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RESOLUÇÃO Nº. 10/2013 – CODEM.

Regulamenta a Lei nº 8.739, de 19 de Maio


de 2010, que institui o Programa Municipal
de Regularização Fundiária “Chão Legal”
dispondo sobre a utilização dos
instrumentos e procedimentos de
regularização fundiária de interesse social
no Município de Belém pela CODEM e
revoga disposições em contrário.

O Conselho de Administração da Companhia de Desenvolvimento e


Administração da Área Metropolitana de Belém - CODEM, por seu Presidente
infra-assinado, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 35 do
Estatuto Social, combinado com o artigo 7° do seu Regimento Interno, e
considerando:

A necessidade de regulamentar o uso de instrumentos de regularização


fundiária de interesse social previstos na legislação federal no âmbito
municipal;

A atribuição prevista no art. 6º da Lei Municipal 8792/2010 que conferiu à


CODEM a competência de executar e regulamentar o Programa Chão Legal;

A decisão n° 4.398, tomada em reunião realizada nesta data;

Resolve:

Art. 1º. Regulamentar os instrumentos e procedimentos administrativos a


serem adotados pela CODEM no âmbito da regularização fundiária de
interesse social (RFIS) para a execução do Programa Chão Legal e demais
atividades atribuídas à CODEM pela Lei Municipal nº. 8.739 de 19 de maio de
2010, observado o disposto na legislação federal e estadual em vigor.

Art. 2º. Para fins da presente resolução serão utilizadas as seguintes


definições:

I - Regularização fundiária: conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas,


ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e
à titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia, o
pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;

II – Área urbana: parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro


urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica;
III – Área urbana consolidada: parcela da área urbana com densidade
demográfica superior a 50 (cinquenta) habitantes por hectare e malha viária
implantada e que tenha, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de
infraestrutura urbana implantados:
a) drenagem de águas pluviais urbanas;
b) esgotamento sanitário;
c) abastecimento de água potável;
d) distribuição de energia elétrica; ou
e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos;

IV – Demarcação Urbanística: procedimento administrativo pelo qual o poder


público, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca
imóvel de domínio público ou privado, definindo seus limites, área, localização
e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a
natureza e o tempo das respectivas posses;

V – Legitimação de Posse: ato do poder público destinado a conferir título de


reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a
identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse;

VI – Zona Especial de Interesse Social - ZEIS: parcela de área urbana


instituída pelo Plano Diretor ou definida por outro instrumento jurídico
municipal, destinada predominantemente à moradia de população de baixa
renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo;

VII – Assentamentos Irregulares: ocupações inseridas em parcelamentos


informais ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas,
utilizadas predominantemente para fins de moradia;

VIII – Regularização Fundiária De Interesse Social: regularização fundiária de


assentamentos irregulares ocupados, predominantemente, por população de
baixa renda, nos casos:
a) em que a área esteja ocupada, de forma mansa e pacífica, há, pelo menos,
5 (cinco) anos;
b) de imóveis situados em ZEIS; ou
c) de áreas declaradas de interesse para implantação de projetos de
regularização fundiária de interesse social;

VIII – regularização fundiária de interesse específico: regularização fundiária


quando não caracterizado o interesse social;

Parágrafo único. A regularização fundiária de interesse específico e as


modalidades de regularização onerosa serão regulamentadas em resolução
específica.

Art. 3º. O processo de regularização fundiária de interesse social será regido


pelos seguintes princípios:
I – Prevalência do direito à moradia sobre o uso especulativo de imóveis
públicos;

II – Os interesses e atividades da comunidade beneficiada pelo processo de


regularização serão levados em consideração na elaboração do projeto de
intervenção da área;

III – Gratuidade do processo de regularização de interesse social;

IV – Mediação e resolução extrajudicial de conflitos fundiários;

V – Preferência da titulação em nome da mulher no caso de não haver


consenso sobre quem serão os beneficiários no processo de regularização do
imóvel urbano;

VI – Compatibilização da regularização fundiária com as normas ambientais.

§1º. A gratuidade mencionada no inciso III do artigo 3º limita-se à primeira


regularização para fins de moradia ou uso comercial para fins de subsistência
familiar, não se estendendo às transmissões “inter vivos” ou “causa mortis”,
bem como às pessoas previamente beneficiadas pelo processo de
regularização não onerosa urbana ou rural, em nível federal, estadual ou
municipal.

§2º. O disposto nos incisos II e IV serão aplicados no que for compatível com a
regularização fundiária de interesse social fora de projetos de regularização do
programa Chão Legal.

Art. 4º. O disposto na presente resolução aplica-se aos bens dominicais do


Município de Belém e aos bens e direitos decorrentes do patrimônio da
CODEM, conforme disposto no art. 2º da Lei Municipal 8739/2010.

§1º. Para fins de regularização fundiária do programa Chão Legal o Município


poderá desafetar suas áreas de uso especial através de Decreto Municipal.

§2º. As áreas municipais que não foram integralizadas ao patrimônio da


CODEM e que serão utilizadas para a execução programa “Chão Legal” serão
afetadas através de Decreto Municipal para esse fim, observadas as exigências
sobre disposição de bens públicos da Lei Orgânica Municipal.

§3º. A necessidade de atuação conjunta entre a CODEM e demais entes


federados para fins de execução do programa Chão Legal será regulada
através de instrumento próprio, no termos do art. 4º da Lei Municipal
8739/2010, aplicando-se no que couber as disposições da presente Resolução.

§4º. O disposto no caput aplica-se tanto à regularização fundiária de interesse


social como para a regularização fundiária de interesse específico, devendo a
CODEM dar especial ênfase à primeira, conforme dispõe o art. 3º e parágrafo
único da Lei Municipal 8739/2010.
Título I

DOS INSTRUMENTOS DE RFIS

Art. 5º. Para fins de execução da RFIS no âmbito municipal poderão ser
utilizados os seguintes instrumentos urbanísticos de regularização patrimonial:

I – Concessão de Uso Especial Para Fins de Moradia (CUEM)

II – Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), na modalidade não onerosa;

III – Contrato sobre Direito de Superfície;

IV – Alienação não onerosa com encargos;

V – Legitimação de posse mediante demarcação urbanística;

Art. 6º. Conforme a necessidade do projeto de regularização fundiária ou da


situação constatada em pedido de regularização fundiária individual, poderão
ainda ser utilizados os seguintes instrumentos administrativos:

I – Autorização administrativa

II – Certificado de Regularização Fundiária

III – Autorização Especial de Uso (AEU) para fins comerciais;

Art. 7º. Poderão ser contempladas pela regularização fundiária de interesse


social, de forma individual ou coletiva, as seguintes situações:

I – por solicitação individual de ocupante de imóvel público fora de áreas objeto


do programa “Chão Legal”;

II – por solicitação de associação legalmente constituída para fins de


regularização de população de baixa renda, desde que essa atribuição esteja
prevista em seu estatuto social;

III – por iniciativa da CODEM quando identificada área cuja regularização


fundiária seja considerada necessária;

IV – em sede de programas de urbanização ou de implantação de


infraestruturas no Município, com ou sem remanejamento de pessoas na área
de influência do projeto.

