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Tópico: Lei Complementar n.

º 140/2011 e Atribuições, competências e atuação normativa dos


órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e dos demais órgãos da
administração pública federal que atuam na área ambiental para os seguintes temas: recursos
hídricos, florestas, diversidade biológica, biotecnologia, mudanças climáticas, unidades de
conservação da natureza e saneamento básico.
Fontes: Lei n.º 6.938/81, Lei n.º 7.735/89, Lei n.º 11.516/2007; Decreto n.º 99.247/90, Decreto n.º 11.199/2022,
Decreto n.º 11.349/2023, Decreto n.º 11.493/2023; questões da Cespe e comentários às questões; Site do Ibama
(https://www.ibama.gov.br/cif/186-acesso-a-informacao/institucional/1306-sobreoibama#:~:text=Proteger%20o
%20meio%20ambiente%2C%20garantir,as%20a%C3%A7%C3%B5es%20de%20compet%C3%AAncia
%20federal.)

1. LEI COMPLEMENTAR N.º 140/2011......................................................................................................................1


1.1. Noções iniciais.....................................................................................................................................................1
1.2. Conceitos..............................................................................................................................................................2
1.3. Objetivos fundamentais........................................................................................................................................2
1.4. Instrumentos de cooperação institucional...........................................................................................................2
1.5. Ações de cooperação............................................................................................................................................3
AÇÕES DE COOPERAÇÃO ADMINISTRATIVA.....................................................................................................4
1.5.1. Possibilidade de instituição de regras próprias para supressão de vegetação..............................................8
1.5.2. Regras específicas sobre licenciamento........................................................................................................8
1.5.3. Auto de infração e processo administrativo..................................................................................................8
2. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS E ATUAÇÃO NORMATIVA DOS ÓRGÃOS DO SISNAMA E DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL QUE ATUAM NA ÁREA AMBIENTAL.................................................9
2.1. Órgãos do Sisnama.............................................................................................................................................9
2.1.1. Órgão superior..............................................................................................................................................9
2.1.2. Órgão consultivo e deliberativo....................................................................................................................9
2.1.3. Órgão central................................................................................................................................................9
2.1.4. Órgãos executores.........................................................................................................................................9
2.1.4.1. Ibama....................................................................................................................................................9
2.1.4.2. ICMBio...............................................................................................................................................10
2.1.5. Órgãos seccionais.......................................................................................................................................10
2.1.6. Órgãos locais..............................................................................................................................................10
2.2. Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima..........................................................................................10
2.2.1. Competência...............................................................................................................................................10
2.2.2. Estrutura interna.........................................................................................................................................11
2.3. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro...............................................................................11
2.4. Agência Nacional de Águas...............................................................................................................................11
2.5. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação..................................................................................................12

1. LEI COMPLEMENTAR N.º 140/2011

1.1. Noções iniciais


Essa lei fixa normas para cooperação entre União, Estados, DF e Municípios nas ações administrativas decorrentes da
competência comum em matéria ambiental, notadamente a proteção das paisagens naturais notáveis, a proteção do meio
ambiente, o combate à poluição em qualquer de suas formas e a preservação das florestas, da fauna e da flora.

1.2. Conceitos

a) licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos


utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental;

b) atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das
atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;

c) atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das
competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas
nesta Lei Complementar.

1.3. Objetivos fundamentais

a) proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado, promovendo gestão descentralizada,
democrática e eficiente;

b) garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do meio ambiente, observando a


dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais;

c) harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os entes federativos,
de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa eficiente;

d) garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades regionais e locais.

1.4. Instrumentos de cooperação institucional

Não é um rol taxativo:

a) consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor;

b) convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do Poder
Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal. Esses instrumentos podem ser firmados com prazo
indeterminado;

CF: Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios
públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos,
bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos.

c) Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal. A
Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada
e descentralizada entre os entes federativos. As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente,
por representantes dos Poderes Executivos da União, dos Estados e dos Municípios, com o objetivo de fomentar a
gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre os entes federativos. A Comissão Bipartite do Distrito
Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da União e do Distrito Federal,
com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre esses entes federativos. As
Comissões Tripartites e a Comissão Bipartite do Distrito Federal terão sua organização e funcionamento regidos
pelos respectivos regimentos internos;

d) fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos;

e) delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos na Lei Complementar;

f) delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos
na Lei Complementar. O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas
a ele atribuídas na Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental
capacitado a executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.

