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LEIA E REFLITA SOBRE ESSES PONTOS.

O que eles possuíam de seu?

A quem reclamar indenização por tantos anos trabalhados?

Porque a Proclamação da República foi proclamada com menos de 2 anos


da libertação dos escravos?

Se todos somos iguais porque as oportunidades de educação, trabalho


são diferentes?

...continuando a reflexão
Fato: A elite brasileira incomodada com a abolição se juntou aos militares para
derrubar a monarquia sem dizer verdadeiramente qual era sua intenção. Deram
o golpe e continuaram a massacrar os pobres e principalmente os negros, sem
ofertar-lhes emprego e proibindo o acesso a educação.

NÃO ENTREGUE O
TRABALHO SEM LER
ESCOLA MUNICIPAL CAIC DIOGO DE BRAGA

Consciência Negra

Aluna: Amanda Francielly Bernardo de França


Professor: Ricardo
Disciplina: História

Vitória de Santo Antão, 15 de dezembro de 2022


CONSCIÊNCIA NEGRA

Consciência negra é um termo que ganhou notoriedade na


década de 1970, no Brasil, em razão da luta de movimentos
sociais que atuavam pela igualdade racial, como o Movimento
Negro Unido. O termo é, ao mesmo tempo, uma referência e
uma homenagem à cultura ancestral do povo de origem africana,
que foi trazido à força e duramente escravizado por séculos no
Brasil. É o símbolo da luta, da resistência e a consciência de que a
negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e seu lugar
na sociedade.
No Brasil, a história da consciência negra culminou na criação do
Dia Nacional da Consciência Negra, uma data que celebra a
negritude e a luta da população preta de nosso país. No entanto,
a história por trás disso é mais longa. Ainda no século XIX, negros
alforriados e seus filhos, muitos dos quais tiveram a
oportunidade de estudar (como o advogado e jornalista Luiz
Gama, o patrono da abolição da escravatura no Brasil),
impulsionaram o movimento abolicionista, que advogava pelo
fim da escravidão em nosso país.

Intelectuais e políticos brancos também endossaram o


movimento. No dia 13 de maio de 1888, não conseguindo mais
resistir à pressão interna do movimento abolicionista e nem à
pressão externa promovida principalmente pela Inglaterra, a
Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo a escravatura em
nosso país.

E mais...
O que é Consciência Negra?
Consciência negra pode significar, em suma, a percepção da pessoa negra em
relação às suas origens, no entendimento das raízes culturais e históricas dos
seus antepassados.

A consciência negra também representa a identificação da causa e luta dos


ancestrais africanos que desembarcaram no Brasil e trouxeram consigo toda a
cultura, costumes e tradições do seu povo. É ter em mente que a escravidão foi
abolida, mas que ainda há muita coisa a ser mudada no que diz respeito aos
direitos da pessoa negra.

O conceito também traduz o sentimento de pertencimento do negro, não como


apenas um “apêndice” da sociedade dominada pela classe branca, mas como
um ser de valor e que faz parte da formação identitária do Brasil.

Dia da Consciência Negra no Brasil


A cada ano, é celebrado no dia 20 de novembro o Dia da Consciência Negra.

A data foi escolhida em menção ao dia da morte de um dos maiores líderes anti
escravagistas: Zumbi. O objetivo é trazer como reflexão a importância do povo
e da cultura africana na construção do nosso país.

O preconceito ainda existe, e uma das formas de combatê-lo é discutindo e


expondo as mazelas enraizadas no dia a dia da sociedade brasileira.

Último líder de um dos maiores quilombos do Brasil, o de Palmares, Zumbi


enfrentou as investidas da Coroa portuguesa em defesa dos escravos que
fugiam do trabalho desumano e das torturas vigentes nas fazendas da época.

Na época, Palmares era o maior quilombo do país, chegando a receber,


em seu auge, cerca de 30 mil escravos fugitivos. A região onde estava
localizado pertencia à capitania de Pernambuco, hoje atual cidade de
União dos Palmares, município de Alagoas.

Prestes a se tornar uma lenda, no ano de 1965 da referida data, Zumbi é morto
aos 40 anos por agentes do governo e partes do seu corpo foram expostas em
praça pública, na cidade de Recife.

Para relembrar os feitos históricos e a luta pelos direitos da pessoa negra, em 9


de janeiro de 2003, foi incluído no calendário escolar atividades referentes ao
Dia da Consciência Negra. Assim, tornou-se obrigatório o ensino sobre a
história e cultura afro-brasileiras nas escolas, por meio de projetos e ações que
tratem de temas, como: a luta dos negros no Brasil e seu papel na sociedade,
cultura afro brasileira, identificação de etnias, discriminação, inserção do negro
no mercado de trabalho e etc.

