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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOVERNADOR FERNANDO GUILHON

Guerra dos Canudos

MOJUI DOS CAMPOS – PA


2024
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO GOVERNADOR FERNANDO GUILHON

DISCIPLINA: HISTÓRIA
TURMA: M3MR02
ALUNOS (AS): ANA GABRIELA FERREIRA ARAUJO
EMILY LUCAS DA SILVA
LETICIA DE JESUS OLIVEIRA DA SILVA
MARIA EDUARDA OLIVEIRA DOS SANTOS
MARIA EDUARDA SIQUEIRA DE LIMA
MELISSA PEREIRA DE LIMA
SAMIRA DE SOUSA OLIVEIRA
VINICIUS DAS FLORES LIMA
PABLO GUSTAVO

Trabalho apresentado a disciplina de


História, como requisito parcial para a
obtenção de nota no 1º bimestre sob a
orientação da Prof.ª Aline

MOJUI DOS CAMPOS – PA


2024
INTRODUÇÃO
O Trabalho abordado tem como seguinte Tema “Guerra dos Canudos” ao qual tem
como objetivo informar os enfretamentos que aconteceram no Brasil na Cidade
Arraial de Canudos durante o período da “República Velha” no Mandato do
Presidente Prudente de Morais (1841-1902), os combates ocorridos no sertão
baiano contra a resistência da cidade de canudos onde as tropas do exército
brasileiro na quarta expedição enviada pelas autoridades republicanas do Brasil,
enfrentou a comunidade liderada por Antônio Conselheiro, levando a destruição da
cidade de canudos, causando aproximadamente a morte de cerca de 5 mil soldados
e o massacre de cerca de 25 mil habitantes da comunidade.
CONTEXTO HÍSTORICO
Após a Proclamação da República em 1889 onde marca fim do Império e o início
da Primeira República que trouxe uma série de mudanças radicais ao Brasil. Com o
fim do império o Brasil estava passando por uma transição política e econômica do
antigo sistema monárquico. Alguns grupos defendiam o seu retorno, enquanto
outros já estavam familiarizados com a o novo sistema republicano, o federalismo e
o liberalismo.
No início da Primeira República, o Brasil passava por uma crise a população
enfrentava diversas dificuldades sociais e econômicas como o fim da escravidão e a
crise nos engenhos, a “Seca do Ceará de 1877” esse antecedente refletiu a
migração de pessoas principalmente da população no Nordeste essas pessoas
saiam em busca de condições de vidas melhores em outras regiões.

O QUE FOI?
A Guerra de Canudos foi um dos principais conflitos que marcaram o período
entre a queda da monarquia e a instalação do regime republicano no Brasil. Ocorreu
entre novembro de 1896 e outubro de 1897 no sertão da Bahia, em uma fazenda
improdutiva liderada por Antônio Conselheiro e seus mais de 20 mil seguidores.
Esse líder liderava uma resistência contra às desigualdades sociais e injustiças
que afligiam a região. Esse conflito envolveu um povoado que se formou no Arraial
de Canudos e o Exército Brasileiro, sob ordens do governo que se sentia ameaçado
por Antônio e seu povoado.
ANTÔNIO CONSELHEIRO
Antônio Conselheiro, o líder da cidade de canudos era um homem religioso e
político, surgiu em um contexto de opressão e desesperança que se passava no
Brasil. Ele discordava das mudanças implementadas pela República, incluindo o
casamento civil. Embora fosse rotulado por seus oponentes como monarquista e
“religioso fanático", sua figura era complexa e provocava debates. A partir de 1870,
suas pregações atraíram um número crescente de pessoas no sertão nordestino, e
um de seus lemas principais era: "A terra não tem dono, a terra é de todos.

