Você está na página 1de 44

UNIDAVI - Centro Universitário para o

Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí

ENGENHARIA REVERSA UTILIZADA EM


TRANSPORTADORES DE CAVACO

Frederico schille¹
Gabriel Vinício Weiss de Souza²
Maicon Gabriel Machado³
Alexandre Lima4

RIO DO SUL

2021
RESUMO

As correias transportadoras de cavacos industriais proporcionam uma série de benefícios


para as linhas de produção e transporte, sendo uma de suas características mais
destacadas o baixo custo de aquisição, que permite à máquina um rápido retorno financeiro
no momento da compra. O transporte mais econômico de materiais a granel por longas
distâncias substitui o uso de caminhões ou tratores na indústria. Com uma variedade de
possibilidades construtivas e detalhes de aplicação, pode atender condições como a
presença de poeira, umidade, madeira com resina, etc. Construído de acordo com os
modernos padrões internacionais para este tipo de equipamento.

Palavras-chave: Transportador, cavaco, beneficios, custo, industria, aplicaçoes.

ABSTRACT

Industrial chip conveyor belts provide a series of benefits for production and transport lines,
one of their most outstanding features being their low acquisition cost, which allows the
machine to quickly pay back at the time of purchase. More economical transport of bulk
materials over long distances replaces the use of trucks or tractors in industry. With a variety
of constructive possibilities and application details, it can meet conditions such as the
presence of dust, humidity, wood with resin, etc. Built to modern international standards for
this type of equipment.
SUMARIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIOGRAFICA ................................................................................... 2
3. METODOLIA...................................................................................................... 3
4. CHAVETAS ....................................................................................................... 4
4.1. SIGNIFICADO ......................................................................................... 4
4.2. CHAVETAS PARAELAS ........................................................................ 4
4.3. CHAVETAS CONICAS ........................................................................... 4
4.4. CHAVETAS WOODRUFF....................................................................... 5
4.5. TENSÕES DE CHAVETAS ..................................................................... 5

5. PARAFUSOS..................................................................................................... 9
5.1. PARAFUSOS E FIXADORES ................................................................. 9
5.2. FORMAS PADRONIZADAS DE ROSCA ............................................... 10
5.3. AREA SOB TRAÇÃO ............................................................................. 10
5.4. TENSÃO DE CISALHAMENTO .............................................................. 11
5.5. TENSÕES DE CISALHAMENTO ........................................................... 11
5.6. FIXADORES EM CISALHAMENTO ....................................................... 12
5.7. CENTROIDE DE GRUPO DE FIXADORES ........................................... 13
5.8. DETERMINAÇÃO DE CARGAS DE FIXADORES EM
CISALHAMENTO ................................................................................... 13

6. MOLAS ............................................................................................................................15
6.1. DEFINIÇÃO ........................................................................................................15
6.2. MATERIAIS PARA MOLA ..............................................................................15
6.3. ESPIRAS ATIVAS ..............................................................................................16
6.4. INIDCE DA MOLA ............................................................................................16
6.5. DEFLEXÃO DA MOLA ....................................................................................17
6.6. CONSTANTE DE MOLA ..................................................................................17
6.7. TENSÕES EM ESPIRAS DE MOLAS HELICOIDAIS
DE COMPRESSÃO ............................................................................................17
6.8. DEFLEXÃO ANGULAR ...................................................................................19
6.9. MOLAS DE ESPIRAS HELICIOIDAL DE FIO NÃO
REDONDO .........................................................................................................19

7. SOLDAGEM ...................................................................................................................20
7.1. DEFINIÇÃO ........................................................................................................20
7.2. SOLDA DE TOPO ..............................................................................................20
7.3. SOLDA LATERAL.............................................................................................21
7.4. LIGAÇÕES SOLDADAS SOLICITADAS POR TORQUE (MT) ................22
7.5. LIGAÇÕES SOLDADAS DE CHAPAS PERPENDICULARES
SOLICITADAS POR TORQUE (MT) .............................................................23

8. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................25


9. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................38
10. REFERENCIAS ..............................................................................................................39
11. ANEXOS ..........................................................................................................................40
1

1 INTRODUÇÃO

As correias transportadoras são bem conhecidas por quem trabalha na área industrial. São
componentes fundamentais para maquinários de transporte de diversos tipos de materiais.
Desde leves, como embalagens, aos mais pesados, como na Mineração. Este é o primeiro
conteúdo de uma série completa sobre o que é correia transportadora.
Com a evolução da indústria, as correias transportadoras adquiriram papel importante nessa
etapa e foram fundamentais, sem dúvida, para o progresso do segmento industrial.
Em alguns setores o transporte de materiais em processo pode ter um impacto significativo
no custo operacional.
A correia transportadora está diretamente ligada à melhoria de desempenho, à rapidez, à
economia de tempo na movimentação dos mais variados tipos de carga e, claro, a melhor
relação custo-benefício para diversos segmentos.
2

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Há registros que sua origem teve início no ano de 1795 no manuseio de grãos para
distâncias relativamente curtas. Nesta época, eram utilizados sistemas primitivos que
consistiam em uma correia de couro sendo guiada por um leito de madeira. Este sistema
rudimentar teve sucesso suficiente para incentivar os engenheiros a considerar os
transportadores com uma maneira econômica, segura e eficiente de transportar grandes
quantidades de material a granel de um local para outro.

Um pouco mais tarde, em meados de 1892, Thomas Robins iniciou uma série de invenções
que levaram ao desenvolvimento de uma correia transportadora usada para carregar
carvão, metal e outros produtos. Em 1901, Sandvik inventou e começou a produção de
correias transportadoras com carcaça composta por cabos de aço. Após 1907 em diante,
as correias transportadoras também foram utilizadas na Alemanha e em 1913 o famoso
Henry Ford se tornou pioneiro no já conhecido sistema de montagem contínuo, ou seja,
utilizou uma correia transportadora para realizar esse feito.

Um dos pontos de virada nesse histórico de correia transportadora foi a introdução de


correias transportadoras sintéticas. Este fato aconteceu durante a Segunda Guerra
Mundial, principalmente por causa da escassez de materiais naturais, como algodão,
borracha e lona. Desde então, as correias transportadoras sintéticas se tornaram populares
em vários campos. Com a crescente demanda no mercado, muitos polímeros e tecidos
sintéticos começaram a ser utilizados na fabricação de correias
transportadoras. Atualmente, algodão, lona, EPDM, couro, neoprene, nylon, poliéster,
poliuretano, uretano, PVC, borracha, silicone e aço são comumente usados em correias
transportadoras. Neste contexto, o material utilizado na fabricação de uma correia
transportadora é determinado por sua aplicação operacional.

Agora que já conhecemos o histórico da correia transportadora, podemos falar sobre suas
características construtivas.
3

3. METODOLOGIA

Foi utilizado o método de pesquisa quantitativa com a finalidade de analisar os principais


elementos de máquina, partindo de uma revisão bibliográfica composta pelos principais
autores da área. A finalidade é através de cálculos comprovar que os elementos de
máquina estão dimensionados corretamente, através da engenharia reversa.

Para isso, a pesquisa será baseada em estudos de autores, como por exemplo Sarkis
Melconian, Robert Norton, Shigley e entre outros pensadores que elaboraram trabalhos
pertinentes ao assunto.

