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SUMÁRIO
1 Introdução…………………………………………………………………………………….3
2 Desenvolvimento…………………………………………………………………………….4
3 Conclusão…………………………………………………………………………………...11
Referências Bibliográficas……………………………………………………………….…12
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo tratar sobre dois importantes conflitos da
Primeira República, sendo eles a Guerra de Canudos e a Guerra dos Contestados,
além de comparar características de ambas. Ambas as guerras ocorrem no contexto
histórico da República Velha na qual uma série de problemas sociais foram acarretados
pela construção política da época. Nesse período vigorava a política do café com leite,
neste sistema o governo brasileiro estava nas mãos das oligarquias cafeeiras e
pecuaristas de São Paulo e Minas Gerais respectivamente. Para assegurar a
continuidade dessa política havia ainda o chamado Coronelismo que consistia no
domínio político de latifundiários sobre a população de suas terras ou entornos
obrigando-os a votar através de favores ou coerção violenta a votarem em candidatos
indicados pelos mesmos. Esse último movimento denomina-se “voto de cabresto” e
vigorou ao longo de toda Primeira República.
É relevante salientar que neste período, a nação brasileira estava passando por
um processo de industrialização principalmente por meio de investimentos do capital
estrangeiro mantendo-se assim até o início da Primeira Guerra Mundial, a qual por
decorrência do conflito as oligarquias nacionais assumiram o controle do processo de
industrialização. Nesse contexto, o Governo tanto Federal quanto Estadual favorecia as
companhias internacionais em detrimento da população local.
Dado o contexto acima, surgiram muitos líderes com caráter messiânico que
mobilizaram a população oprimida em uma luta contra o novo sistema político que viam
como a personificação do próprio mal, semeando tudo aquilo que as tradições
religiosas que as populações interioranas viam como abominável.
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2 DESENVOLVIMENTO
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A comunidade de Canudos conseguiu manter-se próspera em meio ao
semi-árido mantendo uma condição de vida de seus moradores superior à dos
sertanejos que viviam nas fazendas próximas. Não demoraria muito para que fosse
despertado a cólera dos líderes políticos e latifundiários.
O estopim ocorreu em 1896 quando o Antônio Conselheiro encomenda uma
remessa de madeira da cidade de Juazeiro, contudo o carregamento não foi entregue
mesmo pago. Tal acontecido alimentou rumores na cidade que os canudos enviaram
um grupo de pessoas para atacar a cidade, fazendo com que a tropa da polícia
enviassem um destacamento para Belo Monte que acabou por ser emboscado e
derrotado pelos sertanejos, muito embora a polícia tenha os infligido altas baixas. Uma
segunda expedição para o Arraial, desta vez enviada pelo Governo Estadual, e que
também foi rechaçada fazendo com que as notícias da insurgência chegassem à
Capital Federal e pressionassem o governo de Floriano Peixoto a tomar providências.
Como medida de reação, o presidente envia 1300 homens das Forças Armadas para
atacar o retiro. A chegada dos militares na região fez com que mais pessoas se
juntassem ao movimento do líder messiânico, essa terceira expedição também
fracassou, gerando um enorme constrangimento para os republicanos. No intuito de
pôr um fim definitivo no movimento, o poder governamental começa em abril de 1997 a
enviar soldados para a região na quarta expedição militar, formada inicialmente por
4000 soldados e 400 oficiais oriundos de todo o Brasil, número este que alcançaria
5000 antes do fim do combate, todos armados com artilharia pesada, o que gerou um
grande massacre da população de Monte Belo. Em relação a morte de Antônio
Conselheiro, há duas versões sobre o ocorrido. Uma afirma que o mesmo foi morto por
soldados republicanos e a outra diz que já estava morto quando a vila foi tomada e seu
corpo apenas foi desenterrado e decapitado pelos soldados, sendo enviado logo após
para ser estudado na faculdade de medicina de Salvador.
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Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/81/Canudos-map.jpg> Acesso em:
09/08/2018
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Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Canudos#/media/File:40th_infantry_batallion_canudos_1897.jpg
> Acesso em: 09/08/2018
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Disponível em:
<https://sanderlei.com.br/img/Ensino-fundamental/Santa-Catarina-Historia-Geografia-10-02-N.jpg>
Acesso em: 09/08/2018
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enviasse um destacamento de seguranças do Paraná com a finalidade de expulsar os
supostos invasores. No confronto, foram mortos onze soldados e seis seguidores de
José Maria além dele próprio. Não obstante, o grupo não se dispersou por completo
reunindo-se em Taquaruçu em 1913 com a expectativa do retorno do monge. A
liderança do grupo foi então assumida por uma adolescente de onze anos de idade
chamada Teodora, que afirmava conversar em sonho com José Maria e ter recebido
dele a missão de comandar os fiéis para uma guerra santa. Foi nesse período que o
movimento adquiriu contornos messiânicos e milenares agregando dentro de si,
indivíduos com mais diversos interesses. Entre esses indivíduos, haviam
desempregados da ferrovia, ex funcionários da madeireira e colonizadora internacional
Southern Brazil Lumber and Colonization Company que junto com a ferrovia
pertenciam ao empresário norte-americano Percival Farquhar, além de sem terras e
pessoas pobres, vítimas da desapropriação gerada pela chegada do capital estrangeiro
na região.
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para que o governo republicano reprimisse os contestados a partir de uma expedição
militar. Isso iniciou um grande movimento de reestruturação e mudança da imagem
pública das Forças Armadas, até então vistas como um local de banditismo, tortura e
práticas homossexuais. A mídia teve um importante papel na modificação de tal
imagem, a prestigiada revista Fon-Fon publicava fotos do exército brasileiro
mostrando-o como uma força moderna, bem organizada e comparada até mesmo com
o exército alemão. Em maio de 1915, o governo finalmente desmobiliza por completo o
movimento contestado prendendo a maior parte dos líderes e mantido os interesses
dos governantes locais e das multinacionais. No intuito de pôr fim à disputa territorial, é
assinado em 1916, o tratado que estipulava os limites territoriais entre Paraná e Santa
Catarina, além disso o exército brasileiro também saía revigorado do conflito.
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3 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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