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FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA

DO BRASIL
AULA 1

Prof. Álvaro Fonseca Duarte


CONVERSA INICIAL
Seja muito bem-vindo à nossa primeira aula da disciplina de Formação
Sócio-Histórica do Brasil.
Os objetivos dessa aula, neste primeiro momento, é a de apresentar e
estudar conteúdos referentes à independência e a construção do Brasil como
nação, especificamente o Império Brasileiro (I Reinado, Regência e início do II
Reinado) e a formação da identidade nacional.
Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
Vamos estudar uma síntese dos principais componentes econômicos e
políticos da conjuntura histórica do Império brasileiro (1822-1889). O objetivo é
entender o processo de independência do país e da constituição do Brasil como
nação (como ele deixa de ser colônia de Portugal para se tornar um país
independente), além de entender o compromisso do Império com a conservação
da estrutura política e social da época colonial.
No período imperial discutiu-se a formação do Brasil como nação, foi
quando se construiu a identidade nacional, impactando profundamente no que
somos atualmente.
Identidade é um conceito complexo, pois nos define como pessoas e
como povo. Para conhecer mais sobre esse conceito veja o vídeo Identidade.
https://www.youtube.com/watch?v=HdHVFzKWI_Y

PESQUISE
A partir do ano de 1822, o Brasil se transformou em uma nação
independente após a declaração de independência realizada pelo então príncipe
regente Dom Pedro I. O Brasil não realizou uma ruptura definitiva com os
representantes do governo colonial, conforme as outras independências que
ocorreram na América; fizemos uma independência “pelo rei” e não uma
independência “contra o rei”.
A nossa independência não aconteceu por meio da mobilização das
classes populares ou pela maioria da população brasileira, porque naquele
tempo mais de oitenta por cento dos habitantes do território brasileiro eram
escravos, que não possuíam nenhum poder de participar da política real.

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Portanto, os apoiadores de nossa independência foram os membros da elite que
desejavam manter a escravidão, as propriedades e a exportação dos produtos
agrícolas.
Os primeiros anos do Brasil independente foram de formação da nova
nação. Para compreender o processo de formação do Brasil Império, leia o
Capítulo 1 — Liberalismo e Conservadorismo no Império, do livro da disciplina.
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/686.php

Para ajudar na compreensão de como esse o conceito de identidade foi


construído durante o Brasil Império, leia o artigo A construção da identidade
nacional brasileira, de José Luiz Fiorin.
http://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/viewFile/3002/1933

Durante o período Regencial e o II Reinado estabeleceu-se dois grupos


políticos: os liberais e os conservadores. Além disso, foram épocas de
construção da imagem do imperador D. Pedro II, primeiro como o “órfão da
nação”, depois esperando “as barbas do imperador” e, por fim, como um
monarca sério, culto e preocupado com as questões nacionais.

TROCANDO IDEIAS
Durante o Brasil imperial, muito se discutiu sobre quem era o brasileiro. O
Instituto Histórico e Geográfico foi criado nesse período e uma das suas funções
era refletir sobre a formação da nossa nação. Hoje, essa questão já está mais
solidificada. Mas, afinal, o que faz de nós brasileiros?
Entre no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem, e registre sua resposta. Aproveite para debater, aprender e
trocar ideias com seus colegas!

NA PRÁTICA
A maior transformação social na história do Brasil aconteceu
gradualmente, entre 1850 e 1888, com o fim da escravidão. Entretanto, isso não
significa que esses ex-escravos viraram trabalhadores assalariados ou
pequenos proprietários, pois os regimes de trabalho opressivos, similares à
escravidão, prevaleceram no campo, fazendo com que muitos libertos fossem
para as cidades.
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Alguns abolicionistas defendiam uma reforma agrária complementar à
abolição, que desse terras aos libertos, mas essa ideia não foi adiante no Império
nem na República, devido à obstinada defesa da propriedade pelos
parlamentares.
A manutenção do perfil agroexportador do país e a permanência da
escravidão, vão deixar marcas muito profundas na sociedade brasileira. O
problema de concentração de terra é fruto dessa opção, assim como o racismo.