Os principais elementos de máquina da correia transportado colocados em estudos no


nosso trabalho são:

 Chavetas
 Molas
 Parafusos
 Soldas
4

4. CHAVETAS

4.1. Significado

Segundo Robert L. Norton (2013, pg 570) a ASME define uma chaveta como uma parte de
maquinaria desmontável que, quando colocada em assentos, representa um meio positivo
de transmitir torque entre o eixo e o cubo. As chavetas são padronizadas pelo tamanho e
pela forma em diversos estilos. Uma chaveta paralela é de seção transversal quadrada ou
retangular e de altura e largura constantes ao longo do seu comprimento. Uma chaveta
afunilada (cônica) é de largura constante, mas sua altura varia com um afunilamento linear
de 1/8 in por ft e é empurrada em um rasgo cônico no cubo até que fica travada. Ela pode
não ter cabeça ou ter uma cabeça com formato de quilha para facilitar a remoção. Uma
chaveta Woodruff é semicircular plana e com largura constante. Ela cabe em um assento
de chaveta fresado no eixo com um cortador circular padrão. A chaveta afunilada serve
para travar o cubo axialmente no eixo, mas as chavetas paralelas e Woodruff requerem
alguns outros meios para a fixação axial. Algumas vezes, são usados anéis de retenção e
colares para esse propósito.

A chaveta utilizada no equipamento foi a chaveta do tipo paralela. Abaixo está uma breve
descrição sobre cada modelo de chaveta disponível em mercado.

4.2. Chavetas paralelas

As chavetas paralelas são as mais usadas. As padronizações da ANSI e ISO definem os


tamanhos particulares das seções transversais e a profundidade dos assentos (rasgos) das
chavetas. Uma reprodução parcial dessa informação é apresentada na Tabela 10-2 para o
intervalo mais baixo de diâmetro de eixos. Consulte as respectivas normas para eixos de
tamanho grande. As chavetas quadradas são recomendadas para eixos de até 6,5 in de
diâmetro (US) e 25 mm de diâmetro (ISO), e as chavetas retangulares, para diâmetros
maiores. A chaveta paralela é colocada com metade de sua altura no eixo e metade no
cubo. As chavetas paralelas são feitas tipicamente a partir de barras padronizadas
laminadas a frio, as quais, convencionalmente, têm “tolerância negativa”, querendo dizer
que ela não será jamais maior que sua dimensão nominal, somente menor. Por exemplo,
uma barra quadrada de tamanho nominal de 1/4 in terá uma tolerância na largura e altura
de +0,000, –0,002 in. Assim, o assento da chaveta pode ser cortado com um cortador de
fresa padrão de 1/4 in, e a chaveta de barra padronizada caberá com uma ligeira folga.
Também está disponível uma chaveta padronizada especial, que tem tolerância positiva
(por exemplo, 0,250 + 0,002, –0,000). Ela é usada quando se desejar um ajuste mais
apertado entre a chaveta e o assento de chaveta e pode requerer uma usinagem da chaveta
padronizada às dimensões finais (NORTON,2013 pg 571).

4.3. Chavetas cônicas

A largura de uma chaveta cônica para um dado diâmetro de eixo é a mesma que para uma
chaveta paralela, como mostrado na Tabela 10-2. A conicidade (afunilamento) e o tamanho
da cabeça de quilha são definidos na padronização. A conicidade é para o travamento, o
5

que significa que a força de atrito entre as superfícies mantém a chaveta no lugar
axialmente. A cabeça de quilha é opcional e provê uma superfície para retirar a chaveta
quando a pequena extremidade não for accessível. Chavetas cônicas tendem a criar
excentricidade entre o cubo e o eixo, pois elas forçam toda a folga radial para um lado
(NORTON,2013 pg 571).

4.4. Chavetas Woodruff

As chavetas Woodruff (meia-lua) são usadas em eixos menores. Elas são auto-alinhantes,
portanto são preferidas para eixos afunilados. A penetração de uma chaveta Woodruff no
cubo é a mesma que aquela de uma chaveta quadrada, isto é, metade da largura da
chaveta. A forma semicircular cria um assento mais fundo no eixo que resiste ao rolamento
da chaveta, mas enfraquece o eixo comparado com um assento quadrado ou cônico. As
larguras das chavetas meia-lua como uma função do diâmetro do eixo são essencialmente
as mesmas que aquelas para chavetas quadradas. As outras dimensões da chaveta
Woodruff são definidas na padronização da ANSI, e os cortadores dos assentos da chaveta
estão disponíveis para igualar essas dimensões (NORTON,2013 pg 572).