Capítulo I
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
INDIVIDUAL

Art. 8º. A concessão de uso especial para fins de moradia prevista na Medida
Provisória nº 2.220, de 04 de setembro de 2001, será outorgada gratuitamente
e por prazo indeterminado aos ocupantes de áreas urbanas mediante
requerimento do interessado, desde que atendidos os seguintes requisitos:

I - a área ocupada seja igual ou inferior a 250,00 m² (duzentos e cinquenta


metros quadrados);

II - o imóvel seja utilizado para fins residenciais do requerente ou de sua


família;

III - a área tenha sido ocupada por prazo igual ou superior a 5 (cinco) anos,
contados até a data de 30 de junho de 2001;

IV - o interessado não seja proprietário ou concessionário de outro imóvel


urbano ou rural.

V – o interessado não tenha sido beneficiado anteriormente por programa de


regularização fundiária ou habitacional em nível municipal, estadual ou federal.

§ 1º. Na hipótese de uso misto da área, poderá ser outorgada concessão de


uso especial para fins de moradia, desde que o uso seja predominantemente
residencial e a atividade econômica seja desempenhada pelo requerente da
concessão ou por sua família.

§ 2º. A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser transferida
e extinta na forma prevista nesta resolução.

§ 3º. Na impossibilidade de individualização dos lotes sem intervenção


urbanística, a concessão de uso especial para fins de moradia será outorgada
de forma coletiva, nos termos do art. 9º da presente Resolução.

§ 4º. Na contagem do prazo de ocupação exigido para a concessão de uso


especial para fins de moradia, na forma individual ou coletiva, será admitida a
soma das posses.

Capítulo II
DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA COLETIVA

Art. 9º. Nos imóveis de que trata o art. 8º, com mais de 250 m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados), que, até 30 de junho de 2001, estavam
ocupados por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos
ocupados por possuidor, a concessão de uso especial para fins de moradia
será conferida de forma coletiva, desde que os possuidores não sejam
proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou
rural.

§ 1º. O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam
contínuas.

§ 2º. Na concessão de uso especial de que trata este artigo, será atribuída igual
fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do
terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os
ocupantes estabelecendo frações ideais diferenciadas.

§ 3º. A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a 250
m² (duzentos e cinquenta metros quadrados).

§4º. Nas áreas objeto de CUEM coletiva cujo ocupante não tenha situação
econômica caracterizada como baixa renda ou tenha área superior a 250 m²,
ou ainda o imóvel tenha finalidade não residencial e não se enquadre nas
hipóteses de regularização fundiária não onerosa, serão excluídos da área a
ser regularizada.

Capítulo III
DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO INDIVIDUAL PARA FINS DE
MORADIA

Art. 10. A concessão de direito real de uso para fins de moradia poderá ser
outorgada ao ocupante que não preencher os requisitos legais para a obtenção
da CUEM, de forma gratuita e por prazo indeterminado, mediante requerimento
do interessado, atendidas as seguintes cláusulas de uso do bem:

I – Utilizar o imóvel para fins de moradia ou uso misto, desde que a atividade
seja desenvolvida pelo próprio concessionário;

II – Comunicar à CODEM caso adquira outro imóvel;

III – Transferir a concessão apenas mediante prévia anuência da CODEM,


devendo o adquirente atender às mesmas exigências do concessionário
originário.

§ 1º. Na impossibilidade de individualização dos lotes, a concessão de direito


real de uso será outorgada de forma coletiva.

§ 2º. A concessão de direito real de uso para fins de moradia poderá ser
transferida e extinta na forma prevista nesta resolução.
Capítulo IV
DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO COLETIVA PARA FINS DE
MORADIA

Art. 11. Nos imóveis de que tratam os art. 8º e 10º, com mais de 250m², que
estão ocupados por população de baixa renda para sua moradia,
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos
ocupados por possuidor, a CDRU será conferida de forma coletiva, desde que
os possuidores não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer título,
de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º. Na concessão de direito real de uso de que trata este artigo, será atribuída
igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da
dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito
entre os ocupantes, estabelecendo frações ideais diferenciadas.

§ 2º. A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a 250
m².

§ 3º. Nas áreas objeto de CDRU coletiva cujo ocupante não tenha situação
econômica caracterizada como baixa renda, ou ainda o imóvel tenha finalidade
não residencial e não se enquadre nas hipóteses de regularização fundiária
não onerosa, serão excluídos da área da área a ser regularizada.

Capítulo V
DA CONCESSÃO DE DREITO REAL DE USO PARA FINS NÃO
RESIDENCIAIS

Art. 12. As áreas com fins comerciais, institucionais e de serviços que não se
enquadrem no disposto do art. 13 serão regularizadas somente pela
modalidade de CDRU onerosa, que será regulamentada em Resolução
específica.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às entidades civis e


religiosas sem fins lucrativos, que serão regularizadas através de CDRU
individual não onerosa, com o encargo de utilizar o imóvel concedido apenas
para as finalidades estabelecidas no ato constitutivo da pessoa jurídica.

Capítulo VI
DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE USO PARA FINS COMERCIAIS

Art. 13. A CODEM poderá dar autorização especial de uso, a requerimento do


interessado, para desde que a ocupação sobre áreas pública urbana não tenha
área superior a 250m² e esteja sendo ocupada ininterruptamente e sem
oposição para fins comerciais há pelo menos 1 ano.

§ 1º. A expedição de autorização de uso fica condicionada ao atendimento ao


interesse da comunidade local.

§2º. A autorização de uso será preferencialmente outorgada em benefício de


pessoa jurídica inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério
da Fazenda.

§ 3º. A autorização de uso de que trata este artigo será conferida de forma
gratuita e por prazo indeterminado, mas sua revogação não gera direito à
indenização por parte do ocupante.

§ 4º. O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam
contínuas.

§5º. No caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à saúde dos ocupantes


ou gerar transtornos à vizinhança, é facultado à CODEM garantir ao possuidor
o exercício do direito em outro local.

