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Diante da discussão proposta, pode ser elucidado que a Constituição Federal vigente,

em seu caput no art. 5º, refere-se à vida como bem indisponível e inviolável. Seguindo esse
preceito, o atual ordenamento jurídico tipifica a Eutanásia como crime, alocando a conduta no
art.º 121, §1º do Código Penal.
É importante salientar, que ao se falar de Eutanásia, entende-se por um procedimento
utilizado para “abreviar” a vida de pacientes que a se encontram em estado terminal, de forma
garantir uma morte tranquila, digna e sem dor.
Com base em leituras sobre o assunto, pude perceber que muito se fala no Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana, disposta no art. 1º, III da Constituição Federal atual e no Direito
à vida citado anteriormente.
Ora, sabemos que o Ordenamento Jurídico brasileiro muito se baseia em Princípios
Constitucionais, e se analisarmos um pouco conseguimos claramente perceber que nesse
debate existe um conflito de princípios. Principalmente quando citamos o Princípio da
Autonomia da Vontade, que se baseia na liberdade que cada indivíduo possui para livremente
tomar suas próprias decisões. Ou seja, por um lado temos o artigo 5º com a obrigação do
Estado em defender o bem da VIDA, e do outro Princípio da Autonomia da Vontade, onde o
ser humano pode escolher fazer o que quiser com a própria vida.
Assim sendo, alguns doutrinadores procuram se embasar nesse último para defender a
inclusão da Eutanásia no nosso ordenamento, visto que chega um momento que a pessoa em
estado terminal já não consegue ter uma vida digna e o próprio Estado já não pode mais a
garantir.
Esse é um tema bastante sensível, pois além das questões jurídicas, podemos envolver
as questões culturais e morais. Diversos questionamentos se afloram com relação a isso tais
como: a lucidez do paciente terminal, a vontade da família ser genuína, sem qualquer outra
intenção entre outras.
Outros países do mundo já praticam essa pratica piedosa, como a Suíça, por exemplo.
No Brasil há apenas a Ortotanasia, que foi uma garantia criada pelo Conselho Federal de
Medicina, que permite que os médicos não pratiquem procedimentos paliativos para
postergar a morte do paciente que já está em fase terminal, em outros termos: “não tem mais
jeito”. Além disso, há um projeto de lei que tramita perante o Senado Federal o PLS n° 236, de
2012 “Novo Código Penal” que diz:

Art. 122. Matar, por piedade ou compaixão, paciente em estado terminal, imputável e maior, a seu pedido,
para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável em razão de doença grave: Pena – prisão, de dois a quatro anos.

§ 1º O juiz deixará de aplicar a pena avaliando as circunstâncias do caso, bem como a relação de parentesco
ou estreitos laços de afeição do agente com a vítima. Exclusão de ilicitude

Exclusão de Ilicitude

§ 2º Não há crime quando o agente deixa de fazer uso de meios artificiais para manter a vida do paciente em
caso de doença grave irreversível, e desde que essa circunstância esteja previamente atestada por dois médicos e haja
consentimento do paciente, ou, na sua impossibilidade, de ascendente, descendente, cônjuge, companheiro ou irmão.

Para concluir, acredito que o Brasil ainda tem muito para evoluir nesse assunto. Existe
um enraizamento baseado na moral, nos costumes culturais e principalmente nos princípios
religiosos, que brecam a aprovação desses temas, digamos: “ Polêmicos”.
Boa Tarde Prof.
Como sabemos o contrato de experiência possui as mesmas características do contrato
com prazo determinado. No referido caso proposto a empregada assinou um contrato de
experiência, assim em tese, após findo o prazo do contrato, a mesma poderia ser dispensada
pelo empregador normalmente. No entanto, no caso disposto, a funcionária ficou grávida
durante o contrato. Assim, de acordo com a súmula 244 do TST :
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II,
alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante
contrato por tempo determinado”.

Deste modo, a empregada a admitida por contrato de experiência gozaria da


estabilidade provisória e estaria assegurada até cinco meses após o parto.
Pois bem, a empregada além da gravidez sofreu um acidente de trabalho e ao ir no
INSS foi lhe concedido quatro meses do auxílio doença. Ora, uma outra súmula do TST também
a ampararia com relação a estabilidade provisória. A Sumula 378 do TST diz:
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido
item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012

I - E constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade


provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ
nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)

II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a


conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença
profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte -
ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.

Concluindo, a empregada teria direitos ao benefício previdenciário e a reintegração na


empresa.

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