1.5. Ações de cooperação

As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão ser desenvolvidas de modo
a atingir os objetivos previstos na Lei Complementar n.º 140/2011 e a garantir o desenvolvimento sustentável,
harmonizando e integrando todas as políticas governamentais.
AÇÕES DE COOPERAÇÃO ADMINISTRATIVA
DISTRITO
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS
FEDERAL
formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, As ações
Política Nacional do Meio Ambiente; a Política Nacional do Meio Ambiente e as Políticas Nacional e Estadual de Meio administrativa
demais políticas nacionais relacionadas à Ambiente e demais políticas nacionais e s do Distrito
proteção ambiental; estaduais relacionadas à proteção do meio Federal
ambiente; englobam as
formular, executar e fazer cumprir, em formular, executar e fazer cumprir a Política dos Estados e
âmbito estadual, a Política Estadual de Meio Municipal de Meio Ambiente; Municípios.
Ambiente;
promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio - -
Ambiente nos âmbitos nacional e internacional;
articular a cooperação técnica, científica e financeira, em articular a cooperação técnica, científica e articular a cooperação técnica, científica e
apoio à Política Nacional do Meio Ambiente; financeira, em apoio às Políticas Nacional e financeira, em apoio às Políticas Nacional,
Estadual de Meio Ambiente; Estadual e Municipal de Meio Ambiente;
promover a articulação da Política Nacional do Meio - -
Ambiente com as de Recursos Hídricos, Desenvolvimento
Regional, Ordenamento Territorial e outras;
promover a integração de programas e ações de órgãos e promover, no âmbito estadual, a integração promover, no Município, a integração de
entidades da administração pública da União, dos Estados, de programas e ações de órgãos e entidades programas e ações de órgãos e entidades da
do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à da administração pública da União, dos administração pública federal, estadual e
proteção e à gestão ambiental; Estados, do Distrito Federal e dos municipal, relacionados à proteção e à gestão
Municípios, relacionados à proteção e à ambiental;
gestão ambiental;
organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e organizar e manter, com a colaboração dos organizar e manter o Sistema Municipal de
entidades da administração pública dos Estados, do órgãos municipais competentes, o Sistema Informações sobre Meio Ambiente;
Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de Estadual de Informações sobre Meio
Informação sobre Meio Ambiente (Sinima); Ambiente;
prestar informações à União para a formação prestar informações aos Estados e à União para
e atualização do Sinima; a formação e atualização dos Sistemas Estadual
e Nacional de Informações sobre Meio
Ambiente;
exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de exercer a gestão dos recursos ambientais no exercer a gestão dos recursos ambientais no
suas atribuições; âmbito de suas atribuições; âmbito de suas atribuições;
promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas promover o desenvolvimento de estudos e promover o desenvolvimento de estudos e
direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando pesquisas direcionados à proteção e à gestão pesquisas direcionados à proteção e à gestão
os resultados obtidos; ambiental, divulgando os resultados obtidos; ambiental, divulgando os resultados obtidos;
promover e orientar a educação ambiental em todos os promover e orientar a educação ambiental em promover e orientar a educação ambiental em
níveis de ensino e a conscientização pública para a todos os níveis de ensino e a conscientização todos os níveis de ensino e a conscientização
proteção do meio ambiente; pública para a proteção do meio ambiente; pública para a proteção do meio ambiente;
definir espaços territoriais e seus componentes a serem definir espaços territoriais e seus definir espaços territoriais e seus componentes a
especialmente protegidos; componentes a serem especialmente serem especialmente protegidos;
protegidos;

elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e elaborar o zoneamento ambiental de âmbito elaborar o Plano Diretor, observando os
regional; estadual, em conformidade com os zoneamentos ambientais;
zoneamentos de âmbito nacional e regional;
aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas aprovar o manejo e a supressão de vegetação, observadas as atribuições dos demais entes
e formações sucessoras em: de florestas e formações sucessoras em: federativos previstas nesta Lei Complementar,
a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou a) florestas públicas estaduais ou unidades de aprovar:
unidades de conservação instituídas pela União, exceto conservação do Estado, exceto em APAs; a) a supressão e o manejo de vegetação, de
em APAs; b) imóveis rurais, observada a competência florestas e formações sucessoras em florestas
b) atividades ou empreendimentos licenciados ou federal; públicas municipais e unidades de conservação
autorizados, ambientalmente, pela União; c) atividades ou empreendimentos instituídas pelo Município, exceto em APAs;
licenciados ou autorizados, ambientalmente, b) a supressão e o manejo de vegetação, de
pelo Estado; florestas e formações sucessoras em
empreendimentos licenciados ou autorizados,
ambientalmente, pelo Município.
elaborar a relação de espécies da fauna e da flora elaborar a relação de espécies da fauna e da -
ameaçadas de extinção e de espécies sobre-explotadas no flora ameaçadas de extinção no respectivo
território nacional, mediante laudos e estudos técnico- território, mediante laudos e estudos técnico-
científicos, fomentando as atividades que conservem essas científicos, fomentando as atividades que
espécies in situ; conservem essas espécies in situ;
aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da - -
fauna e da flora em ecossistemas naturais frágeis ou
protegidos;
proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na - -
relação prevista no inciso XVI;
gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento - -
tradicional associado, respeitadas as atribuições setoriais;
controlar a produção, a comercialização e o emprego de controlar a produção, a comercialização e o controlar a produção, a comercialização e o
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para emprego de técnicas, métodos e substâncias emprego de técnicas, métodos e substâncias que
a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma que comportem risco para a vida, a qualidade comportem risco para a vida, a qualidade de
da lei; de vida e o meio ambiente, na forma da lei; vida e o meio ambiente, na forma da lei;
controlar a introdução no País de espécies exóticas aprovar o funcionamento de criadouros da -
potencialmente invasoras que possam ameaçar os fauna silvestre;
ecossistemas, habitats e espécies nativas;
controlar a exportação de componentes da biodiversidade - -
brasileira na forma de espécimes silvestres da flora,
micro-organismos e da fauna, partes ou produtos deles
derivados;
controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e controlar a apanha de espécimes da fauna -
larvas; silvestre, ovos e larvas destinadas à
implantação de criadouros e à pesquisa
científica, ressalvada a competência federal;
exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional exercer o controle ambiental da pesca em -
ou regional; âmbito estadual;
exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo exercer o controle ambiental do transporte -
de produtos perigosos; fluvial e terrestre de produtos perigosos,
ressalvada a competência federal;
exercer o controle ambiental sobre o transporte - -
interestadual, fluvial ou terrestre, de produtos perigosos;
exercer o controle e fiscalizar as atividades e exercer o controle e fiscalizar as atividades e exercer o controle e fiscalizar as atividades e
empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou empreendimentos cuja atribuição para empreendimentos cuja atribuição para licenciar
autorizar, ambientalmente, for cometida à União; licenciar ou autorizar, ambientalmente, for ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao
cometida aos Estados; Município;
promover o licenciamento ambiental de empreendimentos promover o licenciamento ambiental de observadas as atribuições dos demais entes
e atividades: atividades ou empreendimentos utilizadores federativos previstas nesta Lei Complementar,
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e de recursos ambientais, efetiva ou promover o licenciamento ambiental das
em país limítrofe; potencialmente poluidores ou capazes, sob atividades ou empreendimentos:
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na qualquer forma, de causar degradação a) que causem ou possam causar impacto
plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; ambiental, ressalvadas as competências ambiental de âmbito local, conforme tipologia
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; federais e municipais; definida pelos respectivos Conselhos Estaduais
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de de Meio Ambiente, considerados os critérios de
conservação instituídas pela União, exceto em APAs; porte, potencial poluidor e natureza da
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais atividade; ou
Estados; b) localizados em unidades de conservação
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento instituídas pelo Município, exceto em APAs;
ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles
previstos no preparo e emprego das Forças Armadas,
conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de
junho de 1999;
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar,
transportar, armazenar e dispor material radioativo, em
qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em
qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da
Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder
Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite
Nacional, assegurada a participação de um membro do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e
considerados os critérios de porte, potencial poluidor e
natureza da atividade ou empreendimento;
licenciamento dos empreendimentos cuja localização promover o licenciamento ambiental de -
compreenda concomitantemente áreas das faixas terrestre atividades ou empreendimentos localizados
e marítima da zona costeira exclusivamente nos casos ou desenvolvidos em unidades de
previstos em ato do Poder Executivo, a partir de conservação instituídas pelo Estado, exceto
proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
participação de um membro do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de
porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou
empreendimento.
1.5.1. Possibilidade de instituição de regras próprias para supressão de vegetação