4.5. Tensões Chavetas

Há dois modos de falha em chavetas: por cisalhamento e por esmagamento. Uma falha por
cisalhamento ocorre quando a chaveta é cisalhada ao longo de sua largura na interface
entre o eixo e o cubo. Uma falha por esmagamento ocorre por esmagamento em qualquer
lado em compressão. A tensão média devido ao cisalhamento (NORTON,2013 pg 571) :

Onde F é a força aplicada e Acis é a área de cisalhamento sendo cortada. Neste caso, A
cis é o produto da largura da chaveta pelo comprimento. A força na chaveta pode ser
encontrada pelo quociente do torque do eixo pelo raio do eixo. Se o torque do eixo for
constante com o tempo, a força também será, e o coeficiente de segurança poderá ser
encontrado comparando a tensão de cisalhamento à resistência ao escoamento por
cisalhamento do material. Se o torque do eixo for variável com o tempo, então a falha por
fadiga do eixo da chaveta em cisalhamento será possível. O enfoque então está em calcular
as componentes média e alternante da tensão de cisalhamento e usá-las para calcular as
tensões média e alternante de von Mises.

A tensão média de compressão é definida por:

Onde F é a força aplicada e a área de esmagamento é a área de contato entre o lado da


chaveta e o eixo ou o cubo. Para uma chaveta quadrada, esta será sua meia-altura vezes
seu comprimento. Uma chaveta Woodruff tem uma área de esmagamento diferente no cubo
daquela no eixo. A área de esmagamento de uma chaveta Woodruff no cubo é muito menor
6

e falhará primeiro. A tensão de esmagamento deve ser calculada usando a máxima força
aplicada, seja constante ou variável com o tempo. Devido ao fato de que as tensões de
compressão não causam falha por fadiga, as tensões de esmagamento podem ser
consideradas estáticas. O coeficiente de segurança é encontrado comparando a tensão
máxima de esmagamento à resistência do material ao escoamento sob compressão.

FONTE: SARKIS, 2019


7

A pressão de contato entre o cubo e a chaveta que pode a carretar no esmagamento da


chaveta e do próprio rasgo no cubo:

FONTE: SARKIS, 2019


8

FONTE: NORTON, 2013


9

5. PARAFUSOS

5.1. Parafusos e fixadores

As porcas e parafusos presentes em um projeto podem parecer um de seus aspectos


menos interessantes, mas são, na verdade, um dos mais fascinantes. O sucesso ou falha
de um projeto pode depender da seleção apropriada e uso de fixadores. Além disso, o
projeto e a manufatura de juntas é um negócio grande e representa parte significativa da
nossa economia. Literalmente milhares de diferentes projetos de juntas são oferecidos
pelos vendedores e milhares a milhões de juntas são utilizadas em uma montagem
complexa como um automóvel ou avião. O Boeing 747 utiliza aproximadamente 2,5 milhões
de juntas, algumas das quais custam muitos dólares. Há uma imensa variedade de
fixadores disponíveis comercialmente, desde os pares parafuso-porca comuns até
dispositivos múltiplos para rápida liberação de painéis ou para aplicações envolvendo
junções escondidas. Os parafusos são utilizados tanto para manter coisas unidas, como no
caso de parafusos de fixação, quanto para mover cargas, como no caso dos chamados
parafusos de potência, ou parafusos de avanço. Investigaremos esses dois tipos de
aplicações. Parafusos usados para fixação podem ser arranjados para resistir a cargas de
tração, de cisalhamento, ou a ambas. Exploraremos a aplicação de pré- -cargas em
parafusos de fixação, as quais podem aumentar sensivelmente a sua capacidade de
sustentar cargas (NORTON, 2013 pg 859).

