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KAYKY DA LANDIM 29
SÃO PAULO
2021
SUMARIO
REPÚBLICA VELHA.......................................................................................................PAG.3
REVOLTA DE CANUDOS..............................................................................................PAG.3
REVOLTA DE CONTESTADO........................................................................................PAG.4
REVOLTA DA VACINA...................................................................................................PAG.5
REVOLTA DA CHIBATA.................................................................................................PAG.6
MOVIMENTO OPERARIO..............................................................................................PAG.7
MOVIMENTO MODERNISTA.........................................................................................PAG.8
CANGAÇO......................................................................................................................PAG.9
CICLO DA BORRACHA................................................................................................PAG.10
SURTO INDUSTRIAL....................................................................................................PAG.11
FONTE..........................................................................................................................PAG.12
REPÚBLICA VELHA
República Velha, também conhecida como Primeira República, foi um período da história
brasileira que se estendeu de 1889 a 1930 e ficou marcado pela força das oligarquias.
República Velha é o período da história do nosso país que se estendeu de 1889 a 1930. Os
marcos que estipulam o início e o fim desse período são a Proclamação da República e a
Revolução de 1930. Esse período é mais conhecido entre os historiadores como Primeira
República, por se tratar do primeiro período da República no Brasil.
Características
A grande marca da República Velha e pela qual todos a conhecem é o domínio que as
oligarquias exerciam no país. As oligarquias eram pequenos grupos (a maioria deles era
associada com a agricultura e pecuária) que detinham grande poderio econômico e político.
O controle das oligarquias no Brasil se dava por meio de práticas conhecidas como
mandonismo, coronelismo e clientelismo.
REVOLTA DE CANUDOS
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problemas socioeconômicos do sertão, Antônio Conselheiro iniciou uma pregação religiosa
defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das
opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo
com os valores religiosos cristãos. Com palavras de fé e justiça, Conselheiro atraiu muitos
sertanejos que se identificavam com a mensagem por ele proferida.
Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando dos representantes do poder vigente,
Canudos, nome dado à comunidade por seus opositores, se tornou uma ameaça ao
interesse dos poderosos. De um lado, a Igreja atacava a comunidade alegando que os
seguidores de Conselheiro eram apegados à heresia e à depravação. Por outro, os políticos
e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que Antônio
Conselheiro era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo
republicano, instalado em 1889.
Incriminada por setores influentes e poderosos da sociedade da época, Canudos foi alvo
das tropas republicanas. Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade
conseguiu resistir a quatro investidas militares. Somente na última expedição, que contava
com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi
massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianças.
Antônio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último combate.
REVOLTA DE CONTESTADO
O conflito se deu ao fato da construção da estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio
Grande do Sul ter deixado muitas pessoas em más condições de vida em detrimento dos
interesses dos coronéis e da empresa norte-americana Brazil Railway Company.
Ao mesmo tempo, o governo cedeu uma grande extensão de terra, cerca de 15 mil metros,
nos limites do Estado do Paraná e de Santa Catarina, mas aproveitou o pretexto e
desapropriou as terras dos camponeses porque descobriu que poderia lucrar com a erva-
mate, bem como com a madeira existente na localidade.
Quando a linha férrea ficou pronta, a empresa não garantiu o regresso das pessoas que
tinham se deslocado para a região, permanecendo ali sem qualquer apoio; acresce ainda o
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fato de os camponeses terem ficado desempregados e sem as suas terras para trabalhar,
situações que provocaram o empobrecimento da população dessa região.
Num momento de grandes dificuldades para a população, surge José Maria de Santo
Agostinho, um monge peregrino que se sensibilizou com a situação dos camponeses, os
quais respeitavam muito os peregrinos e qualquer movimento messiânico, assim, José
Maria logo ganhou adeptos.
Sem autorização do governo, José Maria que, entre suas pregações falava do fim do mundo
nos anos 2000, era contra a república e tinha fama de curandeiro porque estudava as ervas
e com elas auxiliava muitos doentes, fundou uma comunidade a fim de receber os
oprimidos.
A guerra iniciou com o armamento dos soldados contra as ferramentas agrárias dos
fazendeiros, o que levou a morte de muitas pessoas, a maior parte camponeses. Após
quatro anos de guerra, é assinado o Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de
Janeiro.
REVOLTA DA VACINA
No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837
e para adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da
vacina em escala industrial no Rio só começou em 1884. Então, em junho de 1904,
Oswaldo Cruz motivou o governo a enviar ao Congresso um projeto para reinstaurar a
obrigatoriedade da vacinação em todo o território nacional. Apenas os indivíduos que
comprovassem ser vacinados conseguiriam contratos de trabalho, matrículas em escolas,
certidões de casamento, autorização para viagens etc.