Art. 14. Também será facultado à CODEM assegurar o disposto no §5º do art.
13 às ocupações situadas em:

I – bens de uso comum do povo;

II - destinado a projeto de urbanização;

III - de interesse da preservação ambiental e da proteção dos ecossistemas


naturais;

IV - reservado à construção de equipamentos públicos; ou

V - situado em via de comunicação

Capítulo VII
DO CONTRATO SOBRE DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 15. Poderá ser celebrado contrato de direito de superfície, por tempo
determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no
cartório de registro de imóveis competente.

§ 1º. O direito de superfície abrange o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o


espaço aéreo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo,
atendida a legislação urbanística.
§ 2º. A concessão do direito de superfície que será realizada na modalidade
não onerosa ficará restrita à solicitação de áreas para a implantação de
edificação da administração direta e indireta em nível Municipal, Estadual e
Federal, observadas as diretrizes e limitações do Plano Diretor vigente.

§ 3º. O superficiário responderá integralmente pelos encargos que incidirem


sobre a propriedade superficiária, arcando, ainda, proporcionalmente à sua
parcela de ocupação efetiva, com os encargos sobre a área objeto da
concessão do direito de superfície, salvo disposição em contrário do contrato
respectivo.

§ 4o. O direito de superfície pode ser transferido a terceiros somente na


modalidade onerosa.

§ 5º. A aplicação do direito de superfície descrito no caput limita-se aos bens


incorporados pelo patrimônio da CODEM.

Art. 16. Extingue-se o direito de superfície:

I – pelo advento do termo;

II – pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo


superficiário.

Art. 17. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio


do terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel,
independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o
contrário no respectivo contrato.

§ 1º. Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o


superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a qual for
concedida.

§ 2º. A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro


de imóveis

Capítulo VIII
ALIENAÇÃO NÃO ONEROSA COM ENCARGOS

Art. 18. Nas hipóteses em que o agente financiador de programa de


urbanização exigir que seja feita a regularização fundiária dos ocupantes
mediante alienação gratuita, poderá ser emitido título definitivo de doação, com
encargos.
§1º. O título de doação com encargos, para que possa ser outorgado, demanda
prévia autorização da Câmara dos Vereadores, conforme dispõe o art. 36, I, “a”
da Lei Orgânica do Município de Belém de 1989.

§2º. O disposto no caput não se aplica às áreas delimitadas como Zonas


Especiais de Interesse social, conforme dispõe o §3º do art. 104 da Lei
8655/2008 e art. 38, parágrafo único da Lei Complementar Municipal n. 2/1992.

Art. 19. Deverão constar obrigatoriamente os seguintes encargos no título


definitivo de doação:

I – impossibilidade de venda pelo prazo de 10 anos;

II – impossibilidade de modificação da finalidade do bem caso a doação tenha


fins residenciais;

III – direito de preferência da CODEM para no caso de alienação;

IV – impossibilidade de remembramento e desmembramento do bem.

Capítulo IX
LEGITIMAÇÃO DE POSSE MEDIANTE DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA

Art.20. A CODEM, em sede de regularização fundiária de interesse social, nos


termos da lei 11977/2009, poderá lavrar auto de demarcação urbanística, com
base no levantamento da situação da área a ser regularizada e na
caracterização da ocupação.

Art. 21. O auto de demarcação urbanística deve ser instruído com:

I - planta e memorial descritivo da área a ser regularizada, nos quais constem


suas medidas perimetrais, área total, confrontantes, coordenadas
preferencialmente georreferenciadas dos vértices definidores de seus limites,
número das matrículas ou transcrições atingidas, indicação dos proprietários
identificados e ocorrência ou não da existência de domínio privado com
proprietários não identificados, em razão de descrições imprecisas dos
registros anteriores;

II - planta de sobreposição do imóvel demarcado com a situação da área


constante do registro de imóveis e, quando possível, com a identificação das
situações mencionadas no inciso anterior e ocorrência ou não da existência de
domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições
imprecisas dos registros anteriores; e

III – certidão da matrícula ou transcrição da área a ser regularizada, emitida


pelo registro de imóveis, ou, diante de sua inexistência, das circunscrições
imobiliárias anteriormente competentes.
Art. 22. A CODEM deverá notificar os órgãos responsáveis pela administração
patrimonial dos demais entes federados, previamente ao encaminhamento do
auto de demarcação urbanística ao registro de imóveis competente, para que
se manifestem no prazo de 30 (trinta) dias quanto:
I - à anuência ou oposição ao procedimento, na hipótese de a área a ser
demarcada abranger imóvel público;

II - os limites definidos no auto de demarcação urbanística, na hipótese de a


área a ser demarcada confrontar com imóvel público; e

III - à eventual titularidade pública da área, na hipótese de inexistência de


registro anterior ou de impossibilidade de identificação dos proprietários em
razão de imprecisão dos registros existentes.

§ 1o. Na ausência de manifestação no prazo previsto no caput, o poder público


dará continuidade à demarcação urbanística.

§ 2o. No que se refere às áreas de domínio da União, aplicar-se-á o disposto


nos art. 18-A a 18-F do Decreto-Lei Federal no 9.760, de 5 de setembro de
1946

§ 3º. Nas regularizações fundiárias de interesse social, nos imóveis de


propriedade do Município, poderá ser aplicado, no que couber, as disposições
previstas para as áreas da União, nos termos do §4º, conforme dispõe o art. 22
da Lei Federal n° 11.481/2007.

Art. 23. O auto de demarcação urbanística poderá abranger parte ou a


totalidade de um ou mais imóveis inseridos em uma ou mais das seguintes
situações:

I - domínio privado com proprietários não identificados, em razão de descrições


imprecisas dos registros anteriores;

II - domínio privado matriculado no registro de imóveis competente, ainda que


de proprietários distintos; ou

III - domínio público.

Art. 24. Encaminhado o auto de demarcação urbanística ao registro de imóveis,


o oficial deverá proceder às buscas para identificação do proprietário da área a
ser regularizada e de matrículas ou transcrições que a tenham por objeto.

§ 1º Realizadas as buscas, o oficial do registro de imóveis deverá notificar o


proprietário e os confrontantes da área demarcada, pessoalmente ou pelo
correio, com aviso de recebimento, ou, ainda, por solicitação ao oficial de
registro de títulos e documentos da comarca da situação do imóvel ou do
domicílio de quem deva recebê-la, para, querendo, apresentarem impugnação
à averbação da demarcação urbanística, no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º. O poder público responsável pela regularização deverá notificar, por
edital, eventuais interessados, bem como o proprietário e os confrontantes da
área demarcada, se estes não forem localizados nos endereços constantes do
registro de imóveis ou naqueles fornecidos pelo poder público para notificação
na forma estabelecida no § 1º.

