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Direito Ambiental
Direito Agrario
Capítulo 5
CONTRATOS AGRÁRIOS
O
DIREITO CIVIL tem um relacionamen-
to distante com o Direito Agrário, tendo
em vista os enfoques ontologicamente di-
ferentes, no que toca ao direito de propriedade.
É público e notório que a função social da
propriedade é um dos dogmas do Direito Agrário, e
o Direito Civil se limita a um tratamento liberal da
propriedade, acolhendo a teoria de que a propriedade
é um direito subjetivo de usar, fruir da coisa. Esta po-
sição não é totalmente acolhida pelo Direito Agrário.
Além do Direito de Propriedade, há certos
institutos regulamentados pelo Direito Civil que in-
terferem na ordem rural. Como o da servidão, o da
hipoteca, o do condomínio e outros tantos.
Sobre o Direito de Propriedade, afirma o
professor Paulo Torminn Borges:
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a fórmula jurídica original cristianizou-se, humanizan-
do-se e pondo-se, simultaneamente, a serviço do homem e
da comunidade.
O direito agrário, quanto ao imóvel rural, senti-
mos ser o direito de propriedade a faculdade que a pes-
soa tem de possuí-lo como próprio, com deve correto de
utilizá-lo conforme o exigir o bem-estar da comunidade.
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rece ser mais adequada do que contratos inomina-
dos, uma vez que se referem a contratos que não
possuem referência na lei, mas possuem, de fato,
nomes próprios.
O Direito Agrário, por ser um ramo autônomo
da ciência jurídica, possui características próprias que se
distinguem do Direito Civil comum. Enquanto este tem
por base o liberalismo e o individualismo nas relações,
com ampla autonomia de vontade, aquele possui um ca-
ráter público, com normas obrigatórias e irrenunciáveis.
Os contratos agrários podem ser expressos
ou tácitos, escritos ou verbais, sendo admitidas teste-
munhas como prova do contrato, qualquer que seja
seu valor, no Estatuto da Terra, artigo 92.º, caput, pa-
rágrafo 8.º e no Decreto n.º 59.566/66, nos artigos
11.º e 14.º, conforme seguem:
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Artigo 11.º, Decreto 59.566/66 - Os contratos de
arrendamento e de parceria poderão ser escritos ou verbais.
Nos contratos verbais presumem-se como ajustadas as cláu-
sulas obrigatórias estabelecidas no artigo deste Regulamento.
§ 1.º O arrendador ou o parceiro-outorgante de-
verá encontrar-se na posse do imóvel rural e dos bens, a
qualquer título que lhes dê o direito de exploração e de
destinação aos fins contratuais.
§ 2.º Cada parte contratante poderá exigir da
outra a celebração do ajuste por escrito, correndo as des-
pesas pelo modo que convencionarem.
Artigo 14.º, Decreto 59.566/66 - Os contratos
agrários, qualquer que seja o seu valor e sua forma, po-
derão ser provados por testemunhas (Art. 92, § 8.º, do
Estatuto da Terra).
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derante inclusive a especialidade da norma agrária em
face da regra procedimental comum.
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possui, ao mesmo tempo, normas de caráter públi-
co e privado.
A legislação acerca do Direito Agrário está
assentada sobre três grandes princípios, quais sejam:
Função Social da Propriedade, Justiça Social e Preva-
lência do Interesse Público, fundamentadas nos ar-
tigos 186.º da Constituição Federal de 1988 e artigo
2.º do Estatuto da Terra, como seguem:
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tos sociais que a circundam. Haja vista que há nor-
mas que protegem o interesse social em detrimento
do individual.
O Decreto n.º 59.566/66, consi-
derando as especificações contidas, vem recomen-
dando em seu artigo 12.º os requisitos mínimos dos
contratos agrários, como segue:
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mites e confrontações e área em hectares e fração),
enumeração das benfeitorias (inclusive edificações
e instalações), dos equipamentos especiais, dos veí-
culos, máquinas, implementos e animais de traba-
lho e, ainda, dos demais bens e ou facilidades com
que concorre o arrendador ou o parceiro-outorgante;
VIII - prazo de duração, preço do arrendamento ou con-
dições de partilha dos frutos, produtos ou lucros havidos,
com expressa menção dos modos, formas e épocas desse
pagamento ou partilha;
IX - cláusulas obrigatórias com as condições enu-
meradas no art. 13 do presente Regulamento, nos artigos
93 a 96 do Estatuto da Terra e no art. 13 da Lei n.º
4.947, de 6 de abril de 1966;
X - foro do contrato;
XI - assinatura dos contratantes ou de pessoa a
seu rogo e de 4 (quatro) testemunhas idôneas, se analfa-
betos ou não puderem assinar.
