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Brasil III – colinha para prova

Esse resumo tem como objetivo abordar:

1- A transição do Império para a república

2- O processo de coronelismo

3- Como ficou configurada a primeira república (café com leite)

4- O processo de cidadania na primeira república

5- A questão racial e o pós abolição

6- Vadiagem e prostituição no RJ da Belle époque

7- Classe trabalhadora na Primeira República

8- Movimentos de contestações rurais

9- Movimentos de contestações urbanos

10- A Revolução de 1930

11- O Início da Era Vargas

12- O “Estado Novo”

13- O Estado e classe trabalhadora na Era Vargas

Argumento central: Apesar de em novembro de 1889 ter sido proclamado um novo regime, o
republicano, no Brasil as relações sociais de opressão opressivas se mantiveram.

1. A Proclamação da República - Celso Castro

Em 15 de novembro de 1889, um aviso público de que a monarquia acabava de ser substituída


pela república foi o que configurou a proclamação do novo regime vigente no Brasil. Um golpe
militar em sua organização e execução, argumenta Celso Castro.

Os alunos do colégio Militar saíam de diversas regiões para o Rio de Janeiro e aqui se
encantavam com a cidade; as interações entre eles criava uma identidade social. A escola, de
cunho meritocrático, formava jovens cientistas e intelectuais, que não satisfeitos com suas
remunerações, disputavam espaço e poder com as elites intelectuais. O século XIX foi marcado
por seu caráter cientifista e no Brasil não foi diferente, como o exército não se modernizava e os
alunos já possuíam características ideológicas distintas das impostas, eles começaram a criar
clubes secretos republicanos.

Em agosto de 1886 desabrocharam conflitos entre militares e o governo que se prolongaram até
a proclamação do novo regime.

 A República despertava nos trabalhadores uma abertura de portas e novas oportunidades,


segundo relatos do jornal a Voz do Povo, em 1890.
 O modelo de república “vencedor” foi inspirado no modelo americano. Na constituição de
1891 constava a proposta de federalismo. Uma república liberal excludente, agrarista e
ortodoxa em termos de política finandeira e federalista. Maior cobrança de impostos.
2. Coronelismo – Victor Nunes Leal

O Coronelismo foi uma prática de troca de favores entre o poder público e privado que marcou o
início da primeira república. Num contexto onde a estrutura agrária é a manifestação do poder
privado no Brasil, o privatismo era alimenado pelo poder publico concomitantemente aos
coronéis que, na figura de chefe municipal, comandavam o voto de cabresto.

Os coroneis eram vistos pelos roceiros como figuras ricas, mesmo que não fossem, e estes por
viverem em condição de miséria ficavam a mercê dos “emprestimos” e por isso lutavam pelo
coronel. Havia uma concentração fundiária rural e por issoas classes mais pobres dependiam dos
senhores. Além disso, a maior parte da população da época era rural e ali concentravam mais
votos do que nas áreas urbanas.

Os chefes locais tinham autonomia municipal e poderiam designar até mesmo os funcionarios
publicos e bancar as campanhas eleitorais, criando desde então uma cultura de corrupção.

 Força política das Oligarquias nos níveis estaduais e federais e dos Coronéis nos níveis
municipais.
 Oligarquias – poder estatal e federal que era constituída por coronéis e/ou bacharéis.
 Quando o poder moderador desaparece, os poderes entram em conflito e por isso a
contituição é criada para dar uma maior autonomia para os Estados. Mas só alcaça
estabilidade em 1898 com a politica dos estados de campos salles.

3. A República do Café com Leite – Claudia Maria Ribeiro Viscardi

O café com leite foi a base do federalismo republicano no Brasil durante a primeira república.
Assim era chamado pois as duas Oligarquias que se revezavam no poder eram São Paulo e Minas
Gerais, bom produtores de café e leite respectivamente. A grandeza das Oligarquias era devido
ao grande número de eleitores nesses espaços, segundo a autora. Toda vez que essas duas
Oligarquias vivenciavam uma crise, o Rio Grande do Sul era uma alternativa, geralmente os
militares e os gaúchos se uniam para fazer oposição aos dois estados.

Minas e São Paulo não possuía alianças para se manterem no poder, essa constawnte apenas se
mantinha pois os demais estados viviam em instabilidade e não conseguiam ser representados
em ambito nacional. A organização dos estados se dá por uma disputa entre as elites.

O momento da escolha dos candidatos era a base da instabilidade política e as eleições,


fraudulentas, não eram o momento de disputa.

