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SEGATTO, José Antônio. CIDADANIA E POLÍTICA. Revistas Perspectivas: São Paulo, n. 22, 1999,p.
147.
Sistema político - Política dos Governadores
Essa prática implica o apoio automático do governo federal aos grupos que
estivessem no governo dos estados, não importando de qual facção fossem,
desde que os governadores por sua vez garantissem seu apoio no Congresso
Nacional para as iniciativas do governo federal.
NAPOLITANO, Marcos. História do Brasil República: da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. 1°
ed. 4° reimpressão. São Paulo: Contexto, 2020 (Coleção História na Universidade). p. 28.
“Café com Leite”
❖ Na perspectiva histórica tradicional
é apresentada como uma sucessão
monótona de fazendeiros oriundos,
em sua maioria, das oligarquias
paulistas e mineiras.
❖ “Café” - São Paulo e “Leite” -
Minas Gerais.
❖ Existiam outros grupos que
trabalhavam - Rio Grande do Sul, Capa da Revista Careta, Agosto de 1925, nº809. Os estados tentam,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia. mas não conseguem alcançar o poder presidencial dominado por São
Paulo e Minas Gerais. Autor: Alfredo Storni.
A economia brasileira durante a República Velha centrou-se em torno do café. Os processos de
urbanização e o início da indústria no Brasil estão ligados a esse produto. A cultura do café constituiu, no
período da República Velha, o principal motor da economia brasileira. Esse produto liderava a
exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros insumos. O estado de São Paulo
capitaneava a produção de café neste período e também determinava as diretrizes do cenário político da
época. Da economia cafeeira, resultam três processos que se complementam: a imigração intensiva de
estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a industrialização. Desde a segunda metade do século XIX,
(...) O motivo de tal fomento era a necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas
lavouras de café. Haja vista que, gradualmente, a mão de obra escrava, que era utilizada até então,
tornou-se objeto de densa crítica e pressão por parte de grupos políticos abolicionistas e republicanos.
Em 1888, efetivou-se a abolição da escravidão e, no ano seguinte, realizou-se a Proclamação da
República, fatos que intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras
trabalhadas, tornando-se colonos.
Fonte: https://www.abic.com.br/o-cafe/historia/economia-cafeeira-e-industrializacao-do-brasil/. Acesso em: 24 Mai.
2021.
Introdução
A Guerra de Canudos pode ser compreendida no quadro de movimentos sociais que
eclodiram em alguns pontos do território nacional e sacudiram a República nascente,
a partir da primeira Revolta da Armada (1893) até a Guerra do Contestado (1912-
1914). De todos esses movimentos, Canudos foi o mais célebre. Isso se explica, em
parte, pelo contorno específico de seu desfecho fatal, mas, sobretudo, pelo fato de que
foi objeto da narrativa de Os sertões, de Euclides da Cunha, obra lançada em 1902
que fez grande sucesso nos meios literários brasileiros.
Quem era Antonio Conselheiro?
Antônio Vicente Mendes Maciel era o nome original, considerado uma
pessoa instruída e veio de familiares de comerciantes. Foi professor e
escrivão de cartório. Abandonado pela esposa e marcou o início da trajetória
para a peregrinação ao Nordeste para procura a mulher, porém, teve que
trabalhar como pedreiro na construção de igrejas. Durante as paradas
conheceu o “Padre Ibiapina e, em conjunto, os dois começaram a fazer
pregações por todos os lugares que passavam, visitando as pessoas carentes e
aconselhando-as. Desse modo, ele se tornou famoso entre a população
humilde”.
Fonte:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/quase-um-messias-saga-de-antonio-co
nselheiro-lider-da-revolta-de-canudos.phtml
. Acesso em: 01 Jun. 2021.
Para ele, a República assentava-se “sobre
um princípio falso”, do qual não podia tirar
“consequência legítima”. E prosseguia
denunciando: o presidente governava o
Brasil “como se fora um monarca
legitimamente constituído por Deus”. E não
era.
