Você está na página 1de 13

3

1. Introdução

Muito tem se debatido sobre a historiografia da resistência africana, isto nos dois
sentidos: europeístas e africanistas coube aos estudos recentes sobre o grau de preparação
e organização colonial e do africano. Durante época de 1880-1920, muitos povos
africanos foram humilhados, catequizados e impedidos de realizar seus ritos e seus
costumes. Alguns desses conhecimentos foram incorporados à novos estudos que surgiam
e outros se extinguiram para sempre. Podemos constatar que de igual forma que
resistimos a ocupação colonial mesmo sem meios equiparáveis do agressor demos o
nosso máximo, Alguns povos ficaram conhecidos pela força de sua resistência na época
do imperialismo na África, como outros que também colaboraram com o Europeu. Nesse
trabalho irei abordar as tais resistências e como elas foram concebidas pelo europeu,
quais foram os pontos fracos do africano? Para responder a essas perguntas de forma
didáctica divide o trabalho em seguintes objectivos:

1.1 Geral

 Analisar as resistências africanas a ocupação colonial.

1.2 Específicos

 Conceptualizar resistência;
 Contextualizar o período pré-ocupação colonial de africa;
 Explicar as causas da resistência;
 Descrever as vias ou formas de resistências africana a ocupação colonial;
 Identificar o papel da religião e das ideologias religiosas.

1.3 Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho, de modo a alcançar objectivos acima traçados


recorri à pesquisas bibliográficas que compreenderam a leitura minuciosas, tomada de
notas sobre informações mais relevante e culminou com a sua compilação final.
4

2. Críticas contextuais do apresentador

Para evitar repetições, primeiro tenho de elogiar o esforço empreendido pelo colega, de
trazer quase todos os elementos essências do tema em estudo. Sob responsabilidade
minha de crítica, vou tecer algumas considerações técnicas e subsidiando tan os
conteúdos.

 O trabalho apresenta sinais de colagens como no segundo paragrafo da pagina 4,


no 2.1. que contem enumeração da citação.
 Ao longo do desenvolvimento do trabalho do apresentador, notei erros de
coordenação frasal, suscitando a incoerência dos conteúdos por falta de separação
entre parágrafos, isto levou a dubitabilidade da identificação das referências
usadas passando parágrafos sem citação.
 Na referencia bibliográfica o colega teve problema de citação do ano exacto da
publicação de obra, refiro-me do KI-ZERBO, segundo a qual insere 1972 na
referencia, mas nas citações vê 2004. Para identificação do ano de uma recorre-se
a data recente.

No oque concerne ao termo bandidismo social não deveria constar no trabalho como
forma de resistência, mas sim como o ponto de vista de historiadores pro-colonia face as
revoltas dos africanos, este assunto já dei referência logo no do desenvolvimento desse
trabalho.

E a repressão não foi também via de resistência, porque quem reprimia a população não
era o africano mas sim o malogro colonizador.
5

3. RESISTÊNCIAS EM AFRICANA SUA GENERALIDADE

De acordo com NEWITTI (2007:288), define a resistência como conjunto de iniciativas


levada a cabo por um grupo de pessoas que defendem uma causa politica na luta, contra
um invasor, para o mesmo autor vai mais alem ao enfatizar que este termo pode se referir
qualquer esforço organizado pelos defensores de um ideal comum contra a autoridade
constituída, sendo qualquer milícia armada que luta contra qualquer autoridade, governo
ou administração imposta.

3.1 Contexto das resistências africanas

Antes de uma abordagem directa a respeito de como o continente foi subjugado a


dominação estrangeira, recuemos um pouco o tempo antes de 1880.