SÍNTESE
Nessa primeira aula estudamos o processo de independência do Brasil, a
consolidação do Governo Imperial, o Período Regencial e o início do II Reinado.
Analisamos o processo de formação da identidade nacional e as permanências
que surgiram desse processo.
Vimos que o Brasil se tornou independente, mas manteve a estrutura de
antes, herdadas do período colonial. Portanto, o Período Imperial se caracterizou
pelo conservadorismo político, pela defesa da escravidão, pelo perfil primário-
exportador, pelo latifúndio e pelo começo da construção da identidade nacional.

COMPARTILHANDO
Estamos iniciando a disciplina, mas você pode compartilhar o que
aprendeu até aqui! Não deixe de fazê-lo, pois, com certeza são informações
importantes para quem quer saber mais sobre o Brasil.
Lembre-se que trocar informações é sempre importante para nossa
aprendizagem, pois saber o que os outros pensam sobre o assunto também
ajudará você a dar sustentação ao seu ponto de vista. E uma boa opção para
ajudá-lo a expandir seus conhecimentos é compartilhar essas reflexões nas
redes sociais ou pessoalmente, com amigos e familiares, explicando o conteúdo
visto na aula de hoje. Além de fixar a matéria você estará passando informações
que são de interesse de todos.
Afinal, compartilhar aprendizados é sempre bom para todos e você pode
fazer a diferença!
Bons estudos!

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FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA
DO BRASIL
AULA 2

Prof. Álvaro Fonseca Duarte


CONVERSA INICIAL
Olá! Seja muito bem-vindo à nossa segunda aula da disciplina de
Formação Sócio-Histórica do Brasil.
Nessa aula estudaremos o processo de transição entre o Império
brasileiro e a República, compreenderemos o processo que culminou com o fim
da escravidão e as marcas que essa servidão deixou até hoje na sociedade em
que vivemos. Para tal, iniciaremos com uma análise das mudanças ocorridas na
sociedade e na política imperial, que resultaram na abolição do sistema
escravagista.
Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
Em História, os eventos, os processos e os acontecimentos têm durações
diferentes, sendo divididas em longa, média e curta duração. Mas o que isso
significa?
Significa que o impacto de determinados eventos e processos duram
mais, ou menos. É o caso da escravidão, em que sua duração oficial é de três
séculos, mas seus efeitos ainda podem ser sentidos na atualidade.
Para entender melhor sobre as consequências atuais do fim da
escravidão, leia o artigo O peso da história: a escravidão e as cotas.
http://www.revistaforum.com.br/outrofobia/2014/04/10/o-peso-da-historia-
escravidao-e-cotas/
Nessa aula, veremos que algumas questões muito pertinentes a nós hoje
já estavam pautadas nesse período que estamos estudando.

PESQUISE
Estamos estudando a mudança de regime de um Império para uma
República e esse processo, assim como a independência, ocorreu sem a
participação popular.
A autoridade de Dom Pedro I sempre sofreu uma forte oposição de
diversos setores políticos, seja por sua ineficiência ou por suas atitudes
autoritárias, e foi alvo de críticas que desgastavam a ordem política instituída.
Em 1831, na chamada Noite das Garrafadas, Dom Pedro I tentou reverter
a situação com a renovação do seu quadro de ministros, criando um novo

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ministério liberal composto apenas por brasileiros. Entretanto, em abril desse
mesmo ano, Dom Pedro I ordenou que seus ministros tomassem medidas contra
possíveis novas manifestações de repúdio em data próxima às festividades que
comemorariam o aniversário da princesa Maria da Glória. Como não teve sua
exigência atendida, destituiu o ministério brasileiro e reintegrou as antigas figuras
políticas que apoiavam o autoritarismo monárquico.
Quando os populares souberam da notícia, uma nova onda de protestos
sitiou o Campo de Santana e os revoltosos passaram a ganhar apoio de algumas
autoridades militares do Império, reduzindo o apoio político de Dom Pedro I, que
não viu outra opção senão renunciar.
Após todo esse ocorrido, na noite de 7 de abril de 1831, o rei entregou ao
major Miguel de Frias uma carta contendo a oficialização de sua renúncia. Nesse
mesmo documento, o Dom Pedro I deixava seu filho Dom Pedro II como príncipe
sucessor do trono brasileiro, mas como havia apenas cinco anos de idade seus
poderes foram transferidos para um governo regencial, que governaria até o
alcance de sua maioridade.
Aproveite para ler o Capítulo 2 — Ascensão e queda da economia
escravocrata e a crise do regime monárquico, do livro da disciplina, e
compreender a transição entre o Império e a República.
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/686.php

