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DIREITO REAIS

AULA 8
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
MÓVEL

Prof. Dr. Thiago Serrano


CONTÉUDO

•Estudar as formas de aquisição da


propriedade móvel

•Analisar a usucapião de bens móveis


MODOS DE AQUISIÇÃO DA
PROPRIEDADE MOBILIÁRIA NO CC

• 1) OCUPAÇÃO (arts. 1.263)


• 2) ACHADO DO TESOURO (art. 1.264 a 1.266)
• 3) USUCAPIÃO (arts. 1.260 e 1.261)
• 4) TRADIÇÃO (arts. 1.267/1.268)
• 5) ESPECIFICAÇÃO (arts. 1.269 a 1.271)
• 6) CONFUSÃO, COMISSÃO E ADJUNÇÃO (arts. 1.272 a
1.274)
1) DA OCUPAÇÃO

•É forma originária de aquisição da propriedade. A


ocupação ocorre quando alguém se apodera de algo
que não tem proprietário, de coisa sem proprietário
(res nullius e res derelictae).
• Art.1.263, CC: Quem se assenhorear de coisa sem
dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo
essa ocupação defesa por lei.
COISAS SEM DONO - ESPÉCIES

• A) COISAS DE NINGUÉM – res nullius


• Exs.: Caça e pesca
• Lei 5.197/67 (Código de Caça)
• Lei 11.959/09 (Política Nacional Sustentável da Aquicultura e
Pesca).

• B) COISAS ABANDONADAS – res derelictae


• O abandono não se presume, deve resultar claramente da
vontade do proprietário de se despojar do que lhe pertence.
• Ex.: animal abandonado por livre vontade do proprietário.
COISA ABANDONADA

•A Lei 370/1937 dispõe sobre dinheiro e objetos de


valor depositados nos estabelecimentos bancários e
comerciais, considerando-os abandonados, quando a
conta tiver ficado sem movimento e os objetos não
houverem sido reclamados durante 25 anos (Decreto
40.395/56).
Decreto 40.395/56

• Art. 1ºConsiderando-se extintos os contratos de


depósito regular e voluntário de bens de qualquer
espécie no prazo de vinte e cinco anos, salvo quando,
antes de findar o prazo, houver pedido de renovação do
contrato, assinado pelo depositante ou por seu
representante legal.
• Art. 2ºOcorrendo a extinção dos contratos, os bens
depositados serão recolhidos ao Tesouro Nacional e
incorporados ao patrimônio nacional se, durante cinco
anos, não forem reclamados pelos proprietários ou por
seus legítimos representantes ou sucessores, em petição
assinada, com firma reconhecida e com as indicações
relativas à data e natureza ou valor do depósito.
DA DESCOBERTA (arts.1.233/1.237)

• Ocorre descoberta quando alguém encontra coisa perdida por


outrem.
• O descobridor fará jus a recompensa de no mínimo 5% (cinco
por cento) sobre o valor do bem encontrado, mais as despesas
com conservação e transporte.
•A recompensa, denominada de achádego, deverá ser fixada
conforme o esforço do descobridor para encontrar o dono, as
possibilidades que o dono teria de encontrar e a situação
econômica de ambos (art. 1.234, CC).
• Caso o descobridor danifique dolosamente o bem, responderá
pelos prejuízos causados.
DA DESCOBERTA

• Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida


há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
• Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor
fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará
a coisa achada à autoridade competente.
DEVERES DA
AUTORIDADE COMPETENTE

• Art. 1.236. A autoridade competente dará


conhecimento da descoberta através da imprensa e
outros meios de informação, somente expedindo
editais se o seu valor os comportar.
• Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da
notícia pela imprensa, ou do edital, não se
apresentando quem comprove a propriedade sobre a
coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas
do preço as despesas, mais a recompensa do
descobridor, pertencerá o remanescente ao Município
em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido.
• Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o
Município abandonar a coisa em favor de quem a achou.
2) DO ACHADO DO TESOURO
(arts. 1.264/1266)

• Conceito: 1ª parte do art. 1.264, CC


• Considera-se tesouro o depósito
antigo de
coisas preciosas e de cujo dono não haja
notícia ou memória.
• É um acessório do solo a que adere, logo, em
regra pertencerá ao proprietário do solo.
• REGRA: vedação ao enriquecimento sem
causa (logo, quem encontra casualmente
também faz jus a divisão do valor).
Art. 1.264, CC

• O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e


de cujo dono não haja memória, será dividido
por igual entre o proprietário do prédio e o que
achar o tesouro casualmente.
EFEITOS JURÍDICOS

• Art. 1.265, CC: O tesouro pertencerá por inteiro ao


proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em
pesquisa que ordenou, ou por terceiro não
autorizado.