Parágrafo único. As partes poderão ajustar ou-
tras estipulações que julguem convenientes aos seus in-
teresses, desde que não infrinjam o Estatuto da Terra,
a Lei n.º 4.947, de 6 de abril de 1966, e o presente
Regulamento.
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Art. 2.º - Todos os contratos agrários reger-se-ão
pelas normas do presente Regulamento, as quais serão
de obrigatória aplicação em todo o território nacional e
irrenunciáveis os direitos e vantagens nelas instituídos
(art.13, inciso IV da Lei n.º 4.947-66).
Parágrafo único. Qualquer estipulação contratual
que contrarie as normas estabelecidas neste artigo, será
nula de pleno direito e de nenhum efeito.
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vigente no país conforme versa no nosso Código de
Processo Civil: “Art. 401- A prova exclusivamente tes-
temunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o
décuplo do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em
que foram celebrados.”
Diante dessas diferenças, é de fundamental
importância saber definir quando um contrato, em
um eventual conflito entre as partes, será regulado
pelo Estatuto da Terra e o Decreto n.º 59.566/66
ou exclusivamente pelo Código Civil, pois as normas
e princípios aplicados não só serão diferentes, mas
também serão, muitas vezes, opostos.
O Estatuto da Terra e o regulamento trazido
pelo Decreto silenciam a respeito do tema, não há uma
clara definição do que seja contrato agrário e, consequen-
temente, quando serão aplicados os princípios exclusivos
do Direito Agrário e suas normas de ordem pública.
Importante salientar que não se pode levar
em conta a localização como fator diferenciador,
pois é possível que se tenha um contrato de loca-
ção regido pela Lei n.º 8.245/91 em uma área não
urbana, e, de mesma forma, não será impossível um
Contrato Agrário em meio à cidade. Tal recurso é
usado apenas para fins de tributação, como dita o
artigo 29.º do Código Tributário Nacional:
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dor a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por
natureza, como definido na lei civil, localização fora da
zona urbana do Município.
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ração, não ultrapassando o período de 1 ano. Deste
modo, nota-se que os prazos mínimos de 3, 5 ou 7
anos, obrigatórios nos contratos agrários, são inaplicá-
veis na realidade dos negócios jurídicos de pastoreio.
Observemos o Decreto n.º 59.566/66, como segue:
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no mínimo, a tecnologia de uso corrente nas zonas em
que se situe;
b) mantenha as condições de administração e as
formas de exploração social estabelecidas como mínimas
para cada região.
Art. 39- Quando o uso ou posse temporária da
terra for exercido por qualquer outra modalidade contra-
tual, diversa dos contratos de Arrendamento e Parceria,
serão observadas pelo proprietário do imóvel as mesmas
regras aplicáveis a arrendatários e parceiros, e, em espe-
cial a condição estabelecida no art. 38 supra.
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Não se está em sede de contrato agrário e por isto
não aplicáveis, salvo melhor juízo, seus princípios, a não
ser os gerais aplicáveis a todos os contratos, pois a pre-
ocupação do legislador, segundo Paulo Torminn Borges,
foi a de: 1. “Delinear cada um dos principais institutos
de direito agrário, precisamente, evitando perda de tempo
futuro nas construções doutrinárias e jurisprudenciais.
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lativo não institui o novo Estatuto da Terra, pelos
inúmeros entraves políticos, cabe ao judiciário “não
legislar”, mas efetivamente estabelecer procedimen-
tos e soluções equitativas nas composições das lides
agrárias, principalmente na relação contratual.
Vemos que o fator determinante para a ca-
racterização do contrato agrário é a sua finalidade.
A destinação do pacto feito em contrato é o critério
adequado para determinar se a relação se insere en-
tre os contratos agrários ou outro ramo do Direito
Civil, independente da localização do imóvel situado
no negócio jurídico, percebe-se então que é perfeita-
mente possível existirem contratos agrários no meio
urbano e contratos civis ou de locação (regidos pela
Lei do Inquilinato) no meio rural.
O Estatuto da Terra e o Decreto n.º
59.566/66, ambos com mais de quarenta anos, re-
presentam grande avanço na legislação brasileira; e
sem pretensão de esgotar o tema, finalizamos com
as considerações de que a regulamentação do Direi-
to Agrário, de forma inadequada, só pode ser alte-
rada por Lei Federal, no entanto, evidenciamos que
as relações no meio rural são norteadas por usos e
costumes regionais, normalmente no caso dos con-
tratos agrários atípicos ou inominados, de forma
que, ante a extensão do território brasileiro, torna-se
impossível o devido tratamento.
