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INDÍCE

I. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
1. APRESENTAÇÃO DA FÁBRICA ....................................................................................................... 4
1.1. Descrição da fábrica ............................................................................................................. 4
1.2. Localização ........................................................................................................................... 4
2. APRESENTAÇÃO DA FÁBRICA ....................................................................................................... 5
2.1. Características técnicas do produto ...................................................................................... 5
2.2. Desenho do produto ............................................................................................................ 6
2.3. Fonte de matéria-prima e subsidiária ................................................................................... 8
2.4. Mercado .............................................................................................................................. 8
3. ESTUDO DOS FLUXOS ................................................................................................................... 9
4. GRÁFICOS DOS FLUXOS DE PROCESSO TIPO – MATERIAL............................................................ 13
5. EQUIPAMENTO PARA A PRODUÇÃO........................................................................................... 13
5.1. Característica dos equipamentos usados para a produção .................................................. 14
6. BALANCEAMENTO DAS CARGAS DOS EQUIPAMENTOS............................................................... 21
6.1. Descrição sumaria das principais operações. ...................................................................... 21
6.2. Cálculo do número de máquinas e equipamentos auxiliares ............................................... 22
7. CÁLCULO DAS SUPERFÍCIES ........................................................................................................ 29
7.1. Cálculo das Superfícies para as máquinas. .......................................................................... 29
7.2. Cálculo das superfícies para as outras secções e serviços na fábrica ................................... 32
8. LAYOUT...................................................................................................................................... 34
8.1. Descrição sumaria .............................................................................................................. 34
8.2. Pré - planta da fábrica ........................................................................................................ 34
8.3. Planta da fábrica ................................................................................................................ 35
9. MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE .............................................................................................. 35
9.1. Descrição dos meios de transporte ..................................................................................... 35
10. VIAS DE CIRCULAÇÃO INTERNA .............................................................................................. 36
10.1. Cálculo da largura do caminho para transporte das empilhadeiras ................................. 36
10.2. Cálculo da largura do caminho para a movimentação de pessoas ................................... 37
10.3. Esquema de circulação ................................................................................................... 38
11. INSTALAÇÕES ......................................................................................................................... 38
11.1. Armazém ........................................................................................................................ 38
11.2. Instalação de ar comprimido .......................................................................................... 40
11.3. Abastecimento de água .................................................................................................. 41
11.4. Fontes de energia ........................................................................................................... 41
12. CARACTERÍSTICAS DOS EDIFÍCIOS ........................................................................................... 42
12.1. Estrutura ........................................................................................................................ 42
12.2. Cobertura ....................................................................................................................... 42
12.3. Revestimentos laterais e divisórias ................................................................................. 42
12.4. Pavimento ...................................................................................................................... 43
12.5. Arquitectura ................................................................................................................... 43
13. CONDIÇÕES AMBIENTAIS ....................................................................................................... 44
13.1. Iluminação...................................................................................................................... 44
13.2. Ventilação ...................................................................................................................... 45
13.3. Climatização ................................................................................................................... 46
13.4. Acústica .......................................................................................................................... 46
II. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ................................................................................ 47
II.I. Considerações finais .................................................................................................................... 47
II.II. Recomendações .......................................................................................................................... 47
III. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................ 48
Planeamento de Instalações Industriais

I. INTRODUÇÃO

Desde os tempos remotos o homem mostrou a preocupação de reduzir a aplicação da força


muscular com vista a realizar uma gama maior de actividades em pouco tempo comparativamente
ao trabalho realizado manualmente, usando para tal efeito instrumentos e dispositivos que lhes
possibilitavam alcançar o tal feito,visando o suprimento das suas diversas necessidades
quotidianas. É esse propósito que leva a projecção ou planeamento de uma instalação industrial,
ou fábrica de carrinhas de mão (que são dispositivos de diversas aplicações tais como: domestico
e industrial, para o carregamento e transporte de diversas cargas, dependendo da capacidade de
carga da mesma).

O projecto abrange a apresentação da fábrica e do produto, planeamento do processo de fabrico,


selecção da tecnologia, fluxos de processo, os equipamentos para a produção, planeamento da
capacidade, o balanceamento de linhas de produção, localização e distribuição, cálculo das
superfícies, implantação fabril, a movimentação e o transporte, as instalações, as características
dos edifícios, as condições ambientais e outros factores a serem considerados na instalação da
fábrica.

O presente projecto tem como objectivo de fazer com que o sistema de produção na fábrica
funcione de modo a proporcionar uma melhor postura ergonómica e menos custos de produção
das carrinhas de mão para o carregamento e transporte de diversas cargas, dependendo da
capacidade de carga e da sua aplicação, na unidade fabril, num sistema mais flexível e competitivo.

Melhorar a qualidade de vida dos utilizadores, oferecendo melhor postura;


Garantir o rápido transporte e circulação de materiais e bens, poupando a aplicação da
força muscular;
Aumentar a produtividade dos operários através da diminuição dos índices de fadiga que
se possa ter devido a aplicação de esforços com a postura errada;
Aplicar os conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas do curso, com maior
enfoque na disciplina de Planeamento de Instalações Industriais, para a projecção de um
sistema produtivo viável, seguro, flexível e competitivo.

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1. APRESENTAÇÃO DA FÁBRICA

1.1. Descrição da fábrica

A unidade fabril a ser instalada destina se a produção de carrinhas de mão para transporte,
circulação de materiais e bens em quantidades de 35000 carrinhas por ano (produção em série
media). Esta estará dividida em várias secções de trabalho (sectores de maquinagem, de medição
e controlo, preparação, pintura, montagem e armazéns, departamento comercial e administrativo),
funcionando em simultâneo e de forma coordenada de modo a conseguir acelerar o processo
produtivo.

A mão-de-obra será composta maioritariamente por técnicos com grande conhecimento na


montagem de estruturas metálicas, diversos processos de fabricação e tratamento de peças brutas
e trabalhadores ligados as áreas (administrativas, comerciais e vendas).

