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Unificações tardias

Unificação da Itália

A unificação italiana foi o processo de união territorial que resultou no surgimento do


Estado-nação da Itália na segunda metade do século XIX. Esse processo foi liderado
pelo Reino de Piemonte-Sardenha que, nessa época, era governado pelo rei Vitor
Emanuel II, da Casa de Saboia.

A unificação italiana, ou Risorgimento (ressurgimento em português) como preferem


os italianos, foi liderada pelo Reino de Piemonte-Sardenha. Primeiramente, o primeiro-
ministro realizou um breve processo de modernização no reino. A respeito da
unificação, Conde de Cavour sabia que obrigatoriamente deveria haver um
enfrentamento contra a Áustria.
Grupos

Carbonários - Queriam unificar a Itália e implantar uma república com os ideais liberais e
anticlericais.

Jovem Itália - Organização paramilitar que pretendia libertar as regiões italianas do domínio
austríaco e unificar o país, por meio da educação do povo e da fundação de uma república
democrática.
Vitor Emanuel II, da Casa de Saboia

No ano seguinte, em 1849, Vitor Emanuel II assumiu como rei de Piemonte-Sardenha,


logo após o seu pai ter fracassado em derrotar os austríacos que ocupavam reinos da
região. Em 1852, Vitor Emanuel II nomeou Camilo Benso, o Conde de Cavour, como
primeiro-ministro do reino e, juntos, lideraram a unificação italiana.
Unificação do Norte 1859
Guerra de Independência Italiana

Vitor Emanuel II, monta um exercito objetivando unificar a Itália, solicitando auxilio de
personalidades como Giuseppe Garibaldi e solicita o apoio de Napoleão III pela
unificação do Norte contra a Áustria. (Em contrapartida cederia os territórios de Nice e
Savoia para a França)
Desenrolar da Guerra

A guerra tem as suas origens nas ambições da casa de Saboia; esta pretendia estender a sua
influência na Itália, no desejo de os radicais italianos anularem os Estados Papais e na aceitação, por
parte de Napoleão III, das "nacionalidades europeias", o seu desejo de obter Nice e a Saboia para a
França, deixando a esta casa italiana a possibilidade de tomar a Lombardia.

Os exércitos franco-piemonteses venceram os austríacos em diversas batalhas e tomaram Milão,


então capital do Reino Lombardo-Vêneto, subordinado ao Império Austríaco.

Ao mesmo tempo, no norte da Lombardia, os Caçadores dos Alpes, unidade paramilitar de voluntários
italianos criada por Giuseppe Garibaldi, derrotaram os austríacos em Varese e Como.
O armistício de Villa-franca

Napoleão III, amedrontado pela violenta campanha dos católicos franceses protestando contra o
ataque aos Estados Papais) e pela possibilidade de o Reino da Prússia entrar no conflito, a Prússia
concentrou poderoso exército nas fronteiras com a França.

Napoleão III estipulou em Villafranca e em grande segredo, o armistício com o imperador da Áustria.
Com o armistício de Villafranca, a Áustria cedia a Lombardia para a França, para que fosse devolvida
ao Reino da Sardenha e estabelecia-se a volta dos soberanos desentronizados nos estados da Itália
central.

A desilusão foi tamanha que Cavour, depois de ter protestados violentamente com o soberano
francês, demitiu-se do cargo de primeiro-ministro, sendo substituído por Rattazzi-La Marmora. Vítor
Emanuel II ratificou em Zurique as decisões de Villafranca.
Tratado de Zurique

De um lado a volta dos velhos soberanos era contrastadas pelas populações da Itália
central que queriam a anexação ao Reino da Sardenha, e do outro lado Napoleão III
também encontrava-se em dificuldades pois, causa a interrupção da guerra, não podia
exigir a anexação de Nice e da Saboia e assim e não podia também justificar, frente a
opinião publica francesa, sua participação ao conflito na Itália pois a França não obteve
vantagem nenhuma.

Cavour, chamado novamente ao governo, desfrutou muito habilmente esta situação


oferecendo para Napoleão III os territórios de Nice e Saboia em troca dos estados da
Itália central. Uma série de plebiscitos em março de 1860 sancionou a anexação da
Emília, da Romanha e da Toscana ao Reino de Sardenha.
Aliança de Garibaldi e Emanuel III
Avanço de Emanuel a Roma

Com Garibaldi saindo da disputa, restava tomar a capital italiana, Roma, e Vitor
Emanuel tenta marchar para Roma, contudo o papa Pio solicita apoio francês baseado
em um tratado feito com a França IX.
Confederação Germânica 1806
Zollverein

No século XIX, a Confederação Germânica reunia uma série de estados independentes


entre as quais se destacavam a Prússia e a Áustria. Do ponto de vista econômico, os
prussianos almejavam a organização de um grande parque industrial capaz de formar
uma burguesia nacional e modernizar o cenário econômico do país. Com isso,
poderiam criar as condições necessárias para reunificar o território alemão e dar fim à
hegemonia imposta pelos austro-húngaros.

Por volta da década de 1830, o governo prussiano capitaneou a formação de uma


grande zona aduaneira em que os estados alemães pudessem transitar livremente
seus produtos industrializados e matérias-primas. Conhecida como Zollverein, esse
acordo intensificou as atividades comerciais e o nascimento de indústrias nas regiões
participantes.

Alheia ao processo de unificação industrialização, a Áustria foi excluída do acordo.


Otto von Bismarck – O Chanceler de ferro

Otto von Bismarck, nomeado primeiro-ministro em 1862 e


hábil político que conseguiu coordenar as guerras travadas
pelos prussianos sem que houvesse interferências
estrangeiras.

