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1. Introdução .............................................................................................................. 2
2. Objectivos .............................................................................................................. 3
9. Conclusão .............................................................................................................. 9
1. Introdução
Este trabalho pretende analisar as tendências historiográficas que buscaram
definir um conceito historiográfico para a resistências africanas. Intenta-se inicialmente
compreender o surgimento dos estudos acerca da resistência africana, inserindo-os em
seu devido contexto histórico. Posteriormente, apresentamos criticamente algumas
ressalvas contemporâneas feitas a esse modelo. A última parte do trabalho é composta
por uma proposta teórica própria para a resistência anticolonial africana.
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2. Objectivos
2.1.Objectivo geral
Falar das Resistências Africanas
2.2.Objectivos específicos
Definir a Resistência;
Falar das causas das resistências;
Explicar e Conceitualizar o período pré-ocupação colonial de africa;
Debruçar o papel da religião e das ideologias religiosas.
3. Metodologia de trabalho
O presente trabalho de campo, envolveu inicialmente a obtenção de informações
teóricas através de manuais, seguido do estudo formal descritivo, calcado numa
pesquisa bibliográfica junto a autores consagrados na abordagem do tema tratado, além
da leitura de artigos específicos sobre o assunto abordado através da internet.
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4. Fundamentação teórica
5. Resistências Africana
De acordo com NEWITTI (2007:288), define a resistência como conjunto de
iniciativas levada a cabo por um grupo de pessoas que defendem uma causa política na
luta, contra um invasor, para o mesmo autor vai mais além ao enfatizar que este termo
pode se referir qualquer esforço organizado pelos defensores de um ideal comum contra
a autoridade constituída, sendo qualquer milícia armada que luta contra qualquer
autoridade, governo ou administração imposta.
6. Generalização da Resistência
Uma das ideias sobre a resistência africana é sustentada pelos historiadores euro
centristas e sustentava que os povos africanos viam a chegada dos europeus como um
feliz acaso que os permitiria libertar-se das guerras internas e tribais, das epidemias,
fomes e outros males que assolavam o continente.
Segundo os teóricos desta corrente havia, entre os africanos, aqueles que eram
pacíficos e, portanto, não ofereceram resistência e outros, uma minoria "sedenta de
sangue", que protagonizaram reacções primitivas e irracionais. Portanto, para esta
corrente historiográfica, os africanos nunca protagonizaram uma acção de resistência
como um "fenómeno organizado".
É despropositado tentar, no contexto da resistência africana, distinguir as
sociedades africanas em belicosas e pacíficas, pois quase todos os estados africanos se
esforçaram por alcançar uma plataforma de colaboração com os europeus, mas também
todos eles tinham valores e interesses a defender, mesmo com recurso às armas, se fosse
necessário.
A atitude inicial dos africanos face à chegada dos europeus no Século XIX foi
muito variada, mas em geral prevaleceu a surpresa receosa ou divertida e sobretudo a
hospitalidade. Raramente foi de hostilidade. Só quando a escravatura atingiu as
pequenas tribos.
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Porém os primeiros viajantes (Livingstone, Caillé, Binger, Mungo Park, etc.) são
unânimes quanto à hospitalidade dos africanos. Aliás é essa atitude que explica o
sucesso de várias expedições de exploradores europeus que por África passaram nos
primeiros ¾ do século XIX.
Contudo no fim do século XIX os africanos aperceberam-se da existência de
uma nova vaga de estrangeiros cujos objectivos eram diferentes dos primeiros. Foi
nessa altura que a resistência africana começou a se manifestar, movida pela
consciência de um perigo de morte das colectividades africanas.
Primeiro foram os chefes e as classes privilegiadas que reagiram perante a
ameaça da sua liberdade e autonomia devido a chegada dos europeus.
Depois, com a implantação do sistema colonial, a resistência generalizouse
tomando diferentes formas, desde a fuga até a sublevação armada.
Como você vê, todas as sociedades africanas, desde as comunidades nómadas
até as várias sociedades centralizadas resistiram à ocupação europeia. Como é óbvio, o
nível de organização em cada uma das sociedades reflectiu-se na intensidade que a
resistência atingiu em cada
sociedade.
Um ponto assente, porém é que os africanos não assistiram indiferentes, ou com
agrado à ocupação de suas terras e nem tão pouco reagiram com actos primitivos e
irracionais diante da ocupação. Pelo contrário, um pouco por toda África,
independentemente do nível de organização de cada sociedade, os africanos procuraram,
das mais diversas formas de lutar contra a ocupação de suas terras.
7. A ideologia da resistência
Vários críticos europeus do colonialismo, favoráveis à oposição africana,
também admitiam, no entanto, que os africanos não tinham muita coisa no seu modo de
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8. Tipos de resistências
8.1.Resistência passiva
Esta forma de resistência foi a primeira a ser usada pelos africanos.
Caracterizava-se pela recusa do sistema, passividade, fuga para outras áreas de menor
actuação e sem acesso do colono, recusa do pagamento de imposto, recusa como
carregador, ou de produzir culturas obrigatória, simulação de doença, dissimulação,
erros voluntários durante recenseamentos fiscais sobre dados reais nome ou idade,
automutilação, enfraquecimento simulado ou voluntario, sabotagem de culturas, entre
outos. (M´bokolo, 2004:457-8)
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9. Conclusão
Findo o trabalho posso constatar que a atitude inicial dos africanos face à
chegada dos europeus no Século XIX foi, em geral, de surpresa receosa ou divertida e
sobretudo a hospitalidade. Raramente foi de hostilidade.
A resistência africana começou a se manifestar no fim do século XIX, quando os
africanos aperceberam-se da existência de uma nova vaga de estrangeiros cujos
objectivos eram diferentes dos primeiros, e foi movida pela consciência de um perigo de
morte das colectividades africanas.
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