1.2. Localização

A unidade fabril situar-se-á na zona de Cateme, no distrito de Moatize, província de Tete. A


escolha dessa zona para a implantação da fábrica é devido ao espaço disponível, zona
potencialmente industrial uma vez que possibilitará o intercâmbio com outras empresas como a
Vale Moçambique, maior acessibilidade ao mercado, por ser um distrito que regista um forte
desenvolvimento nas diversas áreas devido a vinda de diversas empresas de exploração do carvão
mineral e consigo outras empresas prestadoras de serviços que tendem a instalar se pressionando
de tal forma o desenvolvimento da industria civil naquela região, e a fácil aquisição da matéria-
prima através de locomotivas que ligam Moatize ao Porto da Cidade da Beira. Esses factores
aliados resultaram na redução dos custos das operações de produção.

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2. APRESENTAÇÃO DO PRODUTO

2.1. Características técnicas do produto

Carrinha de mão de (850x650 mm) e profundidade de 210 mm. A força necessária para o
carregamento e transporte de material é fornecida pelo homem (usuário) que com o uso desta se
vê reduzida em quase 1/3 comparando com a força que seria necessária empreender sem o uso
deste dispositivo. Possui uma Bacia (local onde se deposita a carga); Braço: ponto de aplicação
da força de serviço (constituída de dois punhos de borracha), com dois suportes que garantem o
estacionamento seguro; Roda: feita de borracha maciça, com rolamentos de esferas adequada a
cargas pesadas com capacidade até 200kg. Com o princípio de funcionamento de uma alavanca
inter-resistente.

Tabela 1: Características técnicas da carrinha de mão.

Carrinha de Mão
Capacidade de carga 200 kg
Comprimento total 850 mm
Largura total 650 mm
Diâmetro da roda 310 mm
Profundidade total 210 mm
Peso 30 kg
Comprimento do eixo 250 mm
Diâmetro do eixo 30 mm
Chassi soldado e montado em barras
Pintura na cor cinza: tinta Primer sintética anticorrosiva especial
Capacidade volumétrica 65 litros
Roda de borracha maciça

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2.2. Desenho do produto

O princípio de construção da carrinha de mão é geralmente metálica dividida em três partes


fundamentais: Braço, Bacia, Roda da carrinha.

Braço: constituído por punhos, suportes da bacia e da base (chassi), barras transversais que
compõem a base do (chassi) e pés da carrinha.

Bacia: serve de base para o assentamento da carga, constituída de furos para fixação da mesma no
chassi (sendo a fixação feita por união de parafuso e porca).

Roda da carrinha: serve de fulcro e garante a movimentação da carrinha, constituída de um eixo


que se liga ao braço através da união de parafuso e porca, ainda com rolamentos de esferas.

Figura 1: Desenho do produto.

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Legenda:

1 – Punho;

2 – Braço;

3 – Barra transversal do chassi;

4 – União de parafuso de cabeça semicircular e porca sextavada;

5 – Bacia;

6 – Suporte da bacia e do braço;

7 – Roda;

8 – Eixo da roda.

Figura 2: Carrinha de mão como produto acabado.

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Tabela 2: Peças normalizadas do produto

Peças normalizadas
Designação Material Quantidade
Parafusos M12 Aço 6
Porcas M12 Aço 6
Parafusos M14 Aço 2
Porcas M14 Aço 2
Roda Borracha 1
Punhos Borracha 2
Eixo Aço 1

2.3. Fonte de matéria-prima e subsidiária

A fábrica ira funcionar com matérias-primas como (chapas, tubos) e materiais subsidiários tais
como (punhos para a protecção das mãos, parafusos e porcas, roda de borracha maciça, rolamentos
de esferas, eixos com furos roscados nas extremidades, tintas) e acessórios adquiridos em outras
unidades fabris ou mercados dos países vizinhos, concretamente o mercado sul-africano, através
do Porto da Beira. O fornecimento de matéria-prima e subsidiária será feito por meio de comboio
até a cidade de Moatize, e por via terrestre por uma empresa de transporte de carga que será
contratada para o tal efeito, da estação ferroviária até a fábrica.

2.4. Mercado

Este dispositivo tem diversas aplicações tais como: doméstico (para a jardinagem, auxilia os
pedreiros na construção e reabilitação de habitações e movimentação de diversos materiais), e
industrial (oficinas mecânicas, empresas de construção civil, agrícolas), para o carregamento e
transporte de diversas cargas. Em função dos níveis de desenvolvimento que o país regista em
diversos sectores de actividades, este dispositivo pode ser fornecido para vários pontos do país e
ainda exportar para países da região de Moçambique, como exemplo corrente o Malawi, devido a
facilidade de deslocação e a distância relativamente curta em relação aos outros países.

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3. ESTUDO DOS FLUXOS

Gráficos dos fluxos de Processo Tipo – Esboço

Braço da carrinha de mão

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Barras transversais do chassi

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Bacia

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Suporte da bacia e do braço

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4. GRÁFICOS DOS FLUXOS DE PROCESSO TIPO – MATERIAL

(Em anexo)

5. EQUIPAMENTO PARA A PRODUÇÃO

Para a fabricação da carrinha de mão necessita basicamente as seguintes máquinas:

• Guilhotina, para o corte de chapas em tiras;


• Prensa hidráulica, para o processo de estampagem da bacia;
• Máquina de soldar, para soldar as barras transversais que compõem o chassi;
• Curvadora de tubos, para dar o perfil desejado aos braços;
• Quinadeira, de chapas para dobrar as chapas;
• Serrote de disco, para o corte de tubos;
• Furadora, para abertura de diversos furos;
• Compressor de ar, usado para a pintura;
• Esmeriladora, para acabamento e retirada de pontas salientes.

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Os equipamentos auxiliares necessários são:

• Pistolas de pintura;
• Kit de brocas;
• Riscador;
• Régua de traçar;
• Punção e martelo;
• Disco abrasivo para corte;
• Diversas chaves;
• Parquímetro Digital;
• Eléctrodos;
• Escovas de aço;
• Picareta saca escória;
• Carrinhos de mão;
• Caixa para ferramentas;
• Pedras de esmeril;
• Empilhadeiras;
• Compasso;
• Martelos;
• Bancada para medir, traçar e montar;
• Berbequim.

5.1. Característica dos equipamentos usados para a produção

Guilhotina

A guilhotina será usada na fábrica durante o corte das chapas em tiras.

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Tabela 3: Características da guilhotina escolhida.