Art. 25. São requisitos para a notificação por edital:

I – resumo do auto de demarcação urbanística, com a descrição que permita a


identificação da área a ser demarcada e seu desenho simplificado;

II – publicação do edital, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, uma vez pela


imprensa oficial e uma vez em jornal de grande circulação local; e

III – determinação do prazo de 15 (quinze) dias para apresentação de


impugnação à averbação da demarcação urbanística.

§ 1º. Decorrido o prazo sem impugnação, a demarcação urbanística será


averbada nas matrículas alcançadas pela planta e memorial da área a ser
regularizada;

§ 2º. Havendo impugnação, o oficial do registro de imóveis deverá notificar o


poder público para que se manifeste no prazo de 60 (sessenta) dias.

§ 3º. O poder público poderá propor a alteração do auto de demarcação


urbanística ou adotar qualquer outra medida que possa afastar a oposição do
proprietário ou dos confrontantes à regularização da área ocupada.

§ 4o Havendo impugnação apenas em relação à parcela da área objeto do auto


de demarcação urbanística, o procedimento seguirá em relação à parcela não
impugnada.

§ 5o O oficial de registro de imóveis deverá promover tentativa de acordo entre


o impugnante e o poder público.

§ 6º. Não havendo acordo, a demarcação urbanística será encerrada em


relação à área impugnada.

Art. 26. A partir da averbação do auto de demarcação urbanística, o poder


público deverá elaborar o projeto de regularização fundiária observado o que
dispõe o ar. 51 da Lei Federal 11977/2009 e submeter o parcelamento dele
decorrente a registro.

§ 1o. Após o registro do parcelamento de que trata o caput, o poder público


concederá título de legitimação de posse aos ocupantes cadastrados.

§ 2o. O título de que trata o § 1o será concedido preferencialmente em nome da


mulher e registrado na matrícula do imóvel.
§ 3o. Não será concedido legitimação de posse aos ocupantes a serem
realocados em razão da implementação do projeto de regularização fundiária
de interesse social, devendo o poder público assegurar-lhes o direito à
moradia.

Art. 27. A legitimação de posse devidamente registrada constitui direito em


favor do detentor da posse direta para fins de moradia.

Art. 28. A legitimação de posse será concedida aos moradores cadastrados


pelo poder público, desde que:

I - não sejam concessionários, foreiros ou proprietários de outro imóvel urbano


ou rural;

II - não sejam beneficiários de legitimação de posse concedida anteriormente;

Parágrafo único. A legitimação de posse também será concedida ao


coproprietário da gleba, titular de cotas ou frações ideais, devidamente
cadastrado pelo poder público, desde que exerça seu direito de propriedade
em um lote individualizado e identificado no parcelamento registrado.

Art. 29. Sem prejuízo dos direitos decorrentes da posse exercida


anteriormente, o detentor do título de legitimação de posse, após 5 (cinco) anos
de seu registro, poderá requerer ao oficial de registro de imóveis a conversão
desse título em registro de propriedade, tendo em vista sua aquisição por
usucapião, nos termos do art. 183 da Constituição Federal.

Parágrafo único. No caso de área urbana com mais de 250m², o prazo para
requerimento da conversão do título de legitimação de posse em propriedade
será o estabelecido na legislação pertinente sobre usucapião.

Art. 30. O título de legitimação de posse poderá ser extinto pelo poder público
emitente quando constatado que o beneficiário não está na posse do imóvel e
não houve registro de cessão de direitos

Parágrafo único. Após o procedimento para extinção do título, o poder público


solicitará ao oficial de registro de imóveis a averbação do seu cancelamento,
nos termos do inciso III do art. 250 da Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de
1973.

Título II
DOS INSTRUMENTOS ADMINISTRATIVOS COMPLEMENTARES AO
PROCESSO DE RFIS

Capítulo I
AUTORIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DE USO
Art. 31. A autorização administrativa de uso é um ato administrativo
discricionário, unilateral e precário, pelo qual o Poder Público torna possível ao
pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de
determinado bem público, de seu exclusivo ou predominante interesse,
mediante a aquiescência prévia da Administração.

§1º. O termo de autorização não gera direitos reais ao ocupante ou qualquer


pretensão de indenização por parte do poder público das benfeitorias
realizadas

§ 2º. A autorização administrativa de uso de bem público deve ser


preferencialmente por prazo determinado, até que o ocupante receba
documento adequado de regularização patrimonial.

§ 3º. A emissão da referida declaração será disciplinada em Portaria.

Capítulo II
CERTIFICADO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Art. 32. O preenchimento dos requisitos exigidos para a outorga da CUEM


poderá ser reconhecido, por meio da emissão de Certificado de Regularização
Fundiária (CRF) pela CODEM, nas seguintes conformidades:

I - aos ocupantes de imóveis situados em áreas destinadas à promoção do


Programa Municipal Chão Legal, para os quais haja previsão de elaboração de
projetos ou de execução de obras de recuperação urbanística e ambiental;

II - aos ocupantes de imóveis em áreas destinadas à promoção do Programa


Municipal “Chão Legal”, nas seguintes situações:
a) situados, parcial ou totalmente, sobre faixas não-edificáveis de cursos
d'água, destinadas a futura intervenção de saneamento e drenagem;
b) situados, parcial ou totalmente, em logradouros públicos;
c) possuam acesso por área particular;
d) situados, parcial ou totalmente, em áreas destinadas a ações de
recuperação urbanística e ambiental, à implantação de áreas verdes e
equipamentos de recreação e lazer;
e) situados, parcial ou totalmente, em trechos necessários à implantação de
redes de água, esgoto, energia elétrica e sistemas de drenagem, bem como à
abertura, alargamento ou adequação de sistema viário interno às ocupações;

III - aos ocupantes de imóveis que vierem a requerer administrativamente, de


forma individual ou coletiva, a concessão de uso especial para fins de moradia,
situados em áreas que:
a) necessitem de execução de levantamento planialtimétrico cadastral, bem
como da efetivação da regularização urbanística e fundiária da totalidade da
ocupação para a especialização do imóvel objeto do pedido;
b) possuam estudos de viabilidade e parecer favorável à regularização
urbanística e fundiária;
c) dependam de elaboração de projetos e/ou execução de obras de
recuperação urbanística e ambiental, para a efetivação da regularização
fundiária.

§ 1º. Nos casos enquadrados no inciso II deste artigo, as situações previstas


nas alíneas "a" a "e" deverão ser demarcadas e identificadas em planta de
individualização dos lotes como "área reservada".