TROCANDO IDEIAS
A abolição foi o resultado, principalmente, da luta dos negros, escravos
ou alforriados, que através dos Movimentos Abolicionistas se mobilizaram contra
a continuidade do trabalho escravo. Esse questionamento colocou em xeque a
ordem social do final do Império, tornando inevitável, por um número cada vez
maior de pessoas, o questionamento se a escravidão era legítima ou não.
A escravidão chegou ao fim após um longo processo e o ex-escravizado
tornou-se igual perante a lei, mas isso não lhe deu garantias de que ele seria
aceito na sociedade, trazendo uma série de consequências que ainda são
sentidas na realidade da sociedade brasileira.
Entre no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem, e discuta com seus colegas sobre quais são essas
consequências e como elas ainda impactam a sociedade brasileira. Aproveite
para debater, aprender e compartilhar ideias!

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NA PRÁTICA
Vamos conhecer um pouco mais sobre a escravidão negra?
Assista ao trecho do filme Quanto vale ou é por quilo?, do diretor Sérgio
Bianchi, que faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual
exploração da miséria pelo marketing social, focalizando as semelhanças
existentes no contexto social e econômico das duas épocas e criticando as
ONGs e as suas captações de recursos junto ao governo e empresas privadas.
https://www.youtube.com/watch?v=0ztb9wRp_J0

SÍNTESE
Nessa aula estudamos sobre o Império brasileiro, que teve seu fim quando
rompeu com suas bases de sustentação: os fazendeiros, a Igreja e os militares.
Também conhecemos o processo que envolveu o movimento negro e
culminou nas leis de abolição da escravidão, resultando no fim da escravidão no
Brasil. Assim como os problemas sociais advindos desse fim, que ainda hoje não
foram totalmente resolvidos na sociedade brasileira.

COMPARTILHANDO
Leve adiante o que você viu na aula de hoje!
Com certeza você conhece alguém que vai gostar de ouvir sobre esse
assunto. E uma boa opção para ajudá-lo a expandir seus conhecimentos é
compartilhar essas reflexões nas redes sociais ou pessoalmente, com amigos e
familiares, explicando o conteúdo visto na aula de hoje. Além de fixar a matéria
você estará passando informações que são de interesse de todos.
Bons estudos!

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FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA
DO BRASIL
AULA 3

Prof. Álvaro Fonseca Duarte


CONVERSA INICIAL
Olá! Seja muito bem-vindo à nossa terceira aula da disciplina de
Formação Sócio-Histórica do Brasil.
Nessa aula estudaremos o início da República no Brasil e o processo de
consolidação de regime. Esse foi um período de grandes transformações na
sociedade brasileira, que ficou marcado pelas revoltas causadas, entre vários
motivos, pela incapacidade do governo em negociar com a sociedade.
Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
A República no Brasil surgiu com um golpe aplicado pelos militares e sem
a participação popular. Como vimos na aula anterior, o Governo imperial já havia
perdido suas bases e como a sociedade não reagiu à queda da monarquia, a
República, no início, precisou ser inventada. Portanto, construíram símbolos
para “integrar” o povo ao novo regime, mas isso acabou não funcionando muito
bem.
A República mantém o caráter agrário-exportador do Brasil, com o café
sendo o principal produto de exportação brasileira; nesse período vivemos,
também, o auge da economia da borracha. Como as elites agrárias continuaram
controlando o país politicamente, esse período ficou conhecido por República
Oligárquica.
Para entender melhor sobre o assunto, leia o artigo História econômica
do Brasil na República Velha, a seguir.
http://www.historialivre.com/revistahistoriador/um/marcos.pdf

PESQUISE
O novo regime começou com a criação de uma nova constituição, que
ficou pronta em 1891.
Quer conhecer a primeira Constituição Republicana e o que ela dizia?
Acesse-a a seguir.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao91.htm

