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23/05/2023
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Sumário
1 Introdução................................................................................................................................4
2 Questão religiosa, sociopolítica, militar...................................................................................5
2.1 Introdução.........................................................................................................................5
2.2 A questão social: abolicionismo (1871 a 1888)................................................................6
2.3 As leis abolicionistas........................................................................................................7
2.4 Consequências da ablição da escravidão..........................................................................8
2.5 A questão religiosa (1872 a 1875)....................................................................................9
2.6 A questão militar (1883 a 1887).....................................................................................10
2.7 A Proclamação da República .........................................................................................11
3 República da Espada e Oligárquica......................................................................................13
3.1 Introdução.......................................................................................................................13
3.2 Governo provisório (1889-1891)....................................................................................13
3.3 A crise do Encilhamento.................................................................................................14
3.4 A Constituição de 1891 ..................................................................................................15
3.5 As eleições indiretas e a escolha do primeiro presidente...............................................16
3.6 República da Espada......................................................................................................16
3.7 Repúbllica oligárquica....................................................................................................20
3.8 O Movimento Operário..................................................................................................22
3.9 Sociedade na Primeira República...................................................................................23
4 Conclusão...............................................................................................................................24
5 Referências.............................................................................................................................26
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1 Introdução
2.1 Introdução
A partir da década de 1870, o Império brasileiro começou a entrar em
decadência, com a perda de importantes bases de sustentação, o que contribuiu
com sua queda e a proclamação da República no Brasil. O declínio tem relação
direta com a modernização pela qual o país passava e as transformações
econômicas resultantes principalmente da expansão da lavoura cafeeira e do
desenvolvimento de uma nova mentalidade econômica, especialmente no Oeste
Paulista. A vitória militar na Guerra do Paraguai fortaleceu o exército, que exigia
cada vez mais espaço e não era atendido plenamente, o que colocava alguns
militares contra o Império, que se isolava cada vez mais. O isolamento político do
Império cresceu com a Questão Religiosa, que opôs setores da Igreja ao governo, e
a abolição da escravidão, que afastou grandes proprietários rurais escravistas e
políticos conservadores do Império. A perda das bases religiosa, militar e
sociopolítica para alguns historiadores resulta no entendimento de que foi a
Monarquia que sucumbiu, mais por sua fragilidade, do que pela força do Movimento
Republicano.
Nesse contexto, o mais longo governo brasileiro, sob o comando de D. Pedro
II, enfrentava sérias dificuldades para manter a estabilidade, especialmente após a
Guerra do Paraguai, quando a percepção por parte dos militares de sua limitada
atuação política era diretamente associada ao modelo político vigente. Além disso, a
participação dos escravos na Guerra do Paraguai contribuiu para mudar a visão
sobre a escravidão por parte de alguns militares que passaram a simpatizar com a
causa abolicionista. O avanço dessas ideias comprometia em muito a relação do
Imperador com os escravocratas, que cobravam uma atuação mais enérgica do
Estado a fim de que não tivessem seus interesses econômicos contrariados.
A relação do Trono com o Altar (Igreja) também estava desgastada após
episódios envolvendo a Igreja, o Estado e a maçonaria. A condição de continuidade
de uma monarquia parecia cada vez mais remota devido à saúde do Imperador e à
questão de gênero da sucessora (Princesa Isabel), a tal ponto que o fim do Império
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foi, no dizer de alguns historiadores, uma simples parada militar, não havendo
tentativas de reação. Enfim, o golpe republicano em 1889 foi resultado da
conjugação de interesses convergentes entre cafeicultores, segmentos médios e
militares, em que, mais uma vez, a grande maioria da população esteve alijada do
processo político do seu país, como atesta o jornalista Aristides Lobo ao afirmar que
“O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem saber o que significava.
Muitos acreditavam estar vendo uma parada”.
pressão do Visconde do Rio Branco e ordenou a prisão dos bispos, que foram
condenados a quatro anos de prisão com trabalhos forçados.
A prisão dos bispos não foi bem vista e considerada arbitrária pelos católicos,
então o Imperador interviu, transformando a pena em prisão simples. Em 1875, os
bispos foram anistiados, mas o fato demonstrou a insatisfação da Igreja com o
Beneplácito e fez com que vários clérigos e fiéis católicos deixassem de prestar
apoio ao governo de D. Pedro II, que perdia cada vez mais bases de sustentação
política.