§ 2º. O CRF deverá conter, no mínimo, a metragem ou a fração ideal, a


localização da área, o nome do beneficiário e o endereço do imóvel utilizado
para fins de moradia e não produzirá efeitos para fins de registro junto ao
Cartório de Registro de Imóveis.

§ 3º. O CRF não garantirá ao beneficiário o exercício do direito à concessão de


uso especial para fins de moradia no próprio local.

Art. 33. O CRF poderá ser convertido em CUEM ou CDRU quando forem
superados os fatores impeditivos que justificaram a sua emissão.

§ 1º. A conversão mencionada no caput obedecerá aos critérios de


conveniência e oportunidade da Administração Municipal, no que tange à
implementação das intervenções às quais esteja vinculada.

§ 2º. Na hipótese de conversão para CUEM ou CDRU esta será outorgada no


local definitivo de moradia do beneficiário.

§ 3º. Na hipótese de adesão do beneficiário do CRF a outro programa, projeto


ou alternativa habitacional, este será cancelado.

Título III
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE RFIS

Capítulo I
DA RFIS REALIZADA MEDIANTE PROJETOS DO PROGRAMA CHÃO
LEGAL

Art. 34. A Diretoria de Gestão Fundiária (DGF) deverá submeter à Diretoria


Executiva para aprovação proposta de área passível de execução de projeto de
regularização no âmbito do Programa Chão Legal, composta pelos seguintes
itens:
I – plantas e memoriais descritivos com a definição dos perímetros das áreas,
tendo como base a situação fática das ocupações, que serão obtidas por meio
de vistoria técnica, quando necessária;

II – foto aérea ou registro cadastral que demonstre o tempo aproximado de


ocupação;

III - pesquisa fundiária realizada nos acervos documentais da CODEM e em


informação prestada pelo Cartório de Registro de Imóveis competente;

IV – diagnóstico socioeconômico preliminar, elaborado a partir de fontes


secundárias disponíveis sobre a área;

V – diagnóstico urbanístico preliminar da área.

VI – parecer jurídico indicando a legislação pertinente a ser aplicada,


considerando a dominialidade e a caracterização socioeconômica da área
objeto da intervenção.

Parágrafo único. O procedimento a ser adotado pela DGF para a elaboração da


proposta mencionada no caput será regulado em Portaria específica.

Art. 35. Após decisão da Diretoria Executiva a DGF adotará as providências


necessárias para priorizar a implantação dos projetos de regularização
fundiária de interesse social, considerando os requisitos no inciso VIII do art. 2º
da presente resolução, devendo ainda levar em conta o seguinte rol taxativo de
critérios:

I – áreas de dominialidade municipal;

II – o maior tempo de ocupação;

III – o menor grau de consolidação da infraestrutura urbana, nos termos do


inciso III do art. 1º da Presente Resolução;

IV – maior número de famílias a serem beneficiadas.

Art. 36. Compete a CODEM a abertura ou retificação de matrícula das áreas


destinadas à promoção do programa “Chão Legal” nos cartórios de registro de
imóveis competentes incidentes sobre bens públicos municipais ou integrantes
do patrimônio da CODEM.

Capítulo II
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA A OUTORGA DOS
INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 37. Para a outorga dos instrumentos previstos nos art. 5º da presente
Resolução, a CODEM deverá autuar processo administrativo para cada uma
das áreas destinadas à promoção do Programa “Chão Legal”, que será
instruído, obrigatoriamente, com:

I – Nas hipóteses do art. 8º, 9º, 10 e 12, parágrafo único, a documentação


referente à área que deverá constar no processo de titulação será a seguinte:
a) planta da área de intervenção elaborado a partir do projeto urbanístico
aprovado, contendo a localização do lote específico, caso a titulação seja
individual e esteja inserida em área objeto de projeto de regularização fundiária
de interesse social ou específico;
b) demarcação da ocupação sobre foto aérea anterior a 30 de junho de 1996,
quando houver;
c) planta de individualização do lote, com suas respectivas identificações,
quando a regularização for individual;
d) Cópia da matrícula da área pública da qual o imóvel será desmembrado.

II - Na hipótese do art. 15, §2º, a documentação referente à área que deverá


constar no processo de constituição de direito real será a seguinte:
a) planta de individualização do lote, com suas respectivas identificações, se
destacado de porção maior;
b) Cópia da matrícula da área pública na qual a escritura pública de
constituição de direito de superfície será averbada.

III - A documentação pessoal do interessado que deverá ser apresentada nos


pedidos de CUEM individual, nos termos do art. 8º da Resolução será:
a) comprovante de residência;
b) comprovação de posse que a área tenha sido ocupada por prazo igual ou
superior a 5 (cinco) anos, contados até a data de 30 de junho de 2001;
c) cópia do RG e CPF do requerente;
d) declaração de situação socioeconômica de baixa renda assinada pelo
beneficiário na ausência de comprovante de renda;
e) declaração assinada pelo beneficiário, na qual afirme que não é proprietário
ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel, urbano ou rural, quando
for o caso, sob pena de perda do benefício;
f) certidão negativa do TJE para comprovar que não houve oposição à posse.
g) cópia de certidão de casamento, caso o requerente seja casado, divorciado
ou viúvo;
h) na hipótese da alínea anterior, deverá ser juntado se possível, cópia do RG
e CPF do cônjuge do Requerente.
i) cópia da certidão de óbito, caso o requerente seja viúvo.

IV - A documentação pessoal do interessado que deverá ser apresentada nos


pedidos de CDRU individual, nos termos do art. 10, será:
a) comprovante de residência;
b) comprovação de posse que a área em que se pleiteia a regularização está
ocupada há pelo menos 1 (um) ano, salvo se essa exigência tenha sido suprida
por documentação produzida pela CODEM;
c) cópia do RG e CPF do requerente e de seu cônjuge, caso seja casado;
d) declaração de situação socioeconômica de baixa renda assinada pelo
beneficiário, na ausência de comprovante de renda;
e) declaração assinada pelo beneficiário, na qual afirme que não é proprietário
ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel, urbano ou rural, quando
for o caso, sob pena de perda do benefício;
g) cópia de certidão de casamento, caso o requerente seja casado, divorciado
ou viúvo;
h) na hipótese da alínea anterior, deverá ser juntado se possível, cópia do RG
e CPF do cônjuge do Requerente.
i) cópia da certidão de óbito, caso o requerente seja viúvo.