FONTE: SHIGLEY, 2011


10

FONTE: NORTON, 2013

5.2. Formas padronizadas da rosca

FONTE: NORTON, 2013

5.3 Área sob Tração

Segundo Robert L. Norton (2013) se uma barra rosqueada é submetida a uma carga de
tração pura, é de se esperar que sua resistência seja limitada pela área do seu diâmetro
menor (de raiz) dr, contudo, testes de barras rosqueadas sob tração mostram que a sua
resistência à tração é mais bem definida pela média dos diâmetros menor e primitivo. A
área sob tração At é definida como (NORTON,2013 pg 863):
11

com d = diâmetro externo, N = número de filetes por polegada e p = passo em milímetros.


A tensão em uma barra rosqueada devida a uma carga axial de tração F é, então

5.4. Tensão de cisalhamento

Um possível modo de falha por cisalhamento envolve o rasgamento de filetes de rosca tanto
da porca quanto do parafuso. O que, se um ou outro desses cenários ocorrer, depende das
resistências relativas dos materiais da porca e parafuso. Se o material da porca for mais
fraco (como quase sempre ocorre), os seus filetes de rosca podem ser cortados ao longo
do seu diâmetro maior (NORTON,2013 pg 875).

onde p é o passo de rosca e wi é o fator que define a porcentagem do passo ocupado pelo
metal no diâmetro menor. Valores de wi para diversas formas comuns de rosca.

Para o rasgamento da porca no seu diâmetro maior, a área sob cisalhamento para um filete
de rosca é:

5.5. Tensões torcionais

Quando uma porca é apertada em um parafuso, ou quando um torque é transmitido através


de uma porca de um parafuso de potência, uma tensão de torção pode ser desenvolvida
no parafuso. O torque que torce o parafuso depende do atrito na interface parafuso-porca
12

5.6. Fixadores em cisalhamento

Os parafusos também são usados para resistir a cargas de cisalhamento, embora esse tipo
de aplicação seja mais comum em projetos estruturais que em projetos de máquinas.
Pórticos de edifícios de aço estrutural e pontes são frequentemente fixados por parafusos
de alta resistência, pré-carregados. (Alternativamente, eles podem ser soldados ou
rebitados.) A pré- -carga de tração nesse caso serve para criar grandes forças de atrito
entre elementos parafusados, que então podem resistir à carga de cisalhamento. Dessa
forma, os parafusos permanecem ainda carregados em tração com altas pré-cargas. Se o
atrito na junta não for suficiente para suportar as cargas de cisalhamento, então o(s)
parafuso(s) será(ão) colocado(s) sob cisalhamento direto. (NORTON,2013).

FONTE: NORTON, 2013


13

FONTE: NORTON, 2013

5.7. Centroide de grupos de fixadores

onde n é o número de sujeitadores, i representa um fixador em particular, Ai as áreas de


seção transversal dos fixadores e xi , yi as coordenadas dos fixadores no sistema de
coordenadas selecionado.

5.8. Determinação de cargas de cisalhamento em fixadores

Quatro parafusos e quatro pinos passantes são utilizados para conectar as partes.
Pressupomos que os quatro pinos irão tomar toda a carga de cisalhamento e compartir a
carga igualmente. A carga excêntrica pode ser trocada por uma combinação de carga P,
agente através do centroide do padrão de pinos, e um momento M com relação ao
centroide. A força através do centroide gerará forças reativas iguais e opostas F1 em cada
pino. Adicionalmente, existirá uma segunda força F2 em cada pino, agindo
perpendicularmente ao raio do centroide ao pino, devido ao momento M. A magnitude da
componente de força F1 em cada pino devida à força P agente ao longo do centroide será:
14