A VIDA EM CANUDOS
Em Canudos, muitas pessoas se estabeleceram, incluindo sertanejos sem-terra,
vaqueiros, ex-escravos e pequenos proprietários pobres. Esses indivíduos
buscavam paz e justiça em meio à fome e à seca do sertão. Rapidamente, o
povoado se tornou uma das localidades mais populosas da Bahia, abrigando entre
20 mil e 30 mil habitantes.
A população de Canudos vivia de acordo com um sistema comunitário, no qual as
colheitas, os rebanhos e o fruto do trabalho eram compartilhados. O que sobrava era
vendido ou trocado com os povoados vizinhos. Além disso, não havia cobrança de
tributos, e a prostituição e a venda de bebidas alcoólicas eram proibidas. O povoado
tinha suas próprias normas e representava uma alternativa de sociedade para os
sertanejos que escapavam da dominação dos coronéis.
REAÇÃO CONTRA CANUDOS
Antônio Conselheiro, que era conhecido como um religioso, pregava uma forma
de catolicismo popular e era seguido por vários fiéis. Por isso, também eram vistos
como ameaça pela Igreja Católica.
Canudos era uma comunidade onde não existiam diferenças sociais, onde os
rebanhos e as lavouras pertenciam a todos. Esse modelo sócio econômico atraía
milhares de sertanejos.
Na visão dos Latifundiários e da Igreja, as pessoas que viviam ali eram
Monarquistas que queriam derrubar a recém-instaurada república, mas os
sertanejos apenas se dirigiam ao local em busca de ter melhores condições de vida.
A população logo foi crescendo, o que não agradou nada aos Padres e coronéis
que enviaram reclamações e pressionaram o governador da Bahia para destruir o
Arraial, que ao total, foram enviadas 4 expedições militares contra Canudos
GUERRA DE CANUDOS E “AS QUATROS EXPEDIÇÕES”
A PRIMEIRA EXPENDIÇÃO
O conflito de canudos teve início quando Antônio Conselheiro encomendou uma
carga de madeira de um vendedor em Juazeiro, porém o vendedor não entregou a
madeira, mesmo após Conselheiro ter pagado pela encomenda, a recusa revoltou
Antônio Conselheiro e contribuiu para a escalada do conflito. Com clima de tensão e
surgiu um boato de que os moradores viriam buscar a força essa encomenda, o
prefeito de Juazeiro pediu ajuda ao governo central para combater os “fanáticos",
como eram conhecidos. O governo enviou 150 homens comandados pelo tenente
Pires Ferreira para ajudar nesse possível ataque.
No entanto, o tenente e seus homens ficaram por vários dias na cidade e sem
sinal dos moradores de Canudos. Dessa forma, Pires Ferreira decidiu ir até a cidade
com seus soldados para atacá-los. No meio do caminho foram surpreendidos e
atacados pelos Conselheiristas, fugindo deixando até mesmos suas armas para trás,
esse confronto deixou 10 soldados mortos e outros 16 feridos. Com sua derrota, o
governo sentiu-se afrontado pelos moradores de Canudos assim continuando com
Guerra.
A SEGUNDA EXPEDIÇÃO
Com o fracasso da primeira expedição, o governo da Bahia lança a segunda
expedição para responder à afronta dos moradores de canudos agora com o dobro
de soldados da anterior. Com a ansiedade do comandante Febrônio de Brito, por
mais que Sólon (General comandante do terceiro distrito militar, em Salvador, da
primeira expedição militar contra Canudos que com a preparação da segunda
expedição, saiu de seu posto por conta de uma desavença com o governador Luís
Viana) peça a espera de mais homens, marcham para Monte Santo no dia 7 de
dezembro. Com a chegada de reforços, essa expedição ficou composta por mais de
250 soldados, dois médicos, duas metralhadoras Nordenfelt e dois canhões Krupp.
No dia 18 de janeiro de 1897, a expedição entrou em combate e tomaram as
formidáveis serras do Cambaio, que foram usadas como meio de defesa para os
defensores canudenses. Os Conselheiristas atacaram as tropas de Febrônio de Brito
matando mais de 100 homens e deixando outros diversos feridos. O major ordenou
a retirada das tropas e fugiu, ainda sob ataque dos moradores de Canudos.
Segundo o comandante Febrônio de Brito, durou das 10 horas da manhã e só
terminou às 3 horas da tarde.
A TERCEIRA EXPEDIÇÃO
Com a chegada de notícias de derrota na capital, a elite local e os políticos
ficaram apreensivos. A imprensa acusava Antônio Conselheiro de querer reviver a
monarquia no Brasil, e Canudos era vista como uma ameaça à República recém-
proclamada. Fazendo o Presidente Prudente de Morais pela pressão recorrer ao