Até 1880, em cerca de 80% do seu território, a África era governada por seus próprios
reis, rainhas, chefes de clãs e de linhagens, em impérios, reinos, comunidades e unidades
políticas de porte e natureza variados. No entanto, nos trinta anos seguintes, assiste-se a
uma transmutação extraordinária, para não dizer radical, dessa situação. Em 1914, com a
única excepção da Etiópia e da Libéria, a África inteira vê-se submetida à dominação de
potências europeias e dividida em colónias de dimensões diversas, mas de modo geral,
muito mais extensas do que as formações políticas preexistentes e, muitas vezes, com
pouca ou nenhuma relação com elas. Nessa época, aliás, a África não é assaltada apenas
na sua soberania e na sua independência, mas também em seus valores culturais.
(Boahen, 2010:3).

Já para M’BOKOLO (2004:285), recorre que ao período anterior de 1880, a Africa não
estava fechada ao mundo exterior para qual foi obrigada a exportar milhões de homens
que levaram consigo saberes, modos de vida, crenças ideias que haviam de sobreviver
nos países de acolhimento, embora marginal a presença estrangeira europeia e árabe, era
mais ou menos antiga, em alguns lugares espalhavam influencias economias, politica e
religiosa por vezes culturais não lhe tirou a soberania, isto é, a independência. Contudo
com o desaparecimento brutal dessa independência por acção e proveito do europeu,
constituiu o descontentamento abrupto do africano para se rebelar.

Como afirma ABBAS, (1931:9). Contudo um povo diante de súbita mudança. Uma nação
inteira, sem estar preparada para isso, viu-se obrigada a se adaptar ou, se não, sucumbir.
6

Tal situação conduziu necessariamente a um desequilíbrio moral e material, cuja


esterilidade não estava longe da desintegração completa.

Diante deste novo desafio da Africa em geral podemos notar que com a chegada dos
europeus o panorama continental e que substituiu do antigo sistema e que trouxe novos
elementos e antigos destruídos por consequente as instituições (politicas, sociais,
económicas e religiosas,) também foram abaladas e se desintegradas. Os efeitos de todos
esses fenómenos sobre a África, seus povos. Para tal o povo não viu o decair do seu poder
de ânimo leve dai que surge a tentativa de resgatar a soberania que estava em perigo.

3.4 Resistências à ocupação efectiva da África

O estudo deste período tem sido cada vez controverso, devido das proveniência das
fontes sobretudo quando o escritor é pro europeístas, afirmando em algumas vezes a
glorificar habilmente a epopeia de conquista por rebaixar o africanos, apresentando-os
com traços negativos, mas posteriormente passaram a reinterpretar os mesmos episódios
em termos pejorativos as múltiplas iniciáticas que emanavam as sociedades africanas e
em geral as resistências opostas, à intrusão militar ou administrativa estrangeira.
(M`bokolo, 2004).

Procurei exemplo concreto de designação europeísta :como, mais do que isso, formatou-
se uma equivocada ideia geral de que as sociedades do continente sucumbiram
passivamente à ocupação europeia, por serem incapazes de opor resistência efectiva às
acções colonialistas. Somando-se a isso, a “conquista ou partilha da África” confirmaria
de forma pragmática, pela mesma óptica eurocêntrica, as teorias que justificavam e
legitimavam a acção colonizadora de alguns países europeus (HERNANDEZ, 1999:142).

Ao longo de toda a história de dominação europeia sempre houve diversas formas de


resistência, porém na sociedade contemporânea, esses movimentos assumem nova forma
e função social. Utilizamos o conceito de movimento de resistência de uma forma ampla,
levando em consideração diferentes tipos de reacção á lógica cultural dominante que vem
sendo imposta pelas nações ocidentais a diferentes povos africano.

BOHAN (2010:14), os dirigentes africanos, na sua maioria, optaram pela defesa de sua
soberania e independência, diferindo nas estratégias e nas tácticas adoptadas para
alcançar esse objectivo comum. A maior parte deles escolheu a estratégia do confronto,
recorrendo as armas diplomáticas ou as militares, quando não empregando as duas, como
7

foi o caso de Samori Toure e Kabarega (de Bunyoro), por exemplo, já Prempeh e
Mwanga (de Buganda) recorreram exclusivamente a diplomacia. adoptaram a estratégia
da aliança ou da cooperação, mas não a colaboração.