Modelo Diplomat
Tipo Hidráulico
Potência do motor (kW) 7,5
Tensão (V) 220 - 380
Espessura máxima de corte (mm) 6
Dimensões aproximadas (mm) c x l x h 3770x1620x1830
Força de corte (kN) 140
Peso da máquina (kg) 6500
Comprimento máximo de corte (mm) 3200
Angulo de corte em (graus) 1,5
Capacidade do tanque de óleo (l) 215
Número de golpes por minuto (GPM) 12
Comando Manual

Fonte: CIMHSA; Máquinas Operatrizes.

Prensa

As peças iniciais para esta máquina são obtidas no corte da chapa em tiras na guilhotina, e em
seguida faz se a escolha do tipo de prensa.

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Tabela 4: Características da Prensa escolhida.

Tipo C eixo frontal, volante liso


Modelo BF 40
Pressão nominal 40 toneladas
Espessura de corte 4,5 mm
Altura total 2560 mm
Largura total 2200 mm
Altura da mesa 900 mm
Comprimento total 1700 mm
Peso 4500 kg
Força Motriz 5 cv 6 pólos
Curso regulável do martelo 20 – 70 mm
Tamanho da mesa e sobremesa 680 – 410 mm
Base do martelo 370 – 280 mm
Golpes por minuto 100 ou 70 - 120
Fonte: Oficinas gerais da HCB.

Furadora

O processo de furação é necessário para a produção de certas peças e facilitar o processo de


montagem da carrinha de mão.

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Tabela 5: Características da Furadora escolhida.

Modelo FSC 25P Pratika


Tensão (V) 110 - 220
Capacidade de furação em aço (mm) Ø25
Profundidade de furação em (mm) 83
Cone do fuso Cone morse n° 2
Potência do motor em (kW) 0,55
RPM 60 Hz 200 - 3630
Peso líquido (kg) 77
Peso bruto (kg) 81
Distância entre o centro do fuso à coluna (mm) 215
Largura x Altura x Comprimento (mm) 400x1620x700
Fonte: www.Schulz.com.br

Quinadeira

Os processos de dobragem da chapa de modo a se obter a peça com formato pretendido depois de
serem furadas ou cortadas, serão efectuadas na quinadeira com as seguintes características:

Tabela 6: Características da Quinadeira escolhida.

Modelo Peso Potência Pressão Dimensões Velocidade N° de série C x L (m)


(kg) (kW) hidráulica da (mm/s)
(bar) ferramenta
(mm)
ADIRA 8300 5,5 260 3100 80 6603/12166D 3 x 1,5

Fonte: www.rico.pt

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Curvadora

Usada para curvar tubos depois do corte em porções no serrote de disco.

Tabela 7: Características da Curvadora hidráulica escolhida.

Força máxima 20 toneladas.


Curso hidráulico 250 mm
Altura Total 900 mm
Comprimento máximo 860 mm
Largura Total 890 mm
Peso aproximado 145 kg
Volume de óleo no reservatório 2,5 litros
Série CTN – 4
Fonte: VLGA – Máquinas e equipamentos industriais.

Máquina de Soldar

A máquina de soldar será usada para unir as peças que compõem o chassi da carrinha de mão.

Tabela 8: Características da Máquina de Soldar escolhida.

Alimentação (V) 220/380/440


Faixa de Tensão em Vazio (V) 18/45
Faixa de Corrente (A) 40/400
Factor de Trabalho (%) 80
Corrente de Soldagem (A/V) 300/28,9
Consumo em Vazio (A) 1,8
Dimensões Fonte (LxCxA – mm) 560x870x710
Dimensões Alimentador (LxCxA – mm) 284x428x370
Peso (Kg) 97
Fonte: www.eletrodoss tar.com.br

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Esmeriladora

Usada para o acabamento das peças.

Tabela 9: Características da Esmeriladora escolhida.

Voltagem (V) 220


Potência (W) 600
Velocidade (RPM) 2850
Comprimento total (mm) 600
Largura total (mm) 400
Dimensões da pedra esmeril (mm) 200x32
Modelo OPTIMUM
Fonte: www.equipamentos hamer.com

Serrote de Disco

Usada para o corte de tubos de Ø20 mm, em porções.

As características do serrote de disco são:

• Série 71000080;
• Modelo 250/IV;
• Potência do motor: 2,2 kW;
• Diâmetro do disco: 380 mm;
• Rotação: 3000 rpm;
• Dimensões de Gabarito: 600x300x800 mm;
• Peso: 250 kg.

Fonte: Oficinas gerais da Kenz – Tete

Compressor de Alta Pressão – COMP AIR L132C

O compressor é usado na secção de pintura para fornecer ar comprimido para as pistolas de pintura
e em algumas secções para a limpeza das máquinas (furadoras).

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Principais especificações técnicas:

• Compressor modelo COMP AIR L132C;


• Entrada de ar de baixa pressão mínima: 4 bar;
• Entrada de ar de baixa pressão mínima: 9,8 bar;
• Voltagem 3x220/380 V;
• Peso total: 550 kg;
• Válvula de segurança de alta pressão incorporada;
• Controlador de pressão para a entrada do ar comprimido;
• Temperatura do ar na saída: 80° C;
• Dimensões: 1200 x 1100 x 1390 (largura x altura x comprimento);
• Painel de comando eléctrico e controle de vazão.

Fonte: Oficinas gerais da HCB.

Pistola de Pintura

Usada para o processo de pintura das peças que compõem a carrinha de mão.

Tabela 10: Características da Pistola de pintura escolhida.

Modelo BP30
Tipo de alimentação Bomba/Tanque
Bicos 0,8/1,0/1,2/1,5
Capacidade da caneca ------------
Entrada de Ar (NPS) 1/4"
Entrada de tinta (Pcm) 3/8"
Compressor de ar (Pcm) 10
Ar recomendado (Psi) 20 - 30

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6. BALANCEAMENTO DAS CARGAS DOS EQUIPAMENTOS.

O balanceamento de cargas e equipamento será feito de modo a agrupar as actividades de tal


maneira que os tempos de produção em cada secção correspondam ao tempo de ciclo (ou a um
múltiplo do tempo de ciclo se for necessário mais do que um operador) ou que estejam pouco a
baixo.