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5.4. CONTRATOS NOMINADOS OU
TÍPICOS
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Diferentemente do arrendamento, a parceria
rural é a modalidade contratual pela qual o parceiro
proprietário cede ao parceiro produtor o uso da ter-
ra, partilhando com este os riscos do caso fortuito
e da força maior e os frutos do produto da colheita
ou da venda dos animais, conforme artigo 4.º e 5.º
do Decreto n.º 59.566/66 e § 1.º do artigo 96.º do
Estatuto da Terra, com a nova redação dada pela Lei
11.443/07), como segue:
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Art. 5.º Dá-se a parceria:
I - agrícola, quando o objeto da cessão for o uso de
imóvel rural, de parte ou partes do mesmo, com o objetivo
de nele ser exercida a atividade de produção vegetal;
II - pecuária, quando o objetivo da cessão forem
animais para cria, recria, invernagem ou engorda;
III - agro-industrial, quando o objeto da ses-
são for o uso do imóvel rural, de parte ou partes do
mesmo, ou maquinaria e implementos, com o objetivo
de ser exercida atividade de transformação de produto
agrícola, pecuário ou florestal;
IV - extrativa, quando o objeto da cessão for
o uso de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo,
e ou animais de qualquer espécie, com o objetivo de
ser exercida atividade extrativa de produto agrícola,
animal ou florestal;
V - mista, quando o objeto da cessão abranger
mais de uma das modalidades de parceria definidas nos
incisos anteriores.
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nado ou não, o uso específico de imóvel rural, de parte ou
partes dele, incluindo, ou não, benfeitorias, outros bens
e/ou facilidades, com o objetivo de nele ser exercida ati-
vidade de exploração agrícola, pecuária, agroindustrial,
extrativa vegetal ou mista; e/ou lhe entrega animais para
cria, recria, invernagem, engorda ou extração de maté-
rias-primas de origem animal, mediante partilha, isolada
ou cumulativamente, dos seguintes riscos: (Incluído pela
Lei n.º 11.443, de 2007).
I - caso fortuito e de força maior do empreendi-
mento rural; (Incluído pela Lei n.º 11.443, de 2007).
II - dos frutos, produtos ou lucros havidos nas
proporções que estipularem, observados os limites percen-
tuais estabelecidos no inciso VI do caput deste artigo;
(Incluído pela Lei n.º 11.443, de 2007).
III - variações de preço dos frutos obtidos na ex-
ploração do empreendimento rural. (Incluído pela Lei n.º
11.443, de 2007).
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terra preparada, com benfeitorias, máquinas e até
com animais, variando em função disso o limite má-
ximo da sua participação nos frutos.
É oportuno ressaltar que nas parcerias, além
das normas do Decreto em referência, aplicam-se as
regras do contrato de sociedade, desde que não haja
regulação diversa ou específica no Estatuto da Terra.
A exploração da terra, por meio de parcerias
e arrendamentos, demonstra um fenômeno antigo
e que constantemente se atualiza de acordo com as
novas realidades. Atualmente, a cessão do uso da ter-
ra é importante ferramenta para o aumento da efici-
ência dos produtores rurais.
O parceiro e o arrendatário deixaram de de-
pender da terra alheia para a subsistência. São, na
atualidade, os empreendedores do agronegócio que
investem na produção profissional e na adequada
utilização do solo, pois os proprietários não têm,
muitas vezes, capacitação ou recursos.
A cessão do uso da propriedade rural para
exploração de atividades agrícolas ou pastoris é re-
gulada pelo Estatuto da Terra e pode receber a for-
ma jurídica de Arrendamento ou de Parceria Rural.
Há diferença entre o arrendamento e a parce-
ria rural e essa diferença estrutural implica em impor-
tantes consequências jurídicas, no âmbito civil e fiscal.
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5.4.2. DOS ARRENDAMENTOS RURAIS
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arrendador. Este, por sua vez, tem segurada em con-
trapartida, uma obrigação de pagar do arrendatário,
independentemente da produção.
Fica evidenciado o isolamento dos riscos
em um dos polos da relação jurídica, e isso sempre
distanciou a interpretação dos contratos de arrenda-
mento de uma postura imparcial.
Nesse tipo de contrato não se considera a
totalidade de igualdade no sentido “paritário”. Pelo
contrário, sempre preponderou a percepção de que
o arrendatário teria que ser protegido como a parte
mais fraca do negócio e de que a liberdade contratu-
al seria submetida aos princípios da “função social”
que o arrendamento exerce.
O Estatuto da Terra traz em seu escopo uma
forma de fazer equivaler o jogo de forças no contra-
to, concedendo proteção ao arrendatário por meio
de normas cogentes, capazes de amenizar o império
do proprietário sobre a fraqueza do produtor.
Ressalta-se que, por serem normas de direi-
to público, as condições do arrendamento rural não
podem deixar de ser observadas, nem ser afastadas,
por disposição contratual.
