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CURSO: DIREITO BACHARELADO

DISCIPLINA: DIREITO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL


TURMA: DI08MA/TA/TB/NA SEMESTRE: 2023/2
CH SEMANAL: 04H CH SEMESTRAL: 80 H
PROFESSOR(A): NATALIA ALTIERI SANTOS DE OLIVEIRA

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

1. No que tange às competências, em matéria ambiental, não é


correto afirmar que:

(A) Além das normas contendo partilha de competências na Lei Complementar nº


140/2011, as atribuições administrativas estão mencionadas na Constituição,
sendo as da União, enumeradas amplamente no artigo 21, as dos Estados,
no artigo 25 e as dos Municípios, no artigo 30.
(B) O Município é competente para legislar sobre meio ambiente com a União e o
Estado, no limite do interesse local e desde que tal regramento seja
harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados.
(C) A grande inovação é a incumbência dos Estados, em regra geral, para
autorizar a gestão e a supressão de vegetação de florestas e formações
sucessoras nos “imóveis rurais” e, portanto, nas áreas de preservação
permanente e nas reservas legais. A União e os Municípios também terão a
mesma atribuição em florestas públicas municipais e unidades de
conservação instituídas pela União ou pelos Municípios, respectivamente.
(D) A atribuição administrativa da União para controlar a apanha de espécies da
fauna silvestre tem limite na previsão da competência dos Estados quanto às
pesquisas científicas.

2. Promover Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades


(Lei Complementar nº 140/2011) localizados ou desenvolvidos em terras
indígenas pertencentes a dois Municípios do mesmo Estado é ação
administrativa:

(A) Dos dois Municípios.


(B) De um dos Municípios onde houver Órgão Licenciador instituído.
(C) De um dos Municípios com Conselho Ambiental instituído a mais tempo.
(D) Do Estado.
(E) Da União.

3. Conforme especificado na Lei complementar nº 140 de 2011, que fixa


normas para a cooperação entre União, Estados e Municípios nas ações
administrativas relativas à proteção de paisagens naturais, proteção do

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meio ambiente, combate à poluição e à preservação das florestas, é
ação administrativa dos Municípios:

(A) Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades


localizados ou desenvolvidos em terras indígenas.
(B) Controlar a introdução de espécies exóticas potencialmente invasoras que
possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas.
(C) Prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização do
Sinima (Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente).
(D) Controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadas
à implantação de criadouros e à pesquisa científica.
(E) Elaborar zoneamento ambiental em conformidade com os zoneamentos de
âmbito nacional e regional.

Correto e, portanto, gabarito da questão. Trata-se de competência de ações


administrativas dos Municípios. Aplicação do art. 9º, VIII, da LC n. 140/2011: Art.
9 São ações administrativas dos Municípios: VIII - prestar informações aos Estados e
à União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e Nacional de
Informações sobre Meio Ambiente;

4. De acordo com a Constituição da República de 1988, a competência


material ambiental é comum a todos os entes da federação, a quem cabe
proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
formas. Para tal, os entes devem atuar de forma coordenada,
cooperando uns com os outros, para não haver desperdício de forças e
recursos. Nesse contexto, a Lei Complementar nº 140/2011dispõe que
os entes federativos podem valer-se, entre outros, do
seguinte instrumento de cooperação institucional:

(A) Estudo de impacto ambiental com prevalência dos interesses locais, para
prevenir crimes ambientais;
(B) Estudo de impacto de vizinhança com prevalência dos interesses regionais,
para prevenir delitos ambientais de menor potencial ofensivo;
(C) Licenciamento ambiental com prevalência dos interesses locais, para prevenir
crimes ambientais de médio e grande impacto definidos na referida lei;
(D) Acordo de cooperação técnica para vistorias, vedada, em qualquer caso,
a delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a
outro;
(E) Delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os
requisitos previstos na referida lei.

5. Segundo a Lei Complementar 140/2011, o licenciamento ambiental de


empreendimentos localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na
plataforma continental ou na zona econômica exclusiva, é uma ação
administrativa:

(A) Da União.
(B) Do Estado.
(C) Do Município.
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(D) Dos Estado e Municípios.
(E) Do Município quando demandado pelo Estado.