• Art.
1.266, CC: Achando-se em terreno aforado, o
tesouro será dividido por igual entre o descobridor e
o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele
mesmo seja o descobridor.
Enfiteuse

• Art. 678, CC/16: Dá-se a enfiteuse, aforamento ou


emprazamento, quando por ato entre vivos ou de
última vontade, o proprietário atribui a outrem o
domínio útil do imóvel, pagando a pessoa que o
adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio
direto uma PENSÃO, ou foro, anual, certo e
invariável.
• Caso aliene o bem = paga LAUDÊMIO ao senhorio
direto (2,5% sobre o preço da venda).
• Art.2.038, CC/02 – proíbe novas enfiteuses ou
subenfiteuses.
Enfiteuse
• Finalidade: incentivar a ocupação de terras não
utilizadas, inóspitas, não utilizadas, evitar invasões
ou falta de produtividade.
• Atualmente, é tida pelos civilistas como uma
disfunção da propriedade. Instituto antifuncional e
ultrapassado, de origem colonial de remuneração de
um senhorio feudal parasitário, que reserva para si o
domínio perpétuo sobre a coisa.
• Ainda existe em terrenos de marinha. Art. 20, VII,
CRFB/88. Lei 9.760/46. Dec. 2.398/87. Lei 9.636/98.
Lei 13.465/2017.
• Obs. Prestação anual: 0,6% sobre o valor atual do
bem.
USUCAPIÃO DE BENS MÓVEIS

• Os mesmos requisitos essenciais estudados em relação


ao usucapião de bens imóveis serão exigidos para o
usucapião de coisas móveis, quais sejam:
A) ANIMUS DOMINI
B) TEMPO
C) IDONEIDADE do bem a ser usucapido
D) POSSE mansa e pacífica

- ESPÉCIES:
- USUCAPIÃO ORDINÁRIA (art. 1.260, CC)
- USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA (art. 1.261, CC)
3) DA USUCAPIÃO ORDINÁRIA
DE BEM MÓVEL

• Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e
incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé,
adquirir-lhe-á a propriedade.
• REQUISITOS:
• A) POSSE MANSA E PACÍFICA (ininterrupta e sem oposição,
durante 3 anos)
• B) ANIMUS DOMINI
• C) JUSTO TÍTULO
• D) BOA-FÉ
3) DA USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
DE BEM MÓVEL

• Art.1.261. Se a posse da coisa móvel se


prolongar por cinco anos, produzirá
usucapião, independentemente de título ou
boa-fé.
DA USUCAPIÃO DE BENS
FURTADOS OU ROUBADOS

• Questão controvertida:
• No Resp. 247.345, a Min. Nancy Andrighi entendeu
que “não se adquire por usucapião ordinário veículo
furtado”, pelo fundamento de que há necessidade de
justo título e boa-fé.
•A jurisprudência vem entendendo que há sim
possibilidade de o adquirente de boa-fé usucapir o
bem, desde que não una a sua posse a da pessoa que
praticou o crime. Aquisição da propriedade por
terceiro de boa-fé.
JURISPRUDÊNCIA - REQUISITOS

NADA OBSTA QUE O TERCEIRO DE BOA-FÉ QUE ADQUIRE AUTOMÓVEL


PROVENIENTE DE FURTO ADQUIRA A TITULARIDADE DESTE POR MEIO
DA USUCAPIÃO.
(TJDF, 1ª Turma Cível. Processo nº 2008 01 1 033256-0 APC. Rel. Des.
Flavio Rostirola. Publicação no DJe em 31/08/2009).
• REQUISITOS:
• A) POSSE MANSA E PACÍFICA
• B) EXERCIDA ININTERRUPTAMENTE E SEM OPOSIÇÃO, DURANTE
TRÊS ANOS
• C) EXERCIDA COM ANIMUS DOMINI
• D) JUSTO TÍTULO E BOA-FÉ.
OBSTÁCULOS À USUCAPIÃO DE
BENS FURTADOS