coronel Moreira César, conhecido por sua experiência em revoltas regionalistas, em
fevereiro de 1897 ele partiu com 1.200 homens e 6 canhões Krupp rumo a Canudos.
No entanto, a batalha na travessia da serra foi sangrenta, no interior de Canudos,
os moradores se esconderam e emboscaram as tropas, matando centenas de
homens, incluindo o próprio coronel Moreira César, que levou um tiro na barriga. O
posto de comando foi então passado ao coronel Pedro Nunes Baptista Tamarindo,
que também perdeu a vida no mesmo dia. A tropa decidiu retroceder, carregando o
peso de mais uma derrota.
A QUARTA EXPEDIÇÃO
O impacto dessa derrota na terceira expedição foi sentido no Rio de Janeiro, onde
os jornais monarquistas foram fechados devido ao temor de uma tentativa de
retomada do regime. Em resposta, em maio de 1897, o ministro da guerra convocou
oficiais do Exército para combater Canudos, liderado por Antônio Conselheiro e seus
fiéis. O general Artur Oscar comandou a operação, reunindo 5 mil homens e levando
700 toneladas de munições, além de vários canhões, incluindo o enorme “A
Matadeira”, com cerca de três metros de altura.
As tropas chegaram às redondezas de Canudos em junho. Durante todo o mês,
as investidas das tropas de Artur Oscar resultaram em derrotas, com mais de mil
soldados mortos. O general solicitou reforços ao governo, que enviou cerca de 3 mil
homens em agosto de 1897. Diante dos ataques frequentes dos Conselheiristas,
Artur Oscar autorizou o uso do canhão “A Matadeira”, que gradualmente devastou a
cidade, começando pela igreja local.
Em setembro de 1897, Antônio Conselheiro faleceu, e embora a causa de sua
morte permaneça incerta, muitos historiadores acreditam que tenha sido devido a
problemas intestinais. Cerca de 15 dias após sua morte, os seguidores de
Conselheiro ainda estavam abalados e enfrentavam ataques de canhões e
investidas em massa das tropas governamentais. Diante dessa situação, eles
ergueram uma bandeira branca para negociar a rendição de 200 pessoas.
Dois dias após a rendição, o Exército avançou e tomou definitivamente a cidade,
resultando na morte dos defensores restantes. A Guerra de Canudos terminava,
com quase todos os 25 mil habitantes da cidade perdendo a vida.
O FIM DA GUERRA DE CANUDOS
A Guerra de Canudos, ocorrida no sertão baiano, teve início em 1896 e durou 11
meses. O conflito resultou na morte de cerca de 20 mil conselheiristas e 5 mil
soldados. O arraial de Canudos foi completamente destruído, com incêndios, abusos
e degola de mulheres e crianças. Até hoje, essa ferida permanece aberta na história
do sertão brasileiro. O então presidente Prudente de Morais declarou que em
Canudos "Em Canudos não ficara pedra sobre pedra, para que não possa mais se
reproduzir aquela cidade maldita”
CONCLUSÃO
Concluímos esse trabalho sobre a “Guerra de Canudos”, apresentando as
complexidades, motivações e o descaso do Governo da República recém instaurada
as populações que viviam em condições precárias, por trás da “Guerra de Canudos”
que permanece como um símbolo de resistência e injustiça no país.
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Juliana. Guerra de Canudos: resumo, motivos e consequências. Toda
Matéria, 2024. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/guerra-de-canudos/
Acesso em: 1 mar. 2024.
BARBOSA, Mariana. "Guerra de Canudos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/canudos.htm. Acesso em 02 de março de
2024.
FERNANDES, C. Guerra de Canudos. Disponível em:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/guerra-canudos.htm.
Acesso em: 3 mar. 2024.
REZENDE, Rusny. Guerra de Canudos: o que foi? Disponível em:
https://www.politize.com.br/guerra-de-canudos/. Acesso em: 3 mar. 2024.
JUNIOR, J. M. F. Guerra de Canudos. Disponível em:
https://escolakids.uol.com.br/historia/guerra-de-canudos.htm. Acesso em: 3 mar.
2024.
COTRIM, Gilberto. História Global 3. Editora Saraiva, 2016.
CLIMACO, Caio. 120 anos do fim da Guerra de Canudos: uma ferida em aberto no
Brasil. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2017/11/27/artigo-or-120-
anos-do-fim-da-guerra-de-canudos-uma-ferida-em-aberto-no-brasil. Acesso em: 3
mar. 2024.
DARÓZ, Carlos. A SEGUNDA EXPEDIÇÃO MILITAR CONTRA CANUDOS.
Disponível em: https://darozhistoriamilitar.blogspot.com/2017/01/a-segunda-
expedicao-militar-contra.html. Acesso em: 3 mar. 2024.

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