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NEGRITUDE E A LUTA PELA TERRA

ROTEIRO e subsídios (Para o Seminário e para o trabalho escrito)


Slide 1 - Conceituar NEGRITUDE - Conceituar e explicar a Luta pela Terra - a
concentração de terras - terra é riqueza e poder "sempre e em qualquer lugar".
Êxodo Rural no Brasil - Formação das favelas nas periferias das cidades.

Slide 2 - sem sugestões

Slide 3 - Explicar Guimarães Rosa, sua trajetória, sua posição de diplomata, sua
segunda mulher concedendo fuga aos Judeus livrando-os do holocausto e permitindo
sua vinda ilegal para o Brasil. Explicar os direitos autorais do livro Grande Sertão:
Veredas. Discorrer sobre a extensa lista de excluídos citados pelos historiadores
Heloisa Starling e Carlos Antônio Brandão.
Um pouco sobre Guimarães Rosa e o Grande Sertão Mineiro

Até os dez anos de idade Guimarães Rosa viveu em Cordisburgo, um lugarejo situado
entre Sete Lagoas e Curvelo em Minas Gerais, onde nasceu. A partir de 1918, viveu em
Belo Horizonte, na casa da avô, para onde se mudou a fim de estudar. Entrou para a
Faculdade de medicina em 1926, mas o interesse pela literatura não ficou de lado.

Escrevia contos e participou, inclusive, de concursos tendo sido premiado. Formado


médico, foi exercer carreira em uma cidade interiorana, mas em 1932, ano da Revolução
Constitucionalista, voltou a Belo Horizonte para servir como médico voluntário da Força
Pública. No ano de 1934, atuou como oficial médico no 9º Batalhão de Infantaria em
Barbacena. No entanto, a carreira de escritor não era esquecida participou em 1936, de
um concurso da Academia Brasileira de Letras, com uma coletânea de contos chamada
Magma, e, em 1937, concorreu a prêmio, com o volume Contos, que dez anos depois
se transformaria no livro Sagarana.

Em 1952, em excursão ao estado do Mato Grosso [naquela época MS e MT eram um


só estado], conviveu com vaqueiros do oeste do Brasil e começou a realizar um
projeto majestoso: O livro Grande Sertão: Veredas, que publicou em 1956, consagrando
definitivamente seu estilo. Promovido a diplomata em 1958, preferiu não sair do
Brasil, vivendo no Rio de Janeiro. Indicado para a Academia Brasileira de letras em
1963, adiou sua entrada por quatro anos. Finalmente assumiu a cadeira em 1967,
falecendo três dias depois de tomar posse.

Do livro “Literatura História e Texto 3” de Samira Youssef Campedelli – 1ª


edição – 1994 - Editora Saraiva - São Paulo – SP - pag. 263 e 264
Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, segunda esposa do escritor, faleceu aos 102
anos em março de 2011. Dona Aracy prestou serviços ao Itamaraty, quando trabalhou no
Consulado Brasileiro em H a m b u r g o e ficou conhecida por ter ajudado muitos judeus
que fugiam do holocausto, a entrarem ilegalmente no Brasil durante o Governo Getúlio
Vargas. Ela tem o nome inscrito no Jardim dos Justos entre as nações, no Museu do
Holocausto (Yad Vashem) em Israel e também é homenageada no Museu do Holocausto
em Washington (EUA).

Vide mais sobre Aracy Moebius: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aracy_de_Carvalho_Guimar%C3%A3es_Rosa

Slide 4 - Explicar quem foi Zuzu Angel, sua trajetória, seu casamento com um
Americano, seu filho ativista que tinha cidadania também Americana, a captura
tortura e morte do filho, sua luta contra a ditadura, sua morte (hoje já sabido que
não foi um "simples acidente" - Vide Wikipédia)

Slide 5 - Conceituar "Quilombo" - Breve história dos Quilombos - Explicar e


contextualizar a Lei de sesmarias - Explicar e contextualizar a lei de Terras - Explicar e
contextualizar a Lei Áurea - Explicar o Estatuto da Terra de 1964
O Estatuto da Terra foi criado pela lei 4.504, de 30/11/1964, sendo portanto uma obra do
regime militar que acabava de ser instalado no país através do golpe militar de 31/3/1964.

Sua criação estará intimamente ligada ao clima de insatisfação reinante no meio rural
brasileiro e ao temor do governo e da elite conservadora pela eclosão de uma revolução
camponesa. Afinal, os espectros da Revolução Cubana (1959) e da implantação de reformas
agrárias em vários países da América Latina (México, Bolívia, etc.) estavam presentes e bem
vivos na memória dos governantes e das elites.

As lutas camponesas no Brasil começaram a se organizar desde a década de 1950, com o


surgimento de organizações e ligas camponesas, de sindicatos rurais e com atuação da
Igreja Católica e do Partido Comunista Brasileiro. O movimento em prol de maior justiça
social no campo e da reforma agrária generalizou-se no meio rural do país e assumiu
grandes proporções no início da década de 1960.