4. Cidadanias na Primeira República - José Murilo de Carvalho

O autor analisa os impactos causadados no Brasil após a abolição da escravidão e proclamação


da República atraves de estudos feitos no Rio de Janeiro contemporaneo aos fatos. A República
gerava um entusiasmo no povo pois representava oportunidades de participação, ainda assim o
autor aborda o povo do Brasil como alheios da política. A república apresentou também novas
ideologias como socialismo que se deferenciava do positivismo e loiberalismo já presentes no
Império. Em contraponto com o argumento que a população assistiu a proclamação da república
bestializada, a Guarda Negra organizada por José Patrocinio sempre se mostrou contra a
formação do novo regime.
Nota-se um aumento gradativo na população do Rio de Janeiro motivados pela emancipação de
1888 e a vinda de estrangeiros europeus para o Brasil. O desemprego e profissoes mal
remuneradas se tornaram presentes na cidade. Naquela época 60% dos presos nas casas de
detenções eram capoeiras, houveram diversas perseguições à esses, aos cortiços e a classe social
mais pobre.

A grandes festas “ não políticas” reuniam todas as classses sociais da cidade e a cultura popular
foi sendo difundida com a elite criando uma nova identidade cultural para a república.

5. A questão racial e o pós abolição - Ana Maria Rios

Após a abolição da escravidão em 13 de maio de 1888, a inserção social dos ex escravizados não
se diferenciou tanto do regime imperial.

Os senhores, prevendo o processo de abolição, antecipavam a liberdade dos escravos


alforriando-os com o intuito de geral um complexo de gratidão e fidelidade do escravizado
mesmo depois de liberto. Esses esquemas de gratidão foram bastantes comuns no Brasil
republicano. Além disso, a república reforça a assimilação entre os escravos libertos e os livres
de nascimento.

Os cartórios da época apresentavam diversos registros de nascimento e falecimento de ex


escravos e seus parentes junto com o registros de outros filhos e da intenção de casamento. A
reputação de escravos como bons trabalhadores era uma caracteristica muito valorizada pels
escravos, há indicios de mortes dentro da propria familia por manchar a reputação, isso poderia
abrir portas para o escravizado ao se tornar livre.

 A reoublica perseguia os ex escravizados.

6. Vadiagem e prostituição no Rio de Janeiro da Belle Époque - Larice de Castro Garzone

Documentações das casas de detenções situadas no Rio de Janeiro da Belle Époque foram
usadas para construir a narrativa da autora de que a classe social mais pobre era perseguida
durante a primeira república.

Ela apresenta a diferenciação de tratamento usado por policiais ao se referir a mulheres da


classe mais alta da soiedade como senhoras, senhoritas e damas e das classes mais baixas como
vagabundas. Adjetivo esse que poderia ser o motivo da prisão associado a desordem.

Ela apresenta também que o homem podia ser preso por “vadiagem” se fossem julgados por
possuirem ocupação no momento ou não e as mulheres, mesmo que possuissem um trabalho
eram julgadas pela questão moral. Pela lei não existia distinção de genero para vadiagem mas na
pratica não se dava desse jeito.

 Mulheres no espaço público: beber ou namorar

7. Classe trabalhadora na Primeira República - Sidney Chalhouby

No início do século XX, os trabalhadores poderiam ser presos até mesmo por dormir, descansar
e beber pois podiam ser considerados vadios. Existiu um programa governa\mental para
transformar os escravos libertos em trabalhadores e o autor relata que os conflitos raciais e de
nacionalidade entre os trabalhadores era uma limitação do movimento operário brasileiro na
primeira república.

A questão da vadiagem estava ligada a mentalidade dos ricos: trabalho ou marginalidade e ra


um mecanismo para controlocar as classes sociais mais pobres. Os negros e imigrantes eram
ligados a marginalidade e a desordem, reforçando o argumento de que o negro passa a
trabalhador livre sem mudar sua posição social.

 O movimento Operário começa em 1880.


 Branco, fabril, masculino e imigrante
 Modelo: estrangeiro, ingles e frances
 O movimento operario surge do movimento anti escravista (Marcelo Badaró)

8. Movimentos de Contestação Rurais – Jacqueline Hermann

Esses movimentos foram marcados pela síntese de movimentos religiosos populares que se
desenvolveram nas figuras do Padre Cícero, Antonio Conselheiro e dos monges João e José
Maria.

Com a proclamação da república ao mesmo tempo que a igreja foi institucionalizada e


favorecida patrimonialmente, ela sofreu limitações como por exemplo os documentos serem
feitos pelo cartório e não mais por autoridades eclesiasticas. A partir daí movimentos
messiânicos começaram a desabrochar com a população reivindicando a perda de poder da
igreja, os mais conhecidos foram: Juiazeiros, Canudos e Contestado.

