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ISSN 2525-7579
Technical Paper
Luiz Fernando Bermero Nardi 1 | Mariana da Silva Guimaraes 2 | Leonardo Teixeira Fernandes Abreu 3 |
Daniel Fraga Sias 4 | Thiago Handerson Torres Eduardo 5 | Fernando Reis da Cunha 6 | Marcello Marques
7.
1. PETROBRAS, ENGENHARIA DE POçO, . RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL, luiznardi@petrobras.com.br 2. WIKKI BRASIL, ANáLISE ESTRUTURAL, . RIO DE JANEIRO -
RJ - BRASIL, mariana.guimaraes@wikki.com.br 3. WIKKI BRASIL, ANáLISE ESTRUTURAL, . RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL, leonardo.abreu@wikki.com.br 4. WIKKI
BRASIL, ANáLISE ESTRUTURAL, . SãO JOSé DOS CAMPOS - SP - BRASIL, daniel.sias@wikki.com.br 5. PETROBRAS, CENPES, . RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL,
thiagohanderson@petrobras.com.br 6. PETROBRAS, CENPES, . RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL, frcunha@petrobras.com.br 7. PETROBRAS, ENGENHARIA DE POçO, .
RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL, marcello.marques@petrobras.com.br
Resumo
Packers incháveis possuem aplicação crescente na indústria do petróleo, por permitirem isolamento de zonas de
interesse sem necessidade de expansão por pressão. Cenários de poço aberto são os que mais se beneficiam pelo uso
dessa tecnologia. A qualificação proposta pela norma API SPEC 19OH não contém testes capazes de capturar a
degradação elastomérica, ao longo da vida produtiva. De modo a investigar o nível de vedação dos packers no longo
prazo, foi constituído modelo de elementos finitos, com material hiperelástico. Para reproduzir o fenômeno do
inchamento, utilizou-se a analogia termo-difusiva, proposta por (Pan, Xian, & Li, 2015).
Foi possível determinar o nível de compressão do elastômero após inchamento contra uma matriz porosa. Também foi
possível observar o decaimento de compressão, advindo do envelhecimento do material, com base na metodologia de
Korba, Kumar, Sun, & Barkey, 2017). O modelo computacional constituído revelou-se uma importante ferramenta, capaz
de prever quais elastômeros terão sucesso, na manutenção de integridade do packer, ao longo da vida produtiva do
poço. O alvo para essa vida produtiva foi considerado como 27 anos.
Palavras-chave: Packer inchável. Completação. Elementos finitos. FEA. Elastômero
Abstract
Swellable packers have shown growing importance in the oil industry, since they are able to provide zonal isolation
without the need of a pressurized expasion. Open-hole scenarios can particularly profit from this technology. The
qualification process proposed by API SPEC 19 OH doesn't approach elastomeric degradation, over the productive life of
the well. To investigate the long-term sealing capability of swellable packers, a finite element model (FEA) was
constructed, using a hyperelastic material. To replicate the swelling phenomenom, a thermal-diffusive analogy was
employed, as proposed by (Pan, Xian, & Li, 2015).
It was possible to determine the compression level of the elastomer, after swelling against a porous media. It was also
possible to observe the compression decay brought by the ageing of the elastomeric material, thanks to the methodology
suggested by (Korba, Kumar, Sun, & Barkey, 2017). The computational model which was built showed to be an important
tool, capable of predicting what kind of elastomer would succed in maintaining well equipment integrity on the long term.
Well productive life was considered as 27 years.
Keywords: Swellable packer. Completion. Finite element analysis. FEA. Elastomer
Received: October 05, 2021 | Accepted: August 25, 2022 | Available online: September 26, 2022
Article nº: 057
Cite as: Proceedings of the Rio Oil & Gas Expo and Conference, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, 2022.
DOI: https://doi.org/10.48072/2525-7579.rog.2022.057
© Copyright 2022. Brazilian Petroleuma and Gas Institute - IBPThis Technical Paper was prepared for presentation at the Rio Oil & Gas Expo and Conference, held in September 2022, in Rio de Janeiro. This Technical Paper was selected
for presentation by the Technical Committee of the event according to the information contained in the final paper submitted by the author(s). The organizers are not supposed to translate or correct the submitted papers. The material as it is
presented, does not necessarily represent Brazilian Petroleum and Gas Institute’ opinion, or that of its Members or Representatives. Authors consent to the publication of this Technical Paper in the Rio Oil & Gas Expo and Conference 2022
Proceedings..