A ação do governo prussiano, encabeçado por Guilherme I e


Otto von Bismarck, fez com que a Prússia travasse três
guerras em um período de sete anos. As vitórias prussianas
nesses conflitos promoveram a unificação da região e o
surgimento do Império Alemão. Essas três guerras foram:

Guerra dos Ducados (1864);


Guerra Austro-Prussiana (1866);
Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).
Guerra dos Ducados (1864)

A Guerra dos Ducados ocorreu em 1864 e colocou em lados opostos do campo de


batalha a Dinamarca contra a Prússia e a Áustria. O alvo da disputa eram os ducados de
Schleswig e Holstein, que se localizavam ao sul do território dinamarquês.

A declaração de guerra ocorreu em 01 de janeiro de 1864. As demais potências


europeias, como a França e a Inglaterra, não interviram nesse conflito, facilitando a
vitória germânica. A Batalha de Dyboel representou o fim da resistência dinamarquesa,
e, em 1865, a administração política do ducado de Schleswig foi passada à Prússia, e o
Holstein ficou com a Áustria.
Guerra Austro-Prussiana e a Unificação Alemã

A Guerra Austro-Prussiana – também conhecida como Guerra das Sete Semanas – ocorreu em
1866 e opôs o fortalecido reino prussiano contra o império austríaco pela disputa dos
territórios dos ducados de Schleswig e Hosltein, que ambos os países haviam conquistado da
Dinamarca, em 1864, durante a Guerra dos Ducados

Essa guerra foi mais um dos conflitos na escalada militar comandada pelo primeiro-ministro
prussiano Otto von Bismarck, cujo objetivo era realizar a unificação da Alemanha, que
chegaria ao triunfo final com a Guerra Franco-Prussiana.

Expulsar a Áustria da Confederação Germânica era uma necessidade apontada pelos


prussianos para conseguir o controle sobre os demais reinos germânicos. Outra pretensão de
Bismarck era conquistar os territórios dos dois ducados para integrá-los economicamente à
Prússia, bem como comandar suas forças militares e navais. Havia ainda o interesse da Prússia
em ter em seu território o canal de Kiel, que estava em construção e ligaria os mares do Norte
e Báltico.
Resultado da Guerra Austro-Prussiana

Encerradas as hostilidades, a Áustria cedeu a Veneza ao Reino de Itália (com a


mediação da França).

O Tratado de Paz de Praga, de 23 de agosto de 1866, determinou a dissolução da Liga


Alemã, a anexação de Schleswig-Holstein, Hanôver, Hesse-Cassel, Nassau e Frankfurt
ao Reino da Prússia e a exclusão do Império Austríaco dos assuntos alemães.
Guerra Franco-Prussiana e os nacionalismos

A Guerra Franco-Prussiana opôs as duas principais potências econômicas e militares da


parte continental da Europa entre os anos 1870 e 1871, representando a derrocada do
Império de Napoleão III e ascensão do Império Alemão de Guilherme I, arquitetado pelo
chanceler Otto von Bismarck.

O conflito surgiu como resultado de uma manobra de Bismarck para que os franceses se
colocassem contra o fortalecimento econômico e militar do Reino da Prússia, que vinha se
verificando desde a década de 1850

O motivo usado para a eclosão da Guerra Franco-Prussiana foi a disputa pela sucessão do
trono espanhol, ocorrida após a Revolução Espanhola de 1868. Havia o interesse de
Leopoldo Hohenzollern, primo de Guilherme I, em candidatar-se à vaga de soberano
espanhol, com o apoio de Bismarck. Com a preocupação do avanço prussiano sobre o
território espanhol, Napoleão III se opôs à ocupação do trono por Leopoldo, ameaçando
uma guerra caso isso ocorresse.
Otto von Bismarck e despacho de Ems

Para estimular a guerra entre os dois países, Bismarck fraudou uma carta do kaiser
ao embaixador francês, no documento conhecido como despacho de Ems.

Bismarck incita os reinos germânicos ainda independentes sobre a inevitabilidade


da guerra.

Sentindo-se afrontado, o governo de Napoleão declarou o início da Guerra Franco-


Prussiana. Ocorrida entre 1870 e 1871, a guerra levou os Estados germânicos do Sul a se
aliarem militarmente à Confederação Germânica do Norte, abrindo caminho para a
formação da Alemanha.
Tratado de Frankfurt 1871

Neste documento ficava estabelecido que, por direito de guerra e pela população da a
Alsácia-Lorena ser de maioria germânica, a província francesa da Alsácia e parte da
Lorena passariam para o domínio do Império Alemão.

Devido aos grandes danos causados à Prússia, a França foi obrigada a pagar uma
indenização de guerra de cinco bilhões de francos de ouro e a financiar os custos da
ocupação das províncias do norte pelas tropas alemãs, até o pagamento da
indenização.

O maior triunfo de Otto von Bismarck ocorreu em 18 de janeiro de 1871, quando


Guilherme I da Prússia foi proclamado imperador da Alemanha em Versalhes, o antigo
palácio dos reis da França. Para a Prússia, a proclamação do Império Alemão foi o
clímax das ambições de Bismarck de unificar a Alemanha.
Unificação Italiana

Com o início da guerra Franco-Prussiana, Napoleão III tira suas tropas de Roma,
possibilitando a unificação da Itália e domínio de Roma, gerando um problema com
relação aos territórios pontífices, que só se revolveu em 1929 com a assinatura do
tratado de Latrão e a criação do Vaticano.

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