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Guerra do Contestado
Salvador,
Abril de 2022
Escola Comendador Bernardo Martins Catharino
Guerra do Contestado
Salvador,
Abril de 2022
Sumário
Introdução ........................................................................................................pg. 04
Contexto Histórico ........................................................................................... pg. 05
Causas do Movimento ..................................................................................... pg. 07
Desenvolvimento do Movimento .................................................................... pg. 08
Desfecho .......................................................................................................... pg. 15
Referências ....................................................................................................... pg. 17
Introdução
No início do século XX, entre 1912 e 1916, na área então disputada pelos
estados do Paraná e Santa Catarina, denominada região do Contestado, uma
luta camponesa pela posse da terra levou às armas cerca de 20 mil pessoas,
gerando um dos maiores conflitos sociais da história do país. Os caboclos,
população que habitava a região se revoltou contra os governos estaduais, que
promoviam a concentração da terra em benefício dos grandes fazendeiros.
Também a revolta ocorreu contra o governo federal, que concedeu uma
extensa área de terra à empresa norte-americana – Brazil Railway company -
responsável pela construção do trecho da Estrada de Ferro São Paulo - Rio
Grande, que ligava o sul com o sudeste do Brasil. Para essa construção foram
contratados 8 mil homens que eram composto por ex revoltosos, ex escravos,
sertanejos e camponeses.
Antes da revolta começar de fato, já havia uma grande indignação dos povos
habitantes nas áreas presentes por conta da manifestação das empresas. Mas
a revolta só começou a tomar mais força quando surgiu um monge, curandeiro
e evangélico, João Maria que tinha um viés monárquico e se assemelhava com
Antônio Conselheiro por conta de sua ideologia. Quando o monge morreu,
surgiu outro chamado Miguel Lucena Boaventura que toma a frente da revolta
e posteriormente troca seu nome para José Maria, que cria organização
Quadros Santos com vários seguidores. O monge José Maria afirmava que o
fim do mundo estaria próximo e dizia aos seus seguidores que poderiam voltar
à vida se o seguissem. Após a morte do monge José Maria, dois de seus
seguidores tomaram a frente, sendo eles Maria da rosa, a virgem de 15 anos
que posteriormente ficaria conhecida como Joana D´Arc Do Sertão, e o menino
Deus Joaquim. Eles diziam receber mensagens divinas do Monge .
Contexto histórico
Os cablocos expulsos das terras, além dos 8 mil trabalhadores que foram
dispensados da estrada de ferro no final da construção, passaram a viver em
acampamentos ou redutos, como eram chamados esses locais, e sob a
liderança de uma personalidade religiosa denominada de Monge, na época do
conflito – José Maria. Com o tempo, foram expulsos dos redutos pelos
coronéis, que em conluio com as forças econômicas e governamentais
apropriaram-se das terras.
.Causas do Movimento
Quando a linha férrea ficou pronta, a empresa não garantiu o regresso das
pessoas que tinham se deslocado para a região, permanecendo ali sem
qualquer apoio; acresce ainda o fato de os camponeses terem ficado
desempregados e sem as suas terras para trabalhar, situações que
provocaram o empobrecimento da população dessa região, já que a fonte de
vida dessas pessoas que eram a erva mate e a madeira já estavam sendo
exploradas, o que aumentou a insatisfação popular.
Desenvolvimento do movimento
No segundo semestre de 1912, José Maria foi convidado por alguns moradores
da região de Taquaruçu, em Curitibanos (SC), para participar da festa do
Senhor Bom Jesus, realizada por Praxedes em 1912 celebrada em 6 de
agosto. Findada a festa, o monge permaneceu na localidade.
O principal fato da batalha do Irani foi a morte do coronel João Gualberto, chefe
do regimento paranaense, e do monge José Maria, líder dos caboclos. No
primeiro caso, porque aguça as forças militares contra a população revoltosa.
No segundo, porque desperta nos caboclos uma força sobrenatural a partir da
crença de ressurreição do monge, elevado à condição de messias.
Esse relato que foi transmitido pelo coronel Oliveiro Cortes, que acompanhou
esse encontro, só veio a público nas páginas d’A República em 24 de outubro,
dois dias após o combate do Irani. É preciso considerar, que no momento em
que estas informações foram divulgadas o combate já havia ocorrido. Desta
maneira, uma negociação de paz que trouxe consigo alguns tons de ameaça
podem ter servido para justificar as ações tomadas por Gualberto.
Referências