Modelagem de vida útil de packers incháveis em poço aberto
1. Introdução
Packers incháveis são utilizados tradicionalmente na indústria de óleo e gás há mais de 50 anos
como backup da cimentação de revestimentos ou para isolamento de diferentes zonas produtoras
(Akhtar, Qamar & Pervez, 2012). No Brasil, esse equipamento já foi usado em arenitos turbidíticos do
Pós-Sal da Bacia de Campos, para isolamento de zona produtora de água (Ueta et al., 2008) e para
garantia da seletividade em completação inteligente (CI) a poço aberto (Roberto, Coutinho & Dos
Santos, 2018). Nesse tipo de completação, o isolamento entre as zonas produtoras pode ser mensurado
pelos sensores de PDG do sistema de CI.
Operacionalmente, packers incháveis possuem uma vantagem quando comparados aos os packer
do tipo expansíveis: não há necessidade de operação adicional para usa ativação, sendo necessário
somente posicioná-lo na profundidade correta onde se deseja que este inche e promova vedação. Esta
vantagem traduz-se em ganho de tempo de sonda para a construção do poço, uma vez que os demais
packers requerem mais etapas de assentamento (via de regra através da pressurização da coluna).
Por outro lado, uma desvantagem dos packers incháveis consiste na necessidade de aguardar um
longo tempo até que seja atingido pleno inchamento. A Figura 1 mostra o processo de inchamento de
um packer, em presença de água da formação. Após alguns dias de inchamento, o equipamento é capaz
de prover vedação efetiva.
Figura 1 – Packer inchável utilizado para isolamento entre zonas produtoras
O tempo inchamento varia de semanas a meses. Nesse intervalo de tempo, o packer começa a
desenvolver vedação, através do contato entre o elastômero e a parede do poço. Enquanto a vedação
completa não é atingida, não é possível realizar operações que envolvem pressurização do anular, p.
ex.: testes de formação ou estimulação.
A indústria de petróleo sempre adotou como vida útil padrão de packers incháveis algo em
torno de 10 a 15 anos. Porém, não existem estudos conclusivos que comprovem ou contestem esses
valores. No cenário de desenvolvimento da Produção da Petrobras, alguns fatores trazem mais
incertezas à aplicabilidade de packers incháveis.
A Norma API SPEC 19OH (publicada em janeiro de 2018) define, em seu Anexo C, testes para
validação de packers incháveis para vedação a líquido e a gás (este último com caráter opcional). Em
seu Anexo D, a norma apresenta testes adicionais para packers incháveis. Assim como a API SPEC
11D1, para packers de poço revestido, a API SPEC 19OH não entra no mérito de tempo de vida útil
previsto pelo projeto do equipamento. Assim, cabe aos operadores determinarem o tempo de missão
desejado e garantir a correta qualificação do equipamento.
Para se conhecer a durabilidade de um determinado packer, devem-se realizar estudos de
confiabilidade, bem como testes de vida acelerada, para cada um dos modos de falha envolvidos. O
principal modo de falha abordado por este trabalho consiste na perda de vedação do packer. Conforme
sugerido por Liu, Wang, Suo e Lou (2014), tal falha decorre, quase sempre, da perda de tensão
compressiva entre o elastômero e a parede.
3. Analogia Termo-difusiva
𝑑𝐶
𝑑𝑡
= 𝐷𝛻 2 𝐶 (1)
𝑑𝑇
= 𝛼𝛻 2 𝑇 (2)
𝑑𝑡
𝑘
𝛼= , 𝑘, 𝜌, 𝑐𝑝 e 𝑇 são, respectivamente a difusividade térmica, condutividade térmica, massa
𝜌𝑐𝑝
específica, capacidade térmica específica a pressão constante e temperatura.
A grande semelhança entre as equações (1) e (2) é chamada chamada de analogia termo-difusiva.