Cumpre insistir nesta questão da estratégia, pois ela foi grosseiramente desfigurada ate o
presente, de forma que já se classificaram alguns soberanos africanos como “
colaboradores”, qualificando sua actividade como “colaboração”. Somos contrários
ao emprego do termo “colaboração”, pois, além de inexacto, e pejorativo e
eurocêntrico. Conforme já vimos, a soberania era o problema fundamental em jogo entre
os anos de 1880 e 1900 para os dirigentes africanos e, quanto a isso, este bem claro que
nenhum deles se prestava a fazer acordos. Os dirigentes africanos qualificados
erroneamente como colaboradores eram aqueles que estimavam que a melhor maneira de
preservar sua soberania ou mesmo de recuperar a soberania acaso perdida em proveito de
alguma potência africana, antes da chegada dos europeus, não consistia em colaborar,
mas antes em se aliar aos invasores europeus. (Bohan 2010 36).

3.5 Concepção de dominação

Para M`BOKOLO (2004:456), assim como afirma RAGER (1972) confere resistência no
sentido plural, dado a tantas formas que assumiu, portanto essas apresentam um certo
número de pontos comuns:

 Em primeiro lugar o seu caracter esporádico e rural e fraca amplitude dos


movimentos, acções mais frequentemente isoladas do que concertadas;
 Numa segunda fase, o grau limitado das consciências que elas implicavam e seus
objectivos curto prazo.
 O grau de preparação militar de cada sociedade, ditou a forma como este povo
reagiu face a usurpação da sua liberdade;
 O nível de entrada do colonizador fosse ele aparentemente pacifico ou violento
também teve respostas idêntica;
 A religião por outro lado contou nas resistências sobretudo de predominância islã
como a africa ocidental e do norte.

Segundo BOAHEN, (2010) refere que de 1880 a 1914, quase toda a África se achava
colonizada, com excepção da Libéria e Etiópia. Esse fenómeno, para os africanos se
8

traduziu essencialmente na perda da sua soberania, de sua independência e de suas terras,


desenrolou‑se em duas fases:

 A primeira vai de 1880 aos primeiros anos do século XX,


 A segunda até a irrupção da Primeira Guerra Mundial, em 1914.

A natureza das actividades dos europeus variava segundo essas etapas, suscitando
paralelamente nos africanos várias iniciativas e reacções. Convém salientar que estas
ocorreram largamente em função de certas condições locais, como:

 A natureza da sociedade (centralizada ou não, gozando de autonomia ou com a


autonomia perdida para outro poder africano, em expansão, estagnada ou em
declínio);
 Outro factor igualmente importante é o método que os imperialismos europeus
adoptaram para a expansão do seu domínio sobre a área, entre 1880 e 1914.

No decorrer da primeira etapa, os europeus recorreram ora à diplomacia ora à invasão


militar, senão às duas.

Durante essa primeira fase, praticamente todos os africanos visavam o mesmo objectivo:
salvaguardar a independência e seu estilo tradicional de vida. Para conseguir isso, tinham
de optar entre três soluções:

 O confronto;
 A aliança ou a aceitação;
 A submissão.

A estratégia do confronto implicava a guerra aberta, cercos, operações de guerrilha, assim


como o recurso à diplomacia.

Segundo BOAHEN, (2010) Para estender o seu domínio sobre algumas regiões os
europeus em geral tenham escolhido quase exclusivamente a conquista militar. No
tocante às reacções dos africanos que não colaborassem, ou seja os que não
negligenciavam nenhuma das possibilidades que se lhes ofereciam:

 A submissão, a aliança e o confronto.


9

3.6 Generalização das resistências

DAVIDSON em (1965:181-183) cit. Por BOHAN (2010:52-53) sublinhava que“Muitas


rebeliões ainda são desconhecidas frequentemente porque faltam informações precisas
sobre essas rebeliões, consideradas factos estabelecidos desde então, o trabalho de “
descoberta” das resistências caminhou a passo largo. Os historiadores trataram de
classificar as revoltas com maior rigor, distinguindo o “banditismo social” na óptica dos
eurocentristas da “rebelião camponesa”, e a guerrilha do choque entre exércitos.