6.1. Descrição sumaria das principais operações.

As principais operações para a produção da carrinha de mão são resumidas abaixo:

• Medição e traçagem das chapas, e tubos na bancada de medição e traçagem nas dimensões
necessárias com os instrumentos tais como: régua de traçar, punção, riscador, martelo,
marcadores e escalas;
• Corte de chapas em tiras na guilhotina;
• Corte de tubos em porções no serrote mecânico de disco;
• Encurvamento de tubos com recurso a uma curvadora, obtida a partir do corte no serrote
mecânico de disco;
• Estampagem da chapa com recurso a uma prensa hidráulica das tiras obtidas do corte na
guilhotina;
• Abertura de furos de Ø12 e Ø14 mm no engenho de furar para a colocação de parafusos
e porcas, que facilitam a união da bacia, as barras transversais, e o braço no acto de
montagem;
• Quinagem da chapa cortada em tiras na guilhotina com recurso a uma quinadeira;
• Acabamento das chapas e tubos trabalhados na guilhotina, serrote de disco e furadora,
com recurso a esmeriladora.

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Tabela 11: Postos de trabalho

Designação Postos de trabalho


A Bancada de medição e traçagem
B Guilhotina
C Serrote de disco
D Prensa
E Curvadora de tubos
F Furadora
G Quinadeira
H Esmeriladora
I Soldadura
J Pintura
K Montagem
L Testes

Tabela 12: Produtos fabricados

Designação Produtos
𝑃𝑎 Bacia
𝑃𝑏 Braço
𝑃𝑐 Barras transversais do chassi
𝑃𝑑 Suporte do braço e da bacia

Estarão envolvidas 12 operações diferentes.

6.2. Cálculo do número de máquinas e equipamentos auxiliares


A quantidade de máquinas, é um dos factores que dita a produtividade, assim sendo destina-se a
assegurar a produção anual de 35 000 carrinhas de mão por ano.

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A produção diária pode ser determinada tomando em conta o seguinte:

• 1 Ano correspondente a 365 dias;


• 52 Finais de semana, correspondentes a 104 dias de linha de produção parada;
• 10 Feriados: sendo 9 nacionais e 1 local;

𝑃𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙
𝑃𝑑 =
365 − (104 + 10)

35 000 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜


𝑃𝑑 = = 140 𝑐𝑎𝑟𝑟𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑚ã𝑜/𝑑𝑖𝑎
251 𝑑𝑖𝑎𝑠

Onde:

𝑃𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 − Produção anual;

𝑃𝑑 − Produção diária desejada;

O tempo disponível (𝒕𝒅 ) Corresponde a um turno de trabalho, e é igual a:

𝑡𝑑 = 8 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 − 20 min(𝑚𝑎𝑡𝑎𝑏𝑖𝑐ℎ𝑜) − 40 min(𝑎𝑙𝑚𝑜ç𝑜) − 20 min(𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑛ℎ𝑜)

𝑡𝑑 = 8 ∙ 60 − 20 − 40 − 20 = 400 𝑚𝑖𝑛

• A linha opera 5 dias por semana, 8 horas por dia;


• A produção desejada é de 140 unidades por dia;
• Tempo disponível de 400 min.

Como forma de garantir e equilibrar as capacidades e a produção diária, e ajusta-las as


necessidades de procura, maximiza-se a utilização dos postos de trabalho ou secções e equilibrar
os tempos unitários de execução das peças de modo a criar maior dinâmica no processo produtivo.

A seguir calcula-se o tempo do ciclo, que determina o tempo necessário para a produção de uma
unidade do produto, usando a fórmula:

𝑡𝑑 400
𝑇𝐶 = = = 2,9 𝑚𝑖𝑛
𝑃𝑑 140

O número de máquinas é dado pela fórmula seguinte:

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𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑟
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ×
𝑁𝑚𝑎𝑞 = 𝐷𝑖𝑎
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙

Considerando o volume de produção, (série media) de carrinhas de mão a produzir, pode se


trabalhar em um só turno.

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚

Onde:

𝑡𝑜𝑚 − Tempo de operação da máquina que corresponde ao tempo gasto por peça;

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 − Tempo de montagem da peça na máquina;

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 − Tempo de operação;

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 − Tempo de desmontagem da peça na máquina.

Em seguida têm-se:

𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑟
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ×
𝑁𝑚𝑎𝑞 = 𝐷𝑖𝑎
400 × 60

𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑟
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 ×
𝑁𝑚𝑎𝑞 = 𝐷𝑖𝑎
24 000

O número de guilhotinas

Temos 3 peças que são cortadas por guilhotina.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 15 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 5 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 15 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 35 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

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35 × 140 × 3
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,6
24 000

Então teremos uma Guilhotina.

O número de prensas

Temos 1 peça que será prensionada.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 6 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 26 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

26 × 140 × 1
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,2
24 000

Temos apenas uma prensa.

O número de serrote mecânico de disco

Temos 1 peça que será cortada no serrote mecânico de disco.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 5 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 2 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 17 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

17 × 140 × 1
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,1
24 000

Temos 1 serrote mecânico de disco.

O número de quinadeiras

Temos 1 peça que será quinada nas duas extremidades.

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𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 3 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 17 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

17 × 140 × 1
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,1
24 000

Temos 1 quinadeira.

O número de furadoras

Temos 4 peças que levam furos.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 24 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

24 × 140 × 4
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,6
24 000

Temos 1 furadora.

O número de esmeriladoras

Temos 4 peças que passam pelo processo de acabamento.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 5 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 19 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

19 × 140 × 4
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,4
24 000

Temos 1 esmeriladora.

O número de curvadora

Temos 1 peça que será encurvada.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 10 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 4 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 18 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

18 × 140 × 1
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,1
24 000

Temos 1 curvadora de tubos.

O número de máquina de soldar

Temos 4 arrestas que serão soldadas.

𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 = 2 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 = 14 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 2 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

𝑡𝑜𝑚 = 𝑡𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑚 = 18 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠

18 × 140 × 4
𝑁𝑚𝑎𝑞 = = 0,4
24 000

Temos 1 máquina de soldar.

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Compressor

Para o presente projecto, será necessária a utilização de um compressor industrial, que se localiza
fora do sector fabril. Nele através de uma conduta de ar comprimido estão ligados 6 pistolas de
pintura por forma a atomizar a tinta através do bico; também pode ser usada para a limpeza das
máquinas e outras actividades.

N Compressor = 1 compressor.

Gabinete de Estudos e Projectos

Será necessária uma bancada para traçagem e dois estiradores.

