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Geo g ra f i a

Espaço geográfico
22 industrial

Principais espaços
23 geográficos industriais
mundiais

24 Espaço geográfico
industrial brasileiro

©Shutterstock/Luiz Rocha
Espa ço g e o g rá f ico
22 ind u s tr i al

1|1
1 Revolução Industrial
Título da
Etapas

Etapas da Revolução Industrial

Primeira Revolução Segunda Revolução Terceira Revolução


Industrial Industrial Industrial

1
Países europeus,
Grã-Bretanha Países
Estados Unidos
Século XVIII desenvolvidos
e Japão

Energia elétrica e Petróleo e energia


Carvão mineral
petróleo nuclear
Título 1 Revolução Industrial
Primeira
Características da Primeira Revolução Industrial

Localização dos polos industriais baseada na disponibilidade do


carvão mineral (concentração industrial).

Mecanização nas fábricas garantiu aumento da produção sem


precedentes.

Grande exploração do trabalho e surgimento das organizações


sindicais.

Produção voltada aos mercados interno e externo.

Trens e navios movidos a carvão agilizavam o transporte de


mercadorias.
Título 1 Revolução Industrial
Segunda
Características da Segunda Revolução Industrial

• Organização
• Substituição das fábricas
dos motores a para a • Surgimento
vapor pelos de produção em das empresas
combustão série. transnacionais.
interna.

• Grande
• Flexibilização
evolução dos
dos fatores
meios de
de localização
comunicação
industrial.
e transporte.

©Shutterstock/Everett Historical
©Wikimedia Commons/Anônimo

A linha de montagem deu origem à produção em  evolução dos meios de transporte ampliou as
A
série, o que aumentou a produtividade. trocas comerciais entre locais distantes.
© Wikimedia Commons/Harry Shipler

 motor a combustão interna


O
movimentou a indústria automobilística.
Título 1Revolução Industrial
Terceira
Características da Terceira Revolução Industrial

• O fluxo de
• Consolidação
informações
• Globalização da do processo de
e capitais
economia e da flexibilização
se torna
cultura. espacial das
instantâneo
empresas.
– infovias.

• Maior eficácia
• Maior difusão
e velocidade
das empresas
dos meios de
transnacionais.
transporte.

©iStockphoto.com/4kodiak

 evolução da comunicação permitiu


A
grande troca de informações e capitais.
Títulode1 indústrias
Tipos
• As indústrias podem ser classificadas em:

Indústrias de Indústrias
base leves

São responsáveis São responsáveis pela


por gerar os bens de produção de bens de
produção (matéria- consumo.
-prima semibeneficiada
e implementos). Os bens de consumo
classificam-se em: bens
Os bens de produção duráveis e bens não
classificam-se em: duráveis.
bens de capital e bens
intermediários.
Indústrias de base ou
de bens de produção

Produz bens finalizados para


serem utilizados na fabricação
Indústria de outros produtos.
de bens de
capital Robôs industriais,
lubrificantes, máquinas,
peças, etc.
Indústrias
de base
Fabrica bens que ainda serão
transformados por outras
Indústria indústrias.
de bens
intermediários Aço, cimento, alumínio,
barras e chapas de ferro, etc.

©Shutterstock/T photography

 produção de bobinas de aço se


A
encaixa nas indústrias de bens de
capital.
©Shutterstock/Yermolov

 siderurgia é um tipo de indústria


A
de bens intermediários, pois processa
matérias-primas para outras indústrias.
Indústrias leves ou de bens de consumo

Indústria
Automobilística, moveleira,
de bens de
materiais elétricos e
consumo
eletroeletrônicos, entre outros.
duráveis

2 Indústrias
leves Produtos perecíveis ou
de curta durabilidade são
fabricados em indústrias
Indústria de bens de consumo não
de bens de duráveis.
consumo não
duráveis
Alimentícias, cosméticos, têxtil,
vestuário, etc.

©iStockphoto.com/Tramino

 utomóveis são classificados como bens


A
de consumo duráveis.
©iStockphoto.com/MickyWiswedel

 industria de vestuário é um exemplo


A
na produção de bens de consumo não
duráveis.
Título s1 de produção
Modelo
• Modelos de organização do processo fabril que buscavam a máxima
produtividade de cada trabalhador, a otimização do tempo, a
redução dos custos e o aumento do lucro.