V - A documentação do Requerente, nas modalidades de CDRU e CUEM


coletivas, previstas respectivamente, nos art. 9º e 11 será a seguinte:
a) Ato constitutivo da pessoa jurídica que irá representar a coletividade, em que
esteja contido dentre seus objetivos a atribuição específica para promover a
regularização fundiária da comunidade que representa;
b) Última ata de eleição do responsável legal pela pessoa jurídica;
c) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;
d) RG, CPF e comprovante de residência do representante legal da pessoa
jurídica.

VI - A documentação do Requerente, na modalidade CDRU para fins não


residenciais, nos termos do art. 12, parágrafo único, deverá compreender os
seguintes itens:
a) Ato constitutivo associação civil sem fins lucrativos;
b) Documento que determine o representante legal da associação;
c) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;
d) RG, CPF e comprovante de residência do representante legal associação.
e) Laudo social atestando a atuação em projetos sociais.

VII - Para a emissão da autorização especial de uso para fins comerciais, nos
termos do art. 13, serão solicitados os seguintes documentos:
a) Ato constitutivo pessoa jurídica, se for o caso, ou comprovante de
constituição do Requerente como empresário individual;
b) Documento que determine o representante da pessoa jurídica, se for o caso,
ou a constituição do Requerente como empresário individual;
c) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, se for o caso, ou no
Cadastro Nacional de Pessoas Físicas, se empresário individual;
d) RG, CPF e comprovante de residência do representante legal da pessoa
jurídica, se for o caso.

VIII - Para a celebração de contrato de superfície, nos termos do art. 15, § 2º,
será exigida a seguinte documentação:
a) requerimento da celebração de contrato de superfície, justificando a
finalidade da solicitação;
b) decreto de nomeação do representante legal da administração direta ou
indireta;
c) cópia do RG, CPF e comprovante de residência do representante legal do
requerente.
IX - A emissão de título definitivo de doação com encargos, nos termos do art.
18, deverá ser instruída com a seguinte documentação do Requerente:
a) RG, CPF e comprovante de residência do requerente;
b) apresentação da documentação pessoal do cônjuge (RG, CPF), caso seja
casado;
c) cópia de certidão de casamento, caso o requerente seja casado, divorciado
ou viúvo;
d) na hipótese da alínea anterior, deverá ser juntado se possível, cópia do- RG
e CPF do cônjuge do Requerente.
e) cópia da certidão de óbito, caso o requerente seja viúvo.
f) assinatura de termo, no qual se compromete a cumprir os encargos da
doação.

X - A emissão de título de legitimação de posse, em sede de demarcação


urbanística, nos termos do art. 26, § 1º, será deferida mediante a apresentação
da seguinte documentação pelo ocupante:
a) RG, CPF e comprovante de residência do requerente;
b) cópia de certidão de casamento, caso o requerente seja casado, divorciado
ou viúvo;
c) na hipótese da alínea anterior, deverá ser juntado se possível, cópia do RG e
CPF do cônjuge do Requerente.
d) cópia da certidão de óbito, caso o requerente seja viúvo.
e) documentos comprobatórios da posse da área a ser regularizada há pelo
menos 1 (um) ano, salvo se essa exigência tenha sido suprida por
documentação produzida pela CODEM;
e) Declaração que o imóvel é utilizado para fins de moradia, caso essa
exigência não tenha sido suprida por documentação produzida pela CODEM.

Art. 38. O cadastro socioeconômico elaborado pela CODEM produzirá efeitos


para fins de comprovação de residência.

Art. 39. Nos casos de áreas ocupadas sob o regime de composse, para a
caracterização do prazo de posse será suficiente a comprovação por meio de
foto aérea anterior a 30 de junho de 1996.

§1º. Tratando-se de regime de composse "pro diviso", este se extinguirá por


ocasião da outorga dos termos individualizados em nome dos ocupantes.

§ 2º. Na hipótese da não-apresentação da documentação por parte do


beneficiário, será ele notificado pela CODEM para complementá-la no prazo de
15 (quinze) dias, contados da data da notificação

§ 3º. Decorrido o prazo referido no caput, sem atendimento à notificação,


caberá ao interessado requerer a outorga da concessão em separado,
prosseguindo o processo para os demais.
§ 4º. A CODEM deverá autuar processos administrativos individualizados para
cada interessado no regime de composse, desde que o lote individualizado
tenha acesso para via pública.

Art. 40. Instruído o processo administrativo individual de concessão, caberá à


CRF a análise e manifestação técnica e jurídica conclusiva a respeito do
atendimento das condições para a outorga do documento de regularização,
devendo submeter o processo à homologação da DGF.

Art. 41. Compete à Diretoria Executiva da CODEM autorizar os atos de


regularização que dispõe a presente Resolução.

§ 1º. Ocorrendo o deferimento do pedido, o processo será encaminhado à


CRF, para publicação da decisão, expedição do documento e inclusão do
beneficiário em cadastro específico.

§ 2º. Do indeferimento caberá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da


publicação da decisão no Diário Oficial do Município de Belém, pedido de
reconsideração de despacho à Diretoria Executiva da CODEM.

§ 3º. Mantida a decisão em sede de pedido de reconsideração, na forma do §


2º deste artigo, caberá, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do
despacho no Diário Oficial do Município de Belém, a interposição de um único
recurso, em última instância, ao Conselho de Administração da CODEM, que
decidirá pela outorga ou não da concessão.

§ 4º. O decurso de prazo sem a apresentação de pedido de reconsideração de


despacho ou sem a interposição de recurso, conforme previsto nos §§ 2º e 3º
deste artigo, ou a decisão do Conselho de Administração da CODEM encerram
a instância administrativa.

Art. 42. O documento de regularização, que discriminará o objeto da concessão


e as condições de uso da área concedida, será assinado pelo Diretor
Presidente da CODEM e pelo Prefeito Municipal.

§ 1°. O beneficiário deverá levar a registro perante o Cartório de Registro de


Imóveis o documento de regularização, com exceção ao documento referente
ao art. 13, assim que for concluído o procedimento de abertura ou retificação
de matrícula da área municipal correspondente ao imóvel objeto da
regularização.

Art. 43. Os documentos de regularização individual serão outorgados ao


homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 1º. Na hipótese de outorga a apenas um titular, esta deve se dar


prioritariamente em nome da mulher, independente de sua participação na
composição de renda da família e do estado civil.
§ 2º. A requerimento do(s) interessado(s), admitir-se-á a outorga a mais de um
titular, quando o imóvel for ocupado por famílias não nucleares.

Art. 44. Na hipótese de serem constatadas incorreções que possam acarretar a


nulidade dos termos e minutas outorgadas pela CODEM, bem como, prejuízos
a terceiros ou aos beneficiários, admitir-se-á sua correção de ofício ou a
requerimento do interessado, a qualquer tempo.