FONTE: NORTON, 2013


15

6.MOLAS

6.1 Definição

Praticamente qualquer parte feita de um material elástico possui alguma “mola” dentro de
si. O termo mola no contexto deste capítulo se refere a partes construídas em configurações
particulares para prover um intervalo de força dentro de um espaço significativo de deflexão
e/ou para armazenar energia potencial. Molas são projetadas para prover uma força de
tração, compressão ou um torque, ou principalmente para guardar energia, e podem ser
dividas nessas quatro categorias gerais. Dentro de cada categoria, muitas configurações
de molas são possíveis. Molas podem ser feitas de fio redondo ou retangular dobrado em
alguma forma adequada como de espira, ou de uma barra plana carregada como uma viga
(NORTON, 2013 pg 785).

6.2 Materiais para Mola

Existe uma quantidade limitada de materiais e ligas adequados para uso como material de
mola. O material ideal para construção de molas deve ter uma resistência à tração alta, um
ponto de escoamento alto e um módulo de elasticidade baixo a fim de proporcionar máximo
armazenamento de energia (área sob a porção elástica da curva tensão-deformação). Para
molas carregadas dinamicamente, as propriedades relacionadas com a resistência à fadiga
são de importância primordial. Altas resistências à tração e escoamento podem ser obtidas
em aços de médio a alto conteúdo de carbono e aços-liga, sendo esses os materiais mais
comuns utilizados em molas, apesar do valor alto do módulo de elasticidade. Umas poucas
ligas de aço inoxidável são adequadas para utilização em molas, como cobre berílio e
bronze fósforo, entre as ligas de cobre. A maior parte das molas de uso não intenso é
produzida com fio circular ou retangular feito de aço repuxado, trabalhado a frio, ou a partir
de tiras planas finas laminadas a frio. Molas para uso intenso, como as que compõem a
suspensão de veículos, são normalmente construídas de formas laminadas a quente ou
forjadas. Os materiais utilizados em molas são geralmente endurecidos para obtenção da
resistência adequada. Pequenas seções são encruadas em um processo de repuxamento
a frio. Seções grandes sofrem geralmente tratamento térmico. Utilizam-se tratamentos
térmicos de baixa temperatura (175 a 510°C) após a conformação para aliviar tensões
residuais e estabilizar dimensões, até mesmo em partes de pequenas seções. Têmpera à
alta temperatura seguida de revenimento é utilizada para endurecer grandes molas que
devem ser conformadas na condição recozida (NORTON, 2013 pg 790).
16

FONTE: NORTON, 2013

6.3. Espiras ativas

O número total de espiras, Nt , pode ou não contribuir para a deflexão, dependendo do


tratamento de extremidade. O número de espiras ativas, Na, é necessário para se
realizarem os cálculos. Extremidades esquadrejadas efetivamente removem duas espiras
de participação ativa na deflexão. Esmerilhamento por si só já remove uma espira ativa.
(NORTON, 2013 pg 797).

6.4. Índice de mola

O índice de mola, C, é a razão entre o diâmetro de espira, D, e o diâmetro de fio,


d(NORTON, 2013 pg 797).
17

O intervalo preferido para C está entre 4 e 12. Quando C < 4, a mola é de difícil fabricação;
quando C > 12, tem propensão à flambagem e também se entrelaça facilmente quando
manipulada em quantidades

6.5. Deflexão de mola

Mola de espira helicoidal com cargas de compressão aplicadas. Observe que, ainda que a
carga sobre a mola seja de compressão, o fio de mola está sob torção, uma vez que a carga
em qualquer espira tende a torcer o fio com relação ao seu eixo. Uma mola helicoidal de
compressão é, de fato, uma barra de torção enrolada em uma forma de hélice, que a
empacota melhor. A deflexão de uma mola helicoidal de compressão com fio redondo é
(NORTON, 2013 pg 797):

6.6. Constante de mola

A equação para cálculo da constante de mola é encontrada a partir do rearranjo da equação


de deflexão:

