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ECONOMIA

AÇUCAREIRA
PROF. MARCOS AURÉLIO
ASPECTOS INICIAIS

A produção do açúcar apresentava


características muito diferentes da
extração dom pau-brasil, exigindo
grandes investimentos daqueles
que se propunham a investir nesta
produção e buscando garantir
grandes lucros.
A EXPERIÊNCIA

Portugal tinha experiência na produção de


cana de açúcar, pois já havia produção nas
ilhas da madeira, Açores e Cabo Verde. O
nordeste brasileiro se mostrou uma região
muito boa para esta produção como clima
quente e úmido e o solo massapê bem como
a “proximidade” das capitanias do nordeste
com Portugal.
A INSTALAÇÃO

•Apesar de todas as experiências anteriores e


condições favoráveis, era necessário muito
capital para que a produção de açúcar fosse, de
fato, lucrativa.
•Como o reino de Portugal não dispunha ( ou
não queria) dos recursos necessários, promoveu
uma aliança com a Holanda na concessão de
empréstimos aos donos de engenho.
O PLANTATION

Com o financiamento Holandês, vários


engenhos foram construídos principalmente na
região do nordeste. A produção açucareira era
feita no sistema de plantation, ou seja as
características de produção eram:

•Grandes latifúndios (grandes fazendas)


•Monocultura ( somente um produto de
exportação)
•Mão de obra escrava
•Exportação.
ESTRUTURA DO ENGENHO

Apesar dos engenhos serem de pessoas


diferentes, as estruturas de moradia e produção
não se modificavam, entre elas podemos
destacar:
•Canavial
•Casa grande
•Senzala
•Moenda
•Caldeira
•Casa de purgar
•Casa do pão de açúcar
O ENGENHO
CANAVIAL
CASA-GRANDE
SENZALA
MOENDA TRAPICHE
MOENDA REAL
CALDEIRA
CASA DE PURGAR
SOCIEDADE AÇUCAREIRA

•No engenho, formou-se uma sociedade


estratificada e com pouca mobilidade
social.
•O senhor de engenho e sua família
compunham o topo da escala social. Ele
era proprietário das terras, das
plantações, das construções e dos
trabalhadores escravizados e livres, todos
que estavam no engenho deviam
obrigação e obediencia.
PATRIARCALISMO

Geralmente, o senhor de engenho


abrigava uma família numerosa,
composta não apenas pela esposa e
pelos filhos, mas também por
sobrinhos, tios e primos. O prestigio
do senhor também era medido pelo
numero de pessoas que ele sustentava
OS ESCRAVOS

Nos engenhos, nas vilas e nas cidades do


Brasil colônia, todo o trabalho braçal era
realizado pelos africanos e seus
descendentes.

O TRÁFICO NEGREIRO

Os africanos eram trazidos ao Brasil e


vendidos em mercados localizados
próximo aos principais portos da colônia.
• Segundo os historiadores, os escravizados que iam direto para os engenhos e
iniciarem o trabalho no canavial e produção açucareira , viviam em media mais 8
anos.
• O trabalho era estafante e as condições climáticas propiciavam o esgotamento físico
precoce.
• Os escravos eram as mãos e os pés do senhor de engenho porque sem eles no Brasil
não é possível fazer, conservar e aumentar fazendas ou fazer açúcar.
ASPECTOS SOCIAIS COM OS ESCRAVOS
AS PRIMEIRAS VILAS E CIDADES DO BRASIL

•Os primeiros povoamentos que surgiram na Colônia foram estabelecidos na sua maioria no
litoral, o objetivo era a proteção do território de invasores.
•Os povoamentos surgiram sem muito planejamento, seguindo as mesmas estruturas das
cidades medievais europeias. A capela ou igreja era o centro da vida urbana.
•Não havia saneamento básico, portanto as cidades eram construídas em terrenos irregulares
para facilitar o deslocamento de dejetos.
•A câmara municipal (sede administrativa) abrigava os vereadores eleitos pelos “ homens
bons” ou os oficiais designados por Portugal para a administração colonial.
•O presidente da camará administrava as cidades.
SÃO VICENTE - 1532 SALVADOR - 1549

RIO DE JANEIRO - 1565 JOÃO PESSOA - 1585


COMÉRCIO INTERNO

•Portugal tinha como principais objetivos a


produção e a exportação de riquezas para a
metrópole, entretanto, era preciso estabelecer um
comércio interno que possibilitasse a vida dos
colonos e favorecesse a produção açucareira.
•As vilas e as cidades concentravam, nas ruas
próximas à praça central, um número considerável
de pequenos comércios, que vendiam os produtos
vindos da Europa e pequenas oficinas, nas quais
costureiras, sapateiros e açougueiros ofereciam
serviços.
• A comercialização de trabalhadores
escravizados era mais uma das facetas que
apresentava o comercio interno da colônia.
• Os africanos eram desembarcados nos portos
e deixados por algum tempo nos
VALONGOS para recuperarem o peso e
curassem as feridas e outras sequelas, quando
estavam melhores fisicamente eram levados
aos mercados para serem vendidos, alguns
ficavam nas cidades mas a maioria ia para os
trabalhos no canavial

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