• Possibilidade jurídica, fator que pode ser superado considerando


que é possível a interversão da posse.
• Superada a possibilidade, qual a modalidade (se ordinária ou
extraordinária)?
• Isso porque ainda que o adquirente esteja de boa-fé, é inegável
que o título que ensejou sua posse não é apto a transferir a
propriedade, eis que passado por aquele que não é proprietário.
• Assim, a situação não se enquadra no conceito de justo título já
defendido anteriormente, motivo pelo qual alguns autores
preferem posicionar-se no sentido de que a usucapião daqui
decorrente será extraordinária, tanto pelo adquirente de boa-fé,
quanto pelo criminoso.
USUCAPIÃO DE BEM FURTADO
PELO PRÓPRIO CRIMINOSO

• USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. CAMINHÃO


FURTADO. AQUISIÇÃO. A aquisição por usucapião
extraordinário de bem móvel, mesmo que inicialmente
furtado, é possível desde que esteja presente o lapso
de 5 (cinco) anos.
(TJ-RO - AC: 20032530820028220000 RO 2003253-
08.2002.822.0000, Relator: Desembargador Sérgio
Lima, Data de Publicação: Processo publicado no
Diário Oficial em 03/10/2002).
USUCAPIÃO DE BEM FURTADO
PELO PRÓPRIO CRIMINOSO

• CIVIL. USUCAPIÃO DE BEM MÓVEL. FURTO.


IRRELEVÂNCIA. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
LEGAIS. Não impede o reconhecimento do usucapião o
fato de o bem ter sido furtado, desde que preenchidos os
requisitos dos arts. 618 ou 619 do Código Civil de 1916,
correspondentes aos arts. 1.260 e 1.261 do novo Código
Civil.
(TJ-SC - AC: 200404 SC 2002.020040-4, Relator: Luiz Carlos
Freyesleben, Data de Julgamento: 22/05/2003, Segunda
Câmara de Direito Civil, de São Francisco do Sul).
REGRAS APLICÁVEIS - residual

•O art. 1.262 prevê, ainda, que se aplicam ao


usucapião das coisas móveis as regras consagradas
nos arts. 1.243 e 1.244 do CC, que determinam:
A) O possuidor poderá, para o fim de contar o tempo
exigido nas hipóteses de usucapião, acrescentar à
sua posse a dos seus antecessores.
B) Aplicação das causas que obstam, suspendem ou
interrompem a prescrição, as quais também se
aplicam à usucapião.
EFEITOS JURÍDICOS

•A doutrina adverte que há, no entanto, diferença


entre os efeitos da sentença do usucapião de bens
móveis e imóveis.
• Na aquisição da propriedade de bens imóveis, o
registro do título judicial será essencial para a
alteração de titularidade do bem junto ao Cartório de
Registros Imobiliários.
• Na aquisição da propriedade mobiliária, dispensa-se o
registro, sendo suficiente a tradição da coisa.
4) Da Tradição (arts. 1.267 e 1.268)

• Modo derivado de aquisição da propriedade


mobiliária.
• A tradição é consagrada como regra para a
aquisição de direitos reais sobre coisas móveis,
quando constituídos ou transmitidos por atos entre
vivos, de acordo com o disposto no art. 1.226 do CC.
• Para a aquisição da propriedade de bens móveis por
tradição, esta deverá consistir na entrega da coisa
pelo transmitente ao adquirente com ânimo de
transmitir-lhe a propriedade.
TRADIÇÃO

• Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis,


quando constituídos, ou transmitidos por atos
entre vivos, só se adquirem com a tradição.

• Art. 1.267. A propriedade das coisas não se


transfere pelos negócios jurídicos antes da
tradição.
Tradição a non domino

• Não transmite a propriedade, pois é feita por quem


não é dono da coisa móvel.
• Exceção: teoria da aparência (coisa ofertada ao
público, adquirida de boa-fé).
• Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a
tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa,
oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento
comercial, for transferida em circunstâncias tais que,
ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o
alienante se afigurar dono.
• Proteção à cláusula geral de BOA-FÉ OBJETIVA.
PÓS-EFICACIZAÇÃO DA TRADIÇÃO

• Art. 1.268.
• § 1 Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante
o

adquirir depois a propriedade, considera-se realizada


a transferência desde o momento em que ocorreu a
tradição.
• Eficácia superveniente (efeitos ex tunc), em razão da
confirmação posterior do negócio.
• No CC/16 falava-se em revalidação do ato.
• Caso não se regularize a aquisição da propriedade,
cabe o pagamento das perdas e danos.
TRADIÇÃO E NEGÓCIO JURÍDICO NULO

• Art. 1.268.
• § 2 Não transfere a propriedade a tradição, quando
o

tiver por título um negócio jurídico nulo.