A Lei 12.519/2011 que institui oficialmente a data no calendário de


comemorações foi sancionada apenas em 2011, tornando-se feriado em mil
municípios.

História do Dia da Consciência Negra


As diversas nações africanas não se reconheciam como negros, e sim como
Bantos, Haúças, Niams, Fulas, Kanembus, etc.

Os primeiros africanos trazidos para o Brasil como escravos chegaram aqui em


1532, e o fim do tráfico negreiro deu-se em 1850 pela Lei Eusébio de Queiroz.

Após a abolição formal da escravidão no dia 13 de maio de 1888, a busca pela


igualdade por direitos dos negros jamais cessou.

A discriminação, sentida em todas as áreas, tornou o negro excluído da


sociedade, da educação e consequentemente, do mercado de trabalho.

Essa exclusão, através de muita luta, foi diminuindo aos poucos, e o negro foi
encontrando lugar nos esportes e artes, mas não tinha acesso à universidade,
por exemplo.

Deste modo, era preciso um dia para lembrar desta manifestação constante
que os negros realizam, para serem aceitos da mesma forma que os brancos
no Brasil.

Consciência Negra é Feriado nacional?


Datas de “alta significação” são por lei consideradas comemorativas, mas isso
não quer dizer que sejam feriado nacional. O Dia da Consciência Negra é um
desses casos.

Contudo, em 2013, foi apresentado um projeto de lei (ainda em tramitação) à


Câmara dos Deputados que sugere tornar a data feriado nacional.

Saiba quais os estados e municípios brasileiros adotaram a Consciência Negra


como feriado:

Alagoas – Todos os municípios, Lei Estadual Nº 5.724/95;


Amazonas – Todos os municípios, Lei nº 84/2010;
Amapá – Todos os municípios, Lei Estadual Nº 1169/2007;
Bahia – 3 municípios;
Espírito Santo – 2 municípios;
Goiás – 4 municípios;
Maranhão – 1 município (Pedreiras);
Minas Gerais – 11 municípios;
Mato Grosso do Sul – 1 município (Corumbá);
Mato Grosso – Todos os municípios, Lei Estadual Nº 7879/2002;
Paraná – 3 municípios;
Rio de Janeiro – Todos os municípios, Lei Estadual Nº 4007/2002;
Rio Grande do Sul – Todos os municípios – facultativo, Lei Estadual nº
8.352;
São Paulo – 102 municípios;
Tocantins – 1 município (Porto Nacional).

Zumbi dos Palmares e a Consciência Negra

Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares


Zumbi dos Palmares, nascido livre num quilombo (povoado formado por
escravos fugidos), lutou até a morte para defender seu povo contra a
escravidão.

Da escravidão, Zumbi só conhecia as terríveis histórias que os mais velhos


estavam sempre contando. Eles lembravam a morte no porão dos navios, a
escuridão das senzalas, o trabalho forçado e os castigos sofridos.

O Quilombo dos Palmares estava situado numa longa faixa de terra de 200
quilômetros de largura. Estava paralelo à costa, situado entre o cabo de Santo
Agostinho, em Pernambuco, e a parte norte do curso superior do rio São
Francisco, hoje no estado de Alagoas.
Numa das batalhas entre os colonos portugueses e o Quilombo, Zumbi foi
morto. Como era costume na época, seu corpo ficou exposto em praça pública
para servir de exemplo para que ninguém tentasse ir contra os colonizadores.

Mesmo assim, seu exemplo de luta foi passando de geração em geração e ele
acabou sendo escolhido como herói para o povo negro brasileiro.

A Consciência Negra é uma expressão que designa a percepção histórica e


cultural que os negros têm de si mesmos.

Também representa a luta dos negros contra a discriminação racial e a


desigualdade social.
ESCOLA MUNICIPAL CAIC DIOGO DE BRAGA

PROCLAMAÇÃO DA
REPÚBLICA

Aluna: Amanda Francielly Bernardo de França


Professor: Ricardo
Disciplina: História

Vitória de Santo Antão, 15 de dezembro de 2022


PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA (1889)

A Proclamação da República aconteceu no dia 15 de novembro de 1889.


Nessa data histórica, a Monarquia chegou ao fim e a Era Republicana teve
início no Brasil, instaurando o regime presidencialista. O primeiro presidente do
Brasil foi Marechal Deodoro da Fonseca.

