinhas.

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20. O ferro extraído em Minas Gerais toma dois destinos: é exportado através do Porto de Tubarão,
no Espírito Santo, ou abastece as siderúrgicas (fábricas de aço) de São Paulo, Minas Gerais ou
Rio de Janeiro.
21. Extração de sal marinho (sal de cozinha).
22.

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Rod. Marechal
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Bandeirantes

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23. A abundância de bauxita (matéria-prima do alumínio), ferro e manganês de Minas Gerais foi
fundamental para a presença de indústrias no estado.
24. São Paulo é a cidade do Brasil que mais recebe turistas não estrangeiros, em decorrência
principalmente do turismo de negócios, já que é o principal polo nacional de compras,
eventos, lazer e restaurantes.
25. Editora Núcleo

OCEANO N
ATLÂNTICO

planalto arenito-basáltico ou Ocidental (Planaltos e Chapadas da


Bacia do Paraná)
depressão periférica
planalto Cristalino Atlântico ou Oriental
baixadas litorâneas e bacias sedimentares

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26.

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São José
do Rio Preto Ribeirão
Araçatuba Preto
Presidente Araraquara Campinas
Prudente Marília
Assis Bauru Piracicaba
Macro Vale do Paraíba
Metropolitana Paulista
Itapetininga Paulista Metropolitana
de São Paulo
Litoral Sul
Paulista OCEANO N
ATLÂNTICO

27. Os cinturões verdes são aquelas cidades que produzem os hortifrútis vendidos nas feiras-livres
e supermercados de uma área metropolitana. O cinturão verde da Grande São Paulo, por
exemplo, abrange cidades como Mogi das Cruzes, Poá, Mairiporã, Suzano, Cotia e Santa Isabel,
nas quais descendentes de japoneses são os principais produtores

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