Em resumo, praticamente todos os tipos de sociedade africana resistiram, e a resistência


manifestou-se em quase todas as regiões de penetração europeia. houve resistência em
praticamente todo lugar. Essa visão parcial, contudo, pode ocultar o fato de que a
resistência apresenta gritantes diferenças de intensidade de uma região para outra mas são
incomparáveis devido de existência de provas ou argumentos convincentes.

3.6 A ideologia da resistência

Vários críticos europeus do colonialismo, favoráveis à oposição africana, também


admitiam, no entanto, que os africanos não tinham muita coisa no seu modo de pensar
“tradicional” que pudesse ajuda-los a reagir efectiva ou concretamente às agressões ao
seu modo de vida. As ideologias da revolta foram consideradas “magia do desespero”,
votadas ao malogro, sem perspectivas de futuro. Dessa óptica, os movimentos de
resistência, por mais heróicos que fossem, constituíam impasses fatais (GLUCKMAN,
1963: 137-45. Citado por BOHAN, 2010).

A principal ideologia da resistência vê apontada por Bohan, recorrendo a dois autores de


que ideologia profana proposta é o princípio de “soberania”. Ajayi escreveu que o
aspecto mais importante do impacto europeu foi a alienação da soberania, e poucas
palavras escreveu assim:

Quando um povo perde sua soberania, ficando submetido a outra cultura, perde pelo
menos um pouco de sua autoconfiança e dignidade; perde o direito de se
autogovernar, a liberdade de escolher o que mudar em sua própria cultura ou o que
adoptar ou rejeitar da outra cultura. (AJAYI, 1968:196‑7. Cit. por Bohan, 2010:55).

Walter Rodney sublinha com maior ênfase um fenómeno análogo de que:


10

O carácter determinante do breve período colonial resulta principalmente do facto de a


África ter sido despojada de seu poder, ou seja:

Durante os séculos que precederam esse período, a África mantinha ainda em suas
trocas comerciais certo controle da vida económica, política e social, embora com
desvantagens no comércio com os europeus. Até mesmo esse pequeno controle dos
negócios internos se perdeu sob o colonialismo [...] O poder de agir com toda a
independência é a garantia de uma participação activa e consciente na história. Ser
colonizado é ser excluído da história [...] De um dia para outro, os Estados políticos
africanos perderam o poder, a independência e a razão de ser. (RODNEY, 1972:
245‑6. Cit por Bohan, 2010:55)

Ajayi e Rodney percebiam a importância decisiva da alienação da soberania está longe de


demonstrar, evidentemente, que os resistentes africanos concebessem a soberania da
mesma forma. O próprio Rodney deplora “a parcial e inadequada visão do mundo” que
impedia os dirigentes africanos de compreender perfeitamente os motivos do choque com
a Europa. Todavia Ajayi diz que os dirigentes dos Estados africanos, “enquanto guardiães
da soberania do povo”, eram “hostis a todos os poderes que desafiassem tal
soberania”(AJAYI, 1969, p. 506 Cit. por Bohan, 2010:55).

Podemos concluir que os movimentos de resistência em alguns momentos eram


provocados pelo desejo de um grupo dirigente, de conservar seu poder de exploração e
movimentos de muito maior escala, frequentemente dirigidos contra o autoritarismo dos
dirigentes africanos e contra a opressão colonial e também por outro lado as revoltas
destinava-se a “libertar todos os povos de uma região da opressão colonial”, apelando
especialmente aos camponeses oprimidos, independente de sua filiação étnica. Não
apenas da soberania como defende autores acima citados.