A lei poderá estabelecer regras próprias para atribuições relativas à autorização de manejo e supressão de vegetação,
considerada a sua caracterização como vegetação primária ou secundária em diferentes estágios de regeneração, assim
como a existência de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de extinção.

1.5.2. Regras específicas sobre licenciamento

Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um único ente federativo, em
conformidade com as atribuições estabelecidas nos termos desta Lei Complementar. Os demais entes federativos
interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante,
respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.

A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo ente federativo licenciador.

Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, e para autorização de
supressão e manejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação não será aplicado às
Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afins devem guardar relação de
proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço prestado pelo ente federativo.

Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de licenciamento. As
exigências de complementação oriundas da análise do empreendimento ou atividade devem ser comunicadas pela
autoridade licenciadora de uma única vez ao empreendedor, ressalvadas aquelas decorrentes de fatos novos.

As exigências de complementação de informações, documentos ou estudos feitas pela autoridade licenciadora suspendem
o prazo de aprovação, que continua a fluir após o seu atendimento integral pelo empreendedor. O decurso dos prazos de
licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela
dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva.

A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração
de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação
definitiva do órgão ambiental competente.

1.5.3. Atuação supletiva

Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização
ambiental, nas seguintes hipóteses:

a) inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União
deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação;
b) inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar
as ações administrativas municipais até a sua criação; e
c) inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve
desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.

1.5.4. Atuação subsidiária

A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico, administrativo ou
financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente
detentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar.

1.5.5. Auto de infração e processo administrativo

Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade,
lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental
cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.
Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade
utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se
refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.

Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do
fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão
responsável pelo licenciamento ou autorização de um empreendimento ou atividade para as providências cabíveis.

A possibilidade de representação não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da
conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais
com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a
atribuição de licenciamento ou autorização.

A respeito da Política Nacional do Meio Ambiente, dos crimes ambientais, das competências ambientais, da proteção da
vegetação nativa, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, do Conselho Nacional da Amazônia
Legal e do especialista em meio ambiente, julgue os itens a seguir.
É legalmente previsto que qualquer pessoa, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento
potencialmente poluidor, possa dirigir representação, inclusive de forma anônima, ao órgão responsável pelo
licenciamento. (CESPE, 2022).

LEI N.º 9.605/98: Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras
jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
(...)
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no
parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.

Não há previsão de anonimato.

LC N.º 140/2011: Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um
empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de
infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.

§ 1º Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou


atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão
a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia.

2. ATRIBUIÇÕES, COMPETÊNCIAS E ATUAÇÃO NORMATIVA DOS ÓRGÃOS DO SISNAMA E DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL QUE ATUAM NA ÁREA AMBIENTAL

2.1. Órgãos do Sisnama

O Sistema Nacional do Meio Ambiente, estabelecido pela Lei n.º 6.938/81 e regulado pelo Decreto n.º 99.247/90, é
composto por órgão superior, consultivo e deliberativo, central, executores, seccionais e locais.

2.1.1. Órgão superior

É o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas
diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.

2.1.2. Órgão consultivo e deliberativo

É o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia
qualidade de vida.

2.1.3. Órgão central

É a Secretaria do Meio Ambiente (Seman) da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
ambiente.
2.1.4. Órgãos executores

São o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências.

2.1.4.1. Ibama

Entidade vinculada ao MMA. Finalidades:

a) exercer o poder de polícia ambiental;


b) executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, relativas ao
licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à
fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio
Ambiente;
c) executar as ações supletivas de competência da União, de conformidade com a legislação ambiental vigente.