No entanto, esse movimento foi praticamente aniquilado pelo regime militar instalado em
1964. A criação do Estatuto da Terra e a promessa de uma reforma agrária foi a estratégia
utilizada pelos governantes para apaziguar, os camponeses e tranquilizar os grandes
proprietários de terra.

As metas estabelecidas pelo Estatuto da Terra eram basicamente duas: a execução de uma
reforma agrária e o desenvolvimento da agricultura. Três décadas depois, podemos
constatar que a primeira meta ficou apenas no papel, enquanto a segunda recebeu grande
atenção do governo, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento capitalista ou
empresarial da agricultura.

No Brasil
Um dos primeiros códigos inteiramente elaborados pelo Governo Militar no Brasil, a Lei
4504, de 30 de novembro de 1964, foi concebida como forma de colocar um freio nos
movimentos campesinos que se multiplicavam durante o Governo João Goulart.
Apesar de importante peça para o ordenamento jurídico brasileiro, seu conteúdo é muito
pouco difundido, e conta com poucos especialistas no meio doutrinário. Conquanto seus
conceitos abarquem definições de cunho inteiramente político, servem para nortear as
ações de órgãos governamentais de fomento agrícola e de reforma agrária, como o INCRA.

São diversos os conceitos ali enunciados, com importantes repercussões para a vida no
campo, bem como a relação do proprietário de terras com o seu imóvel, dentre elas:

Reforma agrária - é o conjunto de medidas em que visem a promover melhor distribuição


da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos
princípios de justiça social e ao aumento de produtividade.(Art. 1º) . Reforma agrária é a
reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de promover a distribuição mais justa
das terras. A reforma agrária tem o objetivo de proporcionar a redistribuição das
propriedades rurais, ou seja, efetuar a distribuição da terra para realização de sua função
social.

Módulo rural - consiste, em linhas gerais, na menor unidade de terra onde uma família
possa se sustentar ou, como define a lei: lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-
lhes a subsistência e o progresso social e econômico - e cujas dimensões, variáveis
consoante diversos fatores (localização, tipo do solo, topografia, etc.), são determinadas por
órgãos oficiais. Por estes critérios, uma área de várzea de meio hectare pode configurar, em
tese, um módulo rural - ao passo que 10 hectares de caatinga podem não atingi-lo.

Minifúndio - Uma propriedade de terra cujas dimensões não perfazem o mínimo para
configurar um módulo rural (nos exemplos anteriores, uma várzea de 0,2ha...) Latifúndio -
propriedades que excedam a 600 módulos rurais ou, independente deste valor, que sejam
destinadas a fins não produtivos (como a especulação).

Em Moçambique, segundo a Constituição, a terra é propriedade do Estado e não pode ser


alienada. A Lei de Terras é o diploma que define quais os tipos de autorização de uso e
aproveitamento da terra que podem existir, de forma a promover o desenvolvimento
econômico e, por outro lado, proteger os interesses das comunidades locais que vinham há
gerações utilizando parcelas de terra sem uma base legal.

O objetivo do Estatuto da Terra


As metas estabelecidas pelo Estatuto da Terra eram basicamente duas: a execução de uma
reforma agrária e o desenvolvimento da agricultura. Três décadas depois, podemos
constatar que a primeira meta ficou apenas no papel, enquanto a segunda recebeu grande
atenção do governo, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento capitalista ou
empresarial da agricultura. Ideologias à parte, a verdade é que o Estatuto foi elaborado por
uma equipe de alto nível. Seus integrantes foram selecionados a dedo nas melhores
universidades e institutos de pesquisa das áreas jus-agraristas e afins. Dela faziam parte
nomes como os dos agrônomos Carlos Lorena e José Gomes da Silva, os juristas Messias
Junqueira, Igor Tenório e Fernando Pereira Sodero, além de técnicos renomados de outras
áreas.
Essa equipe foi confinada num hotel de Brasília, e seu trabalho era acompanhado
pessoalmente pelo presidente Castelo Branco. Disso resultou uma lei muito avançada para o
seu tempo, mas que quase nada foi colocado em prática.

Slides 6 ao 11 - Quilombo Saco Barreiro - História e lutas – Resistência – O avanço da


monocultura da cana – Problemas atuais que a comunidade enfrenta.

Slides 12 e 13 - Explicar o CEDEFES - Explicar como é a pesquisa do CEDEFES - Explicar


a situação atual do Quilombo Saco Barreiro. – Atualizar os dados do CEDEFES sobre
número de famílias e de habitantes do Quilombo Saco Barreiro. (fazer isso durante a
visita)

Slides 14 ao 17 - Apresentar as pessoas cuja história de vida estamos integrando ao


trabalho.

Slide 18 - Apresentar a Monografia de Maria Letícia de Alvarenga Carvalho.

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