As partes interessadas em contratar mere-
cem dar bastante atenção as principais limitações
impostas pela legislação agrária, tais como:
a) prazo mínimo de 3 anos para a vigência
do contrato;
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b) direito de preferência na aquisição do imóvel;
c) direito a indenização das benfeitorias ne-
cessárias e úteis feitas no imóvel;
d) limitação do preço do aluguel em função
do valor cadastral do imóvel e
e) direito à renovação do contrato de ar-
rendamento.
Temas esses elencados no artigo 95.º do
Estatuto da Terra e artigo 13.º do Decreto n.º
59.566/66, como segue:
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O direito de renovação que trata o artigo
95.º inciso IV estabelecia a redação do Estatuto da
Terra que o proprietário arrendador deveria notificar
o arrendatário, com antecedência de 6 meses do fim
do contrato, das propostas de arrendamento exis-
tentes, oferecendo-lhe a oportunidade de exercer o
direito de preferência.
Após esse prazo, deferia-se a oportunidade
do arrendatário “locatário” declinar do arrendamen-
to ou fazer outra proposta; se não houvesse novo
ajuste, o contrato restaria prorrogado automatica-
mente por tempo indeterminado. Pela letra da lei, o
arrendador quase não tinha, por conseguinte, opção
para desvencilhar-se do arrendatário.
Com a nova redação do inciso IV do Artigo
95.º, no entanto, restabeleceu-se o domínio do ar-
rendador sobre o contrato.
Com efeito, é este agora que tem a faculdade
de desistir do arrendamento ou fazer nova propos-
ta, afastando a prorrogação automática do contrato.
Veja-se, o texto da lei:
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camente renovado, desde que o arrendador, nos 30 (trinta)
dias seguintes, não manifeste sua desistência ou formule
nova proposta, tudo mediante simples registro de suas de-
clarações no competente Registro de Títulos e Documentos;
(Redação dada pela Lei n.º 11.443, de 2007).
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VII - poderá ser acertada, entre o proprietário e
arrendatário, cláusula que permita a substituição de área
arrendada por outra equivalente no mesmo imóvel rural,
desde que respeitadas as condições de arrendamento e os
direitos do arrendatário.
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investimentos, na forma de uma prorrogação obri-
gatória do Contrato de Arrendamento, que conti-
nua, portanto, sendo devido o “aluguel”.
Essa permanência depende da impetração
de medida judicial adequada, qual seja, embargos
de retenção por benfeitorias com evidentemente da
boa-fé do arrendatário, regida pelo artigo 744.º do
Código de Processo Civil, como segue:
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...IX - constando do contrato de arrenda-
mento animais de cria, de corte ou de trabalho, cuja
forma de restituição não tenha sido expressamente
regulada, o arrendatário é obrigado, findo ou res-
cindido o contrato, a restituí-los em igual número,
espécie e valor;
X - o arrendatário não responderá por qualquer
deterioração ou prejuízo a que não tiver dado causa;
XI - na regulamentação desta Lei, serão com-
plementadas as seguintes condições que, obrigatoriamente,
constarão dos contratos de arrendamento:
a) limites da remuneração e formas de pagamento
em dinheiro ou no seu equivalente em produtos; (Redação
dada pela Lei n.º 11.443, de 2007).
b) prazos mínimos de arrendamento e limites de
vigência para os vários tipos de atividades agrícolas; (Re-
dação dada pela Lei n.º 11.443, de 2007).
c) bases para as renovações convencionadas;
d) formas de extinção ou rescisão;
e) direito e formas de indenização ajustadas
quanto às benfeitorias realizadas;...
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exclusivamente para exploração de alta rentabilida-
de, caso em que o limite é aumentado para 30%.
O valor cadastral considerado para o limite
estipulado por esse dispositivo, consoante a juris-
prudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça,
é aquele constante da declaração do Imposto Terri-
torial Rural (ITR), incluídos os valores referentes à
Terra Nua e às suas benfeitorias, como segue:
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lamento.(Incluído pela Medida Provisória n.º 2.183-56,
de 2001) (Regulamento)
Parágrafo único. Os imóveis que integrarem o
Programa de Arrendamento Rural não serão objeto de
desapropriação para fins de reforma agrária enquanto se
mantiverem arrendados, desde que atendam aos requisi-
tos estabelecidos em regulamento. (Incluído pela Medida
Provisória n.º 2.183-56, de 2001).
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que ocorra atividade de exploração de lavoura temporária
e ou de pecuária de pequeno e médio porte; ou em todos
os casos de parceria;
- de 5 (cinco), anos nos casos de arrendamento em
que ocorra atividade de exploração de lavoura permanen-
te e ou de pecuária de grande porte para cria, recria, en-
gorda ou extração de matérias primas de origem animal;
- de 7 (sete), anos nos casos em que ocorra ativi-
dade de exploração florestal;
b) observância, quando couberem, das normas es-
tabelecidas pela Lei número 4.771, de 15 de setembro de
1965, Código Florestal, e de seu Regulamento constante
do Decreto 58.016 de 18 de março de 1966;
c) observância de práticas agrícolas admitidas
para os vários tipos de exportação intensiva e extensiva
para as diversas zonas típicas do país, fixados nos Decre-
tos número 55.891, de 31 de março de 1965 e 56.792
de 26 de agosto de 1965.