Outras atribuições:

a) propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental.


b) zoneamento e a avaliação de impactos ambientais.
c) licenciamento ambiental, nas atribuições federais.
d) implementação do Cadastro Técnico Federal.
e) fiscalização ambiental e a aplicação de penalidades administrativas.
f) geração e a disseminação de informações relativas ao meio ambiente.
g) monitoramento ambiental, principalmente no que diz respeito à prevenção e controle de desmatamentos,
queimadas e incêndios florestais.
h) apoio às emergências ambientais.
i) execução de programas de educação ambiental.
j) elaboração do sistema de informação.
k) estabelecimento de critérios para a gestão do uso dos recursos faunísticos, pesqueiros e florestais e outros.

2.1.4.2. ICMBio

Entidade vinculada ao MMA. Finalidades:

a) executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais
relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação
instituídas pela União;
b) executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao apoio ao extrativismo e às
populações tradicionais nas unidades de conservação de uso sustentável instituídas pela União;
c) fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e de educação
ambiental;
d) exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União, sem
prejuízo do poder de polícia ambiental supletivo exercido pelo Ibama; e
e) promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, programas recreacionais, de
uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, onde estas atividades sejam permitidas.

2.1.5. Órgãos seccionais

São os órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, as fundações instituídas pelo Poder
Público cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental ou àquelas de disciplinamento do uso
de recursos ambientais.

Também abrange os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e
fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. Os Estados, na esfera de suas competências e nas
áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente,
observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.

2.1.6. Órgãos locais


São os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades capazes de provocar a
degradação ambiental, nas suas respectivas jurisdições.

Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar normas supletivas e
complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.

2.2. Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

2.2.1. Competência

Áreas de competência:

a) política nacional do meio ambiente;


b) política nacional dos recursos hídricos;
c) política nacional de segurança hídrica;
d) política nacional sobre mudança do clima;
e) política de preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, biodiversidade e florestas;
f) gestão de florestas públicas para a produção sustentável;
g) gestão do Cadastro Ambiental Rural - CAR, em âmbito federal;
h) estratégias, mecanismos e instrumentos regulatórios e econômicos para a melhoria da qualidade ambiental e o uso
sustentável dos recursos naturais;
i) políticas para a integração da proteção ambiental com a produção econômica;
j) políticas para a integração entre a política ambiental e a política energética;
k) políticas de proteção e de recuperação da vegetação nativa;
l) políticas e programas ambientais para a Amazônia e para os demais biomas brasileiros;
m) zoneamento ecológico-econômico e outros instrumentos de ordenamento territorial, incluído o planejamento
espacial marinho, em articulação com outros Ministérios competentes;
n) qualidade ambiental dos assentamentos humanos, em articulação com o Ministério das Cidades;
o) política nacional de educação ambiental, em articulação com o Ministério da Educação; e
p) gestão compartilhada dos recursos pesqueiros, em articulação com o Ministério da Pesca e Aquicultura.

2.2.2. Estrutura interna

a) Órgãos de assistência direta e imediata à Ministra: Gabinete; Assessoria de Participação Social e Diversidade;
Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e Federativos; Assessoria Especial de Comunicação Social;
Assessoria Especial de Assuntos Internacionais; Assessoria Especial de Controle Interno; Corregedoria;
Ouvidoria; Consultoria Jurídica; e Secretaria-Executiva;

b) Órgãos específicos singulares: Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais; Secretaria
Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental; Secretaria Nacional de Bioeconomia; Secretaria
Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial; Serviço Florestal
Brasileiro;

c) Órgãos colegiados: Conama; Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente; Conselho de
Gestão do Patrimônio Genético - CGen; Comissão Nacional de Florestas - Conaflor; Comitê Gestor do Fundo
Nacional sobre Mudança do Clima; Comissão Nacional de Combate à Desertificação - CNCD; Comitê Gestor do
Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios - FNRB; Comissão Nacional para Recuperação da Vegetação
Nativa - Conaveg; Comissão Nacional para Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes do
Desmatamento e da Degradação Florestal, Conservação dos Estoques de Carbono Florestal, Manejo Sustentável
de Florestas e Aumento de Estoques de Carbono Florestal - REDD+; Comissão Nacional de Biodiversidade;
Conselho Nacional de Recursos Hídricos; Comissão de Gestão de Florestas Públicas; Conselho Nacional de
Mudança do Clima - CNMC; Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais - CNPCT;

d) Entidades vinculadas: Ibama, ICMBio, JBRJ, ANA.