A República das Oligarquias ocorreu no período entre 1894 e 1930, com


o governo de Prudente de Morais, e teve um forte domínio das oligarquias na

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política nacional, estas eram compostas, sobretudo, por ricos e poderosos
proprietários rurais, principalmente da região sudeste do Brasil.
As principais características políticas e econômicas do período foi o
coronelismo, a política do café-com-leite, fraudes eleitorais — “voto de cabresto”
—, o início do processo de industrialização do país, a formação da burguesia
industrial urbana e do operariado — principalmente nas cidades de São Paulo e
Rio de Janeiro —, a política dos Governadores e o tenentismo.
O início da República foi marcado por uma série de movimentos e
conflitos, especialmente das populações mais pobres contra o controle político
do Governo (revolta da Armada, Federalista e Tenentismo). Em geral, esses
conflitos surgiram da falta de percepção do governo acerca das questões sociais
nacionais.
Assista o vídeo a seguir, produzido pela TV Brasil, com o historiador Boris
Fausto falando das características políticas desse momento da história
brasileira.
https://www.youtube.com/watch?v=mWbZdmQcSzY

Aproveite para ler o Capítulo 3 — República e Coronelismo, do livro da


disciplina, e compreender esse período da História do Brasil.
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/686.php

TROCANDO IDEIAS
Como vimos, nesse período conhecido como República Oligárquica, a
elite agrária utilizava-se de vários meios para se manter no poder, como o “voto
de cabresto”, o controle sobre as eleições, a política de governadores, o
coronelismo e a política do café-com-leite, entre outros.
Hoje, em certa medida, temos mais liberdade, mas, mesmo assim,
precisamos avançar muito para a chegarmos a uma democracia plena. Qual a
sua opinião sobre esse assunto?
Entre no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem, e transmita sua opinião para os seus colegas. Aproveite para
debater, aprender e compartilhar ideias!

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NA PRÁTICA
A República Oligárquica foi um período de mudanças, marcado por
conflitos e revoltas. Parece haver um abismo entre a população e o governo, que
não atende as demandas dos vários segmentos da sociedade.

SÍNTESE
Podemos perceber que os primeiros anos da República no Brasil foram
bastante conturbados, devido ao grande número de revoltas. Essas nascem da
incapacidade do governo em lidar com os problemas sociais da República
nascente.
Na política, vimos os mecanismos utilizados pela elite para permanecer
no poder e que o Brasil mantém o modelo econômico agrário-exportador, mas
inicia também um processo um pouco mais consistente de industrialização
devido a substituição de importações.

COMPARTILHANDO
Leve adiante o que você viu na aula de hoje!
Com certeza você conhece alguém que vai gostar de ouvir sobre esse
assunto. E uma boa opção para ajudá-lo a expandir seus conhecimentos é
compartilhar essas reflexões nas redes sociais ou pessoalmente, com amigos e
familiares, explicando o conteúdo visto na aula de hoje. Além de fixar a matéria
você estará passando informações que são de interesse de todos.
Bons estudos!

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FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA
DO BRASIL
AULA 4

Prof. Álvaro Fonseca Duarte


CONVERSA INICIAL
Olá! Seja muito bem-vindo à nossa quarta aula de Formação Sócio-
Histórica do Brasil.
Nesse encontro, estudaremos o processo de industrialização brasileiro e
um dos períodos mais emblemáticos da história nacional: a Era Vargas.
Entenderemos como esse período político conturbado influenciou nas mudanças
socioculturais, no advento das leis trabalhista e na era do Rádio.
Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
Getúlio Vargas governou o Brasil, continuamente, por 15 anos (de 1930 a
1945), marcando esse período na história brasileira pelas inúmeras
transformações sociais e econômicas que ele fez no país.
A Era Vargas teve início com a Revolução de 1930, onde expulsou do
poder a oligarquia cafeeira, e foi dividida em três momentos:
1. Governo Provisório (1930 a 1934)
2. Governo Constitucional (1934 a 1937)
3. Governo Ditatorial ou Estado Novo (1937 a 1945)

Politicamente, Getúlio Vargas se manteve no poder através de vários


golpes, contragolpes e de uma política que mesclava o Fascismo europeu e o
Populismo latino-americano. Para entender mais sobre o governo Vargas leia, a
seguir, a entrevista com o professor doutor Carlos Lessa.
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/534584-a-reinvencao-da-era-
vargas-e-o-desenvolvimento-nacional-entrevista-especial-com-carlos-lessa