3.1 Introdução
É certo que na fase republicana do Brasil golpes e revoluções se processam
ainda que possamos questionar o conceito idealizado de revolução. A própria
república que trazia muitas expectativas para alguns segmentos da população findou
em grande decepção, especialmente pelo projeto excludente da Constituição de
1891 que impedia a grande maioria da população o direito cidadão do voto. O
próprio equilíbrio entre os poderes proposto neste projeto durou pouco, pois
Deodoro da Fonseca, tendo seus interesses centralizadores contrariados pelo
Congresso de maioria civil e de ideais federalistas, optou pelo fechamento do poder
legislativo, numa clara atitude golpista. Embora, nesta fase, a atuação popular pelo
voto fosse limitada, a primeira república presenciou vários movimentos sociais que
de alguma forma representavam uma reação ao latifúndio, a miséria e a opressão
política das oligarquias dominantes, como nos movimentos messiânicos de
Canudos.
que chegavam ao país influenciados pelas novas ideias que desafiavam a ordem
capitalista. Nesse cenário, destaca-se, em um primeiro momento, o anarquismo,
difundido principalmente por italianos e espanhóis, por meio do fenômeno do
anarcossindicalismo. O sindicato servia como instrumento de luta por melhores
condições de trabalho, ao mesmo tempo que cumpria o papel de núcleo autônomo
de desafio da ordem imposta pelo Estado. Para dimensionar a influência dessa
ideologia no país, basta perceber que, no transcorrer da Primeira República, foram
criados 334 jornais anarquistas.A luta operária centrava-se no combate às péssimas
condições de trabalho do operariado no país. Não havia uma lei imposta pelo
Estado, inspirado em ideias liberais, que fosse capaz de limitar a exploração dos
empresários que submetiam seus funcionários a condições subumanas de trabalho
(carga horária de 12 a 16 horas diárias, baixos salários, exploração de mulheres e
crianças). A relação entre patrão e empregado, ou capital e trabalho, era
determinada pelo regulamento de fábrica, criado pelos proprietários das empresas.
Ao Estado, inclinando-se a favor do empresariado, cabia o papel punitivo daqueles
que contestassem a ordem capitalista vigente.Prova do papel repressor do Estado
veio no ano de 1907 com a Lei Adolfo Gordo, que permitia ao governo expulsar
estrangeiros considerados subversivos e, já no final da Primeira República, com a
Lei Celerada (1927), aprovada no Congresso Nacional, que autorizava o fim de
manifestações grevistas e a possibilidade de as autoridades legais fecharem
qualquer grupo representativo considerado contrário à ordem pública, como
sindicatos e partidos. Tamanha arbitrariedade governamental não foi capaz de
eliminar a luta do operariado no Brasil. Em 1906, 28 sindicatos de São Paulo e Rio
de Janeiro iniciaram o Primeiro Congresso Operário, criando as bases para a
fundação, em 1908, da Confederação Operária Brasileira (COB), que unificou a luta
pela causa trabalhadora no Brasil. O Congresso Operário seguia tendências
anarquistas e socialistas, além de optar pelo uso da greve como instrumento de luta.
Observa-se, assim, que manifestações grevistas ocorreram no Brasil durante toda a
primeira década do século XX. Porém, o grande instante do movimento operário
ficou por conta da Greve Geral de 1917. A partir do mês de junho daquele ano, em
muitas fábricas de São Paulo, intensificou-se a luta por melhores salários, redução
do trabalho noturno, abolição das multas e regulamentação do trabalho feminino.
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4 Conclusão
A Primeira República foi um período marcante na história política do Brasil,
estendendo-se de 1889 a 1930. Também conhecida como República Velha, essa
fase é caracterizada pela instauração do regime republicano no país, após a queda
da monarquia, e pela consolidação de uma nova ordem política, social e econômica.
A transição do Império para a República ocorreu em 15 de novembro de 1889,
quando o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um movimento militar que resultou
na proclamação da República. Com o advento do novo regime, o Brasil passou a
adotar um sistema presidencialista e uma Constituição que substituiu a antiga Carta
Imperial.
Além disso, a Primeira República foi marcada por uma série de conflitos
políticos e sociais. A política dos governadores, conhecida como "política do café
com leite", estabelecia uma alternância de poder entre os estados de São Paulo e
Minas Gerais, que se revezavam na indicação dos presidentes da República. Essa
prática, embora tenha garantido certa estabilidade política, também perpetuou o
domínio das oligarquias regionais. As tensões sociais também eram evidentes
durante esse período. A população urbana, em especial os trabalhadores e
imigrantes, vivia em condições precárias, enfrentando baixos salários, jornadas de
trabalho exaustivas e falta de direitos trabalhistas básicos. Essas condições levaram
a uma série de movimentos sociais e greves, como a Revolta da Vacina em 1904, a
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5 Referências
Apostila de História Sistema de Ensino Poliedro
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm
https://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/historia/a1republica.html
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/movimento-operario-no-seculo-xix.htm