9. Movimentos de Contestação Urbanos – Sidney Chalhoub; Leonardo Affonso de Miranda


Pereira e José Murilo de Carvalho.

Os movimentos de constestações urbanos foram marcados pela percepção de uma passagem de


um trabalho opressivo para outro, nas estrategias de alforrias para obter fidelidade e na
abolição mas não no ponto de vista das relações sociais. Segundo Chalhoub.

Pereira, aborda que em outubro de 1904 foi decretada uma lei que tornava obrigatoria a vacina
de váriola, isso gerou uma revolta popular e muitas manifestações na rua do Rio de Janeiro
fortemente reprimidas pela policia o que gerava aina mais revolta popular. Ele relata que as
manifestações populares já haviam começado no império em 1880 revolta contra o aumento do
preço das passagens; 1893 contra os aumentos dos impostos em itens de consumo; 1901
passagens do bonde dnv; 1902 contra o monopolio da carne verde; 1904 aumento da taxa sobre
veiculos mas em 1904 a revolta da vacina possibilitou a crença da articulação entre os
trabalhadores que nos anos seguintes foram protagonistas de diversas greves e manifestações.

*** Para melhor compreender a Revolução de 30 é necessário abordar o contexto de


crescimento de sindicalistas e dos movimentos de trabalhadores notados já em 1926. É
importante lembrar também que durante a primeira república havia leis trabalhistas mas não
havia fiscalização, ou seja, a questão social era um caso de policia e muitas vezes eram
reprimidas.
10. A revolução de 1930 – Marieta de Moraes Ferreira

Nos anos 20 o crescimentos do movimentos de trabalhadores colocava em questão os padroes


culturais politicos da primeira república. Essa decada foi marcada por desestabilidade
economica, a crise do café no mercado internacional provocou uma alta inflação e crise fiscal no
brasil, depois o pais volta a crescer até a crise de 1929, junto a isso passava por tranformação as
classes sociais brasileiras.

Em 1922 algumas oligarquias regionais contestaram o esquema café com leite que antes era
aceito com facildade. Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio grande do Sul protagonizaram a
Reação Republicana lançando candidatura de Nilo Peçanha em 1921. Essa reação se procupava
em mobilizar as massas urbanas e os militares.

O movimento tenentista empolgou amplos setores da sociedade da época, desde segmentos


oligárquicos dissidentes aos setores urbanos (camadas médias e a classe operária das cidades)
para combater as oligarquias de Minas e SP. A Coluna Luis Carlos Prestes se uniu para retirar as
oligarquias.

Washington Luis nomeia Luis Carlos Prestes (paulista) para presidencia em 1929, desencadeando
as tensoes entre minas e sp. E Minas indica Getulio Vargas. Junto a campanha veio a crise e
diversas fabricas faliram. Prestes assume a presidencia e não defende as oligarquias. A aliança
liberal e pressão das forças revolucionárias vindas do sul e dasmanifestações populares
obrigaram-na a entregar ogoverno do país a Getúlio Vargas,empossado na presidência da
República em novembro de 1930.

11. O início da “Era Vargas” - Dulci Pandolfi

Em 10 de novembro de 1937 o presidente apresentou ao país attraves do rádio uma nova


constituição, naquele momento se iniciou o chamado pela autora de Estado Novo. O início do
governo Vargas (1930-1937) foi marcado por disputas politicas. Em 1930 o brasil encontrava-se
em estado de sitio e ele governava por decretos-lei. Alguns embates surgiram como a duração
do governo provisorio, o modelo de estado implantado. As primeiras medias foram
intervencionistas e centralizadoras, inspiradas no tenentismo. O governo provisorio criou, ainda
em 1930, o ministerio do trabalho, industria e comercio (ministerio da revolução), da Educação e
da saude publica. Em 1931 e 1934 foi decretada uma serie de leis de proteção ao trabalhador.
(caderno)

O investimento na questão social era reforçado por uma legislação sindical que “controlava” os
trabalhadores. 1931- modelo sindical único foi adotado, o estado só reconhecia um sindicato por
categoria. Apenas membros dos sindicatos aderiam os beneficios na pratica.

Em 1932 o governo editou o digo eleitoral: voto secreto e mulheres. Analfabetos não. Revolução
de 1932 contra o autoritarismo de vargas, civil. Em 1933 Vargas foi eleito indiretamente.

Prestes em 1935, contexto do nazismo, chefiou uma organização para derrubar Vargas. Em
1937, Vargas atraves do “plano cohen” decretou um perigo comunista e um estado de guerra, e
então o “estado novo” entra em vigor.