PESQUISE
Durante os quinze anos da Era Vargas houve um grande investimento na
industrialização no país, promovido pelo próprio Estado brasileiro. Como a
produção interna começou a substituir as importações, a indústria de base
alcançou um grande crescimento.
Em 1939, foi descoberto, na Bahia, a primeira jazida de petróleo do Brasil,
a partir dessa descoberta seguiram-se anos de nacionalismo, com o estado

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controlando a produção nacional de petróleo e com a produção de organismos
que permitiram ampliar a variedade de produtos agrícolas para exportação.
Aproveite para ler o Capítulo 4 — Industrialização no Brasil, do livro da
disciplina, e compreender esse processo.
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/686.php

Getúlio Vargas praticava uma política populista, o que levou a ser


chamado de “pai dos pobres”, mas despeito disso o seu governo repreendeu,
perseguiu, prendeu, torturou e exilou intelectuais e políticos contrários aos seus
preceitos.
Como vimos, esse é o período de início do Populismo, que se tornará uma
das características dos futuros governos brasileiros. Para entender mais sobre
esse conceito, leia o artigo a seguir.
http://www.scielo.br/pdf/rsocp/n17/a11n17.pdf

A Era Vargas foi também a era de ouro do rádio, com a fundação da Rádio
Nacional do Rio de Janeiro, em 1936, um marco na história do país, que foi
utilizado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda para divulgar os ideais
do regime, entre eles a dicotomia entre o “malandro” e o “trabalhador”.
A valorização do “trabalhador” é um dos carros chefes do governo, que
criou as leis trabalhistas e queria espalhar esse ideal pela sociedade. Até o
samba foi influenciado por essa ideologia.

TROCANDO IDEIAS
O governo Vargas é, até hoje, bastante controverso.
Por um lado, temos a criação das leis trabalhistas e a defesa dos
trabalhadores. De outro, temos a perseguição aos inimigos do regime, a censura
e a suspensão das eleições. E você, depois de ter estudado sobre esse assunto,
como vê a Era Vargas?
Entre no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem, e transmita sua opinião para os seus colegas. Aproveite para
debater, aprender e compartilhar ideias!

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NA PRÁTICA
Os anos entre 1930 e 1940 foi um período de grandes mudanças na
sociedade brasileira, onde houve a construção de uma nova noção do que é ser
brasileiro. É, também, quando surgem as leis trabalhistas, que estão sendo
questionadas atualmente.

SÍNTESE
Nessa aula estudamos sobre a Era Vargas (1930-1945), que foi uma
época marcada pela criação das bases para o desenvolvimento industrial
brasileiro, pela consolidação das leis trabalhistas e de mudanças culturais
importantes — momento em que se criou uma “nova” imagem, uma “nova”
identidade, do que é o Brasil.
Analisamos, também, as várias artimanhas políticas que Getúlio Vargas
utilizava para se manter no poder durante quinze anos ininterruptos,
manipulando tanto as classes trabalhadoras como a elite burguesa.

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Leve adiante o que você aprendeu na aula de hoje!
Com certeza você conhece alguém que vai gostar de ouvir sobre esse
período da Era Vargas. E uma boa opção para ajudá-lo a expandir seus
conhecimentos é compartilhar essas reflexões nas redes sociais ou
pessoalmente, com amigos e familiares, explicando o conteúdo visto na aula de
hoje. Além de fixar a matéria você estará passando informações que são de
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Bons estudos!

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FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA
DO BRASIL
AULA 5

Prof. Álvaro Fonseca Duarte


CONVERSA INICIAL
Olá! Seja muito bem-vindo à nossa quinta aula de Formação Sócio-
Histórica do Brasil.
Nesse encontro estudaremos o Nacional-desenvolvimentismo e o período
conhecido como República Liberal (1945-1964); bem como as mudanças sociais
e culturais que ocorreram durantes esses anos.
Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
A República Liberal acaba em 1964 com o golpe militar, esse gestado ao
longo do governo João Goulart, porém com suas bases na tentativa de golpe ao
governo de Getúlio Vargas, dez anos antes.
Para compreender o processo do golpe, leia o artigo Colapso do
Populismo e Regime Militar no Brasil a seguir.
http://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/viewFile/67404/70014