III - Fixação, em quantia certa, do preço do ar-
rendamento, a ser pago em dinheiro ou no seu equivalente
em frutos ou produtos, na forma do art. 95, inciso XII,
do Estatuto da Terra e do art. 17 deste Regulamento, e
das condições de partilha dos frutos, produtos ou lucros
havidos na parceria, conforme preceitua o art.96 do Es-
tatuto da Terra e o art. 39 deste Regulamento.
IV - Bases para as renovações convencionadas
seguido o disposto no artigo 95, incisos IV e V do Esta-
tuto da Terra e art. 22 deste Regulamento.
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V - Causas de extinção e rescisão, de acordo com
o determinado nos artigos 26 a 34 deste Regulamento;
VI - Direito e formas de indenização quanto às
benfeitorias realizadas, ajustadas no contrato de arren-
damento; e, direitos e obrigações quanto às benfeitorias
realizadas, com consentimento do parceiro-outorgante, e
quanto aos danos substanciais causados pelo parceiro-ou-
torgado por práticas predatórias na área de exploração
ou nas benfeitorias, instalações e equipamentos especiais,
veículos, máquinas, implementos ou ferramentas a ele ce-
didos (art. 95, inciso XI, letra “ c “ e art.96, inciso V,
letra “ e “ do Estatuto da Terra);
VII - observância das seguintes normas, visando
à proteção social e econômica dos arrendatários e parcei-
ros-outorgados (art.13, inciso V, da Lei n.º 4.974-66):
a) concordância do arrendador ou do parceiro-
-outorgante, à solicitação de crédito rural feita pelos ar-
rendatários ou parceiros-outorgados (artigo 13, inciso V
da Lei n.º 4.947-66);
b) cumprimento das proibições fixadas no art. 93
do Estatuto da Terra, a saber:
- prestação do serviço gratuito pelo arrendatário
ou parceiro-outorgado;
- exclusividade da venda dos frutos ou produtos
ao arrendador ou ao parceiro-outorgante;
- obrigatoriedade do beneficiamento da produção
em estabelecimento determinado pelo arrendador ou pelo
parceiro-outorgante:
134
- obrigatoriedade da aquisição de gêneros e utili-
dades em armazéns ou barracões determinados pelo ar-
rendador ou pelo parceiro-outorgante;
- aceitação pelo parceiro-outorgado, do pagamento
de sua parte em ordens, vales, borós, ou qualquer outra
forma regional substitutiva da moeda;
c) direito e oportunidade de dispor dos frutos ou
produtos repartidos da seguinte forma (art.96, inciso V,
letra “ f “ do Estatuto da Terra):
- nenhuma das partes poderá dispor dos frutos ou
dos frutos ou produtos havidos antes de efetuada a par-
tilha, devendo o parceiro-outorgado avisar o parceiro-ou-
torgante, com a necessária antecedência, da data em que
iniciará a colheita ou repartição dos produtos pecuários;
- ao parceiro-outorgado será garantido o direito
de dispor livremente dos frutos e produtos que lhe cabem
por força do contrato;
- em nenhum caso será dado em pagamento ao
credor do cedente ou do parceiro-outorgado, o produto da
parceria, antes de efetuada a partilha.
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bastante difundido, o arrendatário, no caso de alie-
nação do imóvel, terá direito a adquiri-lo, em igual-
dade de condições, devendo o proprietário notificá-
-lo das propostas recebidas para que, no prazo de 30
dias, exerça ou não essa opção.
Quando não ocorrer a notificação do arren-
datário, impossibilitando a parte de cobrir a oferta
de terceiro, a lei lhe dá, ainda, o prazo de 6 meses, a
contar do registro da alienação no Registro de Imó-
veis, para depositar o valor da venda e pedir a adju-
dicação do imóvel arrendado.
Importante ressaltar que, embora não seja
pacífico o entendimento, existem julgados determi-
nando que o direito de preferência valha em relação
à totalidade do imóvel, ainda que só uma parte seja
objeto do arrendamento.
136
exige-se que este contrato especifique minuciosa-
mente os direitos e obrigações de cada parte. Acerca
dos contratos atípicos, o artigo 39.º do Decreto n.º
59.566/66, assim dispõe:
Art. 39. Quando o uso ou posse temporário da
terra for exercido por qualquer outra modalidade contra-
tual, diversa dos contratos de arrendamento e parceria,
serão observadas pelo proprietário do imóvel as mesmas
regras aplicáveis a arrendatários e parceiros, e, em espe-
cial a condição estabelecida no art. 38, supra.”A doutri-
na entende que são exemplos de contratos agrários atípi-
cos os contratos de comodato, de empreitada.
