Você está na página 1de 1

Economia açucareira no Brasil Colônia

A CANA DE AÇÚCAR: no século XVI, colonos portugueses começaram a implantar a produção


açucareira para exportação na colônia brasileira, tendo em vista o clima e solo propícios, a
experiência semelhante na costa africana e a alta lucratividade pelo mercado europeu. As áreas
produtoras de maior destaque foram o litoral nordestino ( Pernambuco e Bahia) e a capitania de São
Vicente.

A INSTALAÇÃO DOS ENGENHOS: os engenhos eram grandes latifúndios com uma estrutura
complexa, na qual plantava-se a cana e transformava-a em açúcar não refinado para exportação,
tendo na base o largo uso de mão de obra escrava. A estrutura continha locais como a casa-grande (
dos senhores), a senzala ( dos escravos), a moenda, a caldeira, a capela e a casa dos trabalhadores
livres.

A SOCIEDADE DO AÇÚCAR: além de uma propriedade fundiária, o engenho organizava a sociedade


colonial em uma hierarquia, composta por:
➢ uma elite pequena homens brancos, proprietários e ricos
➢ uma classe intermediária, de trabalhadores livres, mestiços e comerciantes
➢ uma enorme massa de escravizados africanos e indígenas, marginalizados
Além de ter como centro a figura PATRIARCAL, a qual todos subordinavam-se (até a família)

CENÁRIO INTERNACIONAL: o açúcar era enviado para Portugal e refinado em Amsterdã para
depois ser comercializado. Apesar do grande lucro, grande parte ficava para os holandeses.

A ESCRAVIDÃO INDÍGENA E AFRICANA: os índios foram os primeiros a serem escravizados pelos


capitães donatários, porém, devido a oposição da Igreja (com o ideal da catequese), foi trocada pela
escravização africana, a qual já era adotada pelos portugueses como um comércio lucrativo. O
tráfico era realizado da costa africana até a brasileira em navios tumbeiros, eram comprados e
submetidos a diferentes trabalhos dentro da colônia, em condições desumanas e repressivas.

RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO: os escravizados resistiram o sistema de vários modos, através de


revoltas, suícidios, práticas culturais, fugas e formação de quilombos (refúgios). Para conter as
tensões, os colonos permitiam atividades para ganho de dinheiro próprio (compra de alforria).

ATIVIDADES COMPLEMENTARES: além do açúcar, haviam outras atividades na colônia:


➢ Pecuária no sertão: alimentação colonial e força motriz, animais importados, mão de obra
livre.
➢ Pecuária no Sul: alimentação colonial, animais dispersaram-se por conflitos (surge gado
selvagem), tropeiros e exportação do couro.
➢ Drogas do sertão: “especiarias” amazônicas, mão de obra indígena
➢ Tabaco: segunda principal atividade, exportação, moeda de troca para obter escravos.
➢ Algodão: abastecimento interno, tecidos, atingiu mercados externos.

Você também pode gostar