Secção de Controle de Qualidade

Serão necessários equipamentos para a verificação da qualidade de cada componente da carrinha


de mão.

Número de trabalhadores da fábrica

A fábrica será composta pelos seguintes trabalhadores:

✓ Director geral;
✓ Gerente de produção;
✓ Chefe de produção;
✓ 4 Funcionários do armazém: sendo 2 para o de matéria-prima e os restantes para o dos
produtos acabados;
✓ 1 Servente.

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A tabela a baixo, mostra a distribuição dos trabalhadores por cada secção de trabalho.

Tabela 13: Distribuição dos trabalhadores nas máquinas por cada secção.

Postos de trabalho Número de Trabalhadores


Bancada de medição e traçagem 2
Guilhotina 2
Serrote de disco 1
Prensa 2
Curvadora de tubos 1
Furadora 1
Quinadeira 1
Esmeriladora 1
Soldadura 1
Acabamentos e Pintura 4
Montagem 2
Testes 2
TOTAL 20

7. CÁLCULO DAS SUPERFÍCIES

7.1. Cálculo das Superfícies para as máquinas.

A superfície total necessária para cada unidade de produção (𝑆𝑇 ) é:

𝑆𝑇 = 𝑆𝑆 × (1 + 𝑁) × (1 + 𝐾)

Onde:

𝑆𝑆 − Superfície estática da máquina/ equipamento/ instalação;

𝑁 − Número de lados em relação aos quais a máquina ou bancada deverão ser servidas;

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

𝐾 − é um coeficiente que pode variar entre: 0,05 para industria pesada com pontes rolantes, e 3
para industria mecânica;

𝑛 − Número de máquinas.

E na presente abordagem o cálculo de K será dado pela seguinte expressão:

𝐶𝑚á𝑥 (𝑜𝑏𝑗𝑒𝑐𝑡𝑜𝑠 𝑎 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟)


𝐾=
2𝐶𝑚é𝑑 (𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑜𝑢 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑎𝑑𝑎𝑠)

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎𝑠


𝐶𝑚é𝑑 =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎𝑠

𝐶𝑚á𝑥 = 6 𝑚 (𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠)

3,77 + 1,7 + 3 + 0,7 + 0,87 + 0,86 + 0,6 + 0,6 + 1,39


𝐶𝑚é𝑑 = = 1,5
9

6
𝐾= =2
2 × 1,5

Para as bancadas

Bancadas de controlo e verificação

As bancadas são usadas para processos de medição, traçagem e verificação da qualidade no geral,
tem dimensões de 3 000 × 1 500 × 850 𝑚𝑚.

Bancada para soldadura

Estas bancadas serão usadas para colocar as peças a serem soldadas e também para algumas das
operações posteriores à soldadura.

A superfície de trabalho terá as seguintes dimensões: 2 000 × 1 000 × 850 𝑚𝑚.

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Bancada de montagem

Esta bancada servira para colocar diversos componentes em peças, o que permitirá unir todas as
peças do produto de forma a se obter o produto final. A superfície de trabalho terá as seguintes
dimensões: 3 000 × 1 500 × 850 𝑚𝑚.

Os resultados do cálculo das superfícies das máquinas, bem como das bancadas estão
representados na tabela a baixo.

Tabela 14: Superfícies de máquinas, bancadas e outros equipamentos

𝑪 𝑳 𝑺𝑺 𝑵 𝑲 𝒏 𝑺𝑻
Máquinas/Bancadas [𝒎] [𝒎] [𝒎𝟐 ] [𝒎𝟐 ]
Guilhotina 3,77 1,62 6,1 1 2 1 36,6
Prensa 1,7 2,2 3,8 1 2 1 22,8
Máquina de soldar 0,87 0,56 0,5 4 2 1 7,5
Furadora 0,7 0,4 0,3 1 2 1 1,8
Quinadeira 3 1,5 4,5 1 2 1 27
Serrote mecânico de disco 0,6 0,3 0,2 1 2 1 1,2
Encurvador de tubos 0,86 0,89 0,8 1 2 1 4,8
Esmeriladora 0,6 0,4 0,3 1 2 1 1,8
Compressor 1,39 1,2 1,7 1 2 1 10,2
Bancadas de controlo e verificação 3 1,5 4,5 4 2 1 67,5
Bancadas de soldadura 2 1 2 4 2 1 30
Bancadas de montagem 3 1,5 4,5 4 2 1 67,5
𝑻𝑶𝑻𝑨𝑳 [𝒎𝟐 ] 278,7

𝑆𝑇 = 𝑛 × [𝑆𝑆 × (1 + 𝑁) × (1 + 𝐾 )] [𝑚2 ]

𝑆𝑆 = 𝐶 × 𝐿

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7.2. Cálculo das superfícies para as outras secções e serviços na fábrica

Para o cálculo de superfícies necessárias para as outras secções e serviços considera-se a seguinte
condição:

Atendendo as recomendações sobre a relação entre as duas dimensões principais:

𝐶
≥ 1,5
𝐿

Onde:

C – é o comprimento da oficina;

L – é a largura da oficina.

Tabela 15: Dimensões das outras secções e serviços da fábrica

Secção Comprimento Largura Área, A


[𝒎] [𝒎] [𝒎𝟐 ]
Armazém de matéria-prima 7,8 7,2 56,2
Armazém de produtos acabados 10,8 7,2 77,8
Ferramentaria 4,5 3 13,5
Recepção 5 4,2 21
Gabinete do chefe de produção 5 3,7 18,5
Sala de limpeza ou acabamento 6,7 4,6 30,8
Balneários homens 6 4 24
Balneários mulheres 6 4 24
WC homens 5 3,7 18,5
WC mulheres 5 3,7 18,5
Sala de pintura 5 2,5 12,5
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 315,3

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Tabela 16: Dimensões do local das refeições

Secção Comprimento Largura Área, A


[𝒎] [𝒎] [𝒎𝟐 ]
Cozinha 10,2 6 61,2
Refeitório 6 4 24
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 85,2

Tabela 17: Dimensões do bloco administrativo

Secção Comprimento Largura Área, A


[𝒎] [𝒎] [𝒎𝟐 ]
Recursos humanos 4,5 2,3 10,4
Contabilidade 4,5 2 9
Sala de reuniões e formações 5,6 3,7 20,7
Secretaria e Recepção 5,1 5 25,5
Gabinete do Director Geral 5 3,3 16,5
Marketing e vendas 4,5 2,5 11,3
WC mulheres 4,5 3 13,5
WC homens 4,5 3 13,5
Montra 7 1,4 9,8
Varanda 5 1,5 7,5
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 137,7

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Tabela 18: Dimensões dos parques de estacionamento de veículos

Secção Comprimento Largura Área, A


[𝒎] [𝒎] [𝒎𝟐 ]
Funcionários do sector administrativo 8 3 24
Operários da fábrica 8 3 24
Visitantes 8 3 24
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 72

8. LAYOUT

8.1. Descrição sumaria

O layout define-se como a distribuição dos recursos pelo espaço disponível na fábrica.

