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DOMINGO FAUSTINO

SARMIENTO
Facundo: Civilização e Barbárie
Por: Ana Miriam da Silva Santos, Bianca Coradin Benedeti, Gabrielle
Cristina Neves Machado, Laura Duarte Ozelin, Luiz Fernando Costa Paixão
e Maria Clara Botelho dos Reis.
O autor

 Nascido em 15 de fevereiro de 1811, filho de


uma família com pouco educação formal
 Educador, jornalista, diplomata e militar
 Biografia
O autor

 Fundou a primeira Escola Normal da América do


Sul
 Sarmiento e a educação popular
 Vida política
 Lei nacional 1.420
Contexto de produção da
obra
 Publicada em 1845
 Guerras civis na Argentina pós-independência
 Unitaristas X Federalistas
 Regime de Rosa e exílio de Sarmiento
 Motivação ao escrever de Facundo
Apresentação Geral da
Obra
 Classificação do gênero da obra
 Estrutura e divisão dos capítulos
 Apresentação do geral e intuito do Sarmiento
 Críticas à obra
 Influências sobre Sarmiento e sua escrita
 Relação com Os Sertões
Capítulos iniciais

 Prefácio à edição brasileira


 Advertência do autor
 Introdução
Juan Facundo Quiroga (1788-
1845) (caudilho de La Rioja)
 “Pensava ser necessário à criação de um Estado
dentro do sistema Federalista”.
 Nasceu em uma família de fazendeiros na
província de La Rioja. Passou a maior parte de
sua infância trabalhando na fazenda da família.
Descrição de Facundo

 “Facundo era de estatura baixa e robusto; suas


costas amplas sustinham sobre um pescoço
curto uma cabeça bem formada, coberta de
cabelo muito espesso, negro e crespo. Seu rosto,
um pouco ovalado, estava afundado no meio
de um bosque de pêlo, uma barba igualmente
espessa, igualmente crespa e negra, que subia
até os pômulos, bastante pronunciados, para
descobrir uma vontade firme e tenaz.”
Sobre Facundo

 Em 1810 em Buenos Aires foi alistado como


recruta no regimento Arribeños.
 Não suportava a disciplina, a ordem do quartel
ou a demora das promoções
 Acabou criando uma carreira a seu modo.
Sobre Facundo

 Foi preso em 1818 em San Luis e assim que foi


liberto matou o homem que havia tirado suas
correntes, deixando uma rua cheia de
cadáveres. Uma idealização que “associando-
se a outros soldados e presos a quem seu
exemplo encorajou, conseguiu sufocar o
levante e por este ato de coragem se
reconciliar com a sociedade e se pôr sob a
proteção da pátria, conseguindo que seu nome
voasse por toda parte enobrecido e lavado,
embora com sangue, das manchas que o
enfeavam.”
Sobre Facundo

 Sarmiento mostra a imagem que Facundo era


um homem de barbárie primitiva, que não
reconhecia sujeição de nenhuma espécie,
gostava de ser temido, produzindo terror em
volta de si mesmo, como o autor fala: “sobre os
povoados como sobre os soldados, sobre a
vítima que ia ser executada como sobre sua
mulher e seus filhos.”.
Sobre Facundo

 Ganhou o titulo de sergento-mor das milícias de


Llanos em 1820.
 Nesse posto de poder não esperava ordens e
falava ainda com desdém do governo e do
general, anunciando já sua disposição de daqui
para frente agir segundo sua própria opinião e
derrubar o governo.
Sobre Facundo

 Sarmiento vai mostrando o crescimento do


poder de Facundo, em suas campanhas onde
aconteciam atrocidades indiscriminadas e a
justiça fazia silencio frente essas barbaridades,
tudo isso o levou a se tornar o mais forte e
poderoso caudilho do interior.
 “Seu ódio contra gente decente, contra a
cidade, é cada dia mais visível.”
 “O terror, a barbárie, o sangue escorrendo todos
os dias”.
Sobre Facundo

 Em 1825 o governo de Buenos Aires convidou as


províncias a se reunirem num Congresso para
chegarem a uma forma de governo geral.
 Facundo recebeu o convite acolheu a ideia.
 Facundo invadiu a província de Tucumán em
1825, para depor o coronel Lamadrid. Sarmiento
diz que ele não foi capaz de terminar a fusão
entre a cidade “civilizada” e as “províncias
bárbaras”.
O Tigre das planícies

 A dicotomia : Barbárie e civilização


 Um Bárbaro no melhor sentido do termo
 Rosas e Facundo /Otávio e Marco Aurélio
As guerras civis e Facundo

 La Tablada – 22 de Julho de 1829 – derrota


 Oncativo – 25 de fevereiro de 1830 – derrota
 Chacón – 22 de março de 1831 – vitória
 Cidadela – 4 de novembro de 1831 – vitória
A morte de Facundo
Quiroga
 A emboscada de Barranca Yaco
 16 de fevereiro de 1835
 Barranca Yaco ,norte da província de Córdoba
 Capitão Santos Perez
Governo Unitário

 Governo de Rosas
 Governador de Buenos Aires 1829-1832; 1835-
1852
 Soma do Poder Público
 Propaganda ; Mazorca; censo de opiniões;
proibição da atividade dos correios
 Comparações com episódios da história
europeia (cabochiens-Mazorca; Inquisição-
censo)
Governo Unitário