2.3. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Entidade vinculada ao MMA. Finalidades:

a) promover, realizar e divulgar o ensino e as pesquisas técnico-científicas sobre os recursos florísticos do País, com
vistas ao conhecimento e à conservação da biodiversidade; e
b) manter as coleções científicas sob sua responsabilidade.

Competências:

a) subsidiar o Ministério do Meio Ambiente na elaboração da Política Nacional de Biodiversidade e de Acesso a


Recursos Genéticos;
b) criar e manter programas de apoio à implantação, estruturação e desenvolvimento de jardins botânicos, nos
âmbitos federal, estadual e municipal;
c) manter a operacionalização e o controle do Sistema Nacional de Registro de Jardins Botânicos;
d) desenvolver e difundir programas de pesquisa científica, visando a conservação da flora nacional, e estimular o
desenvolvimento tecnológico das atividades de interesse da botânica e de áreas correlatas;
e) manter e ampliar coleções nacionais de referência, representativas da flora nativa e exótica, em estruturas
adequadas, carpoteca, xiloteca, herbário, coleção de plantas vivas;
f) manter e ampliar o acervo bibliográfico, especializado na área da botânica, meio ambiente e áreas afins;
g) estimular e manter programas de formação e capacitação de recursos humanos nos campos da botânica, ecologia,
educação ambiental e gestão de jardins botânicos;
h) manter banco de germoplasma e promover a divulgação anual do index seminum no Diário Oficial da União;
i) manter unidades associadas representativas dos diversos ecossistemas brasileiros; e
j) analisar propostas e firmar acordos e convênios internacionais, objetivando a cooperação no campo das atividades
de pesquisa e acompanhar a sua execução, ouvido o Ministério do Meio Ambiente.

2.4. Agência Nacional de Águas

Entidade que antes era vinculada ao MMA e hoje é vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento
Regional. Competências:

a) supervisionar, controlar e avaliar as ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação federal


pertinente aos recursos hídricos;
b) disciplinar, em caráter normativo, a implementação, a operacionalização, o controle e a avaliação dos
instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos;
c) outorgar, por intermédio de autorização, o direito de uso de recursos hídricos em corpos de água de domínio da
União, observado o disposto nos arts. 5º, 6º, 7º e 8º;
d) fiscalizar os usos de recursos hídricos nos corpos de água de domínio da União;
e) elaborar estudos técnicos para subsidiar a definição, pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, dos valores a
serem cobrados pelo uso de recursos hídricos de domínio da União, com base nos mecanismos e quantitativos
sugeridos pelos Comitês de Bacia Hidrográfica, na forma do inciso VI do art. 38 da Lei nº 9.433, de 1997;
f) estimular e apoiar as iniciativas voltadas para a criação de Comitês de Bacia Hidrográfica;
g) implementar, em articulação com os Comitês de Bacia Hidrográfica, a cobrança pelo uso de recursos hídricos de
domínio da União;
h) arrecadar, distribuir e aplicar receitas auferidas por intermédio da cobrança pelo uso de recursos hídricos de
domínio da União, na forma do disposto no art. 22 da Lei nº 9.433, de 1997;
i) planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações, no âmbito do
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em articulação com o órgão central do Sistema
Nacional de Defesa Civil, em apoio aos Estados e Municípios;
j) promover a elaboração de estudos para subsidiar a aplicação de recursos financeiros da União em obras e serviços
de regularização de cursos de água, de alocação e distribuição de água, e de controle da poluição hídrica, em
consonância com o estabelecido nos planos de recursos hídricos;
k) definir e fiscalizar as condições de operação de reservatórios por agentes públicos e privados, visando a garantir o
uso múltiplo dos recursos hídricos, conforme estabelecido nos planos de recursos hídricos das respectivas bacias
hidrográficas;
l) promover a coordenação das atividades desenvolvidas no âmbito da rede hidrometeorológica nacional, em
articulação com órgãos e entidades públicas ou privadas que a integram, ou que dela sejam usuárias;
m) organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos;
n) estimular a pesquisa e a capacitação de recursos humanos para a gestão de recursos hídricos;
o) prestar apoio aos Estados na criação de órgãos gestores de recursos hídricos;
p) propor ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos o estabelecimento de incentivos, inclusive financeiros, à
conservação qualitativa e quantitativa de recursos hídricos.
q) participar da elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos e supervisionar a sua implementação.
r) regular e fiscalizar, quando envolverem corpos d'água de domínio da União, a prestação dos serviços públicos de
irrigação, se em regime de concessão, e adução de água bruta, cabendo-lhe, inclusive, a disciplina, em caráter
normativo, da prestação desses serviços, bem como a fixação de padrões de eficiência e o estabelecimento de
tarifa, quando cabíveis, e a gestão e auditagem de todos os aspectos dos respectivos contratos de concessão,
quando existentes.
s) organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);
t) promover a articulação entre os órgãos fiscalizadores de barragens;
u) coordenar a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens e encaminhá-lo, anualmente, ao Conselho
Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), de forma consolidada.
v) declarar a situação crítica de escassez quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos nos corpos hídricos que
impacte o atendimento aos usos múltiplos localizados em rios de domínio da União, por prazo determinado, com
base em estudos e dados de monitoramento, observados os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de
Recursos Hídricos, quando houver;
w) estabelecer e fiscalizar o cumprimento de regras de uso da água, a fim de assegurar os usos múltiplos durante a
vigência da declaração de situação crítica de escassez de recursos hídricos a que se refere o inciso XXIII do caput
deste artigo.