12. O “Estado Novo”: Intelectuais e Propaganda – Maria Helena Capelato


O estado novo brasileiro teve inspirações euopeias; a critica ao liberalismo e a construçaõ de um
estado forte era considerado necessario para estabelecer o progresso e a ordem. O crescimento
de movimentos sociais na decda de 20 fez com que houvesse essa necessidade de controlar a
ordem.

O contexto da crise de 29 provocou revoluções em diversos paises da america latina. O Golpe de


1937, por Vargas com a poio dos militares e outras forças antidemocraticas foi comunicado pelo
radio. A identidade nacional coletica era a proposta desse novo estado.

O Estado Novo, vigorou desde o golpe de 1937 até 1942. Como os partidos e o parlamento
foram abolidos não havia mais intermedio entre as masssas e o governo, interventores eram
nomeados por GV nos estados. Houve queima das bandeiras dos estados (fascista).

Na organização do estado novo foram utilizadas duas estrategias: popraganda politica e


repressao. Os meios de comunicação desempenhavam um papel fundamental na mentalidade
daquela população atraves da censura, não podiam criticar o governo criando uma imagem de
herói das massas. A nova Constituição definiu a necessidade de intervenção do poder público na
economia para "suprir as deficiências da iniciativa individual e coordenar os fatores de
produção". A criação do Departamento de Imprensa e Propaganda foi fundamental nesse
sentido. Ele tinha o encargo de produzir material de propaganda, incentivando a produção de
cartazes, objetos, espetáculos, livros e artig enaltecedores do poder. As imagens e simbolos.

Relação com os trabalhadores (caderno) e contradições.

Faculdade de Direito de São Paulo, considerada principal ( de resistência a Vargas, outras


organizaram movimentos contra a ditadura: nas faculdades de Direito do Distrito Federal e de
Salvador a reação foi li I • rada por estudantes comunistas; nas Faculdades Politécnicas e de
Medi inn de São Paulo houve participação de comunistas e liberais. Em agosto de 1937 foi
fundada a União Nacional dos Estudantes (UNE), mantida durante o Estado Novo. O Segundo
Congresso Nacional dos ssiudantes foi realizado em dezembro de 1938 em plena vigência da
ditadura.

Em 1942, a partir de fevereiro, foram bombardeados 21 navios brasileiros. Com o afundamento


dos navios pelos alemães, o. clima de hostilidad contra o nazismo se acentuou no país e a
sociedade se manifestou. Em junh desse ano começaram as passeatas em favor da entrada do
Brasil na guerra contra o Eixo. Em 31 de agosto o Brasil declarou guerra à Alemanha e à rcdlia e
posicionou-se em favor dos Aliados. A partir desse episódios, ap i a Getúlio Varga intcnsifi ou- c
até mesmo o Partid ornuni ta d [iniu-s pela "união. nr i nnl" '111 t rno d chefe do. Govcrn.

Em 1945, o I Congresso Brasileiro de Escritores, ocorrido em São Paulo, exigiu a volta da


legalidade e do sistema eleitoral mediante sufrágio universal. O general Góis Montei~o
manifestou-se em favor das eleições; em fevereiro, o govemo assinou um Ato Adicional, fixando
eleições num prazo de 90 dias. O movimento prosseguiu provocando a reação dos adversários.
Em 29 de outubro, um golpe militar depôs Getúlio Vargas, que renunciou ao governo, retirando-
se para sua terra natal em São Borja.

13. Estado e classe trabalhadora na “Era Vargas” - Angela de Castro Gomes

Em 1942, apos assumir o ministerio da revolução, Alexandre marcones Filho passou a assumir 10
minutos do microfone do programa A Hora do Brasil criado pelo departamento de Imprensa e
propaganda. Grande parte do publico era analfabeto e a intenção do ministro era palestrar
sobre suas legislaçoes trabalhistas alienando os trabalhadores. Em, 1945 quando os partidos já
se manifestavam contra as ações dos estadonovistas as transmissões foram p fora do ar.

As comemorações que aproximavam o Estado dos trabalhadores germinaram no Estado Novo,


como o 1 de maio em 1938 e como presente o presidente anunciava uma transformação social.
Desde 1942, os radios costumavam a abordar a situação politica num contexto de guerra com o
objetivo de mobilização das massas brasileiras economicamente e militarmente. O governo a
partir da entrada na guerra retirava direitos do trabalhadores alegando “estado de guerra”.

O poder de clarividencia e antecipação para ordenar o povo.

A importancia do sindicatos para unir o estado e as massas. A dinamica da relação entre


população e estado controlava a ordem e fortalecia o poder do estado. Desta forma o estado
controla o fenomino social total: moral, juridico e economico. Trabalhismo como ideologia que
permitia refletir sobre a relação politica com o social. Novo cidadão atraves da releitura das lutas
dos trabalhadores.

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