3.7 O papel das ideias religiosas

Não vamos desfrear das resistências descartando o papel da religião nas resistência
africana, trata-se aqui de região tradicional, ou para que diz que não é do livro. De acordo
com a compilação de Bohan, relata que vários historiadores tentaram explicar e Suas
conclusões pouco têm em comum com os “fanáticos feiticeiros-curandeiros” dos
relatórios coloniais ou com a “magia do desespero, contudo ”Descobriram que as
doutrinas e os símbolos religiosos, regra geral, apoiavam-se directamente nas questões da
11

soberania e da legitimidade na sociedade africana, servindo como elo entre soberano e


sociedade. A legitimidade dos dirigentes era consagrada por uma investidura ritual e,
quando um dirigente e seu povo decidiam defender sua soberania, apoiavam-se muito
naturalmente nos símbolos e conceitos religiosos.

M´BOKOLO, (2004:461-4), afirma que invés do islão aparentemente submisso e dócil,


as religiões africanas de todas as praticas do sagrado, revelaram fermento da oposição do
europeu, chegando a reavivar a pratica e abundante de desobediência passiva e difusão de
ideias que espalhava medo.

BOHAN (2010:60) exemplifica Inovações como a de Makana em matéria de conceitos e


de símbolos sobreviveram por muito tempo ao respectivo movimento de resistência a que
estavam associadas na origem. Longe de serem extravagâncias do desespero, esse género
de mensagens proféticas constituía um esforço sistemático para ampliar e redefinir a ideia
de deidade e sua relação com a ordem moral, implicando grandes alterações nos
conceitos e nas relações internas dos Xhosa e oferecendo, ao mesmo tempo, “alicerce à
ideologia da resistência”.

É nesse sentido enque surgem movimentos proféticos, isto é, um profeta emerge quando a
opinião pública sente necessidade de uma acção radical e inovadora, mas não são apenas
as ameaças externas que despertam esse sentimento popular. Um profeta pode surgir em
razão de profundas angústias causadas por tensões ou transformações internas, ou pelo
desejo geral de acelerar o ritmo da mudança e de aproveitar novas oportunidades.

Assim, um líder profético frequentemente orienta seu ensinamento para a moral das
sociedades africanas, encabeçando por vezes movimentos de oposição ao autoritarismo
interno, outras vezes “protestando” mais contra os factos da natureza humana.
Procurando via a alternativa na defesa da soberania. Com ensinamentos que visavam
expulsar os brancos.

Resistências populares: permanências e inovações

Como diz o termo popular era resistência popular, que de caracter de tomada de
sentimento de pertença social ou nacional, e que estabelecia uma continuidade entre a
Africa pré-colonial em que os estados tinham que afrontar ideias e partilhas étnicas.
12

3.8 Tipos de resistências

Como anteriormente referimos a situação de ocupação da africa e reacção do africano foi


relativa. Havendo varias possibilidades de resistência, que a seguir mencionaremos:

3.8.1 Resistência passiva

Esta forma de resistência foi a primeira a ser usada pelos africanos. Caracterizava-se pela
recusa do sistema, passividade, fuga para outras áreas de menor actuação e sem acesso do
colono, recusa do pagamento de imposto, recusa como carregador, ou de produzir
culturas obrigatória, simulação de doença, dissimulação, erros voluntários durante
recenseamentos fiscais sobre dados reais nome ou idade, automutilação, enfraquecimento
simulado ou voluntario, sabotagem de culturas, entre outos. (M´bokolo, 2004:457-8)

3.8.2 Resistência activa ou imediata

É o tipo de resistência de caracter espontâneo, sem sequencia cronológica, recusa a


consequência da colonização, sendo um resistência desorganizada teve como objectivo de
solidariedade não como estratégico, mas com um objectivo imediato e palpável, como
referimos que as resistências eram continuas mesmo com a implantação da administração
colonial, o africano sempre insurgiu. Os awadjis que eram um movimento característico
instalados em floresta tropical de Gabão, que se agrupavam em serviços militar que
orquestravam escaramuças e armadilhas. ( M’bokolo, 2004).

3.9 Contribuição da religião na resistência contra ocupação europeia

A religião como tenho vindo a referir que foi um dos grandes aglutinadores e identidades,
pois esta identificava a causa comum, nesse trabalho não apenas discute-se as religiões
tradicionais como também as importadas. Pois a religião possuía uma ideologia forte para
lutar e também era um instrumento forte e ideal para um mal-estar profundo de angustia e
duradouro, isto pela presença dos europeus.