Sistemas de
produção em série

Taylorista Fordista Toyotista


(EUA) (EUA) (Japão)
©Wikimedia Commons/Grap

©Wikimedia Commons/Unknown
©Wikimedia Commons/Hartsook, photographer.

Frederick Taylor  enry Ford


H Kiichiro Toyoda
(1856-1915) (1863-1947) (1894-1952)
Modelo taylorista

Maximizar a
eficiência produtiva

Perda de autonomia
Maximizar a
do trabalhador –
produção de
trabalho simples e
lucros
repetitivo
PROPOSTA

CRÍTICA
Incentivos
Divisão do na forma de
trabalho remuneração
extra

Superexploração
dos trabalhadores
Modelo fordista

Racionalização da
produção – vertical

Modelo Tarefa específica


internacional de para cada
produção industrial operário

Baratear custos PROPOSTA Uso intenso da


da produção mão de obra

CONSEQUÊNCIAS

Bases da produção Tempo de


industrial em escala e trabalho
do consumo em massa reduzido

Produção em série e em
Aumento da divisão
grandes quantidades –
técnica do trabalho
linha de produção

“custos” – Redução do preço


final do bem produzido “vertical” – Controle do pro-
cesso industrial

“trabalho” – Sem diminuição “quantidades” – Consumo em


da produtividade massa
Arquivo Público do Estado de São Paulo/Autor desconhecido

Indústria automobilística em São Paulo, 1950


Modelo toyotista

O trabalhador deve exercer várias Os trabalhadores passam a controlar


funções, sendo responsável por todo o a qualidade dos bens produzidos,
processo produtivo. reduzindo a perda de peças
defeituosas.

PROPOSTA

Reduz o volume e os custos na Linha de montagem mais flexível,


estocagem do material necessário para atendendo às diferentes necessidades
a produção (sistema just in time) e interesses do comprador. Utilização
intensa de robôs, computadores e
máquinas.

Divo. 2015. Digital.


©iStockphoto.com/EdStock

O just in time se caracteriza pela


produção no tempo certo de acordo
com a demanda do mercado.
Indústria e questões ambientais

Eclosão da atividade industrial a partir do final do século XVIII

Poluição hídrica Poluição atmosférica


Crescimento
da poluição em
suas diferentes
formas
Poluição sonora Poluição por lixo

Analista ambiental

Atua em empresas ou em órgãos públicos, buscando uma gestão


ambiental sustentável. Muitas vezes, essa tarefa é realizada em
equipe, com a presença de profissionais de outras áreas afins.

Fotos Públicas/Rafael Pacheco

 poluição dos recursos hídricos é um grave problema que afeta,


A
principalmente, os grandes centros urbanos.
Fotos Públicas/Agência Senado/Edilson Rodrigues

©Shutterstock/Kekyalyaynen

O consumo aumentou, e também levou ao aumento do  evolução da atividade industrial trouxe grandes
A
lixo descartado e gerou uma demanda por locais para benefícios, mas também trouxe problemas sérios, como
armazená-lo. a poluição do ar e suas consequências.
Pr i n c i pa i s e s p a ço s
23 geográ
m u n d
f
i
i
a
c
i
o
s
s i n d u s tr i a i s
ATítulo 1 dade da indústria mundial
espaciali
Principais aglomerações industriais do planeta

Europa Estados Unidos


Japão
(porção ocidental) (porção nordeste)

3
Concentração industrial mundial

Talita Kathy Bora

Fonte: PHILIP’S. Internacional School Atlas. 2.ed. London. 2006. p. 34. Adaptação.
Espaço industrial do mundo rico:
Europa Ocidental

• Regiões industriais originadas na Primeira Revolução Industrial são as


mais expressivas ainda hoje.

Grã-Bretanha Alemanha França Itália

Londres Vale do Ruhr Paris Milão

Manchester Lyon Turim

Birmingham Fronteira Gênova


Nordeste

Europa: principais áreas industriais

Luciano Daniel Tulio

Fonte: CHARLIER, Jacques. Atlas du 21e siècle. Paris: Nathan, 2010. p. 58. Adaptação.
Integração das atividades industriais europeias

1952 1999 A atividade


Comunidade União Europeia e industrial europeia
Europeia do adoção do euro reorganizada
Carvão e do Aço como moeda em função dos
(CECA) única interesses do bloco

©iStockphoto.com/querbeet
Consequências:
 desemprego
O Desemprego pelo
aumentou em fechamento de fábricas
alguns países
europeus devido
obsoletas.
ao fechamento Maior flexibilidade da
de fábricas pela
reestruturação produção.
da produção no
bloco.
Crise da Crimeira – 2014

União Europeia
(Estados Unidos) Federação Russa

Crise geopolítica que rompeu a integridade


5 territorial da Ucrânia, perda da Crimeia para a Rússia.