TELLES, Marcela. Canudos (1893-7). In: SCHWARCZ,
Lilia Moritz; STARLING, Heloisa M. Dicionário da
República: 51 textos críticos. 1° ed. São Paulo: Companhia Desenho de Angelo Agostini, Antônio Conselheiro rechaça a
das Letras, 2019. p. 46. República, in:Revista Ilustrada c. 1896
Para o autor de Os sertões, a tragédia foi um “afloramento originalíssimo do nosso
passado, patenteando todas as falhas de nossa evolução”. Canudos significaria um
atentado contra a ordem e o progresso, a eclosão de um mundo de trevas, em que se
agitavam mestiços originados de uma combinação degradante de raças, um empecilho
no caminho da realização do projeto civilizatório da República.
Fonte:
https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/GUERRA%20DE%
20CANUDOS.pdf
. Acesso em: 01 Jun. 2021.
Na literatura como fica?! - “Antônio Conselheiro, documento vivo de
atavismo”
“Considerando em torno, o falso apóstolo, que o próprio excesso de subjetivismo predispusera à
revolta contra a ordem natural, como que observou a fórmula do próprio delírio. Não era um
incompreendido. A multidão aclamava-o representante natural das suas aspirações mais altas. Não
foi, por isto, além. Não deslizou para a demência. (...) Paranóico indiferente, este dizer, talvez,
mesmo não lhe possa ser ajustado, inteiro. A regressão ideativa que patenteou, caracterizando-lhe
o temperamento vesânico, é, certo, um caso notável de degenerescência intelectual, mas não o
isolou — incompreendido, desequilibrado, retrógrado, rebelde — no meio em que agiu. Ao
contrário, este fortaleceu-o. Era o profeta, o emissário das alturas, transfigurado por ilapso
estupendo, mas adstrito a todas as contingências humanas, passível do sofrimento e da morte, e
tendo uma função exclusiva: apontar aos pecadores o caminho da salvação. Satisfez-se sempre
com este papel de delegado dos céus.
Fonte: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Três, 1984 (Biblioteca do Estudante) Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000091.pdf. Acesso em: 01 Jun. 2021. p. 66-67.
Seguidores de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra
Na literatura como fica?! - “Sertanejos”
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços
neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o
contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações
atléticas. (...) O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação
de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de
displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. (...) E se na marcha estaca pelo
motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um
amigo, cai logo — cai é o termo — de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de
equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado
sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável”.
Fonte: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Três, 1984 (Biblioteca do Estudante) Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000091.pdf. Acesso em: 01 Jun. 2021. p. 51.
Canudos, velha fazenda de gado à beira do Vaza-Barris, era, em 1890, uma tapera de cerca de cinqüenta
capuabas de pau-a-pique. Já em 1876, segundo o testemunho de um sacerdote, que ali fora, como tantos
outros, e nomeadamente o vigário de Cumbe, em visita espiritual às gentes de todo despeadas da terra, lá se
aglomerava, agregada à fazenda então ainda florescente, população suspeita e ociosa, "armada até aos
dentes" (...). Assim, antes da vinda do Conselheiro, já o lugarejo obscuro — e o seu nome claramente se
explica — tinha, como a maioria dos que jazem desconhecidos pelos nossos sertões, muitos germens da
desordem e do crime. Estava, porém, em plena decadência quando lá chegou aquele em 1893: tajupares em
abandono; vazios os pousos; e, no alto de um esporão da Favela, destelhada, reduzida às paredes exteriores,
a antiga vivenda senhoril, em ruínas... Data daquele ano a sua revivescência e crescimento rápido. O
aldeamento efêmero dos matutos vadios, centralizado pela igreja velha, que já existia, ia transmudar-se,
ampliando-se, em pouco tempo, na Tróia de taipa dos jagunços. Era o lugar sagrado, cingido de
montanhas, onde não penetraria a ação do governo maldito.
Fonte: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Três, 1984 (Biblioteca do Estudante) Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000091.pdf. Acesso em: 01 Jun. 2021. p. 81
Elementos do Conflito - motivações
● A ida dos sertanejos e de escravos libertos para o arraial acabou gerando
escassez de mão-de-obra barata na região.
● A Igreja Católica passava por um processo de fortalecimento de sua estrutura
hierárquica.
