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escola literária?
O passado O novo
SÉCULO XX
Pré-Modernismo – Vinte anos de transição (1902-1922)
ES
E S
N
PO
JA
POMERANOS
REVOLTA DA VACINA
CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO
A TERRA PROMETIDA...
“Escrito nos raros intervalos de folga de uma carreira fatigante, este livro,
que a princípio se resumia à história da Campanha de Canudos, perdeu toda a
atualidade (...).
Demos-lhe, por isto, outra feição, tornando apenas variante de assunto geral
o tema, a princípio dominante, que o sugeriu.
Intentamos esboçar, palidamente embora, ante o olhar de futuros
historiadores, os traços atuais mais expressivos das sub-raças sertanejas do Brasil.
E fazemo-lo porque a sua instabilidade de complexos de fatores múltiplos e
diversamente combinados, aliada às vicissitudes históricas e deplorável situação
mental em que jazem, as tornam talvez efêmeras, destinadas a próximo
desaparecimento ante as exigências crescentes da civilização e a concorrência
material intensiva das correntes migratórias que começam a invadir(...) a nossa terra.
O jagunço destemeroso, o tabaréu ingênuo e o caipira simplório serão em
breve tipos relegados às tradições evanescentes, ou extintas.
Primeiros efeitos de variados cruzamentos, destinavam-se talvez à
formação dos princípios imediatos de uma grande raça. Faltou-lhes, porém, uma
situação de parada ou equilíbrio (...). Retardatários hoje, amanhã se extinguirão (...).
A civilização avançará nos sertões impelida por essa implacável “força
motriz da História”(...).
Aquela campanha lembra um refluxo para o passado.
E foi, na significação integral da palavra, um crime.
Denunciemo-lo.”
Nota Preliminar – São Paulo, 1901.
Os sertões é dotado de rigor científico em sua elaboração. Para
entender aquele povo persistente e fanático, reunido sob às ordens de um
quase Messias – O Conselheiro – Euclides explora a geografia e o clima
locais, analisa a formação étnica da população e retoma conceitos
naturalistas como o determinismo. Inclusive a psicologia do sertanejo
precisa ser entendida. Tudo antes de chegar à guerra. Assim, a obra é
dividida em três partes: A terra; O homem; A luta.
A terra
“O planalto central do Brasil desce, nos litorais do Sul, em escarpas inteiriças, altas e
abruptas. Assoberba os mares; e desata-se em chapadões nivelados pelos visos das
cordilheiras marítimas, distendidas do Rio Grande a Minas. Mas ao derivar para as
terras setentrionais diminui gradualmente de altitude, ao mesmo tempo que
descamba para a costa oriental em andares, ou repetidos socalcos, que o despem da
primitiva grandeza afastando-o consideravelmente para o interior. (p.3)”
Nessa parte há a descrição dos tipos humanos; comparações entre os tipos do Sul e
do Norte; descrição de hábitos; formação do povoado; caracterização do
Conselheiro.
A luta
“Antônio Conselheiro adquirira em Juazeiro certa quantidade de madeiras, que não
podiam fornecer-lhe as caatingas paupérrimas de Canudos. Contratara o negócio
com um dos representantes da autoridade daquela cidade. Mas ao terminar o prazo
ajustado para o recebimento do material, que se aplicaria no remate da igreja nova,
não lho entregaram. Tudo denuncia que o distrato foi adrede feito, visando o
rompimento anelado. (cap. II, p. 96)”
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObra
O CONSELHEIRO: Antônio Vicente Mendes Maciel
Messianismo: misticismo e fé
associados à ignorância e à
pobreza.
Sebastianismo: o retorno da
monarquia no Brasil.
Fanatismo: o Conselheiro é o
líder espiritual e político dos
canudenses.
As quatro campanhas contra Canudos
1882 - 1948
O maior escritor infantil brasileiro, José Bento Monteiro Lobato,
nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda,
formou-se mas sempre quis ser pintor! Entediado com a vida numa cidade
pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para uma fazenda,
onde tentou modernizar a lavoura arcaica. Não teve êxito. Em 1918, lançou,
com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora
Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente e lançando
autores inéditos, mas chegou à falência. Em 1920, lançou A MENINA DO
NARIZ ARREBITADO, conseguindo sua adoção em escolas e edição
recorde de 50.000 exemplares. Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de
Janeiro. Foi adido comercial em New York, onde ficou por 4 anos (de 1927
a 1931). Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa, então voltou para o
Brasil integrou-se à Campanha do Petróleo. Foi preso! Participou da Editora
Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, teve suas
obras traduzidas e morreu em 4 de julho de 1948, vítima de acidente
vascular.
Obras não infantis: Urupês, Cidades Mortas, Negrinha.
Acostuma-te à lama que te espera! Apedreja essa mão vil que te afaga,
O Homem, que, nesta terra miserável, Escarra nessa boca que te beija!
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.