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Em 5 de novembro, foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. Cinco dias depois,
estudantes aos gritos foram reprimidos pela polícia. No dia 11, já era possível escutar troca
de tiros. No dia 12, havia muito mais gente nas ruas e, no dia 13, o caos estava instalado no
Rio.
Tanto tumulto incluía uma rebelião militar. Cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha
enfrentaram tropas governamentais na rua da Passagem. O conflito terminou com a fuga
dos combatentes de ambas as partes. Do lado popular, os revoltosos que mais resistiram
aos batalhões federais ficavam no bairro da Saúde. Eram mais de 2 mil pessoas, mas foram
vencidas pela dura repressão do Exército.
Após um saldo total de 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos em menos de
duas semanas de conflitos, o governo desistiu da vacina obrigatória.
REVOLTA DA CHIBATA
A Revolta da Chibata ficou conhecida por ter sido um motim realizado pela insatisfação dos
marujos brasileiros com os castigos físicos que sofriam na Marinha brasileira no começo do
século XX. O castigo físico em questão era a chibatada, praticada pela Marinha contra
todos os marujos que violassem as regras da corporação.
O uso da chibatada como forma de punição era uma característica que a Marinha brasileira
havia herdado da Marinha portuguesa do período colonial a partir de um código conhecido
como Artigos de Guerra. Essa forma de punição era dedicada somente aos postos mais
baixos da Marinha, ocupados, em geral, por negros e mestiços.
A insatisfação dos marujos com os castigos físicos e com o rigor da Marinha era crescente.
Relatos contam que, pouco antes da revolta, durante uma viagem nas proximidades da
costa chilena, os marujos haviam demonstrado insatisfação com a punição dedicada a um
marujo. O estopim para o início da revolta ocorreu quando Marcelino Rodrigues Menezes foi
punido com 250 chibatadas sem direito a tratamento médico.
Além disso, há de se considerar que os contatos dos marujos com estrangeiros também
fortaleceram essa insatisfação se considerarmos que Marinhas de outras nações não
possuíam a mesma prática (de castigar fisicamente) com os marujos. Também se deve
considerar que, cerca de um ano antes da revolta, o líder do motim, João Cândido, havia
estado na Inglaterra e tido conhecimento dos acontecimentos do Encouraçado Potemkin,
em que marujos russos rebelaram-se contra o governo de seu país.
Sobre a Revolta da Chibata, é importante considerar que ela não foi fruto apenas da
insatisfação dos marujos com os castigos físicos. Os marujos, em geral, eram originários de
famílias pobres, que sofriam com a desigualdade social existente na Primeira República.
Assim, a Revolta da Chibata é considerada pelos historiadores também como uma revolta
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contra a desigualdade social e racial existente tanto na Marinha como na sociedade como
um todo.
Não se sabe ao certo quem foi o responsável por redigir o manifesto com as exigências dos
marujos, mas esse documento foi considerado muito bem escrito. Os historiadores apontam
que provavelmente ele foi elaborado por Adalberto Ferreira Ribas. A respeito desse
documento e das demandas solicitadas nele. Pressionado tanto pelas ameaças dos
marujos quanto de políticos, o governo de Hermes da Fonseca aceitou os termos propostos
e pôs fim aos castigos físicos na Marinha em 26 de novembro de 1910 e prometeu anistia a
todos os envolvidos. A promessa do governo não foi cumprida e, no dia 28 de novembro,
um decreto dispensou cerca de mil marinheiros por indisciplina.
Após isso, uma segunda revolta na Marinha iniciou-se, dessa vez, no Batalhão Naval
estacionado na Ilha das Cobras. Essa segunda revolta, no entanto, foi massacrada
violentamente, e os envolvidos foram aprisionados e torturados nessa ilha. Outras centenas
de marinheiros foram enviados para trabalhar em seringais na Amazônia e muitos foram
fuzilados durante o trajeto.
MOVIMENTO OPERÁRIO
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Na primeira década do século XX, o Brasil já tinha um contingente operário com mais de
100 mil trabalhadores, sendo a grande maioria concentrada nos estados do Rio de Janeiro
e São Paulo. Foi nesse contexto que as reivindicações por melhores salários, jornada de
trabalho reduzida e assistência social conviveram com perspectivas políticas mais incisivas
que lutavam contra a manutenção da propriedade privada e do chamado “Estado Burguês”.
Entre os anos de 1903 e 1906, greves de menor expressão tomavam conta dos grandes
centros industriais. Tecelões, alfaiates, portuários, mineradores, carpinteiros e ferroviários
foram os primeiros a demonstrar sua insatisfação. Notando a consolidação desses levantes,
o governo promulgou uma lei expulsando os estrangeiros que fossem considerados uma
ameaça à ordem e segurança nacional. Essa primeira tentativa de repressão foi
imediatamente respondida por uma greve geral que tomou conta de São Paulo, em 1907.