● República do Brasil (1889) encontrava-se em crise econômica e instabilidade
política
Desfeixo do conflito
O massacre começou no dia 7 de novembro de 1896, quando a primeira expedição do Exército brasileiro foi destacada
para combater os “conselheiristas” (nome dado aos seguidores de Antônio Conselheiro). No dia 5 de outubro de 1897,
após 11 meses de intenso combate no sertão baiano, a guerra teve seu fim, levando à morte cerca de 20 mil conselheiristas
e 5 mil soldados, além da destruição completa do arraial. A guerra contra Canudos teve como saldo final a destruição total
do arraial, o incêndio de todas as casas, o extermínio de prisioneiros civis, o abuso sexual, a prostituição e a degola de
mulheres e crianças, deixando até os dias de hoje uma ferida em aberto no sertão brasileiro. O Exército havia cumprido,
portanto, com o objetivo proposto pelo então presidente, Prudente de Morais, que chegou a fazer a seguinte declaração:
"Em Canudos não ficará pedra sobre pedra, para que não mais possa se reproduzir aquela cidadela maldita".
FONTE: https://www.brasildefato.com.br/2017/11/27/artigo-or-120-anos-do-fim-da-guerra-de-canudos-uma-ferida-em-aberto-no-brasil Acesso em: 01 Jun.
2021.
Apresentação
A política de valorização do café seria operacionalizada por meio dos seguintes mecanismos: a) o governo interviria no mercado
comprando os excedentes, propiciando assim o equilíbrio entre procura e oferta; b) em virtude da debilidade das contas nacionais, o
financiamento para essas compras e para a manutenção dos estoques seria realizado, especialmente, com empréstimos estrangeiros; c)
uma Caixa de Conversão seria criada para estabilizar o câmbio em um nível remunerador; o empréstimo externo serviria de lastro à
Caixa, que emitiria papel-moeda destinado à compra do café; d) um novo imposto, a princípio de 3 e depois de 5 francos, seria
cobrado sobre cada saca de café exportada para pagar o serviço da dívida externa resultante; e) para solucionar o problema no longo
prazo, os governos dos estados produtores deveriam adotar medidas para diminuir a expansão dos cafezais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre
História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negrabrasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm.
Apresentação
Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podendo mais suportar a escravidão na Marinha brasileira, a falta de
proteção que a Pátria nos dá; e até então não nos chegou; rompemos o negro véu que nos cobria aos olhos do patriótico e enganado
povo. Achando-se todos os navios em nosso poder, tendo a seu bordo prisioneiros todos os oficiais, os quais têm sido os causadores
da Marinha brasileira não ser grandiosa, porque durante vinte anos de República ainda não foi bastante para tratar-nos como
cidadãos fardados em defesa da Pátria, mandamos esta honrada mensagem para que V. Ex.a faça aos marinheiros brasileiros
possuirmos os direitos sagrados que as leis da República nos facilita, acabando com a desordem e nos dando outros gozos que
venham engrandecer a Marinha brasileira; bem assim como: retirar os oficiais incompetentes e indignos de servir à Nação
brasileira. Reformar o código imoral e vergonhoso que nos rege, a fim de que desapareça a chibata, o bolo e outros castigos
semelhantes; aumentar o nosso soldo pelos últimos planos do ilustre Senador José Carlos de Carvalho, educar os marinheiros que
não têm competência para vestir a orgulhosa farda, mandar pôr em vigor a tabela de serviço diário, que a acompanha. Tem V. Ex.a o
prazo de 12 horas para mandar-nos a resposta satisfatória, sob pena de ver a Pátria aniquilada.
Fonte:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/greve-geral-de-19
17-quando-sao-paulo-fez-o-brasil-parar.phtml
. Acesso em 23 Jun. 2021.
O que é o Anarquismo?
A palavra “anarquismo” tem origem na palavra grega anarkhia, que significa “ausência
de governo”. O anarquismo é uma corrente de pensamento, uma teoria e ideologia
política que não acredita em nenhuma forma de dominação – inclusive a do Estado sobre
a população – ou de hierarquia e prega a cultura da autogestão e da coletividade.
liberdade individual e coletiva, para o desenvolvimento de pensamento crítico e todas as
capacidades individuais das pessoas; Valores: igualdade – em termos econômicos,
políticos e sociais, valor que inclui questões de gênero e raça, solidariedade – a teoria
anarquista só tem sentido se há entre as pessoas apoio mútuo, com colaboração e espírito
de coletividade. O anarquismo critica principalmente exploração econômica do sistema
capitalista e o que chama de dominação político-burocrática e da coação física do
Estado. Os anarquistas não buscam uma revolução política, mas uma revolução social,
que parta da maioria da população, dos trabalhadores, da classe que sofre alguma forma
de dominação. Sua ideia principal é a horizontalidade: um território em que não exista
Estado, nem hierarquia e em que a população faça a autogestão da vida coletiva.