Para realizar a modelagem do inchamento de elastômeros imersos em fluido ativador, o problema
difusivo pode ser transportado para um problema térmico. Em vez de se determinarem as constantes
da Equação 1, devem-se determinar as constantes da Equação 2, por meio de experimentos de
calibração. A analogia entre os fenômenos encontra-se ilustrada na Figura 2.
A analogia termo-difusiva já havia sido explorada por Pan, Yungfen e Li (2015), para o
inchamento de um adesivo de resina epóxi. O autor observou que as porções do adesivo com maior
contato com o fluido ativador inchavam mais rapidamente que as porções internas do adesivo. A
concentração de fluido difundia-se gradualmente, em direção ao interior do adesivo (semelhantemente
à (a)).
𝐺0 = 2𝐶10 (4)
𝐾0 = 2⁄𝐷1 (5)
Para escolher o melhor modelo numérico, deve-se levar em conta a faixa de deformação à qual
o polímero estará submetido e quais dados experimentais estão disponíveis para o ajuste numérico. O
modelo de Yeoh com três ou cinco termos (n=3 ou n=5) geralmente se ajusta bem a faixas de grandes
deformações. Seguindo-se recomendação de Shahzad, Kamran, Siddiqui e Farhan (2015), devido à
baixa quantidade de dados experimentais disponíveis no momento das análises deste estudo, foi
escolhido o modelo de Yeoh com três termos.
𝑑𝑉 𝑑𝑉
= 𝛾𝛥𝑇 ↔ = 𝛽𝛥𝐶 (6)
𝑉0 𝑉0
𝑑𝑉
𝑉0
, 𝛾, 𝛽, são respectivamente a variação volumétrica relativa, o coeficiente de expansão térmica e o
coeficiente de inchamento. Pode-se calcular um valor inicial para 𝛾 atribuindo arbitrariamente um
valor de 𝛥𝑇 = 1.
O processo de ajuste do modelo térmico utilizou o teste de inchamento livre conduzido por Lou
et al., 2012. A Para o presente trabalho, utilizaram-se dados de inchamento livre obtidos por Lou et
al. 2012. A Figura 3 mostra a comparação entre os dados experimentais de Lou et al. 2012 e o modelo
térmico ajustado, após diversas iterações.
A concordância entre as curvas indica que o modelo térmico foi capaz de representar, com
fidedignidade, o inchamento livre do elastômero. Após a calibração das constantes hiperelásticas,
também foi obtido sucesso na modelagem do inchamento confinado, conforme experimentos de
Akhtar et al., 2013.
(1) (2)
Tomam-se as constantes Aplica-se um ajuste de
não envelhecidas (t=0) curvas de teste uniaxial e
C10, C20, C30, volumétrico para obtenção
D1, D2, D3 do comportamento geral
(4) (3)
Aplica-se um ajuste de Aplicação do fator de
curvas de teste uniaxial e correção para obtenção das
volumétrico para obtenção curvas envelhecidas (SMR)
do comportamento geral
Figura 5 - Curva de ajuste dos coeficientes C10, C20 e C30 do material hiperelástico
De posse dos coeficientes ajustados e envelhecidos descritos, foram feitas análises de elementos
finitos a fim de avaliar o comportamento do material hiperelástico frente a três diferentes tipos de
porosidades. Outra alternativa para as análises de elementos finitos seria adotar coeficientes
envelhecidos oriundos de experimentos no lugar de coeficientes ajustados para a análise. Contudo, na
falta destes dados, o procedimento de Korba et al. (2017) mostrou-se eficaz. A Figura 6 mostra os
resultados obtidos para inchamento de packer contra formação porosa (a). Foram obtidos os campos
de tensão no instante de vedação efetiva (b) e após o envelhecimento (c) .
Figura 6 - Simulação de assentamento de packer contra cilindro furado (a) Tubo externo com porosidade aleatória (b)
Tensão compressiva, após inchamento completo (c) Tensão compressiva, após envelhecimento (Δ𝑡 = 27 𝑎𝑛𝑜s)
Uma dificuldade encontrada nas simulações de expansão do packer é o alto nível de deformação
da malha 3D, devido ao alto grau de não-linearidade da simulação. Efeitos de distorção expressiva
podem levar à divergência da simulação. A Figura 7 mostra uma porção de elastômero inchável, em
frente a uma região de porosidade da formação. Ocorreu divergência no cálculo numérico, devido a
fenômeno de instabilidade dos elementos hiperelásticos, para a malha escolhida.