Foi resultado de uma articulação entre militares e civis insatisfeitos com a


monarquia. Havia insatisfação entre os militares com salários e com a carreira,
além de eles exigirem o direito de manifestar suas posições políticas (algo que
tinha sido proibido pela monarquia).
Havia também descontentamento entre elites emergentes com a sub-
representação na política da monarquia. Grupos na sociedade começavam a
exigir maior participação pela via eleitoral. A questão abolicionista também
somou forças ao movimento republicano. Esses grupos se uniram em um golpe
que derrubou a monarquia e expulsou a família real do Brasil
O golpe contra a monarquia seguiu no dia 15, quando o marechal Deodoro da
Fonseca e tropas foram até o quartel-general localizado no Campo do Santana.
Foi exigida a demissão do Visconde de Ouro Preto da presidência do gabinete
ministerial. O visconde se demitiu e foi preso por ordem de Deodoro da
Fonseca.
Entretanto, o marechal estava à espera de que o imperador fosse organizar um
novo gabinete e, por isso, deu vivas a D. Pedro II e então retornou para seu
domicílio. A derrubada do gabinete não colocou fim aos acontecimentos do dia
15, e as negociações políticas seguiram. Republicanos decidiram realizar uma
sessão extraordinária na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para que fosse
realizada uma solenidade de Proclamação da República.

Quem proclamou a República do Brasil


A república foi proclamada por Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892),
principal chefe do exército brasileiro.

Ele foi escolhido para liderar um grupo de militares que preparam um levante
militar. Dentre esses militares, se destacou Benjamin Constant (1836-1891).

Deodoro da Fonseca estava doente. Para convencê-lo a liderar o levante, os


militares ocultaram-lhe que o objetivo principal do mesmo era derrubar a
monarquia, especialmente pelo fato de que o Marechal era amigo do então
imperador Dom Pedro II.
Assim, para confundir o Marechal, as tropas se reuniram no Campo de
Santana, no centro do Rio de Janeiro, e derrubaram o gabinete do Visconde de
Ouro Preto (1836-1912). Naquele momento, a república não havia sido
proclamada.

Somente mais tarde, com Deodoro já de volta a sua casa, vários políticos
insistiram para que ele assinasse um documento declarando a extinção da
monarquia. Alegavam que o imperador iria nomear o político Silveira Martins
(1835-1901) no lugar do Visconde de Ouro Preto.

Como Silveira Martins era um antigo desafeto do Marechal Deodoro, este


assinou a moção da república, e passou a ser o Chefe do Governo Provisório.

Com isso, a Proclamação da República representou o fim do Brasil Império que


havia durado cerca de 70 anos. Dom Pedro II, que era o imperador, foi banido
do Brasil com a sua família, e embarcaram rumo à Europa na madrugada do
dia 17 de novembro.

A população somente soube mais tarde desses acontecimentos, pois para


evitar uma guerra civil no Brasil, Dom Pedro II não quis chamar seus aliados.

Resumo: por que aconteceu a Proclamação


da República?
A Proclamação da República aconteceu porque a elite brasileira estava
insatisfeita com o reinado de D. Pedro II (1825-1891). Essa insatisfação pode
ser notada em grupos importantes do cenário político nacional: militares,
cafeicultores e a Igreja Católica.

Perder o apoio desses importantes grupos levou D. Pedro II a ficar mais


suscetível politicamente, ocasionando o golpe militar que o retirou do trono
ocupado ao longo de 49 anos.

Os militares sentiam-se desprestigiados, pois desde a Guerra do Paraguai


(1864-1870) pediam aumentos salariais e uma maior participação no governo.

Além disso, vários apoiavam o Positivismo, tanto na sua versão religiosa como
filosófica, o que impulsionou o movimento republicano.

Já os cafeicultores, após a promulgação das leis em favor da abolição gradual,


e sem indenização, estavam cada vez mais descontentes.

Os fazendeiros do oeste paulista exigiam mais autonomia e participação


política. Em 1888, com a abolição da escravatura no Brasil, os ex-proprietários
de escravos se voltaram contra D. Pedro II, uma vez que esse fato acarretou o
aumento dos custos da produção cafeeira.
Por fim, a Igreja Católica retirou apoio ao imperador após conflitos envolvendo
a maçonaria. O papa Pio IX, em 1864, escreveu uma bula (documento oficial)
indicando que os membros da maçonaria deveriam ser excomungados.

Como alguns membros importantes do governo de D. Pedro II eram maçons, o


imperador decidiu não aceitar essa ordem, gerando atritos com membros do
clero, que não aceitaram essa imposição de poder sobre uma decisão papal.

Perder esses apoios foi fundamental para sua queda, em 1889.

Para pensar e discutir


Ao ser libertados da escravidão o que foi dado aos negros para
recomeçar sua vida com dignidade?

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