§ 1º. Cabe à CRF examinar e manifestar-se tecnicamente a respeito da


possibilidade de retificação da incorreção, submetendo o assunto à deliberação
da mesma autoridade competente para a apreciação do benefício.

§ 2º. A CODEM deverá comunicar a decisão ao Cartório de Registro de


Imóveis competente, para fins de averbação na respectiva matrícula.

§ 3º. A solicitação de retificação que trata o caput está isenta de pagamento de


preços públicos para sua formalização.

Título IV
DA TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO DE USO ESPECIAL, DA
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO, E AUTORIZAÇÃO DE USO
PARA FINS COMERCIAIS

Art. 45. A CUEM, a CDRU, e a autorização de uso para fins comerciais


outorgadas pela CODEM são transferíveis por ato "inter vivos" ou "causa
mortis".

§ 1º. O interessado deverá requerer a transferência na CODEM, observados os


critérios fixados nesta Resolução para a concessão inicial.

§ 2º. A transferência será ordinariamente processada pela via administrativa.

§ 3º. Se houver conflito entre as partes interessadas, a transferência somente


será efetuada mediante determinação judicial, após o trânsito em julgado da
sentença ou acordo extrajudicial registrado em cartório.

§ 4º. Caso a CDRU ou a CUEM não tenha sido matriculada nos Cartórios de
Registro de Imóveis, além do termo de transferência, será emitida certidão
confirmando a expedição da concessão para que seja levada a registro.

§ 5º. O pedido de transferência de que trata o caput está sujeito ao


recolhimento de preços públicos, uma vez que a gratuidade limita-se à
concessão inicial.

§ 6º. A transferência não abrange as benfeitorias realizadas no imóvel, que


deverá ser negociada pelas partes.
§7º. As pessoas que transferirem suas concessões não mais poderão ser
beneficiadas pelo Programa Chão Legal ou outros programas habitacionais
municipais de caráter não oneroso.

Art. 46. O interessado na transferência deverá formalizar pedido dirigido à


CODEM, apresentando os seguintes documentos:

I - para os casos de transferência por ato "inter vivos":


a) requerimento assinado pelo interessado, contendo referência ao número de
controle ou acompanhado de cópia do termo administrativo ou escritura
outorgada ao beneficiário original;
b) cópia dos documentos pessoais (RG e CPF);
c) declaração assinada pelo interessado, afirmando não ser proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel, urbano ou rural, quando for o
caso;
d) declaração de situação socioeconômica de baixa renda, para os imóveis
residenciais;
e) declaração assinada pelo interessado, afirmando que utilizará o imóvel para
a sua finalidade original, conforme o caso;
f) cópia autenticada de instrumento que caracterize a cessão de direitos para o
requerente pelo beneficiário original;
g) cópia de certidão de casamento, caso o requerente seja casado, divorciado
ou viúvo;
h) na hipótese da alínea anterior, deverá ser juntado se possível, cópia do RG
e do CPF do cônjuge do Requerente.
i) cópia da certidão de óbito, caso o requerente seja viúvo.
j) certidão negativa do TJE para comprovar que não houve oposição à posse.

II - para os casos de transferência por "causa mortis":


a) requerimento assinado pelo interessado, contendo referência ao número de
controle ou acompanhado de cópia do termo administrativo ou escritura
outorgada ao beneficiário original;
b) cópia dos documentos pessoais (RG e CPF);
c) declaração assinada pelo interessado, na qual afirme que não é proprietário
ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel, urbano ou rural, quando
for o caso;
d) declaração de situação socioeconômica de baixa renda, assinada pelo
interessado, quando o imóvel for utilizado para fins residenciais;
e) declaração assinada pelo interessado, na qual afirme que utilizará o imóvel
para a sua finalidade original, conforme o caso;
f) cópia da certidão de óbito do beneficiário original;
g) cópia autenticada do formal de partilha, se houver, ou escritura pública
assinada pelos demais herdeiro(s) legítimo(s) ou sucessor(es), anuindo à
transferência em favor do interessado;

III - para os casos de transferência por determinação judicial:


a) requerimento assinado pelo interessado, contendo referência ao número de
controle ou acompanhado de cópia do termo administrativo ou escritura
outorgada ao beneficiário original;
b) cópia dos documentos pessoais (RG e CPF);
c) declaração assinada pelo interessado, na qual afirme que não é proprietário
ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel, urbano ou rural, quando
for o caso;
d) declaração de situação socioeconômica de baixa renda, assinada pelo
interessado, quando o imóvel for utilizado para fins residenciais;
e) declaração assinada pelo interessado, na qual afirme que utilizará o imóvel
para a sua finalidade original, conforme o caso;
f) cópia da petição inicial do processo judicial que ensejou a transferência;
g) cópia da sentença ou da determinação judicial que ensejou a transferência,
autenticada pelo Tribunal de Justiça;
h) cópia da certidão do trânsito em julgado do processo judicial, autenticada
pelo Tribunal de Justiça.

Parágrafo único. Caso não seja apresentada a documentação por parte do


beneficiário, será ele notificado para complementá-la em 30 (trinta) dias,
contados da data da notificação, sob pena de arquivamento do processo
administrativo.

Art. 47. Instruído o processo administrativo referente à transferência, caberá à


DGF examinar e se manifestar conclusivamente a respeito do atendimento das
exigências do Requerente.

§ 1º. Nos casos de transferência a CRF deverá verificar em seus cadastros se


o requerente possui, em seu nome, termo administrativo ou escritura outorgada
pela CODEM no âmbito do Programa Municipal Chão Legal ou em outros
programas habitacionais a cargo da Prefeitura Municipal.

§ 2º. A CRF poderá, a qualquer tempo, com a finalidade de esclarecer as


condições de uso e ocupação do imóvel, efetuar visitas no local, tomar
declarações de terceiros e dos envolvidos, elaborando relatório circunstanciado
que servirá de base para a decisão administrativa quanto à transferência do
benefício.

Art. 48. Compete à Diretoria Executiva da CODEM decidir a respeito da


transferência de concessões e autorizações.

§ 1º. Na hipótese de deferimento, será emitida Certidão de transferência com a


inclusão do beneficiário em cadastro específico.

§ 2º. Do indeferimento caberá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da


publicação da decisão no Diário Oficial do Município, pedido de reconsideração
de despacho ao Diretor Presidente da CODEM.

§ 3º. Mantida a decisão em sede de pedido de reconsideração, no forma do §


2º deste artigo, caberá, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do
despacho no Diário Oficial do Município, a interposição de um único recurso,
em última instância, ao Conselho de Administração da CODEM.
§ 4º. O decurso de prazo sem a apresentação de pedido de reconsideração de
despacho ou sem a interposição de recurso, conforme previsto nos §§ 2º e 3º
deste artigo, ou a decisão do Diretor Presidente da CODEM encerra a instância
administrativa.