Um grande refino seria necessário para garantir a convergência da simulação, no entanto, refinar
toda a malha igualmente levaria a aumento exponencial do tempo de processamento. Para mitigar
semelhantes distorções, foram adotadas estratégias de particionamento do packer e posterior refino,
conforme ilustrado na Figura 8.
Devido ao processo de difusão de fluidos na estrutura dos elastômeros, é possível que ocorra o
inchamento nos elementos de selegam empregados em equipamentos utilizados na produção de
petróleo e gás, ou até mesmo a extração de aditivos plastificantes, comprometendo o desempenho
mecânico dos materiais. Outro fenômeno possível é o ataque de espécies químicas diretamente nas
cadeias elastoméricas, promovendo alteração na estrutura química original, ou acentuando a formação
de ligações cruzadas. Esses processos são acelerados devido a temperaturas elevadas.
Para avaliar o grau de variação das propriedades dos artefatos elastoméricos, devem ser
realizados testes de envelhecimento químico e físico, nos quais os mesmos elastômeros empregados
nos equipamentos devem ser submetidos ao contato com os fluidos presentes na operação sob as
mesmas condições. Além de temperatura, pressão e ambiente químico, o tempo constitui variável
importante na avaliação da adequabilidade de determinado elastômero ao processo de produção. No
caso de não ser viável utilizar amostras do petróleo do reservatório, é possível utilizar um fluido que
modele suas características, através, por exemplo, de uma combinação entre heptano, ciclohexano e
tolueno.
No caso de elastômeros convencionais, a norma ISO 23936, parte 2 indica três variáveis e define
seus critérios de aceitação: dureza Shore A (ou IRHD), volume e propriedades mecânicas ( módulo a
50 ou 100 % do alongamento, a tensão na ruptura ou o alongamento na ruptura).
Para elastômeros incháveis, as propriedades supracitadas não devem ser utilizadas, sendo contra-
recomendadas pela própria norma ISO 23936-2. Uma alternativa interessante, para avaliar a
confiabilidade do elastômero, é a adoção da relaxação de tensões compressivas (do inglês,
compression stress relaxation – CSR). Ensaios de CSR permitem observar o decaimento da forças
compressiva e um elastômero, em função do tempo. Tais forças compressivas estão diretamente
associadas à capacidade de selagem do elastômero.
A medição de CSR pode ser feita conforme Shyu, Huang e Furlan (2019). O dispositivo utilizado
pelos autores encontra-se representado na Figura 9.
Figura 9 – Arranjos para CSR de Shyu et al., 2019; (a) Da direita para a esquerda: 2 discos metálicos, um corpo de prova
elastomérico, prensa para CSR ; (b) Montagem do conjunto
Também é importante garantir a compatibilidade química dos elastômeros com fluidos que
possam ser porventura usados durante a perfuração, completação e operação dos poços. A degradação
provocada por essas espécies químicas não deverá comprometer a vida útil dos equipamentos que
dependem de elastômeros.
7. Considerações Finais
Foi possível, de maneira pioneira, modelar o inchamento de packer através de analogia termo-
difusiva. A metodologia proposta por Pan et al., 2014 foi aperfeiçoada e adaptada para um modelo
tridimensional. Foram obtidas as constantes térmicas equivalentes a partir de dados disponíveis na
literatura, para elastômeros incháveis. Também foi possível modelar o envelhecimento do elastômero,
após um tempo considerado satisfatório para a missão (27 anos).
Os resultados indicam que os packers incháveis terão grande probabilidade de cumprir sua
missão, desde que sejam respeitadas as diretrizes propostas pela norma ISO 23936-2. Recomenda-se
observar a variação do CSR, de modo a garantir que não haverá perda significativa de compressão
contra a parede do poço. Também é importante garantir a sobrevivência dos elastômeros a demais
fenômenos do ambiente de poço, tais como a descompressão rápida em presença de gás e o ataque
químico por contaminantes.
Akhtar, M., Qamar, S. Z., & Pervez, T. (2012). Swelling Elastomer Applications in Oil and Gas Industry.Journal of
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