• Importantes interesses econômicos associados à


produção industrial.
• Interesse pelas abundantes reservas de gás natural
ali existentes.

©Shutterstock/photo.ua

S oldados ucranianos e mercenários contratados


pela Rússia combatem pela posse da Crimeia.
Espaço 1
Títuloindustrial do mundo rico: Estados Unidos

Século Setor
Condições Históricas Região Nordeste
XIX industrial

Investimentos no
Econômicas
setor bancário
Grandes Lagos (Rio São Lourenço)
Mercado
Reservas de carvão mineral e minério de ferro Naturais consumidor
6
Chicago, Detroit,
Expansão Manufacturing Cinturão Pittsburg, Filadélfia,
industrial belt industrial Boston e Nova
Iorque

Diversificação
das atividades Década de Entrou em Concorrência
fabris 1980 declínio internacional

Década de Indústrias de alta


Modernização
1990 tecnologia

EUA: espaços industriais

Luciano Daniel Tulio

Fonte: ATLAS National Geographic. América do Norte e Central. São Paulo: 2008. v. 6.
p. 38. (Abril Coleções); CHARLIER, Jacques. Atlas du 21e siècle. Paris: Nathan, 2008. p. 130. Adaptação.
Espaço industrial do mundo rico: Estados Unidos

Texas Extração do petróleo


(1960)

Seatle Flórida

Século XX
Polos industriais
Setor aeronáutico Sun belt
Belt

Eixo San-San
São Francisco
Portland até San Diego,
no estado
Estado da
Califórnia

©iStockphoto.com/ IPGGutenbergUKLtd
©iStockphoto.com/jackjayDIGITAL

Cabo Kennedy, Flórida – EUA T écnica reparando parte de um computador em uma


indústria eletrônica, 2014

Indústria aeroespacial Indústrias relacionadas ao alumínio


©Creative Commons/Patrick Nouhailler

Vale do Silício, EUA, 2013

Empresas ligadas ao setor de microinformática,


microeletrônica, robótica, química fina e à
biotecnologia. Destaque para o Vale do Silício.
Fatos importantes sobre a
indústria estadunidense

Visava incorporar mercados


Doutrina Monroe (1823)
latino-americanos

7 Primeira e Segunda Guerras


Ascensão dos Estados Unidos
Mundiais (1914-1918 e
como superpotência mundial
1939-1945, respectivamente)

Disputa por mercados


Atualidade
internacionais com a China
Espaço industrial do mundo rico: Japão

Industrialização durante
Tecnologias como motores a combustão interna
a Segunda Revolução
e eletricidade já estavam disponíveis
Industrial

Era Meiji Desenvolvimento de uma forte base industrial


8

Política externa de expansão militarista e


De 1912 a 1945 imperialista, buscando fontes de matéria-prima e
mercados consumidores

Recebeu vultosos investimentos do bloco


Guerra Fria ocidental no contexto da Guerra Fria e tornou-se
a segunda maior economia mundial

Japão: áreas industriais

Marilu de Souza

Fonte: ATLAS National Geographic. Ásia II.


São Paulo: Abril Coleções, 2008. v. 8 p. 92.
Adaptação.
Espaço industrial do mundo emergente

Industrializaram-se apenas no
século XX.

Somente alguns conseguiram


consolidar parques industriais.
Países de
industrialização
tardia Poucos desenvolveram indústrias
de alta tecnologia.

Destaque para dois grupos de


países: Tigres Asiáticos (décadas
de 1960 e 1970) e BRICS (início do
século XXI).
Novos Países Industrializados

• Grupo de países periféricos de industrialização tardia.


• Apresentam filiais de empresas transnacionais oriundas dos países ricos.