Título V
DA EXTINÇÃO DE CONCESSÕES E AUTORIZAÇÕES DE USO PARA FINS
COMERCIAIS

Art. 49. Os termos de regularização poderão ser extintos administrativamente


nas seguintes hipóteses:

I - no caso da CUEM, quando o concessionário conferir ao imóvel destinação


diversa da moradia para si ou para sua família, bem como adquirir a
propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel, urbano ou rural;

II - no caso de CDRU, quando o concessionário conferir ao imóvel destinação


diversa da moradia para si ou para sua família, bem como adquirir a
propriedade ou a concessão de uso de outro imóvel, urbano ou rural;

III – no caso da concessão de direito de superfície, quando beneficiário


descumprir as obrigações assumidas em escritura pública.

IV - no caso de autorização de uso para fins comerciais ou institucionais ou de


prestação de serviços, quando o beneficiário conferir ao imóvel destinação
diversa da determinada no termo de autorização, bem como, deixar de atender
ao interesse social da comunidade local.

V – No caso de legitimação de posse, o título será extinto quando constatado


que o beneficiário não está na posse do imóvel e não houve registro de cessão
de direitos

Parágrafo único. O cancelamento de título definitivo de doação deverá ser


apurado por procedimento administrativo e caso reste comprovado o
descumprimento das restrições impostas, deverá ser solicitado, por via judicial,
o cancelamento da doação pelo setor jurídico da CODEM.

Art. 50. Uma vez recebida denúncia ou constada irregularidade por funcionário
da CODEM de uso diverso de título de regularização fundiária deverão ser
adotados os seguintes procedimentos de apuração, assegurando os princípios
do contraditório e da ampla defesa:

I - o beneficiário do termo administrativo ou da escritura será notificado no


endereço do imóvel objeto da titulação, devendo constar da notificação os
motivos apontados na denúncia que deu início ao processo de apuração da
extinção do benefício;
II - no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do recebimento da
notificação, o beneficiário deverá apresentar defesa, com os esclarecimentos e
cópias de documentos acerca dos fatos denunciados;

III - caso não haja apresentação de esclarecimentos no prazo previsto no inciso


II deste artigo, o setor jurídico expedirá convocação para comparecimento do
beneficiário em data e local previamente determinados.

Parágrafo único. A equipe técnica da CODEM poderá, a qualquer tempo,


proceder a visitas no local, tomar declarações de terceiros, bem como dos
envolvidos, elaborando relatório circunstanciado que servirá de base para a
decisão administrativa quanto à extinção ou à manutenção do benefício.

Art. 51. Compete à Diretoria Executiva da CODEM decidir a respeito de


denúncias ou requerimentos que acarretem a extinção dos termos de
regularização.

§ 1º. Da decisão que declarar extinto o termo de regularização caberá no prazo


de 30 (trinta) dias, contados de sua publicação no Diário Oficial da Cidade,
pedido de reconsideração de despacho à Diretoria Executiva da CODEM.

§ 2º. Mantida a decisão em sede de pedido de reconsideração, na forma do §


1º deste artigo, caberá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do
despacho no Diário Oficial do Município, a interposição de um único recurso,
em última instância, Conselho da CODEM.

§ 3º. O decurso de prazo sem apresentação de pedido de reconsideração de


despacho ou sem interposição de recurso, conforme previsto nos §§ 1º e 2º
deste artigo, ou a decisão do Conselho de Administração da CODEM encerra a
instância administrativa.

Art. 52. Encerrada a instância administrativa, caberá ao setor competente da


CODEM:

I - providenciar o cancelamento do termo de regularização, bem como a


anotação da decisão no cadastro de beneficiários de regularização;

II - comunicar o fato ao Cartório de Registro de Imóveis competente, para fins


de averbação do feito na respectiva matrícula.

Art. 53. As pessoas físicas e jurídicas que tiverem suas concessões,


autorizações e doações extintas ficarão impedidas de serem beneficiadas por
programas de regularização fundiária ou programas habitacionais de caráter
não oneroso.

Art. 54. Após o cancelamento do termo administrativo ou da escritura, o


Município de Belém ou a CODEM, de acordo com a propriedade do bem,
retomará a plenitude do domínio do terreno, devendo ser adotadas as medidas
administrativas e judiciais tendentes à, inclusive, retomada da posse.
Título VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 55. Nas áreas integrantes do Programa Municipal Chão Legal, após a
outorga de títulos de regularização, quaisquer alterações nos imóveis
existentes deverão ater-se à planta de individualização dos lotes elaborada
pela CODEM, especialmente no tocante aos limites das áreas públicas e dos
lotes lindeiros.

Parágrafo único. Os imóveis objeto de CUEM, CDRU e autorização de uso não


poderão sofrer remembramento.

Art. 56. As construções existentes nas áreas integrantes do Programa


Municipal Chão Legal serão objeto de regulamentação específica pela
Secretaria Municipal de Urbanismo - SEURB.

Art. 57. Compete à CODEM conduzir os estudos de viabilidade referentes à


regularização fundiária de áreas urbanas ocupadas por habitações de
população de baixa renda, observados os requisitos legais.

Parágrafo único. Após a conclusão dos estudos, havendo viabilidade e


interesse público, a CODEM emitirá parecer favorável à regularização fundiária
da ocupação, devendo providenciar a inclusão da área em seus registros para
futuramente integrar o Programa Municipal “Chão Legal”, conforme os critérios
de conveniência e oportunidade da Administração Municipal, observado o que
dispõe a presente Resolução.

Art. 58. Os casos omissos serão dirimidos pelo Conselho Executivo da


CODEM.

Art. 59. A CODEM deverá regulamentar o funcionamento do cadastro Municipal


de Regularização Fundiária através de Portaria e envidará esforços para
integrar o cadastro com os demais bancos de dados municipais, estaduais e
federais relacionados à regularização fundiária de interesse social.

Art. 60. Todos os pedidos de associações de moradores de pesquisa


patrimonial, denúncias e pedidos de regularização de interesse social são
gratuitos, inclusive no que se refere aos custos de levantamento de campo,
ficando sua execução vinculada à disponibilidade de recursos na CODEM.

Art. 61. Ficam revogadas as Portaria CODEM 044/2011, Resolução CODEM


6/2011; Resolução 6/2012 e outras disposições em contrário.

Art. 62. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Belém (Pa), 16 de outubro de 2013.

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