Fonte:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/greve-geral-de-1917-quando-sao-paulo-fez-o-brasil-para
r.phtml
. Acesso em: 23 Jun. 2021.
Desfecho da Greve
Em 16 de julho - mais de um mês após o início da paralisação no Cotonifício Crespi - um acordo entre
autoridades, organizações trabalhistas e industriais, mediado por jornalistas, pôs fim à greve em São Paulo.
Mais ainda não era o fim da greve geral. "Só em São Paulo a greve de fato terminou com uma negociação
única. No Rio e em Porto Alegre, os movimentos tiveram dimensões gerais, mas só terminaram na medida
em que cada setor chegava a um acordo com seu patronato. O ritmo de saída da greve foi aos poucos, assim
como a adesão", explica Batalha.
Segundo Biondi, até mesmo na cidade de São Paulo ainda havia categorias entrando em greve no dia 18 de
julho, como os pedreiros. Parte dos empresários se recusava a assinar os acordos e queria negociar condições
diretamente com os funcionários. Mesmo com a assinatura dos acordos, a consolidação dos direitos só viria
em 1943, durante o regime de Getúlio Vargas.
Ao iniciar-se a década de 20, a situação social e política torna-se explosiva. O ano de 1922 é significativo
dentro desse contexto, houve três acontecimentos importantes nesse ano, que marcam bem o clima do país. A
fundação do PCB empolgado o nascente movimento operário no Brasil; a Semana de Arte Moderna, que
desencadeia um processo de questionamento dos padrões culturais e artísticos do Brasil; e finalmente, a
eclosão do movimento tenentista. Fonte: FGV
Quem eram os sujeitos?!
Neste contexto (entre 1914-1930) foram os anos de crise econômica (café), imigração estrangeira,
crescimento industrial. Entretanto na década de 1920, ocorreu a “eclosão de vários movimentos
tenentistas (...), os oficiais de baixa patente formavam boa parte do corpo de oficiais de baixa patente
formavam boa parte do corpo de oficiais - 65,1% eram segundos-tenentes ou primeiros-tenentes e
21,3% eram capitães. (...) Acreditavam que o Brasil precisavam de um governo central para intervir
na economia (...) Eram liberais em temas sociais e autoritários na política. E agiam na cena pública
como militares: estavam dispostos a proteger o país e a destruir o poder das oligarquias regionais,
(...)”
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma Biografia. 2° ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p.
347.
Luiz Carlos Prestes Antonio Campos Ernesto Geisel
Revoluções e a Coluna Prestes
● Os “18 de copacabana de 1922”
● Bombas sobre a cidade de São Paulo em 1924 - recado aos revoltosos e aos
grupos envolvidos.
● Levantes em Manaus de 1924 - Governo local aos moldes socialistas nacionalista
● Coluna Prestes - marcha pelo interior do Brasil para a mobilização das
populações contra as práticas dos cafeicultores e coronéis. Formada por
aproximadamente 1000 homens.
● Exílio na Bolívia (1927) - Escapar do Governo
Desfecho da revolta
Os tenentes pagam o tributo dessa falha na sua ideologia, não conseguindo o apoio que precisavam para obter sucesso na sua
“Revolução”. Fato disso, que em 1930, quando ocorre uma grande aliança entre diferentes grupos da vida política brasileira
– tenentismo, políticos dissidentes e a população civil - , a Aliança consegue através de um golpe militar derrubar o governo
e Getúlio Vargas assumir a Presidência. Mas apesar da ideologia tenentista ter sido difusa, o movimento tenentista conseguiu
grande popularidade junto aos políticos dissidentes e as camadas médias urbanas e rurais. Seu prestigio junto à opinião
pública era notório e foi utilizado com muita habilidade por Getúlio Vargas, na campanha da Aliança Liberal e
posteriormente no seu governo. O tenentismo lançouse como movimento de vanguarda na Crise da República Velha e
germinou no seio da população brasileira, o sentimento de que algo devia ser feito. Principalmente com a Coluna Prestes,
que percorreu quase todo o Brasil, o tenentismo levou às populações rurais e urbanas o ideal de uma revolução possível.
Fonte: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/60059/cleber_barros.pdf?sequence=1&isAllowed=y.