Para a execução do layout do presente projecto, tratando-se de uma fábrica, dar-se-á mais atenção
ao fluxo do pessoal, materiais com base em sistema de operações em função do esquema ilustrativo
de um conjunto para implantação fabril. Para tal é necessário fazer-se cálculos de todas superfícies
elementares necessárias de modo a adaptar-se às condições da fábrica (neste caso temos uma
fábrica de carrinhas de mão para o transporte de cargas).

O layout da fábrica a adoptar será do tipo layout processo, pois as secções são autónomas dedicadas
ao fabrico de um único produto. Estas divisões em secções facilitam a organização e tem
capacidade de executarem um artigo completo. Deste modo minimiza-se o transporte e stock
através da localização das máquinas em pontos centrais de forma a servir as secções.

8.2. Pré - planta da fábrica

A pré-planta da fábrica constitui um esboço inicial do desenho final que será a planta. Para o
cálculo da área da pré-planta, tem se como dados iniciais os valores das áreas parciais, que são
ocupadas pelas máquinas e bancadas necessárias para a ocupação racional das máquinas na fábrica.

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Sabendo-se que o comprimento e a largura de cada secção ou sector são determinados dos cálculos
feitos pela seguinte relação:

𝐶
≥ 1,5
𝐿

Sendo 𝐿 dado pela seguinte relação:

𝑆
𝐿≤√ [𝑚 ]
1,5

Onde: 𝑺 é a área da secção ou sector em [𝑚2 ] .

E de seguida o comprimento é dado pela seguinte expressão:

𝐶 = 1,5 ∙ 𝐿 [𝑚 ]

Portanto, tem se em conta as áreas ocupadas pelos armazéns em função dos tempos de ocupação
dos produtos num tempo máximo de uma semana.

8.3. Planta da fábrica

(Em anexo)

Após o esboço rápido da pré-planta, calculam-se as dimensões da planta tendo em conta as


dimensões das máquinas, as dimensões dos equipamentos de transporte que permitirão uma
movimentação das peças, dos produtos, e dos operários, e a distância das máquinas e as paredes
do edifício.

9. MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE

9.1. Descrição dos meios de transporte

Para a movimentação da matéria-prima, de produtos em processamento e de produtos acabados,


transporte de serviços administrativos dentro e fora da fábrica são necessários alguns meios de
movimentação e transporte.

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Para o funcionamento da fábrica, esta prevista a utilização dos seguintes meios de transporte:

• Carrinhas de mão (1700x750mm): para o transporte dos vários componentes de dentro


do armazém tais como: ferramenta de uma secção para a outra;
• Carrinho de armazém industrial: efectua o transporte e locomoção de cargas leves com
agilidade e segurança para diferentes sectores de produção dentro da fábrica;
• Empilhadeira: o carro empilhadeira é destinado para descarregamento e locomoção de
matéria-prima com agilidade e segurança de camiões para o armazém de matéria-prima e
carregamento do armazém do produto acabado para os camiões.
• Viatura ligeira de passageiro: para prestação de serviços de correspondências e outros
serviços fora da empresa;
• Viaturas pesadas de mercadorias: para o transporte da matéria-prima dos fornecedores
para a fábrica e do produto acabado da fábrica aos clientes.

10. VIAS DE CIRCULAÇÃO INTERNA

10.1. Cálculo da largura do caminho para transporte das empilhadeiras

𝐿 = 𝐿1 + 𝐿2 + 𝑍 − Para transporte com encontro;

Onde:

𝑍 − Coeficiente de correcção que leva em conta o tipo de transporte automático;

𝐿 − Representa a largura das empilhadeiras.

Deste modo, a largura do caminho de transporte será:

𝐿1 = 𝐿2 = 1305 𝑚𝑚

Fonte: www.Komatsu – Utility.com

𝑍 = 1000 𝑚𝑚

𝐿 = 1305 + 1305 + 1000 = 3610 𝑚𝑚

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Figura 3: Esquema do caminho para transporte com encontros.

10.2. Cálculo da largura do caminho para a movimentação de pessoas


Para a movimentação de pessoas, prevê-se o movimento com encontros.

Figura 4: Esquema do caminho para o movimento de pessoas.

A largura do caminho para a movimentação de pessoas calcula-se pela fórmula:

𝑛𝑃 ∙ 𝐴𝑝𝑒𝑠
𝐿𝑝 =
𝐶𝑝 ∙ [𝐷]

Onde:

𝑛𝑃 – Número de pessoas que usam o caminho;

𝐴𝑝𝑒𝑠 − Área projectada por pessoa (que é igual a 0,18 𝑚2 / pessoa com carga ligeira);

𝐶𝑝 − Comprimento do caminho (igual a 12 𝑚);

37
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[𝐷] − Densidade admissível de pessoas, (para movimentos com encontro, é igual a 0,5).

Estima-se o número de trabalhadores no inicio de operação da fábrica como sendo igual a 20


(trabalhadores da oficina e 8 os que prestam outros serviços), deste modo a largura do caminho
para as pessoas será igual a:

28 ∙ 0,18
𝐿𝑝 = = 0,84 𝑚
12 ∙ 0,5

A seguir toma-se o valor normalizado da largura do caminho para a circulação das pessoas, em
milímetros: 𝐿𝑝 = 1200 𝑚𝑚.

10.3. Esquema de circulação


(Em anexo)

11. INSTALAÇÕES

11.1. Armazém

A fábrica terá dois armazéns, sendo um para matéria-prima (MP), ferramentas, componentes e
material subsidiário e o outro para os produtos acabados (PA).