A mola helicoidal de compressão padrão de espira constante possui uma constante de mola
k que é essencialmente linear durante a maior parte do seu intervalo de operação. Uns
poucos percentuais no início e no fim de sua deflexão têm uma constante não linear.
Quando a mola atinge o seu comprimento fechado, Ls , todas as espiras estão em contato
e a constante de mola se torna a rigidez das espiras sólidas em compressão. A constante
de mola deve ser definida no intervalo compreendido entre 15% e 85% de sua deflexão
total[1] e seu intervalo de deflexão de trabalho La– Lm mantido naquela região. Observe
que as molas que são enroladas com passo ou diâmetro de espira variável sobre seu
comprimento, podem ter uma constante de mola não constante com deflexão(NORTON,
2013 pg 797).
18

6.7. Tensões em espiras de molas helicoidais de compressão

Tensões em espiras de molas helicoidais de compressão O diagrama de corpo-livre mostra


que existirão dois componentes de tensão em cada seção transversal de uma espira: uma
tensão de cisalhamento por torção devida ao torque, T, e uma tensão de cisalhamento
devido à força cortante, F. Essas duas tensões de cisalhamento possuem as distribuições,
através da seção transversal, mostradas nas. Essas duas tensões se adicionam
diretamente e a máxima tensão de cisalhamento ocorre na fibra interior da seção
transversal do fio(NORTON, 2013 pg 798).

Podemos substituir a expressão do índice de mola, C

Esta manipulação colocou o termo de cisalhamento direto da na forma de um fator de


cisalhamento direto Ks . As duas equações são idênticas em valor, mas a segunda versão
é preferida. Se o fio fosse reto e submetido à combinação de força cortante direta, F, e
torque, T. Contudo, esse fio é curvado na forma de uma espira. Aprendemos que vigas
curvas têm concentração de tensão na superfície interna de curvatura. Embora a nossa
mola não seja carregada como uma viga, o mesmo raciocínio se aplica e existem tensões
maiores na superfície interna da espira. Wahl[3] determinou o fator de concentração de
tensões para fio redondo e definiu o fator Kw, que inclui tanto o efeito das tensões diretas
de cisalhamento quanto a concentração de tensões devido à curvatura, o que é valido para
um fio redondo com C ≥ 1,2.
19

Assim para cargas dinâmicas

Assim para cargas estáticas

6.8. Deflexão angular

A deflexão angular da mola é normalmente expressa em radianos, porém é frequentemente


convertida em número de voltas ou revoluções. Como a extremidade da mola comporta-se
semelhante a uma viga em balanço, (sujeito a flexão) a deflexão angular pode ser calculada
pela seguinte expressão:

6.9. Molas de espira helicoidal de fio não redondo

O fio redondo é, de longe, o material mais comum para molas de espira helicoidal. No
entanto, o fio quadrado ou retangular é, às vezes, usado quando mais capacidade de carga
é necessária e isso não pode ser obtido com fio redondo em um espaço limitado. Isso se
dá porque, para uma determinada dimensão de seção transversal, uma seção transversal
quadrada tem maior área de momento de inércia, permitindo que a mesma resistência de
material sustente uma carga maior no mesmo nível de tensão. A desvantagem é que o fio
quadrado ou retangular pode ter maior concentração de tensão a partir da curvatura da
espira do que o fio redondo, e a equação de Wahl não se aplica(NORTON, 2013 pg 799).
20

7.SOLDAGEM

7.1. Definição

Um grande número de diferentes processos utilizados na fabricação e recuperação de


peças, equipamentos e estruturas é abrangido pelo termo SOLDAGEM. Classicamente, a
soldagem é considerada como um método de união, porém, muitos processos de soldagem
ou variações destes são usados para a deposição de material sobre uma superfície,
visando a recuperação de peças desgastadas ou para a formação de um revestimento com
características especiais (MELCONIAN, 2019).

7.2. Solda de topo

Indicada somente para esforços de tração ou compressão.

