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CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DOS LOTEAMENTOS FECHADOS
§ 1º O preço público pela autorização onerosa de uso será devido anualmente e calculado
de acordo com a fórmula constante no anexo único, devendo ser pago até o dia 31 de janeiro
de cada exercício.
§ 2º A autorização onerosa de uso e o fechamento da área poderão ser revogados a
qualquer momento pelo Poder Público, caso houver interesse público, sem implicar em
qualquer ressarcimento ou gerar indenização, seja a que título for.
Art. 5º Fica o Poder Público autorizado a desafetar as áreas públicas e a autorizar o uso
de que trata o artigo 4º, nos seguintes termos:
I – a autorização de uso será outorgada à entidade representativa dos proprietários que
represente, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos proprietários de lotes;
II – a autorização de uso e a aprovação do loteamento fechado serão formalizadas por
decreto do Poder Executivo;
III - no decreto que autoriza o uso deverão constar todos os encargos relativos à
manutenção e à conservação dos bens públicos em causa;
IV - deverá constar do mesmo decreto que qualquer outra utilização das áreas públicas
somente poderá ocorrer se houver objeto de autorização específica da administração direta ou
indireta, por meio dos órgãos competente.
Parágrafo único. Quando não for possível o atendimento ao caput deste artigo, será
admitida porcentagem menor ou mesmo a dispensa de área verde externa, a critério do órgão
municipal competente.
§ 3º As vias objeto da autorização de uso de que trata esta Lei poderão ser dotadas de
portaria, para monitoramento da entrada de pessoas no local e garantia da segurança da
população em geral e dos moradores, permitindo-se o acesso mediante prévia identificação.
§ 6º Juntamente com o registro do loteamento, além dos documentos exigidos pela Lei
Federal nº 6.766/1979, o empreendedor deverá apresentar o regulamento de uso das vias e
espaços públicos intramuros, para que possa ser averbado junto à margem do registro do
loteamento, para fins de sua publicidade, nos termos do artigo 246, da Lei de Registro
Públicos e outras ocorrências que, por qualquer modo, altere o registro.
§ 1º Poderá ser excluído da regra do caput deste artigo, o loteamento interligado com
outro bairro, desde que a via do sistema viário existente a ser fechado não prejudique a
alimentação das vias principais do bairro que permanecer aberto, a critério dos órgãos
municipais de Urbanização, Planejamento, Meio Ambiente, Trânsito e Transportes,
demonstrando a desnecessidade da via para atendimento do bairro vizinho que tiver sua via
interditada. Fica a critério da Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente de Caruaru solicitar
Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) para melhor avaliar o impacto do fechamento do
empreendimento.
Art. 12. Após a publicação do decreto de outorga de autorização de uso, a utilização das
áreas públicas internas ao loteamento, respeitados os dispositivos legais vigentes, será objeto
de regulamentação do Município, enquanto perdurar a citada autorização de uso.
Parágrafo único. Se por razões urbanísticas for necessário intervir nos espaços públicos
sobre os quais incide a autorização de uso segundo esta Lei, não caberá à entidade
representativa dos proprietários qualquer indenização ou ressarcimento por benfeitorias
eventualmente afetadas.
Art. 14. Os loteamentos fechados sem a devida autorização de uso das áreas públicas,
que se encontram em situação irregular na data de publicação desta Lei, deverão enquadrar-se
nos termos de suas exigências.
CAPÍTULO III
DOS CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS DE LOTES
Art. 15. Aos condomínios horizontais de lotes aplica-se, no que couber, por analogia, o
disposto no Código Civil Brasileiro, em relação aos condomínios de edifícios, e na Lei
Federal nº 4.591/1964 e alterações posteriores, sendo considerado, para efeitos desta Lei, cada
lote como unidade autônoma, a ele atribuído uma fração ideal da gleba e os bens públicos
intramuros, sendo que no todo existirão igualmente as áreas e edificações de uso comum, que
também deverão ter suas frações ideais atribuídas.
Art. 16. A implantação dos condomínios horizontais de lotes não poderá interromper o
sistema viário existente ou projetado.
Art. 17. Compete aos condomínios, com relação às suas unidades autônomas:
I - a manutenção da infraestrutura condominial, incluindo vias de circulação interna, bem
como das áreas e equipamentos comuns;
II – a quitação tributária das áreas comuns;
III – a instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios, conforme projeto
aprovado pelo Corpo de Bombeiros, se necessário.
Art. 18. Para efeitos tributários, cada unidade autônoma deverá contribuir diretamente
com as importâncias relativas aos tributos municipais, na forma dos respectivos lançamentos.
Art. 21. Para instruir o projeto do condomínio horizontal de lotes, para aprovação, o
empreendedor deverá apresentar, no mínimo:
I – Plantas de levantamento topográfico, arruamento e drenagem, parcelamento de solo e
grade de ruas;
II – Memorial descritivo;
III – Cronograma de obras;
IV – Memorial de infraestrutura;
V – Planilha de cálculo de áreas, nos termos da NBR 12.721/2006;
VI – Planilha de custos da realização da infraestrutura e de cada unidade autônoma;
VII – Anotação de Responsabilidade Técnica;
VIII – Minuta da Convenção de Condomínio e do Regimento Interno;
IX – Licenciamento Ambiental;
X – Projetos de eletrificação aprovado pela Companhia Energética de Pernambuco -
Celpe e abastecimento e esgotamento sanitário aprovado pela Companhia Pernambucana de
Saneamento - COMPESA aprovados;
XI - Projeto Aprovado do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Pernambuco para as
áreas comuns.
Art. 22. Uma vez concluído o empreendimento, aprovado pela Prefeitura Municipal,
devidamente registrado no Ofício Imobiliário e constituído legalmente o condomínio, os
serviços de instalação, manutenção e conservação de via interna, recolhimento de lixo,
conservação de meio-fio, rede de energia elétrica e iluminação, rede de água e esgoto com
tratamento, deverão ser efetuados pelo próprio condomínio.
Parágrafo único. Todo o perímetro da área do condomínio horizontal de lotes poderá ser
murado, sendo que deverá ter muro permeável de 30% (trinta porcento) no alinhamento do
logradouro público, altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e máxima de
3,00m (três metros), que caracterizará a separação da área utilizada da malha viária urbana, e
o acesso ao condomínio deve ser projetado para a via do Município.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 23. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação
RAQUEL Assinado de
forma digital
TEIXEIRA por RAQUEL
LYRA:027 TEIXEIRA
LYRA:027929
92979470 79470
RAQUEL LYRA
Prefeita
ANEXO ÚNICO
Onde:
PP = Preço público devido
UFM = Unidade Fiscal do Município de Caruaru
APA = Total de metros quadrados (m²) das áreas públicas objeto da autorização de uso