6. Considerando a competência dos órgãos dos diferentes entes


federativos para licenciamento de empreendimentos potencialmente
poluidores, tem-se que, a partir da edição da Lei Complementar n°
140/2011:

(A) Na hipótese de o empreendimento demandar, adicionalmente, a supressão


de vegetação nativa, a competência do Estado para o licenciamento é
deslocada para a União, a quem cabe, privativamente, o estabelecimento das
medidas de mitigação e compensação.
(B) Restou expressamente vedada a delegação de atribuições fixadas pela lei
para as diferentes esferas de governo, admitindo-se a atuação de órgão de
outro ente federativo apenas em caráter supletivo para apoio técnico.
(C) Admite-se a cooperação entre diferentes órgãos licenciadores,
exclusivamente para fiscalização e aplicação de multas, cujo produto deverá
reverter integralmente para o órgão incumbido da fiscalização direta.
(D) Cada empreendimento ou atividade serão submetidos a licenciamento
ambiental de um único ente federativo, o qual terá competência também para
fiscalizar e lavrar autos de infração correlatos à atividade ou empreendimento
licenciado.
(E) Foram estabelecidas medidas para atuação coordenada dos entes
federativos no exercício de suas competências para ações administrativas de
proteção ao meio ambiente, atribuindo-se aos municípios apenas atuação
subsidiária posto que não detêm competência originária para ações de tal
natureza.

7. A Constituição Federal de 1988 promove a repartição de competências


ambientais pelos mesmos mecanismos da competência em geral entre
os entes federativos. Dessa forma, na seara ambiental, no âmbito da
competência legislativa e da competência administrativa, é correto
afirmar que:

(A) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar
concorrentemente sobre proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico.
(B) Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas relacionadas a atividades nucleares de qualquer natureza.
(C) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar
concorrentemente sobre educação, cultura, ensino e lazer.
(D) A União e os Estados possuem competência administrativa concorrente em
matéria ambiental, no que diz respeito a registrar, acompanhar e fiscalizar as
concessões de exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios.
(E) Em relação a matérias de jazidas, minas, outros recursos minerais e
metalurgia, Lei complementar não poderá autorizar os Estados a legislar
sobre estas.

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8. A competência constitucional sobre o meio ambiente é:

(A) Material exclusiva da União, e legislativa privativa da União.


(B) Material exclusiva da União, e legislativa concorrente entre União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.
(C) Material comum entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e
legislativa suplementar da União, para legislar sobre florestas, caça, pesca,
fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição.
(D) Material comum entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e
legislativa concorrente, para legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição.
(E) Material comum entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e
legislativa privativa da União, para legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição.

9. Foi requerido ao órgão ambiental do estado da Paraíba o licenciamento


de um empreendimento de mineração que envolve as cidades de João
Pessoa e de Cabedelo. Na fase dos estudos ambientais, percebeu-se
que o plano diretor da cidade de João Pessoa não permitia a instalação
de empreendimentos desse porte para explorar mineração. Diante da
importância econômica do empreendimento para o estado, a Assembleia
Legislativa da Paraíba estuda a viabilidade de editar uma lei que autorize
a mineração na área, independentemente do porte do
empreendimento. Considerando-se essa situação hipotética, é correto
afirmar que, com a edição da lei estadual, o empreendimento:

(A) Poderá tornar-se viável, não havendo impedimentos para a expedição de


licença de instalação.
(B) Poderá vir a ser viável, não existindo óbices para a expedição de licença
prévia.
(C) Poderá ser viável, não restando empecilhos para a expedição da licença de
operação.
(D) Poderá ser inviabilizado, pois somente a edição de uma lei federal que
alterasse o plano diretor de João Pessoa superaria a dificuldade legal.
(E) Poderá permanecer inviável, pois somente a edição de uma lei municipal que
alterasse o plano diretor de João Pessoa poderia superar o óbice.

10. O município X adotou uma lei definindo como área “non aedificandi”
uma distância superior à prevista na Lei Federal em relação a curso de
água. A lei local:

(A) É inválida porque a competência legislativa é exclusiva da União.


(B) É inválida porque a competência legislativa é exclusiva do Estado.
(C) É válida porque o município tem competência legislativa concorrente com a
União.

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(D) É válida porque o município tem competência legislativa suplementar com a
União.

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