FONTE: MELCONIAN, 2019


21

7.3 Solda lateral

Duas chapas unidas por meio de solda lateral têm os cordões dimensionados através do
estudo a seguir.

FONTE: MELCONIAN, 2019)


22

Se a carga aplicada na junta for excêntrica, o comprimento dos cordões será proporcional,
conforme é demonstrado a seguir:

FONTE: MELCONIAN, 2019

7.4. Ligações soldadas solicitadas por torque (Mt)

FONTE: MELCONIAN, 2019

Como a é reduzido em relação ao diâmetro (d), considera-se r constante:

Portanto:
23

Tensão no plano vertical. A tensão máxima ocorre na superfície de menor área a 45°, Tem-
se então:

7.5. Ligações soldadas de chapas perpendiculares solicitadas por torque

O torque (Mt) tende a girar a chapa vertical ao redor do eixo (y), sobre a chapa horizontal.
A rotação é impedida através da ação dos cordões de solda. É fácil observar que a rigidez
da chapa faz com que as tensões variem de:

zero no eixo (y)

máxima em l/2

A tensão de cisalhamento no plano horizontal (τ̅máx) é igual à variação das tensões normais
ao longo do comprimento (l) (flexão).
24

FONTE: MELCONIAN, 2019


25

8.RESULTADOS E DISCUSSÕES

FONTE: AUTOR

Neste primeiro exemplo, temos chapas soldadas que servem para impedir o momento de
alavanca causada pelo moto-redutor, então vamos dimensionar a solda, para verificar se
está atendendo os requisitos, e se esta dimensionada corretamente.
26

FONTE: AUTOR
27

FONTE: AUTOR

FONTE: AUTOR

Neste segundo exemplo vamos calcular e verificar o dimensionamento da solda e dos


parafusos, que estão suportando o mancal.
28

FONTE: AUTOR
29

FONTE: AUTOR
30

FONTE: AUTOR
31

FONTE: AUTOR

Nesta parte vamos dimensionar a chaveta, que está transmitindo a potência do moto-
redutor para o eixo, analisando os dados vamos verificar se a chaveta que já possui no
equipamento, esta dimensionada corretamente.
32

FONTE: AUTOR
33

FONTE: AUTOR
34

FONTE: AUTOR

Aqui vamos calcular a mola, que vai estar realizando um serviço leve, ela atua como
compressão, mas deve ter uma carga mínima de trabalho, para ser possível tencionar o
nylon contra a correia, que serve como um raspador de retorno, para impedir que restos de
cavaco voltem ao tambor.
35

FONTE: AUTOR
36

FONTE: AUTOR
37

FONTE: AUTOR
38

9. CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste presente trabalho pode-se constatar que o uso de transportadores proporcionam uma
série de benefícios para as linhas de produção e transporte, sendo uma de suas
características mais destacadas o baixo custo de aquisição. O transportadores de cavacos
possui uma ampla gama de produtos para sua fabricação, no qual também incluem os
componentes mecânicos (elementos de maquina) necessários para a fabricação, como
soldas, parafusos, chaves, molas, etc., por isso é um equipamento eficaz para aplicar
engenharia reversa e trazer os resultados desejados por nosso professor.
39

10. REFERÊNCIAS

JW SERVICE ENGENHARIA
Disponivel em: https://www.jwservice.com.br/noticias/correia-transportadora-historico/
Acesso em dia: 15 de novembro de 2021

MELCONIAN, Sarkis. Fundamentos de elementos de máquinas: transmissões, fixações e


amortecimento. São Paulo Erica 2015.

SHIGLEY, Richard G. Budynas. Elementos de maquinas de Shigley: projeto de engenharia


mecânica. 8 . Porto Alegre AMGH 2011.

NORTON, Robert L. Norton. Projetos de Maquinas: uma abordagem interada. 4. Porto


Alegre Bookman 2013.
40

11.ANEXOS

Você também pode gostar