5.6. COMODATO
137
vorecido; real porque se realiza pela tradição, ou
seja, entrega da coisa; e não solene, pois a lei não
exige forma especial para sua validade, podendo ser
utilizada até a forma verbal.
Quem entrega a coisa infungível é o como-
dante, quem a usa é o comodatário. Assim, o como-
datário rural poderá ser um pequeno agricultor ou
pecuarista, um agregado, ex-trabalhador rural que,
embora gratuitamente, exerce uma atividade labo-
rativa, com o plantio de certas culturas, criação de
gado, até mesmo para o sustento próprio e de sua
família, onde o prazo de restituição do bem imóvel
rural deverá pelas circunstâncias, obedecer a prazos
mínimos, ou, até mesmo,quando for o caso, a ulti-
mação e término da colheita.
Desta forma, o comodato rural deve ser
visto como uma alternativa de evitar a ociosida-
de da terra, em caso de ausência de arrendamento
ou parceria rural, evitando até mesmo invasões e a
própria desapropriação por interesse social para fins
de reforma agrária, pois o comodatário poderá, em
um campo degradado, realizar o plantio de milho, e,
após devolvê-lo semeado, ou até mesmo, receber um
campo sujo para pecuária, e o restituir roçado. Dessa
forma, está caracterizado um comodato rural e vem
a ser um contrato atípico.
138
5.7. EMPREITADA
139
damento rural, posto que o artigo 95 do Decreto n.º
59.566/66, disciplina o arrendamento rural, e ainda
trata da não exigibilidade preliminar de notificação
em parceria agrícola, conforme segue:
140
§ 4.º A insinceridade do arrendador eu poderá
ser provada por qualquer meio em direito permitido, im-
portará na obrigação de responder pelas perdas e danos
causados ao arrendatário.
141
Capítulo 6
TÍTULO DE CRÉDITO RURAL
C
OM AS INOVAÇÕES trazidas pelo Estatuto
da Terra, uma nova conformação rural se apre-
sentou no Brasil. Criou-se uma reestruturação
em quase todos os campos da atividade rural, segundo
a nova política agrária introduzida pelo governo federal.
Os instrumentos utilizados para a formali-
zação do crédito rural, de acordo com o Decreto n.º
167, de 14.02.67, podem ser realizados por meio dos
seguintes títulos:
• Cédula Rural Pignoratícia (CRP), compro-
va a existência de um penhor rural;
• Cédula Rural Hipotecária (CRH), repre-
senta o crédito e a garantia hipotecária;
• Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH);
• Cédula de produto rural é uma promessa
de entrega de produtos rurais, com ou sem garantia.
Tem previsão na Lei n.º 8.929/94. É título líquido e
certo, exigível pela qualidade e quantidade do produ-
to nela previsto;
143
• Nota de Crédito Rural contém financia-
mento, gozando de privilégio especial, representa
empréstimo em dinheiro.
144
acordo com a natureza e o prazo do crédito e podem
se constituir de:
• penhor agrícola, pecuário, mercantil ou cedular;
• alienação fiduciária;
• hipoteca comum ou cedular;
• aval ou fiança;
• outros bens que o Conselho Monetário
Nacional admitir.
145
de consumo, feitas pelas cooperativas aos seus asso-
ciados. O devedor é, geralmente, pessoa física.
A Duplicata Rural é utilizada nas vendas a
prazo de quaisquer bens de natureza agrícola, extra-
tiva ou pastoril, quando efetuadas diretamente por
produtores rurais ou por suas cooperativas, poderá
ser utilizada também, como título do crédito. Emitida
pelo vendedor, este ficará obrigado a entregá-la ou a
remetê-la ao comprador, que a devolverá depois de
assiná-la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica.
146
As atividades que podem ser financiadas
pelo crédito rural são:
• custeio das despesas normais de cada
ciclo produtivo;
• investimento em bens ou serviços cujo apro-
veitamento se estenda por vários ciclos produtivos;
• comercialização da produção.
147
ção obtida e seu armazenamento no imóvel rural
ou em cooperativa;
• de exploração pecuária;
• de beneficiamento ou industrialização de
produtos agropecuários.
148
• crédito de custeio agrícola: pelo menos
uma vez no curso da operação antes da época pre-
vista para liberação da última parcela ou até sessenta
dias após a utilização do crédito, no caso de libera-
ção em parcela única;
• Empréstimo do Governo Federal (EGF),
conforme previsto no Manual de Operações de Pre-
ços Mínimos; demais financiamentos: até sessenta
dias após cada utilização, para comprovar a realiza-
ção das obras, serviços ou aquisições. Essa fiscaliza-
ção é para verificar a correta aplicação dos recursos
orçamentários, o desenvolvimento das atividades fi-
nanciadas e a situação das garantias, se houver.