Esse evento somente inflamou os operários a organizarem passeatas maiores pelo centro
da cidade. Atuando em outra frente, trabalhadores formaram barricadas que se espalharam
pelo bairro do Brás resistindo ao fogo aberto pelas autoridades. No ano seguinte,
anarquistas tentaram conduzir um golpe revolucionário frustrado pela intercepção policial.
Vale lembrar que toda essa agitação se deu na mesma época em que as notícias sobre a
Revolução Russa ganhavam os jornais do mundo.
Passadas todas essas agitações, a ação grevista serviu para a formação de um movimento
mais organizado sob os ditames de um partido político. No ano de 1922, inspirado pelo
Partido Bolchevique Russo, foi oficializada a fundação do PCB, Partido Comunista
Brasileiro. Paralelamente, os sindicatos passaram a se organizar melhor, mobilizando um
grande número de trabalhadores pertencentes a um mesmo ramo da economia industrial.
MOVIMENTO MODERNISTA
Após a primeira Semana da Arte Moderna, teve início a primeira fase modernista, que
começou em 1922 e foi até 1930.
O Brasil vivia os últimos anos da República Velha e a economia mundial entrou em crise por
causa da queda da Bolsa de Valores de Nova Iorque. Além disso, o Brasil passou por
diversas revoltas sociais que culminou na Revolução de 1930 e na ascensão de Getúlio
Vargas.
Nos anos compreendidos da primeira fase modernista, os imigrantes vinham ao Brasil para
substituir a mão-de-obra dos ex-escravos e também para ocupar os postos de trabalho nas
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indústrias, que davam lugar às importações ocorridas a partir da Primeira Guerra Mundial.
Contudo, os produtos importados continuavam vindo pelo porto de Santos e eram
consumidos, em geral, pela população de São Paulo com maior poder aquisitivo, como os
funcionários públicos.
CANGAÇO
O Cangaço representou um movimento social ocorrido no nordeste do país nos séculos XIX
e XX, donde os cangaceiros, grupos de nômades armados que viviam em bandos,
demostravam a insatisfação pelas condições precárias em que a maior parte da população
nordestina se encontrava, posto que o poder estava concentrado nas mãos dos
fazendeiros.
O termo atribuído a esse fenômeno social “cangaço” deriva de canga, peça de madeira
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utilizada na cabeça do gado para fins de transporte. Nesse sentido, se eles eram nômades,
carregaram durante suas caminhadas muitos pertences e por isso, o termo foi escolhido.
Foi nesse contexto que a população começou a se sentir protegida, ficando ao lado dos
cangaceiros, símbolos de força e honradez. Por outro lado, haviam os cangaceiros que
atemorizavam populações, os quais invadiam aldeias roubavam, matavam e estupravam as
mulheres.
CICLO DA BORRACHA
De fato, ocorreram na região central da floresta amazônica, entre os anos de 1879 e 1912,
revigorando-se por pouco tempo entre 1942 e 1945.
Neste período, conhecido como “Belle Époque Amazônica” que vai de 1890 a 1920, cidades
como Manaus, Porto Velho e Belém, tornaram-se as capitais brasileiras mais
desenvolvidas, com eletricidade, sistema de água encanada e esgotos, museus e cinemas,
construídos sob influência europeia.
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Contudo, os dois períodos de “ciclos da borracha” acabaram de maneira repentina, o que se
agravou pela falta de políticas públicas para desenvolvimento da região.
A demanda provocada pela Revolução Industrial, fez da borracha natural um produto super
valorizado, especialmente após o advento do processo de vulcanização, um tratamento
industrial que elimina as impurezas da coagulação, tornando a borracha um bom material
para ser utilizado em pneus de automóveis, motocicletas e bicicletas, bem como na
fabricação de correias, mangueiras, solas de sapatos, etc.
Nesse período, cerca de 40% de toda a exportação brasileira era proveniente da Amazônia,
paga em libra esterlina (£), a moeda do Reino Unido.
SURTO INDUSTRIAL
Desde a segunda metade do século XIX, ainda na época do Segundo Império, a imigração
de estrangeiros, sobretudo europeus, foi fomentada pelo governo brasileiro. O motivo de tal
fomento era a necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas lavouras
de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até então,
tornou-se objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e
republicanos. Em 1888, efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se
a Proclamação da República, fatos que intensificaram a imigração e também a permanência
dos imigrantes nas terras trabalhadas, tornando-se colonos.
A presença dos imigrantes nos centros urbanos, por sua vez, como informa o historiador
Boris Fausto, em sua História do Brasil, proporcionou o aparecimento de empregos urbanos
assalariados e outras fontes de renda como artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a
proliferação de profissões liberais. A junção dessas novas formas de trabalho do imigrante
com a estrutura urbana desenvolvida pelo complexo cafeeiro favoreceu o fluxo de produtos
manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.
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