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EXTRA
II. A lei de tortura (lei n ͦ 9.455/97) veda: anistia e graça, não vedou o indulto.
Pergunta- se: a lei de tortura revogou tacitamente o Art. 2°ͦ, I da lei dos crimes
hediondos?
a) LFG, Alberto Silva Franco: A não proibição do indulto acarretou uma revogação
tácita. A lei de tortura revogou tacitamente o indulto.
III. A lei de drogas (lei 11.343/07) veda: anistia, graça e indulto, ou seja, a lei de
drogas foi fiel a LCH.
FONTE: https://www.passeidireto.com/arquivo/17158289/crimes-hediondos-
prof-felipe-melo-abelleira
Crítica:
Por fim, é relevante frisar que a finalidade específica trazida pelo dolo
não necessita ocorrer para que o crime esteja consumado.
Nas três primeiras modalidades o resultado é alcançado com o
sofrimento físico ou mental causado, onde o crime encontra-se consumado.
Frise-se que tais modalidades são de crimes comuns, não necessitando
caráter específico do agente ou da vítima.
Na quarta modalidade (tortura-castigo), o resultado é alcançado com
intenso sofrimento físico ou mental. Não havendo constatação de tal
intensidade, haverá a subsunção da conduta ao tipo do crime de maus tratos.
Observe-se que tal conduta é a única tortura que não exige dolo
específico do agente.
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a
intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento
físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na
pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos;
se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Verifica-se que a Lei de Tortura atribui pena mais amena àqueles que se
omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las.
A questão é que, em tese, nos crimes de omissão imprópria (comissivo
por omissão) o agente ao se omitir responde como tivesse agido para dá causa
ao resultado, pois ocupa uma posição de garante. Assim, na tortura, o agente
que se omite deveria ter sua conduta omissiva equiparada a conduta comissiva
do agente executor.
Veja:
Crime Omissivo Impróprio é aquele em que uma omissão inicial do
agente dá causa a um resultado posterior, o qual o agente tinha o dever
jurídico de evitá-lo. É o que acontece quando a mãe de uma criança deixa
de alimentá-la, provocando a sua morte. Neste caso, a mãe responderá
pelo crime de homicídio, já que tinha o dever jurídico de alimentar seu
filho.
Fonte: http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/855/Crime-
omissivo-improprio
Mas a Lei de Tortura trouxe pena inferior para aqueles que se omitem,
ainda tendo uma posição de garante – dever de evitar o ilícito penal.