Para armazenar matéria-prima é usada estruturas perfilados como estantes para armazenar chapas,
anteparas para armazenar tubos e armários de gaveta para armazenar materiais como: punhos de
borracha, eléctrodos, escovas de aço, rolamentos, eixos da roda, uma gama de parafusos e porcas,
anilhas, bem como grades para armazenar caixas contendo tintas, rodas de borracha.

Figura 5: Armazenagem de chapas e Perfis para armazenamento de tubos.

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Eng° Estevão Machava
Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Como forma de reduzir os custos de movimentação, o que podia acrescentar um valor acrescentado
ao produto, opta-se por armazéns do tipo descentralizados, visto que estes se localizam próximo
das zonas de utilização.

A movimentação dos materiais será de forma manual ou com auxílio de carrinhas de mão e
empilhadeiras.

• Armazém de Produtos acabados

O armazém neste caso será usado para o armazenamento temporário do produto acabado, num
período máximo de uma semana para evitar o acumulo demasiado do produto e consequentemente
a sua má disposição no armazém, o que pode constituir risco de acidentes as pessoas que lá
trabalham.

Esquema 1: Vista de planta da disposição do produto acabado no armazém.

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Esquema 2: Vista lateral da disposição do produto acabado no armazém.

11.2. Instalação de ar comprimido

A presente fábrica terá um compartimento para o ar comprimido, pois será usado para o processo
de atomização das tintas no bico das pistolas de pintura. A central dos compressores localiza-se
num edifício próprio e próximo do sector de pintura, reduzindo de tal forma os custos em tubagem
e perdas de pressão ao longo das anilhas.

A instalação de ar comprimido será descentralizada devido ao consumo de ar a diferentes pressões.


Do esquema apresentado na planta da fabrica (em anexo), tem - se:

Cm – Compressor;

PT – Posto de transformação de corrente eléctrica.

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

11.3. Abastecimento de água

A água será destinada principalmente para as seguintes necessidades:

✓ Uso pessoal, incluindo banhos e sanitários;


✓ Para o consumo e confecção de alimentação na fábrica;
✓ Segurança contra incêndio;
✓ Processos de resfriamento do cabeçote do compressor durante a pintura, através de água;
✓ Refrigeração durante o processo de corte com o serrote de disco e furadeira.

O sistema de abastecimento de água é fornecido à fábrica pela empresa FIPAG de Moatize (fundo
de investimento do património de abastecimento de água).

A fábrica devera estar provida de uma electrobomba e um reservatório de água com a capacidade
de 10000 litros, instalado a uma altura de 12 m como forma de reserva em caso de falta de água
devido a avaria na estação de bombagem ou falha de abastecimento de modo que, os processos
produtivos não sejam afectados.

11.4. Fontes de energia

A energia eléctrica será fornecida pela empresa de distribuição nacional de energia (Electricidade
de Moçambique, E.P) com uma linha de alimentação de medis tensão de forma a adequá-la ao
nível de consumo das máquinas e equipamentos da fábrica.

Por um outro lado prevê-se ainda a instalação dum posto de transformação de energia eléctrica e
um gerador de corrente eléctrica que funcionará caso haja imprevistos no fornecimento da rede de
abastecimento de modo a não interromper as actividades e o funcionamento normal da fábrica.

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12. CARACTERÍSTICAS DOS EDIFÍCIOS

12.1. Estrutura

Sendo esta uma indústria metalo-mecânica, a estrutura a adoptar na fábrica será do tipo shed,
porque permite a criação de um ambiente com boa ventilação e iluminação natural, o que significa
que será uma cobertura (inclinada) em aço, que corresponde a um sistema de vigas treliçadas
executadas com barras situadas num plano, ligadas umas a outras em suas extremidades por
articulações em forma de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija apoiada nas
extremidades.

Esta escolha permite a diminuição de custos de aquisição, montagem (redução do tempo de


instalação da fábrica) e da maiores possibilidades de possíveis ampliações, transferência de local
e modificações da fábrica, bem como o peso baixo, versatilidade na utilização de elementos
normalizados relativamente as outras estruturas.

12.2. Cobertura

A cobertura será na base de chapas de aço galvanizado com perfis ondulados, pois para além de
possuírem baixo peso permitem uma boa concordância com as chapas translúcidas de modo a
proporcionar uma boa iluminação natural na fábrica.

Na fábrica há operações que envolvem a esquiação de fogo, neste caso a soldadura, por mais que
haja mecanismos de combate ao incêndio, como é o caso de extintor, há que se prevenir ainda
mais, no caso as chapas usadas para a cobertura são incombustíveis sendo adequadas para a fábrica.

12.3. Revestimentos laterais e divisórias

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

As paredes exteriores da fábrica são na base de blocos de alvenaria (construção de alvenaria de


bloco). As divisórias de algumas secções serão em vidros, pois esses permitem a fácil comunicação
dos operários e funcionários de diferentes sectores.

Figura 6: Paredes externas de alvenaria de bloco.

12.4. Pavimento

Durante o funcionamento de algumas máquinas, surgem vibrações (no caso de prensas, furadoras,
esmeriladoras), o que leva a se prestar muita atenção na resistência mecânica do tipo de pavimento
a aplicar. Dai a necessidade de se ter um pavimento suficientemente rígido de modo a suportar as
cargas impostas, como é o caso do betão armado.

Como forma de melhorar o aspecto ergonómico do piso, impedindo que o betão armado liberte
poeiras, fácil aderência dos óleos indesejados e facilite o processo de limpeza, aplicar-se-á uma
pintura de pavimento epoxi (que garante a boa aderência ao betão armado, é uma solução de baixo
custo para a empresa e com boas propriedades de resistência mecânica e química).

12.5. Arquitectura

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

(Em anexo)

13. CONDIÇÕES AMBIENTAIS

13.1. Iluminação

As condições de iluminação na fábrica são de acordo com o que esta previsto em função das
recomendações e pela natureza do trabalho a ser executado em cada sector, a forma do espaço a
iluminar, e o tipo de acabamento, neste caso temos um único tipo de piso onde as lâmpadas
florescentes tubulares estão suspensas a uma altura de 5 m das bancadas de trabalho para a maioria
dos sectores.

Figura 7: Altura recomendada das lâmpadas em relação a bancada de trabalho e a disposição das
lâmpadas na fábrica.

