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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL


COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
DISCIPLINA: História da Cultura brasileira/ PERÍODO: 2022.2
PROFESSOR: Antônio Maureni de Vaz Verçosa de Melo

Obra: Evolução Política do Brasil (1933), de Caio Prado.

Ministrantes: Antônia Soares; Cézar Segundo; Geovana Moraes; Jussara


Barbosa; Jonathan Assuero; Sarah Silva
SOBRE O AUTOR

• Caio Prado Júnior foi um importante intelectual interessado em


compreender a história política e social do nosso país tendo sido um dos
maiores nomes da historiografia brasileira.

• Em 1928, Caio se formou em ciências jurídicas pela Faculdade de Direito de Caio Prado Júnior
São Paulo. Advogado, intelectual,
editor e político brasileiro

• No ano em que se formou, Caio entrou para o Partido Democrático, dois anos Data do Nascimento:
11/02/1907
mais tarde fez parte da Revolução. Em 1931 migrou para o Partido Comunista do
Brasil. Ativista político importante, Caio chegou a ser o número 2 da Aliança Data da Morte:
Nacional Libertadora (um grupo que unia movimentos de esquerda interessados 23/11/1990 (aos 83 anos)
em combaterem o fascismo).
ALGUMAS DE SUAS OBRAS

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PREFÁCIO

• objetivo é apenas criar uma síntese e não traçar a história


completa;

• Aponta dois motivos do porque preferiu criar uma síntese


e não tratar da história do Brasil em geral: O primeiro que
para tratar a história por completo, seria necessário fatos
que ainda estão sendo pesquisados e o segundo motivo é
que a história completa do Brasil só geraria interesse em
alguns leitores específicos;

• O livro vai surgir em um momento em que o social era


ainda pouco estudado e a participação popular era algo
secundário.
CARÁTER GERAL DA
COLONIZAÇÃO BRASILEIRA
• Vai tratar sobre o “problema” que o Brasil foi para Portugal já que a única riqueza
aproveitável era o pau brasil;

• A colonização foi uma forma de proteger o novo mundo;

• As sesmarias tinham o objetivo de tornar as terras produtivas;

• O autor vai constatar que a propriedade de terra independentemente da forma que foi
explorada não significou nada, pois diferente do feudalismo europeu, a organização política
econômica do Brasil não resultou da superposição de uma classe sobre uma estrutura social já
constituída, ou seja, a organização política brasileira ela resulta de uma combinação de fatores
como a exploração, colonização, entre outros.
A economia colonial
• A exploração Agrária

• O que importava não era o número de hectares


e sim a quantidade de mão de obra

• As dificuldades que os pequenos


proprietários/lavradores tinham no Brasil
colonial

• Não tinha poder aquisito para se ter um


engenho de açúcar e ainda sofria com a falta
de mercadores interno.
• O senhor dos engenhos conviviam
com constantes ataques indígenas

• “os pequenos lavradores são


presas fáceis dos ‘bárbaros’”.

• “Depois de tal processo da


eliminação da pequena
propriedade, vai-se afinal fundar
toda a economia agrária da
colônia unicamente no grande
domínio rural”

• “é no campo que se concentra a


vida da colônia e é a economia
agrícola a sua base material”
A sociedade
colonial
• A sociedade colonial brasileira era
formada pela base

• “A Caça do homem pelo homem”

• A penetração dos jesuítas na sociedade


colonial

• A estrutura da sociedade colonial é


definida em grandes proprietários rurais
e a massa da população paupérrima,
espúria dos trabalhadores do campo
O ESTATUTO DA POLÍTICO
COLONIAL

• O poder político pertence aos colonos e a Coroa


Portuguesa administrava apenas teoricamente;

• A passividade portuguesa condicionava a estrutura


política, onde as câmaras municipais era a única
instituição administrativa da colônia, mas os cargos
eram ocupados pelos proprietários rurais onde o seu
poder ultrapassava as das leis;

• Sendo a câmara que exerce o poder, cria assim


um aglomerado de órgãos independentes na
colônia, ligados apenas pelo domínio comum da
metrópole
Organização do Estado
Nacional: a Assembleia
Constituinte de 1823

• “[...] simples transferência política de poderes da metrópole


para o novo governo brasileiro.”;
• Reflete as condições políticas reinantes, ou seja, os interesses da
classe que domina e a forma pela qual exerce o seu domínio;
• Tinham como objetivo substituir restrições políticas e
econômicas do regime colonial pela estrutura de um estado
nacional;
• Xenofobismo extremado dos constituintes (espectro da
recolonização);
• Limitar os poderes do imperador;
• Caráter classicista do projeto: não considerava cidadão se possuísse rendimentos líquidos inferiores ao
valor de 150 alqueires de farinha de mandioca;
• Suprimiu todas as restrições de ordem econômica, ou seja, estabeleceu a mais ampla liberdade
econômica e profissional;
• “Vemos assim como o projeto de 1823 traduzia bem as condições políticas dominantes. Afastando o
perigo da recolonização; excluindo dos direitos políticos as classes inferiores e praticamente reservando
os cargos da representação nacional aos proprietários rurais [...]” (PRADO JÚNIOR, 2012, pág. 57);
• Apesar de todo caráter liberalista presente na Constituição, os constituintes não aboliram a escravidão.
Nas palavras de Caio Prado Júnior “o mais perfeito retrato do liberalismo burguês”.
O Primeiro Reinado

• De acordo com Caio Prato Junior, o partido português se torna um


entrave para o desenvolvimento do processo, pois ele queria um sistema
absolutista;
• D. Pedro fecha a Assembleia de 1823 e criar uma nova Constituição, a
qual dava privilégios para os estrangeiros e instaurava o poder
moderador;
• A abertura dos portos e a chegada de bens de consumo luxuosos agravou
esta já precária situação;
• “A história do primeiro reinado não é mais que o longo desfilar de
choques entre o poder absoluto do imperador e os nativistas [...].”
(PRADO JÚNIOR, 2012, pág. 60)
• “O imperador não dava ouvidos aos reclamos da opinião pública e ao mesmo tempo não
ousava dissolver o Parlamento, rasgar a Constituição e francamente instituir o
absolutismo. Deixava por isso as coisas permanecerem no mesmo pé, em atritos
constantes com a representação nacional, o que cada vez mais lhe minava a
popularidade.” (PRADO JÚNIOR, 2012, pág. 63);

• 13 de março de 1831 – Noite das garrafas;

• Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I assinava sua abdicação.


A menoridade
• Com a abdicação de D. Pedro I chega a
revolução da Independência ao termo natural de
sua evolução: a consolidação do “estado
nacional”.

• Em 28 de agosto e 6 de novembro novos levantes


se desencadeiam no Rio de Janeiro.

• Em março de 1832 fundam a Sociedade


Conservadora, núcleo do partido restaurador, o
“caramuru”, como foi chamado.
A revolta dos cabanos no
Pará e a regência de Feijó

• A revolta dos cabanos no Pará, que começa


em 1833 para se estender até 1836.

• Apenas empossado, inaugura Lobo de Sousa


uma política de enérgica repressão. [...]
Perseguições, prisões arbitrárias, deportações
em massa, de tudo se serviu.

• Em abril de 1836 chega ao Pará uma poderosa


esquadra[...]. Depois de alguma luta, consegue
o brigadeiro efetuar um desembarque, e ocupa
a capital a 13 de maio

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