• Ásia
• China
• Índia
• Tigres Asiáticos

©Shutterstock/Tsaplia
(Coreia do
Sul, Taiwan,
Cingapura, Hong
Kong)
• Malásia
• Tailândia
• África
• Indonésia
• África do Sul
• América Latina
• Brasil
• Argentina
• México
• Chile
Tigres Asiáticos

Países que tiveram, num curto período de tempo,


um ritmo veloz de crescimento econômico

Vultosos Produção e
investimentos exportação
do bloco de bens de
capitalista Coreia do Sul, consumo
(especialmente Década de de curta
Taiwan, Cingapura e
dos EUA 1970 durabilidade e
Hong Kong
e do Japão) baixo custo

Década de Tailândia, Malásia e


1980 Indonésia
Questões que levaram ao enfraquecimento
econômico de alguns países que
compunham os Tigres Asiáticos

Fim da Guerra Fria e consequente redução dos interesses


geopolíticos dos Estados Unidos na região.

Carência de indústrias de base, causando dependência na


9
produção de bens de capital e intermediários.

Encarecimento gradativo dos custos de produção,


principalmente da mão de obra.

Entrada da China na competição por mercados consumidores.

Expressivo endividamento desses países.


Maquiladoras mexicanas

Maquiladoras

Unidades produtivas ligadas a grandes corporações.

Recebem de suas matrizes as peças e os componentes.

10

Basicamente operam apenas na montagem do produto final.

O produto final é enviado para o país da matriz ou é


comercializado em mercados considerados estratégicos.

Baixos salários Condições precárias de trabalho

No México as maquiladoras existem desde a década de 1960 e se


intensificaram a partir de 1994, com a assinatura do NAFTA.
BRICS

• Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa, em inglês).


• Grupo de países, com destaque para a China e, mais recentemente, para
a Índia, que apresentou expressivo crescimento econômico no início do
século XXI.

Corel
Corel
• RÚSSIA
• CHINA
• Desenvolvimento
• Segunda maior industrial distribuído geograficamente.
11 economia mundial.
• Forte indústria de base.
• Investimento maciço em educação.
• Abundantes recursos minerais e
• Abundantes recursos minerais e energéticos.
energéticos.
• Destaques: exportação de produtos
• Imenso contingente de mão de obra. primários, como o petróleo bruto e o
• Grande potencial do seu mercado gás natural, bens de produção como
consumidor. aço e alumínio.
• ZEEs = Zonas Econômicas Especiais.

©Shutterstock/li jianbing
©iStockphoto.com/TonyYao

A abundância de recursos minerais e a fraca legislação Investimentos em educação visando


ambiental contribuíram para o desenvolvimento qualificar a mão de obra.
industrial chinês.
©iStockphoto.com/Mordolff

 herança do período socialista deixou


A
uma forte indústria de base na Rússia.
Corel
• ÍNDIA
• 1990: abertura para
investimentos
internacionais.

Corel
• Economia de serviços para o mercado
global. • ÁFRICA DO SUL
• Descentralização das atividades de • Processo de
produção. industrialização
ocorreu após a Segunda Guerra
• Mão de obra especializada.
12
Mundial.
• Uso eficiente das novas tecnologias de
• Forte presença de capital internacional.
comunicação.
• Abundantes riquezas minerais.
• Destaque para os setores industriais
mais tradicionais, como o têxtil e a • Mercado consumidor interno e demais
siderurgia. países pobres da África Subsaariana.
• Destaques: indústria automobilística,
química, alimentícia e de maquinário.
• Principais centros industriais: entorno
de Johannesburgo e Cidade do Cabo.

©iStockphoto.com/ BijoyVerghese
©iStockphoto.com/Sproetniek

 s abundantes reservas minerais da África do


A  Índia investiu em serviços; muitos estadunidenses
A
Sul serviram de atrativo para investimentos que ligam para serviços de call centers em seu país
estrangeiros no país. são atendidos por indianos.
©iStockphoto.com/VasukiRao

 qualificação da mão de obra foi muito importante no processo


A
de evolução econômica da Índia, com o fortalecimento das
instituições de ensino, como as universidades. Universidade de
Medicina de Bangalore, 2013.
Tecnopolos
Inovação tecnológica

Instituição de ensino e pesquisa

Parcerias com instituições e órgãos públicos


e privados

Tecnopolos Financiamento de pesquisas feitas por


empresas

Informática, telecomunicações e
biotecnologia

Grande parte localizada em países


desenvolvidos

Poucos localizados em países emergentes


Tecnopolos

Principalmente em
Tecnopolos Inovação tecnológica
países desenvolvidos

Brasil Estados Unidos

Reino Unido

Estado de São Paulo


Alemanha

França

Campinas São Paulo


Japão
Espaço g e o g rá f i c o
24 in d u s tr i al b ra s i l e i ro
Estrutu1ra e organização territorial
Título
das indústrias no Brasil
Economia brasileira
(Período Colonial até início do século XX)

Base: atividades
primárias
Vários “Brasis” –
Economia arquipélago

Regionalização da economia
exportadora (Brasil do açúcar,
Brasil do ouro, Brasil do café)
e ausência de integração
nacional.