3.9.1 O Islão

O islão representou uma força de oposição real à ordem colonial, a ordem de obediência
muçulmana era bem clara ou ate claramente expressa. No período da colonização esta
religião cada vez mais viu-se expandindo com vista a mobilizar a sociedade a
desobediência colonial, em algum momento este passou a ser como factor de pertença
13

levado a cabo pela região norte de Africa assim como Sudão como factor de
nacionalismo.

3.9.2 O cristianismo

Primeiramente o cristianismo tinha impregnado fortemente as mentalidades africanas em


muitas regiões, devido da sua ingenuidade de superioridade racial. Mas por outro lado foi
invertido numa arma de combate a dominação europeia, devido aos contactos entre os
missionários com a população cada vez mais houve o despertar do africano quando se
falasse da moral, práticas culturais, crenças, num Deus único, noção de povo eleito e mais
flagrante a igualdade dos homens perante o deus. (M´bokolo 2004:464).

Com esse parágrafo podemos deduzir que a mesma arma usada pelo europeu para
enfraquecer a consciência moral do africano foi a mesma usada contra eles, levando o
abandono das práticas culturais alienígenas, revalorização da cultura local, desobediência
a imposição. O desenvolvimento dessa consciência africana surge os messianismos negro
como resposta aos ensinamentos ocidentais, para repor a ordem social e construção de um
novo sistema de referência.

Etas duas religiões tiveram regiões de actuação profundamente localizados enquanto na


região nordeste da africa, sudão predominou muito a religião crista no sul ou região
austral predominava o messianismo negro. (M´bokolo 2004 :464).
14

Conclusão

Feito o presente trabalho concluímos que de 1880 a 1914, toda a África estava quase
colonizada, com excepção da Libéria e Etiópia. Esse fenómeno, para os africanos se
traduziu essencialmente na perda da sua soberania, de sua independência e de suas terras,
desenrolou‑se em duas fases: a primeira vai de 1880 aos primeiros anos do século XX, A
segunda até a irrupção da Primeira Guerra Mundial, em 1914. A Resistência na África se
revelou mais violenta dependendo do colonizador, e o nível de preparação militar ou
psicológica do africano. Embora que haja pormenores de traição entre africano, não
podemos erradamente considerar este termo apologético colonial, apenas foi a tentativa
de procura de aliança entre o africano com o europeu, mas este percebia a tal aliança
como forma de aproximação dos inimigos e acabou derrotando de vez em vez que
aproximava do africano ate o ultimo aliado foi derrotado. De uma ou de outra forma os
africanos lutaram para defender ou ate resgatar sua soberania e liberdade usurpada pelo
Europeu, apesar do domínio europeu os africanos sempre resistiram continuadamente,
por desobediência, sabotagem ou ate rebeliões, este fenómeno foi se arrastando ate o
alcance da independência embora tenha tomado um outro caracter.
15

Referência bibliográfica

ABBĀS, F. 1931. In BOAHEN, Albert Adu. História Geral da África: África Sob a
Dominação Colonial. 2ª ed, Brasília: Unesco, 2010.

BOAHEN, Albert Adu. História Geral da África: África Sob a Dominação Colonial. 2ª
ed, Brasília: Unesco, 2010.

HERNANDEZ, Leila Leite. Os movimentos de resistência na África. Revista de História.


São Paulo, USP, n. 141,. 141-149, 1999.

MʹBOKOLO, Elikia. África Negra: História e Civilizações século XIX até actualidade,
Lisboa: Edições: colibri, 2004.

NEWITT, Malyn. História de Moçambique. Mem-Martins, Publicações Europa-América,


1997.

RANGER, Terence O. 1969. Iniciativas e resistência africanas em face da partilha e da


conquista, in: BOAHEN, Albert Adu. História Geral da África: África Sob a Dominação
Colonial. 2ª ed, Brasília: Unesco, 2010.

Você também pode gostar