• Contudo, também se admite aplicação do instituto da
CONVALIDAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO (art. 170,
CC).
5) Da Especificação (arts. 1.269 a 1.271)

• Transformação de matéria-prima em obra final.


• Consiste em forma derivada de aquisição da
propriedade em que estão presentes coisas
pertencentes a pessoas diversas.
• Seo valor final da obra for superior o do material
usado, existe o interesse social em preservá-la e
prestigiar o trabalho artístico.
• REGRA GERAL = proteção ao especificador,
estabelecendo um critério de compensação para o
dono da matéria-prima.
ESPECIFICAÇÃO

• Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em


parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se
não se puder restituir à forma anterior.

• Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir


à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie
nova.
•§ 2 Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à
o

tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico


em relação à matéria-prima, a espécie nova será do
especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da
matéria-prima.
Efeitos da Especificação

• Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder


reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-
fé a espécie nova.
•§ 1 Sendo praticável a redução, ou quando impraticável,
o

se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono


da matéria-prima.
• Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269
e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao
especificador de má-fé, no caso do § 1o do artigo
antecedente, quando irredutível a especificação.
6) Da Confusão, da Comissão e da Adjunção:
arts.1.272 a 1.274, CC

A) CONFUSÃO: é a mistura de coisas líquidas


• Ex. água e vinho; álcool e gasolina
B) COMISSÃO: é a mistura de coisas sólidas
• Ex. areia e sal mineral
C) ADJUNÇÃO: é a justaposição ou sobreposição de
uma coisa à outra.
Ex. Tinta à parede; peça de metal fundida acoplada a
uma placa de cobre; selo valioso em álbum de
colecionador.
Da Confusão, da Comissão e da Adjunção

• Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos,


confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o
consentimento deles, continuam a pertencer-lhes,
sendo possível separá-las sem deterioração.
•§ 1 Não sendo possível a separação das coisas, ou
o

exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o


todo, cabendo a cada um dos donos quinhão
proporcional ao valor da coisa com que entrou para a
mistura ou agregado.
•§2 Se uma das coisas puder considerar-se principal, o
o

dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros.


BOA-FÉ E MÁ-FÉ

À parte de boa-fé cabe escolher entre:


A) Adquirir a propriedade do todo, pagando o que não
for seu, abatida a indenização que lhe for devida
OU
B) Recusar ao que lhe pertencer, caso em que será
indenizado de forma integral.
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se
operou de má-fé, à outra parte caberá escolher entre
adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for
seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou
renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será
indenizado.
FORMAÇÃO DE ESPÉCIE NOVA PELA
CONFUSÃO, COMISSÃO OU ADJUNÇÃO

• Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa


se formar espécie nova, à confusão, comissão ou
adjunção aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273.
• Na verdade, segundo Flávio Tartuce, trata-se de uma
remissão com erro técnico, pois neste caso devem ser
aplicadas as regras da especificação, em relação aos
efeitos indenizatórios e de propriedade (art. 1.270 e
1.271, CC).
AULA 8 – CASO CONCRETO

• Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu


um veículo Honda em janeiro de 2006, alterando-lhe a placa e
o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando contínua e
ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2016
Adriano foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo,
mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do
bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade
por usucapião.
• Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de
usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua
resposta.
AULA 8 – QUESTÃO OBJETIVA
• Sobre a aquisição e perda da propriedade, analise as afirmações
abaixo:
I .A usucapião é forma de aquisição de propriedade.
II.A usucapião no direito brasileiro, quanto aos bens imóveis
poderá ser, entre outras espécies, ordinária, extraordinária,
urbana e rural.
III.A aquisição da propriedade por especificação somente é
aplicável aos bens móveis.
• Quais são corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas II.
e) Todas as alternativas.
AULA 8 – QUESTÃO OBJETIVA
• Sobre a descoberta e ocupação, é correto afirmar que:
• a. A apropriação de uma coisa sem dono (res nullius) constitui um
negócio jurídico uma vez que resulta da intenção de assenhorar-
se do bem.
• b. Para efetivar-se a ocupação é essencial a apreensão da coisa
com as próprias mãos.
• c. A coisa perdida é suscetível de ocupação.
• d. O tesouro pode ser considerado na legislação brasileira uma
forma de ocupação uma vez que pode ser caracterizado como res
nullius ou res derelicta.
• e. O usufrutuário não terá direito à parte do tesouro encontrado
por outrem, quando o usufruto recair sobre universalidade ou
quota-parte de bens.

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