Assista ao especial A vida e a cultura no Brasil em 1964 e conheça


como era a sociedade brasileira antes do golpe militar.
https://www.youtube.com/watch?v=7FHeI7TuZj8

PESQUISE
O nacional-desenvolvimentismo foi adotado pelos governos do período
entre 1945 e 1964, pois esses visavam diminuir as defasagens nacionais a fim
de desenvolver o país.
Par compreender a definição da expressão nacional-desenvolvimentismo
leia o texto a seguir.
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_nacional_
desenvolvimentismo.htm

Os anos entre 1945 e 1964 ficaram conhecidos como República Liberal


por ser, até então, o período mais longo de democracia. Apesar das várias
tentativas de golpes, do suicídio de um presidente e da renúncia de outro após
sete meses de governo, durante esses 19 anos ocorreram eleições regulares
para todos os cargos políticos.
Para compreender sobre esse período, leia o artigo 1946 – 1964: a
experiência democrática no Brasil.
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http://www.scielo.br/pdf/tem/v14n28/a01v1428.pdf

Esse foi um período de efervescência cultural, com o surgimento da Bossa


Nova, da Jovem Guarda, do Cinema Novo, do Teatro Arena e dos Centros de
Cultura Popular. Também foi uma época de mudanças sociais, da construção de
Brasília e do crescimento das cidades por causa da industrialização.
Para conhecer mais um pouco sobre esse momento assista o
documentário a seguir e preste bastante atenção nas imagens da época.
https://www.youtube.com/watch?v=j9FRIGu5BL0

Aproveite para ler o Capítulo 5 — Ditadura Militar e redemocratização do


Brasil, do livro da disciplina, e compreender esse processo.
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/686.php

TROCANDO IDEIAS
O nacional-desenvolvimentismo tinha como base o Estado como o
propulsor da economia. Isso significava uma interferência direta desse nos
assuntos econômicos, incentivando a entrada de capital estrangeiro no país e
desestimulando a modernização da indústria nacional.
Na sua opinião, qual o papel do Estado no desenvolvimento
econômico? Deve intervir ou não?
Entre no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem, e transmita sua opinião para os seus colegas. Aproveite para
debater, aprender e compartilhar ideias!

NA PRÁTICA
Esse período entre 1945 e 1964, de efervescência cultural, ajudou a
construir a nossa imagem no exterior. O Cinema Novo ganhou os principais
prêmios do cinema mundial, a bossa nova ficou imortalizada na voz de Frank
Sinatra e se tornou, ao longo do tempo, uma das músicas mais tocadas no
mundo. Ganhamos duas Copas do Mundo seguidas, havia todo um clima de
otimismo no ar e o desenvolvimento econômico do período ajudou a estabelecer
nossa imagem.

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SÍNTESE
Nessa aula estudamos o Período Democrático (1945-1964), época de
desenvolvimento econômico que lançou as bases para o crescimento dos anos
seguintes. Na cultura, observamos que foi o momento onde houve uma grande
ebulição, representando o otimismo desse período. E, politicamente, tivemos o
mais longo período democrático interrompido pelo golpe de 1964, que deu início
à Ditadura Civil Militar.

COMPARTILHANDO
Leve adiante o que você aprendeu na aula de hoje!
Com certeza você conhece alguém que vai gostar de conhecer um pouco
mais sobre esse período da história. E uma boa opção para ajudá-lo a expandir
seus conhecimentos é compartilhar essas reflexões nas redes sociais ou
pessoalmente, com amigos e familiares, explicando o conteúdo visto na aula de
hoje. Além de fixar a matéria você estará passando informações que são de
interesse de todos.
Bons estudos!

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FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA
DO BRASIL
AULA 6

Prof. Álvaro Fonseca Duarte


CONVERSA INICIAL
Olá! Seja muito bem-vindo à nossa última aula de Formação Sócio-
Histórica do Brasil.
Hoje conheceremos como a Ditadura Civil Militar se estabeleceu e
governou o país. Além disso, veremos as formas de resistência ao regime e os
movimentos de luta, a reabertura política, o fim do regime militar e os anos finais
do século XX.
Boa aula!