149
bojo do artigo 3.º da Constituição Federal de 1988,
como segue:
150
se destinem a orientar, no interesse da economia rural, as
atividades agropecuárias, seja no sentido de garantir-lhes
o pleno emprego, seja no de harmonizá-las com o processo
de industrialização do país.
151
gena, os quilombos negros, as revoltas nos períodos
regencial e imperial.
Em 1835, a “Cabanagem”, no Pará, fez com
que cerca de quarenta por cento da população fosse
dizimada pelo governo imperial.
A “Revolta de Canudos”, ocorrida na Bahia,
em 1896, e a “Campanha do Contestado”, empreen-
dida entre o Paraná e Santa Catarina, em 1912, tam-
bém têm sua origem na posse da terra.
Nos tempos atuais, o conflito de Eldorado
dos Carajás (1996), é um exemplo gritante da tragé-
dia gerada na luta pela terra.
A Reforma Agrária é uma necessidade, já
que contribui decisivamente para a consecução dos
Objetivos Fundamentais, inseridos no artigo 3.º, da
nossa Constituição Federal.
O Direito Agrário, consolidado na Constitui-
ção da República, no Estatuto da Terra e na Lei Agrá-
ria, contém mecanismos suficientes para promover a
Reforma Agrária, através da desconcentração fundiá-
ria, do incremento da produção e a justiça social.
Na prática não é o que acontece. O Brasil é
conhecido como um dos países de maiores contras-
tes sociais do planeta. E estes contrastes aparecem de
um modo mais que evidente na estrutura fundiária:
2,8% das propriedades rurais ocupam 56,7% de todas
as terras cadastradas, enquanto que 62,2% das pro-
priedades ocupam 7,9% das terras. Além disso, um
152
número em torno a 4 milhões de famílias ainda é sem
terra - são parceiros, meeiros, arrendatários, assalaria-
dos rurais, ou possuem uma terra tão insignificante
da qual não conseguem tirar o sustento para a família.
São também pessoas que hoje estão na ci-
dade, mas desejariam voltar ao campo caso tivessem
um pedaço de terra para cultivar. Estes dados dos
possíveis clientes para assentamento, que varia entre
4 e 6 milhões, são de um estudo feito pelo IPEA,
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão li-
gado ao governo federal.
FERREIRA resume fielmente a situação vi-
gente, merecendo a transcrição:
153
Como visto, muito há de se fazer no Brasil
para que essa história tenha um final feliz.
Muito embora seja uma questão extrema-
mente polêmica, cumpre destacarem-se três posições
ideológicas dominantes a respeito da questão fundiá-
ria no Brasil: o Assistencialismo Agrário, o Radicalis-
mo Agrário e a Reforma Agrária Gradualista.
Para aqueles estudiosos que defendem o As-
sistencialismo Agrário, uma política de simples as-
sistência agrária deve ser implementada. Essa visão
parece falha, na medida em que a mera divisão de
terras não resolve o problema agrário no país.
Além de uma reorganização da agricultura na-
cional, deve existir maior equipe de técnicos, agrôno-
mos, veterinários, meios de comercialização de produ-
tos e educação voltada a preparar o homem do campo.
Pelo Radicalismo Agrário, pretende-se rom-
per a situação atual, que é a de grande concentração
de terras nas mãos de poucos, eis que a posse da
terra é o elemento decisivo para resolver o problema
agrário no País.
O centro do problema está na posse da terra e
o essencial é a distribuição, imediata e a qualquer custo,
de terras rurais. Essa é a ideia defendida pelo MST –
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras.
Se de um lado traz a intranquilidade e a inse-
gurança à sociedade, de outro, são inegáveis os avan-
ços conquistados através da pressão ao poder público.
154
A Reforma Agrária Gradualista é a que de-
veria ser feita, por meio de lenta e objetiva trans-
formação na estrutura agrária. Tem como objetivo,
além da descentralização da propriedade agrária,
medidas concretas de consolidação da reforma na
estrutura agrária.
O planejamento da Reforma Agrária deve
ser efetivado de modo experimental, para unir a
tradição com o progresso. Objetiva-se atingir uma
reforma agrária cientificamente planejada, que distri-
bua as terras e aumente a produtividade pela técnica
e pela ciência.
Embora não seja a única solução, ou tal-
vez nem a mais acertada, para o abrandamento das
questões sociais no país, a transformação gradativa
da estrutura agrária brasileira não pode dispensar a
utilização das terras públicas, diminuindo-se, conse-
quentemente, a tensão agrária.