Agricultura
Extrativismo Extrativismo
(sistema de
vegetal mineral
plantations)

Abastecimento de mercados externos: metrópole portuguesa e


grandes centros importantes da época.
O começo da industrialização no Brasil

Economia cafeeira
(segunda metade do século XIX)

• Geração e acúmulo do capital para a instalação e o


funcionamento das primeiras indústrias.
• Cidade de São Paulo (final do século XIX), várias
13 indústrias, principalmente têxteis, passam a fazer
parte da paisagem urbana.
• O impulso da industrialização ocorre a partir da
década de 1930, com a crise do café.
• O capital das atividades agroexportadoras foi
transferido e investido nas indústrias alimentícias e
têxteis – eixo Rio de Janeiro e São Paulo – formação
das primeiras metrópoles.

CPDOC/Autor desconhecido

F ábrica de tecidos de juta, São Paulo, SP,


1931
Arquivo Público do Estado de São Paulo/Autor desconhecido

F azenda de produção de café Gatapará,


SP, 1900.
O investimento do Estado e a
concentração industrial

Segunda Guerra Mundial


(1939-1945)

• Redução de produtos metálicos no mercado mundial.


• Brasil começa a implantação de sua indústria de base.
• 1942 (governo de Getúlio Vargas): o país recebe financiamento dos
14 Estados Unidos para investir na primeira indústria siderúrgica do país
– a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda – RJ.
• Período “Estado Novo” (1937-1945), governo de Getúlio Vargas,
intenso investimento em diversos setores da indústria pesada.
• Intervenção do Estado na economia possibilitou a expansão das
indústrias de bens intermediários e de bens de consumo, que se
desenvolveram pelo fornecimento da matéria-prima produzida nas
indústrias de base.

©Wikimedia Commons/Henrique Barra Mansa


©Wikimedia Commons/Jason Vogel

Durante muito tempo, os caminhões FNM (Fábrica  instalação da CSN foi um marco no processo de
A
Nacional de Motores) foram responsáveis por transportar industrialização de nosso país.
a matéria-prima e os produtos da indústria brasileira.
Política governamental de implantação
da indústria de base
(1940-1960)

• Contribuiu para aumentar a concentração industrial na Região


Sudeste.
• Região central da industrialização brasileira: compreende a área do
triângulo formado por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
15 • Periferia industrial: regiões Sul e Nordeste.
• Regiões industriais isoladas: Norte e Centro-Oeste.
• Modelo de industrialização: substituição das importações.
• Plano de Metas (governo Juscelino Kubitschek – 1956 a 1960): atraiu
para o Brasil várias filiais de indústrias transnacionais dos setores de
indústria de bens de capital e de bens de consumo duráveis, com
destaque para a automotiva.
• A economia de arquipélago é substituída pela integração territorial.

Acervo Instituto Moreira Salles/Marcel Gautherot


©Google Earth/©2016 Google

Refinaria Presidente Bernardes, SP, 2016  onstrução do Congresso Nacional em


C
Brasília, DF, 1958
Desconcentração e concentração industrial

Industrialização brasileira
(a partir de 1960)

Implantação de medidas
para desenvolver regiões
periféricas

Mercado Pouca
Incentivos Mão de obra
consumidor representatividade
fiscais barata
promissor dos sindicatos

Obs.: A hegemonia industrial na Região Sudeste continua em destaque.


