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2- O processo de coronelismo
Argumento central: Apesar de em novembro de 1889 ter sido proclamado um novo regime, o
republicano, no Brasil as relações sociais de opressão opressivas se mantiveram.
Os alunos do colégio Militar saíam de diversas regiões para o Rio de Janeiro e aqui se
encantavam com a cidade; as interações entre eles criava uma identidade social. A escola, de
cunho meritocrático, formava jovens cientistas e intelectuais, que não satisfeitos com suas
remunerações, disputavam espaço e poder com as elites intelectuais. O século XIX foi marcado
por seu caráter cientifista e no Brasil não foi diferente, como o exército não se modernizava e os
alunos já possuíam características ideológicas distintas das impostas, eles começaram a criar
clubes secretos republicanos.
Em agosto de 1886 desabrocharam conflitos entre militares e o governo que se prolongaram até
a proclamação do novo regime.
O Coronelismo foi uma prática de troca de favores entre o poder público e privado que marcou o
início da primeira república. Num contexto onde a estrutura agrária é a manifestação do poder
privado no Brasil, o privatismo era alimenado pelo poder publico concomitantemente aos
coronéis que, na figura de chefe municipal, comandavam o voto de cabresto.
Os coroneis eram vistos pelos roceiros como figuras ricas, mesmo que não fossem, e estes por
viverem em condição de miséria ficavam a mercê dos “emprestimos” e por isso lutavam pelo
coronel. Havia uma concentração fundiária rural e por issoas classes mais pobres dependiam dos
senhores. Além disso, a maior parte da população da época era rural e ali concentravam mais
votos do que nas áreas urbanas.
Os chefes locais tinham autonomia municipal e poderiam designar até mesmo os funcionarios
publicos e bancar as campanhas eleitorais, criando desde então uma cultura de corrupção.
Força política das Oligarquias nos níveis estaduais e federais e dos Coronéis nos níveis
municipais.
Oligarquias – poder estatal e federal que era constituída por coronéis e/ou bacharéis.
Quando o poder moderador desaparece, os poderes entram em conflito e por isso a
contituição é criada para dar uma maior autonomia para os Estados. Mas só alcaça
estabilidade em 1898 com a politica dos estados de campos salles.
O café com leite foi a base do federalismo republicano no Brasil durante a primeira república.
Assim era chamado pois as duas Oligarquias que se revezavam no poder eram São Paulo e Minas
Gerais, bom produtores de café e leite respectivamente. A grandeza das Oligarquias era devido
ao grande número de eleitores nesses espaços, segundo a autora. Toda vez que essas duas
Oligarquias vivenciavam uma crise, o Rio Grande do Sul era uma alternativa, geralmente os
militares e os gaúchos se uniam para fazer oposição aos dois estados.
Minas e São Paulo não possuía alianças para se manterem no poder, essa constawnte apenas se
mantinha pois os demais estados viviam em instabilidade e não conseguiam ser representados
em ambito nacional. A organização dos estados se dá por uma disputa entre as elites.
A grandes festas “ não políticas” reuniam todas as classses sociais da cidade e a cultura popular
foi sendo difundida com a elite criando uma nova identidade cultural para a república.
Após a abolição da escravidão em 13 de maio de 1888, a inserção social dos ex escravizados não
se diferenciou tanto do regime imperial.
Documentações das casas de detenções situadas no Rio de Janeiro da Belle Époque foram
usadas para construir a narrativa da autora de que a classe social mais pobre era perseguida
durante a primeira república.
Ela apresenta também que o homem podia ser preso por “vadiagem” se fossem julgados por
possuirem ocupação no momento ou não e as mulheres, mesmo que possuissem um trabalho
eram julgadas pela questão moral. Pela lei não existia distinção de genero para vadiagem mas na
pratica não se dava desse jeito.
No início do século XX, os trabalhadores poderiam ser presos até mesmo por dormir, descansar
e beber pois podiam ser considerados vadios. Existiu um programa governa\mental para
transformar os escravos libertos em trabalhadores e o autor relata que os conflitos raciais e de
nacionalidade entre os trabalhadores era uma limitação do movimento operário brasileiro na
primeira república.
Esses movimentos foram marcados pela síntese de movimentos religiosos populares que se
desenvolveram nas figuras do Padre Cícero, Antonio Conselheiro e dos monges João e José
Maria.
Pereira, aborda que em outubro de 1904 foi decretada uma lei que tornava obrigatoria a vacina
de váriola, isso gerou uma revolta popular e muitas manifestações na rua do Rio de Janeiro
fortemente reprimidas pela policia o que gerava aina mais revolta popular. Ele relata que as
manifestações populares já haviam começado no império em 1880 revolta contra o aumento do
preço das passagens; 1893 contra os aumentos dos impostos em itens de consumo; 1901
passagens do bonde dnv; 1902 contra o monopolio da carne verde; 1904 aumento da taxa sobre
veiculos mas em 1904 a revolta da vacina possibilitou a crença da articulação entre os
trabalhadores que nos anos seguintes foram protagonistas de diversas greves e manifestações.
Em 1922 algumas oligarquias regionais contestaram o esquema café com leite que antes era
aceito com facildade. Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio grande do Sul protagonizaram a
Reação Republicana lançando candidatura de Nilo Peçanha em 1921. Essa reação se procupava
em mobilizar as massas urbanas e os militares.
Washington Luis nomeia Luis Carlos Prestes (paulista) para presidencia em 1929, desencadeando
as tensoes entre minas e sp. E Minas indica Getulio Vargas. Junto a campanha veio a crise e
diversas fabricas faliram. Prestes assume a presidencia e não defende as oligarquias. A aliança
liberal e pressão das forças revolucionárias vindas do sul e dasmanifestações populares
obrigaram-na a entregar ogoverno do país a Getúlio Vargas,empossado na presidência da
República em novembro de 1930.
O investimento na questão social era reforçado por uma legislação sindical que “controlava” os
trabalhadores. 1931- modelo sindical único foi adotado, o estado só reconhecia um sindicato por
categoria. Apenas membros dos sindicatos aderiam os beneficios na pratica.
Em 1932 o governo editou o digo eleitoral: voto secreto e mulheres. Analfabetos não. Revolução
de 1932 contra o autoritarismo de vargas, civil. Em 1933 Vargas foi eleito indiretamente.
Prestes em 1935, contexto do nazismo, chefiou uma organização para derrubar Vargas. Em
1937, Vargas atraves do “plano cohen” decretou um perigo comunista e um estado de guerra, e
então o “estado novo” entra em vigor.
O Estado Novo, vigorou desde o golpe de 1937 até 1942. Como os partidos e o parlamento
foram abolidos não havia mais intermedio entre as masssas e o governo, interventores eram
nomeados por GV nos estados. Houve queima das bandeiras dos estados (fascista).
Em 1942, apos assumir o ministerio da revolução, Alexandre marcones Filho passou a assumir 10
minutos do microfone do programa A Hora do Brasil criado pelo departamento de Imprensa e
propaganda. Grande parte do publico era analfabeto e a intenção do ministro era palestrar
sobre suas legislaçoes trabalhistas alienando os trabalhadores. Em, 1945 quando os partidos já
se manifestavam contra as ações dos estadonovistas as transmissões foram p fora do ar.