Os níveis de iluminação para a fábrica são mostrados na tabela a seguir em função das
recomendações.

Tabela 19: Níveis de iluminação recomendados na fábrica em diferentes sectores de actividade.

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Tipo de Local ou Actividades Valor (lux)


Fábrica
• Secções de Corte, Bancadas, Prensas 300
• Secção de Soldadura 300
• Secção de controlo de Qualidade e
inspecção 500

• Secção de Limpeza ou acabamento 300

• Secção de Pintura 300

• Secção de Montagem. 300

Escritório
• Sala de Desenho 500
• Trabalhos Administrativos com
computador. 300
Espaço livre
• Passagens e Acessos. 150
Espaços interiores e gerais
• Balneários. 150

13.2. Ventilação

A ventilação do ar será feito por um sistema de ventilação mecânica conhecido por lanterins o
que constitui a tecnologia de simples implementação, e de custo baixo, destinada ao conforto no
ambiente laboral.

O sistema é montado numa base no telhado para fazer a sucção de ar e circulação, incluindo a
filtragem. Este sistema garante que em qualquer estação do ano haja um óptimo funcionamento da
instalação em termos de renovação ou diluição do ar contaminado, mantendo a temperatura a
níveis aceitáveis mediante a troca frequente do ar ambiente na fábrica.

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

13.3. Climatização

O ar tratado por um sistema de condicionamento de ar será feito por aparelhos de ar condicionado,


cujo sistema de condicionamento de ar será montado de acordo com as normas estabelecidas nos
escritórios.

Figura 8: Secções exteriores de condensação de unidades de ar condicionado do tipo split.

Figura 9: Secção interior de vaporização de uma unidade de ar condicionado do tipo split.

13.4. Acústica

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Na fábrica os níveis de ruído constitui um aspecto a ter em conta, contudo, mesmo os níveis
sonoros não ultrapassando os 85 decibéis (dB, nível de alarme), deve se tomar as precauções sobre
as regras de higiene e segurança no trabalho dos operários devido a fadiga, e consequente redução
de produtividade, por várias horas de trabalho exposto a sons de níveis descontínuos em
determinadas secções. Para tal efeito tomar-se-á medidas como o uso de protectores auriculares -
dispositivos de protecção individual como (capacete, os rolhões e protectores de ouvidos).

I. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

II.I. Considerações finais

Em geral, o projecto elaborado permitiu compreender a sequência de elaboração e gestão de


projectos de oficinas de produção através de organização de fluxos de informação e físicos dos
produtos, por meio de diversificados meios de produção.

Foi naturalmente importante na adopção do projecto, a preocupação de reduzir os custos de


produção, oferecendo mais qualidade e segurança ao produto em relação aos dispositivos da
mesma natureza já existentes no mercado. Para que este propósito fosse satisfeito, foi adoptado
um modelo mais moderno e simplificado em relação aos componentes, unindo em uma única peça
os braços e os pés de estacionamento, com vista a trazer mais competitividade e satisfazer os
clientes.

II.II. Recomendações

Como todo processo produtivo é acompanhado de perdas e desperdícios (para o presente projecto
são metálicos), decorrentes desse processo, estes devem ser armazenados em contentores
apropriados, para o seu posterior tratamento (reciclagem). A não observância deste aspecto, pode
afectar a qualidade dos produtos acabados, perda do seu valor de venda, perda de mercado, da
capacidade de atendimento e até mesmo nos prazos de entrega aos clientes.

A maior parte das máquinas funcionarão a base de corrente eléctrica, dai a necessidade de se ter
cuidados com a utilização impropria dos equipamentos bem como a não observância das normas
e regras de segurança, o que pode causar choques eléctricos e ferimentos graves decorrentes desses

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

acidentes. Ler atentamente os manuais, os fusíveis, e o estado das máquinas antes de a operar, sem
se esquecer de usar os equipamentos de protecção recomendados e indispensáveis para garantia da
integridade física e segurança do operário.

Durante a actividade do operário deve se garantir o isolamento de cabos de máquinas, sobretudo


quando se trabalha com dispositivos móveis e manuais como berbequins, discos abrasivos. Os fios
desses dispositivos devem ser bem arrumados de modo a evitar quedas e acidentes graves. E ainda
durante o processo de soldadura por arco eléctrico há produção de calor que causa radiações por
escória quente e por faísca, dai a necessidade da fábrica ser equipada por um sistema de combate
ao incêndio, e o pessoal de manutenção e operação do equipamento deve ser treinado no combate
a incêndios, bem como saida da unidade fabril em caso de incêndios, e prestação de primeiros
socorros a vítimas de acidentes de trabalho.

A vigilância médica dos trabalhadores da fábrica será feita pelo menos uma vez a cada ano, para
que se possa fazer o mapeamento da instalação e, ou a verificação e avaliação de possíveis
problemas de saúde.

II. BIBLIOGRAFIA

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Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

Apontamentos: da disciplina " Planeamento de Instalações Industriais - Manual do Estudante


"; Eng° Alexandre Charifo Ali, Engenharia Termotécnica, ISP Songo, Songo 2014.

Kourbatov, Alexandre. Guia de Oficinas Gerais. Universidade Eduardo Mondlane. 5ª Edição,


Maputo 2005.

Ribeiro, J. S e Roldão, V. S. (2007). Gestão das Operações: Uma abordagem integrada. Editora
Monitor.

Jorge Rodrigues e Paulo Martins. Tecnologia Mecânica: Tecnologia de Deformação Plástica,


vol I – Fundamentos Teóricos. Escolar Editora, Lisboa 2005.

Jorge Rodrigues e Paulo Martins. Tecnologia Mecânica: Tecnologia de Deformação Plástica,


vol II – Aplicações Industriais. Escolar Editora, Lisboa 2010.

JAMES F. SHACKELFORD. Ciência Dos Materiais, Tradução: Daniel Vieira, 6ª edição. São
Paulo – Brasil 2010.

Gnecco, Celso, et all. "Tratamento de superfície e pintura". Rio de Janeiro: IBS/SBCA, 2003.

GENTIL, Vicente - "Corrosão" - Rio de Janeiro: 6.ed, Editora GEN/LTC, 2011.

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Eng° Estevão Machava
Projecto de Engenharia Mecânica 2022 Projecto tipo

ANEXOS

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Eng° Estevão Machava

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