O documento descreve as Ligas Camponesas, movimentos de trabalhadores rurais no Brasil na década de 1950 que lutavam pela reforma agrária contra a estrutura latifundiária do país. O Partido Comunista do Brasil organizou as primeiras Ligas para aumentar seu apoio eleitoral e defender os direitos dos trabalhadores rurais, embora enfrentassem repressão. As Ligas defendiam uma profunda reforma agrária, inclusive com ações armadas contra latifundiários, o que preocupou os EUA. Após 1964,
O documento descreve as Ligas Camponesas, movimentos de trabalhadores rurais no Brasil na década de 1950 que lutavam pela reforma agrária contra a estrutura latifundiária do país. O Partido Comunista do Brasil organizou as primeiras Ligas para aumentar seu apoio eleitoral e defender os direitos dos trabalhadores rurais, embora enfrentassem repressão. As Ligas defendiam uma profunda reforma agrária, inclusive com ações armadas contra latifundiários, o que preocupou os EUA. Após 1964,
O documento descreve as Ligas Camponesas, movimentos de trabalhadores rurais no Brasil na década de 1950 que lutavam pela reforma agrária contra a estrutura latifundiária do país. O Partido Comunista do Brasil organizou as primeiras Ligas para aumentar seu apoio eleitoral e defender os direitos dos trabalhadores rurais, embora enfrentassem repressão. As Ligas defendiam uma profunda reforma agrária, inclusive com ações armadas contra latifundiários, o que preocupou os EUA. Após 1964,
CENTRO DE HUMANIDADES – CH UNIDADE ACADÊMICA DE HISTÓRIA – UAHiS
DISCIPLINA: Estudos de História do Brasil IV
DOCENTE: Luciano Queiroz ALUNO: Raí de Melo Porto
LIGAS CAMPONESAS: HISTÓRIA DE UMA LUTA (DES) CONHECIDA
Márcia Motta & Carlos Leandro Esteves
12 de dezembro de 2022, Campina Grande – PB.
É notório que o Brasil é um país no qual a divisão de terras é desigual desde a chegada dos portugueses, que dividiram em lotes e transformaram em capitanias sob o comando dos nobres vindos da Europa, num sistema que perdurou até a independência. Nesse interim houveram a aplicação do sistema sesmarial que consistia na entrega de terras somente a aquelas pessoas que produzissem nela. Isso dado um histórico de crise pela qual passava o reino, e que optara por a coroa como uma possível saída. Assim, aqueles que não cultivassem a terra efetivamente estavam sujeitos à revogação de sua concessão, ao passo que a plantação era doada à outra pessoa que assumisse o compromisso. Vários acontecimentos foram se dando ao longo dos anos, como a abolição da escravidão, por exemplo, que despejou um enorme contingente de pessoas à mercê da própria sorte, e que acabaram por ocupar espaços de modo ilegal, mas que não eram de interesse para o mercado. Para além, outros institutos tiveram grande importância no que se refere às terras e possíveis projetos de reforma agrária, como o “Estatuto da Terra”, de 1964, mas somente a Constituição de 1988 estabeleceu marco regulatório de questões relativas à de marcações de territórios indígenas, quilombolas, etc., dando ênfase sempre à sua função social, em vias de atender o interesse público. Entrando no contexto das Ligas Camponesas, esses levantes foram movimentos de luta pela reforma agrária no Brasil iniciado na década de 1950, organizando milhares de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente aqui no Nordeste, utilizando o lema “reforma agrária na lei ou na marra” contra a secular estrutura latifundiária do Brasil. O Partido Comunista do Brasil (PCB) iniciou um movimento rural ainda na vigência do regime autoritário de Getúlio Vargas, quando, no cenário internacional, ocorria a Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, o partido ainda existia legalmente e possuía articulação suficiente para criar Ligas Camponesas, unindo trabalhadores rurais em várias cidades do Brasil. Assim, o PCB buscava aumentar seu número de eleitores e também revelar os interesses dessa classe de trabalhadores, organizando a luta por seus direitos. Mas, apesar da legalidade do partido, as ligas já sofriam com a repressão das autoridades. As ligas camponesas foram também, um dos principais movimentos sociais e políticos que apoiou as reformas de base, do governo Jango, angariando apoio junto a pequenos produtores rurais e famílias de trabalhadores sem-terra. As ligas defendiam uma profunda reforma agrária no Brasil, recorrendo em alguns casos a ações armadas contra alguns grupos de latifundiários. Essa característica despertou uma preocupação nos Estados Unidos, cuja imprensa apontava as ligas camponesas como uma ameaça política ao Brasil. No entanto, durante a década de 1960, as ligas passaram a dividir espaço nas organizações dos trabalhadores do campo, quando o governo estendeu os direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) aos trabalhadores rurais, vendo florescer uma série de sindicatos de trabalhadores rurais, mas com golpe civil-militar de 1964 é posto um fim as lutas dos trabalhadores pela reforma agrária no país.