2.5. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Áreas de competência:

a) políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação;


b) planejamento, coordenação, supervisão, monitoramento e avaliação das atividades de ciência, tecnologia e
inovação;
c) políticas de transformação digital e de desenvolvimento da automação;
d) política nacional de biossegurança;
e) política espacial;
f) política nuclear;
g) controle da exportação de bens e serviços sensíveis; e
h) articulação com os Governos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, com a sociedade e com os órgãos
do Governo federal, com vistas ao estabelecimento de diretrizes para as políticas nacionais de ciência, tecnologia
e inovação.

Unidades de pesquisa:

a) Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas;


b) Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer;
c) Centro de Tecnologia Mineral;
d) Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste;
e) Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais;
f) Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia;
g) Instituto Nacional da Mata Atlântica: realizar pesquisas, incentivar a inovação científica, capacitar pessoas,
conservar acervos e disseminar conhecimentos relacionados à Mata Atlântica;
h) Instituto Nacional de Águas: implementar ações inovadoras na área de meio ambiente destinadas à preservação
e à geração de conhecimento e de novas tecnologias na utilização racional dos recursos hídricos;
i) Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia: gerar e disseminar conhecimentos, tecnologias e inovações para
a Amazônia; capacitar pessoas para contribuir com formulação de políticas públicas e ações para o
desenvolvimento da Amazônia;
j) Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal: integrar, articular e apoiar a produção, a síntese e a difusão do
conhecimento científico para a conservação, a restauração e o uso sustentável da biodiversidade do Pantanal e de
outras áreas úmidas; atuar no desenvolvimento de sistemas de compartilhamento e gestão de informações para a
gestão governamental relacionados à conservação e ao uso sustentável do Pantanal e de outras áreas úmidas;
k) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;
l) Instituto Nacional de Tecnologia;
m) Instituto Nacional do Semiárido;
n) Laboratório Nacional de Astrofísica;
o) Laboratório Nacional de Computação Científica;
p) Museu de Astronomia e Ciências Afins;
q) Museu Paraense Emílio Goeldi: realizar pesquisas científicas relacionadas aos sistemas naturais e socioculturais
da Amazônia; disseminar conhecimentos e acervos sobre a biodiversidade, os sistemas naturais e socioculturais
relacionados à Amazônia; capacitar pessoas nas áreas relacionadas ao seu âmbito de atuação;
r) Observatório Nacional;

Órgãos colegiados:
a) Comissão de Coordenação das Atividades de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia;
b) Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
c) Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia;
d) Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal; e
e) Conselho Nacional de Informática e Automação.

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