 Comparação de suas medidas enquanto


governante com as ações de um proprietário de
gado (analogia com a criação recebida por
Rosas)
 “a faixa colorada que crava em cada homem,
mulher ou criança é a marca com que o
proprietário reconhece seu gado”
Governo Unitário

 Unificação se consolida gradualmente


 A frase “morte aos unitários!” é efusivamente
dita e incentivada por Rosas
 Contradição
 Desejo de dominar territórios vizinhos
Governo Unitário

 Bloqueio continental Francês sobre Buenos Aires


 Aumenta o sentimento anti-estrangeiro nos
argentinos (repúdio às maneiras, às vestes e
costumes)
 Perseguição às instituições fundadas ou
influenciadas por europeus; resistência
Presente e futuro

 Com a crise ocasionada pelo bloqueio, muitos


argentinos migraram para Montevidéu (Uruguai)
 Entre estes, unitários, federais, apoiadores de
Rosas e, com destaque, a nova geração que
cresceu vivenciando os dramas argentinos
 Salão Literário de Buenos Aires
 Nova geração de unitários, entre os quais
Sarmiento se insere
Presente e futuro

 Aliança dos inimigos de rosas com os franceses,


firmada pelos novos unitários
 “os que se jogaram nos braços da França para
salvar a civilização européia, suas instituições,
hábitos e idéias nas margens do Prata, foram os
jovens; numa palavra: fomos nós!”
Presente e futuro

 Considerações acerca do governo de Rosas e


projeção futura
 “A idéia dos unitários está realizada; só é demais
o tirano; no dia em que se estabelecer um bom
governo, encontrará todas as resistências locais
vencidas e tudo disposto para a união”
 Governo adquiriu formas insustentáveis –
oposição interna e externa
Presente e futuro

 Intelectuais expatriados
 Cita cada atitude negativa empreendida por
Rosas e, em contraposição, oferece as
propostas de melhoria a serem desenvolvidas
por um novo governo
 Importância da imigração (povoamento,
civilização)
Análise historiográfica

 Grande importância política, econômica,


cultural argentina
 Influência iluminista no cerne da obra e nas
ideias do autor
 Obra pode ser interpretada de diversas
maneiras, positivas ou negativas, segundo
Antonio Mitre e Maria Ligia Coelho Prado
Crônica

 "O livro pode ser lido, então, como uma crônica


— a da formação da nacionalidade argentina
— na qual é possível reconhecer in vitro, isto é,
no próprio instante de sua gestação, o equilíbrio
precário que implica o acesso à condição
moderna. E também como um testemunho do
preço que se paga para gozar de seus
benefícios. Sob esta perspectiva, as noções de
civilização e barbárie, em vez de aludir a
espaços geográficos ou históricos definidos,
representam, pelo contrário, os ingredientes
elementares que, em proporção variada,
constituem a substância híbrida de toda
modernidade. (p.46-47)"
Faces autobiográficas e
sociais
 Demonstração cultural e histórica do país
Romance biográfico

 Imaginação ou imagem que ele tinha acaba


romacizando Facundo, pelo contexto que viveu,
pela falta de educação formal, pela falta de
documentos no exilio no Chile.
Panfleto político

 Vida política de Sarmiento teve seu começo


com a publicação da introdução e dois
capitulos de Facundo, maior visibilidade
Estudo sociológico

 Estuda e apresenta conceitos da existência de


nuancias de civilização e barbárie, não um tipo
especifico, em ambos os casos e da idéia de
civilização
 "A consciência, desprendida do meio em que se
achava mimetizada, encontra-se consigo
mesma e com seu passado graças ao fato de a
idéia de civilização— o futuro imediato e sua
arca de promessas — situar-se, na obra de
Sarmiento, a uma distância propícia: nem tão
longe a ponto de perder qualquer capacidade
reflexiva, nem tão perto que ofusque o
reconhecimento da realidade interna." (p. 46)
Himno a Sarmiento
Bibliografia e referências

 SARMIENTO, Domingo Faustino. Facundo: civilização e barbárie. Petrópolis: Vozes,


1997
 COELHO, Maria Lígia Prado. Para Ler o Facundo de Sarmiento. In: América latina
no século XIX: tramas, telas e textos. São Paulo: Edusp; Bauru: Edusc, 1999.
 MITRE, Antonio. A Parábola do Espelho: Identidade e Modernidade no Facundo
de Sarmiento. In: O dilema do centauro: ensaios de teoria da história e
pensamento latino-americano. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
 POMER, León (org.). Sarmiento. São Paulo: Ática, 1983.
 https://www.youtube.com/watch?v=xXsSBuDxo1g acesso em 12/10/2018 às
20:10.
 https://www.youtube.com/watch?v=4oqn8h1XXno acesso em 12/10/2018 às
12:50.
 http://www.periodicos.ufc.br/amerindia/article/download/1567/1419 acesso em
14/10/2018 às 11:00.
 http://www.scielo.br/pdf/nec/n89/11.pdf acesso em 14/10/2018 às 11:00.
 https://www.youtube.com/watch?v=foHkw3GtBF4&index=1&list=PL3ADF4A91E480
A611 acesso em 14/10/2018 às 15:00.
 https://www.biografiasyvidas.com/biografia/q/quiroga_juan_facundo.htm acesso
em 15/10/2018 às 19:00

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