Em nosso país, grande parte das terras na-
cionais é pública e está desocupada. O povo brasilei-
ro precisa sair da costa do Atlântico e rumar para o
interior. Grandes são as extensões de terras desocu-
padas e o nosso Oeste deve ser ocupado.
155
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 - A alternativa INCORRETA:
Compõe o sujeito passivo do ITR:
a) o proprietário do imóvel.
b) o possuidor a qualquer título.
c) a União.
d) o titular do domínio útil.
e) todas as alternativas estão corretas.
157
3- Considera-se pequena gleba rural aquela
não excedente a:
a) 50 hectares.
b) 100 hectares.
c) 30 hectares.
d) 130 hectares.
e) 70 hectares.
158
de preparação e capacitação de pessoal, para utiliza-
ção e manutenção de maquinaria. Esses planos serão
dimensionados em função do grau de produtivida-
de que se pretende alcançar em cada uma das áreas
geoeconômica do país, e deverão ser condicionados
ao nível tecnológico já existente e à composição da
força de trabalho ocorrente. Nos mesmos planos
poderão ser incluídos serviços adequados de manu-
tenção e de orientação técnica para o uso econômico
das máquinas e implementos, os quais, sempre que
possível deverão ser realizados por entidades priva-
das especializadas.
159
um Delegado indicado pelo Instituto Brasileiro de
Reforma Agrária, integrante do Conselho de Admi-
nistração, sem direito a voto, com a função de pres-
tar assistência técnico-administrativa à Diretoria e
de orientar e fiscalizar a aplicação de recursos que o
Instituto Brasileiro de Reforma Agrária tiver desti-
nado à entidade cooperativa.
c) A participação direta do Instituto Brasileiro de
Reforma Agrária na constituição, instalação e de-
senvolvimento da Cooperativa Integral de Reforma
Agrária, quando constituir contribuição financeira,
será feita com recursos do Banco Nacional de Crédi-
to, na forma de investimentos sem recuperação dire-
ta, considerada a finalidade social e econômica des-
ses investimentos. Quando se tratar de assistência
creditícia, tal participação será feita por intermédio
do Fundo Nacional de Reforma Agrária, de acordo
com normas traçadas pela entidade coordenadora
do crédito rural.
d) A Contribuição do Estado será feita pela Coope-
rativa Integral de Reforma Agrária, levada à conta de
um Fundo de Implantação da própria cooperativa.
e) O Estatuto da Cooperativa integral de Reforma
Agrária deverá determinar a incorporação ao Banco
Nacional de Crédito Cooperativo do remanescente
patrimonial, no caso de dissolução da sociedade.
160
6 - Assinale a assertiva INCORRETA.
161
7 - Assinale a assertiva
a) I.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e III.
e) I e II.
8 - Complete a lacuna.
162
na forma estabelecida em regulamento.
163
II - Em caso de sucessão causa mortis e nas par-
tilhas judiciais ou amigáveis, não se poderão dividir
imóveis em áreas inferiores às da dimensão do mó-
dulo de propriedade rural.
III - Os herdeiros ou os legatários, que adquiri-
rem por sucessão o domínio de imóveis rurais, não
poderão dividi-los em outros de dimensão inferior
ao módulo de propriedade rural.
IV - No caso de um ou mais herdeiros ou legatá-
rios desejar explorar as terras assim havidas, o Ins-
tituto Brasileiro de Reforma Agrária poderá prover
no sentido de o requerente ou requerentes obterem
financiamentos que lhes facultem o numerário para
indenizar os demais condôminos.
164
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
165
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitu-
cional. 19. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
166
Direito) – Faculdade de Direito, Universidade de
São Paulo. Empresa agrária e estabelecimento agrá-
rio. Revista de Direito Civil Imobiliário, Agrário e
Empresarial (São Paulo), v.19, n.72, abr./jun. 1995.
167
GIANELLA JUNIOR, Fúlvio. Os ralos agrícolas.
Revista Família Cristã, ano 48, n.10, p.15-22, out. 2002.
168
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tão agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
169
MIGUEL NETO, Sulaiman. Questão agrária.
Campinas: Bookseller, 1997.
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São Paulo. Ed. Saraiva, 2010.
REFERÊNCIA DE SITES:
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http://www.cartamaior.com.br
http://www.cpap.embrapa.br
http://www.mda.gov.br
http://www.incra.gov.br
http://www.insper.edu.br
171
http://www.juristas.com.br
http://www.jusbrasil.com.br
http://www.planalto.gov.br
http://www.portaldoagronegocio.com.br
http://www.pt.wikopedia.org
http://www.reformaagraria.net
http://www.www.tjrs.jus.br
172
GABARITO
1 - c 2-c
3 - a 4-b
5 - c 6-d
7 - c 8-b
9 - b 10 - e
173