Desconcentração e concentração
industrial: indústria automobilística

São Bernardo do Campo, na


1959 Volkswagen
Grande São Paulo

Betim, na Região Metropolitana


1975 FIAT
de Belo Horizonte
16

Renault e São José dos Pinhais, na Região


Volkswagen/Audi Metropolitana de Curitiba

1990
Gravataí, na Grande Porto
General Motors
Alegre

A partir São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina.
de 2010 Destaques no Nordeste: Camaçari (BA), Goiana (PE) e Horizonte (CE).
espaço1 industrial dos complexos regionais
OTítulo
Complexos Regionais
BRASIL: complexos regionais ou
regiões geoeconômicas

Marilu de Souza
• 1967: o geógrafo Pedro
Pinchas Geiger propõe a
divisão do Brasil em três
regiões geoeconômicas.
• Essa divisão regional
se baseia no processo
histórico de formação
do território brasileiro,
com destaque
para os efeitos da
industrialização.
Fonte: IBGE. Disponível em: <http://atlasescolar.ibge.
gov.br/images/atlas/mapas_brasil/brasil_regioes_
geoeconomicas.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2015.
Adaptação.
Espaço industrial Centro-Sul

• Mais desenvolvido economicamente – produz 75% do PIB do país.


• Concentra a maior parte das indústrias do país.
• Indústrias de alta tecnologia – amparadas pelo desenvolvimento de
pesquisas científicas e por mão de obra especializada.

Espaço industrial Nordeste

• Estimulada por iniciativas governamentais, a industrialização do


Nordeste representa uma forma de desconcentração industrial.
• O processo de industrialização se faz de forma concentrada, em torno
das regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza.
MDIC/Divulgação

©Glowimages/Turbo RF/Marcos Hirakawa

No Nordeste, ocorre uma concentração regional da  pesar de alguns esforços governamentais para
A
indústria, como no Polo Petroquímico de Camaçari, na desconcentrar a produção industrial, o Centro-Sul, e
Bahia. em especial o estado de São Paulo, ainda concentra a
maior parte da produção industrial do país.
Espaço industrial da Amazônia

Enclaves industriais
Aglomerações
metalúrgicos
Maranhão e industriais isoladas
relacionados
e desarticuladas do
Pará à extração de
conjunto da economia
alumínio e de ferro
da região
da região

Área de livre comércio


Zona Franca com isenção de taxas
O mais importante
para importar máquinas
de Manaus enclave industrial
e matérias-primas e
(1967) da Amazônia
para exportar produtos
industrializados

CMM/ROBERVALDO ROCHA

 a Amazônia, destaca-se a Zona Franca de Manaus, que recebe


N
incentivos fiscais para a importação de máquinas e equipamentos,
o que barateia os custos de produção.
1 utura viária para
A infraestr
Título
a industrialização