CONTEXTUALIZANDO
A Ditadura Civil Militar teve seu início com o golpe em 1964, como vimos
na aula anterior. A partir disso, os militares assumiram o poder e governaram
através dos Atos Institucionais.
No período da Ditadura Militar os governantes se mantinham no poder,
muitas vezes, por meio da repressão. Essa se dava de maneira física, através
da tortura e, também, da censura, da exoneração de servidores públicos e de
outras formas de perseguição. Esse período foi marcado também pelos
movimentos de resistência e luta contra a Ditadura.
Para compreender melhor esse período a partir do ponto de vista de quem
sofreu repressão, assista ao documentário sobre os filhos de guerrilheiros e
sobre a luta de seus pais.
https://www.youtube.com/watch?v=Iy5yRNYsUzI

PESQUISE
Os primeiros anos da Ditadura Militar foram conhecidos pelo grande
crescimento econômico, conhecido como “Milagre Brasileiro”; as bases para
isso estavam nos anos do nacional-desenvolvimentismo, que prepararam o
terreno para o crescimento do período. A partir de 1973, o Brasil e o mundo
entram em uma grave crise econômica, que vai levar, na década de 1980, aos
anos perdidos: época de descontrole da inflação, moratória, controle dos
preços e dos famosos “planos econômicos” do governo Sarney.
Aproveite para ler os Capítulos 5 — Ditatura Militar e redemocratização
do Brasil e 6 — A modernização econômica do Brasil e o cenário político mundial,
do livro da disciplina.
http://ava.grupouninter.com.br/tead/hyperibook/IBPEX/686.php
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A crise e o desgaste do regime ajudaram a acabar com os governos
militares. Assista ao especial da TV Cultura e compreenda mais sobre esse
processo de redemocratização do Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=XxWhON7BPlk

A partir da redemocratização, os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC


estavam preocupados com a estabilização da economia. Muitos planos
econômicos foram lançados nesses quase dez anos (1985-1994). Para saber
mais sobre esse assunto, leia o artigo a seguir.
http://www.spell.org.br/documentos/download/12335

TROCANDO IDEIAS
“Regimes ditatoriais só terminam quando as instituições competentes
promovem o julgamento público de suas lideranças, sob o amplo debate da
sociedade. A ruptura histórica fundadora do processo de redemocratização
depende de uma inflexível condenação do período antecedente”. (SCALZILLI,
Guilherme. Caros Amigos. Ano XII, edição 138. Set. 2008)
A Lei da Anistia livrou do julgamento os que lutaram contra a
Ditadura, mas também os militares que torturaram e assassinaram. Você
acredita que a lei da Anistia deve ser revista?
Entre no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de
Aprendizagem, e transmita sua opinião para os seus colegas. Aproveite para
debater, aprender e compartilhar ideias!

NA PRÁTICA
O regime militar deixou muitas marcas na sociedade brasileira que ainda
não foram curadas, como a corrupção, a impunidade e a violência policial. A
Comissão Nacional da Verdade elencou uma série de recomendações a fim de
enfrentarmos e tentarmos sanar as marcas desse período tenebroso da nossa
história.
Conheça o trabalho da Comissão Nacional da Verdade acessando o ícone
a seguir.
http://www.cnv.gov.br/images/pdf/relatorio_versao_final18-02.pdf

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SÍNTESE
Nesse último encontro estudamos sobre a Ditadura Militar, que contou
com o apoio de elementos da sociedade civil para chegar e se manter no poder;
repreendendo todos que questionassem o regime. Além disso, observamos as
formas de resistências à Ditadura — da luta armada aos movimentos sindicais e
religiosos —, bem como o processo de redemocratização e as tentativas de
estabilização da economia.

COMPARTILHANDO
Leve adiante o que você aprendeu na aula de hoje!
Com certeza você conhece alguém que vai gostar de conhecer um pouco
mais sobre esse período de Ditadura Militar no Brasil. E uma boa opção para
ajudá-lo a expandir seus conhecimentos é compartilhar essas reflexões nas
redes sociais ou pessoalmente, com amigos e familiares, explicando o conteúdo
visto na aula de hoje. Além de fixar a matéria você estará passando informações
que são de interesse de todos.
Bons estudos!

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