• Crescimento da indústria automobilística: o transporte


rodoviário foi priorizado pelo Estado.
• Transporte rodoviário é mais oneroso que sistemas ferroviários e
17
hidroviários.
• Concentração do sistema viário no Centro-Sul.
• Baixa densidade de vias terrestres (rodoviária e ferroviária) na
Amazônia.
• Atualmente, a malha ferroviária no país é de cerca de 30 000 km.
• A malha ferroviária no Sudeste e Sul do país apresenta um
desenho voltado à exportação de mercadorias agrícolas,
confluindo em direção aos portos.
1 Nesse slide, estão sistematizadas as três etapas da Revolução Industrial,
apresentando local de ocorrência inicial, época, principal fonte de energia. Comente
com os alunos que a fonte de energia é acumulativa, pois a descoberta de novas fontes
não excluiu o uso da antiga.
2 Comente com os alunos que essa classificação da atividade industrial não é rígida,
tendo em vista que alguns produtos podem se encaixar em mais de uma classificação,
como os computadores, que podem ser utilizados por consumidores finais, bens de
consumo duráveis ou na linha de produção de outras indústrias, bens de produção.
3 Iniciamos os estudos sobre a espacialidade mundial da indústria, com base
na análise do mapa que apresenta as mais significativas concentrações industriais
pelo mundo. Destaque que as maiores aglomerações estão situadas nos países que
participaram da Primeira Revolução Industrial, mas que novos polos se desenvolveram
ao longo dos dois últimos séculos, alguns em países ricos, como Austrália, Nova
Zelândia e Israel, mas também em outros países, como China, Coreia do Sul, Índia,
Cingapura, Malásia, Indonésia, Tailândia, Paquistão, Cazaquistão, Irã, Emirados Árabes
Unidos, Egito, Nigéria, África do Sul, Brasil, Argentina, México, Chile, Uruguai, Peru,
Colômbia e Venezuela.
4 Comente com os alunos que, anteriormente, a atividade industrial no espaço
europeu obedecia aos interesses nacionais, ou seja, de cada país. Com a integração
materializada pela adoção da moeda única, as empresas passaram a se organizar
em função dos interesses do bloco, mesmo que os países mais ricos ainda ditem as
diretrizes gerais.
5 Comente com os alunos que interesses da União Europeia e dos Estados Unidos
levaram à deposição do presidente Viktor Yanucovich, da Ucrânia, no início de 2014, o que
incentivou a reação do Kremlin de apoiar o referendo separatista na região da Crimeia, cujo
contingente de população de origem russa é grande.
6 As empresas tradicionais do Manufacturing belt enfrentam crises geradas pela
superação do modelo de produção existente na região e pelo fortalecimento de outros
países que passaram a concorrer pelo mercado consumidor mundial, como o Japão.
7 A América para os americanos era a ideia central da Doutrina Monroe, que visava
garantir os mercados consumidores do continente americano para os Estados Unidos. Já
no período das duas Guerras Mundiais, o parque industrial europeu estava voltado para
os esforços de guerra, assim, os estadunidenses passaram a fornecer seus produtos para
outros mercados mundiais, como aconteceu em nosso país. Atualmente, os Estados Unidos
enfrentam grande concorrência, tanto pelos novos polos industrias do oriente, como a
China e a Coreia do Sul, como pela consolidação da União Europeia que visa, entre outras
coisas, ao resguardo de seu mercado consumidor para produtos de origem europeia.
8 Os Estados Unidos tiveram grande influência no desenvolvimento japonês após
as Guerras. Lembre aos alunos que os Estados Unidos derrotaram o Japão no famoso
episódio das bombas nucleares e que passaram a ditar diretrizes dentro do país, como o
estabelecimento de uma nova constituição e a proibição da existência de forças militares
de ataque, o que fez com que o país concentrasse esforços no desenvolvimento da
indústria de bens de consumo.
9 Comente com os alunos que uma severa crise atingiu os países formadores dos Tigres
Asiáticos na década de 1990.
10 As indústrias maquiladoras ocorrem em outros países pelo mundo, porém no México
esse fenômeno é mais intenso e serve de modelo.
11 Comente com os alunos que o crescimento econômico chinês, na casa dos dois
dígitos, tem sido o suporte para o mundo capitalista nas últimas décadas.
12 Comente com os alunos que Índia e China são países com populações muito grandes,
superando o bilhão, e que apesar do grande desenvolvimento econômico e industrial, uma
parcela significativa de suas populações ainda estão em situação de extrema pobreza.
A África do Sul é o país com menor área territorial e população entre os países do BRICS.
13 Com o fortalecimento da economia cafeeira, surgem as primeiras indústrias, porém,
o processo apenas se intensifica a partir de 1929, com a crise da Bolsa de Valores, quando
os mercados externos reduzem as compras de café brasileiro, obrigando o país a produzir
internamente produtos que anteriormente eram importados.
14 Comente com os alunos que durante a Segunda Guerra Mundial o parque industrial
europeu estava voltado para os esforços da guerra ou destruído por bombardeios. Como
era fonte dos produtos industrializados consumidos no Brasil, foi necessário produzir aqui
mesmo o que estava faltando no mercado mundial.
15 Em geral, as indústrias de base foram instaladas no Sudeste, o que ampliou a
concentração industrial na região. Em outras regiões, foram criadas indústrias para
abastecer mercados regionais ou explorar recursos naturais disponíveis processados para a
exportação.
Comente com os alunos que a industrialização por substituição das importações foi
seguida também por países como o México e a Argentina. O país gastava muitas divisas
com a importação de produtos de consumo, então, com a produção sendo realizada aqui,
geraria mais empregos, impostos e desenvolvimento, além de equilibrar a balança de
pagamentos.
16 Comente com os alunos que, apesar de muitas indústrias procurarem outros locais
para a sua implantação, muitas ainda foram instaladas no Sudeste, em virtude das
infraestruturas disponíveis, mercado consumidor mais forte e mão de obra mais qualificada.
17 Comente que, apesar de o transporte rodoviário ser mais dispendioso que outras
matrizes, como a ferroviária e a hidroviária, o Brasil optou pela construção de rodovias a fim
de garantir mercado consumidor para a indústria automobilística.

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