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Notariado

1) A função notarial – quem são os sujeitos desta função


- Suporte de Documentos – onde se praticam os atos
(livros, instrumentos avulsos, arquivos, competências gerais e especiais, competências
conferidas aos Solicitadores no âmbito da desformalização de atos naturais)

2) Espécies de documentos
- Formalidades
- Requisitos

3) Escrituras em particular
- Espécies
- Requisitos
- Justificação de direitos
- Habilitação de Herdeiros Notário
- Testamento

4) Instrumentos notariais avulsos


-Espécies
- Requisitos

5) Princípios do Registo Predial


- Princípio da legitimidade
- Princípio do trato Sucessivo

6) Procedimento Especiais Casa Pronta (Conservador) e BHOP

Em 1899 foi criada a 1ªLei de Notariado ligado ao poder político. Para ser notário: 1º área e
era chamado o tabelião (Notário). O Tabelião é designado pelo rei (em que realizava negócios
onerosos de grande dimensão) estava relacionado com bens/pessoas. Depende do tributo em
função_______ e das receitas.
O notário (é a sua competência de titulação), hoje , é um titulador.

-Advogado;
- Solicitador;
- Conservador.

O rei é escrivão de atos (tinha de ter licenciatura ou bacharel direito) e tinha um assessor
por 1 secretário e contros do reino. E ao mesmo tempo era fiscal da arcedação do tributo.
A profissão de notário foi sempre reduzida. O notário depende de uma ordem e do
Estado e estabelce quem pode ter acesso ao notário que é da sua exclusiva responsabilidade.
O rei escolhia o secretário que executava e recolhia os elementos. O escrivão (redigi à
mão) e secretário faziam atos de comércio e contratos do rei. Eram manuscritos. Eles eram os
ouvidos e a boca do rei.
Redigir um documento para depois não haver conflitos depois, já vem desde D.Afonso
III, que tem influencia em Itália (Bolonha).

O Código de Notariado desde 2004 até hoje sofreu uma grande alteração.

Juízes nunca fazia conflitos económicos. O juiz de jurisdição voluntário recebia e porque
o ate que fazia recebia uma percentagem.
Criou-se a 1ª Lei de Registo de Notariado vinha com a lei orgânica. Os escritos
(conservador) é o documento/contrato. Os ingleses não tem notariado.

A 1ª Lei orgânica de organização dos registos e notariado, os conflitos eram tantos foi
precisos criar esta lei:
a) Notários (escreve);
Negócios entre as partes. Defendem as partes. Tinham de ter:
Licenciatura ou
b) Conservador. bacheral direito
Preocupa-se com Direito de terceiros. Defendem os 3º de boa fé (registo)

A Lei orgânica passou para o Estado Novo. Foi criado também o conselho superior do
Notariado era apenas os notários ou juiz de jurisdição voluntária (é a mesma coisa). Os juízes de
jurisdição vieram a ser considerado também conservadores e notários. (podiam tratar de
divórcio com consentimento, poder paternal (acordo), para vincular o carater da sua autoridade
do reino).

Pedir a Nacionalidade é a um conservador.

Em 1960 existe o 1º Código de Notariado. Tem-se adaptado À evolução da sociedade.


Tem um conjunto de disposições legais que regula atividade notário e define o que é a função
de notário. O Estado organizou esta função. Depende sempre da lei orgânica.
Direção Geral dos Registos e Notariado depende de um Diretor Geral e depende do
Ministério da Justiça. O D.Geral: Notário e Conservador.
Até 2004 eram:
- Funções do Estado;
- Funções Públicas.

As receitas eram feitas por ele e os atos era em função de tabela que Estado fixou.
As instalações eram pública, a receita é pública, auterem um salário fixo + 1 componente
variável. (Notário e Conservador)
Os Notários tem função pública e bem renumerado.
Notários e Conservador trabalhavam com equipas de trabalhadores que coadjuvavam
por escriturários que ajudavam. Os escriturários têm uma componente variável e física.
A receita dos Notários é privado só pagam o IVA (hoje).

Em 1990, o Artº 1 do C.N. (Código do Notariado) – Função Notarial consiste sem dar fé
pública aos atos e contratos.
-Notários;
-Jurisdição; - Oficiais de Notários (eram recrutados
-Extrajudiciais por concurso público, mediante o DR, e
foi assim até 2004)
Notário e Conservador eram uma carreira única.

Nos Sistemas Notariais:


a) Latino
Notário:
- é oficial público;
- redigi com a sua própria autoria os atos e contratos jurisdição

b) Anglo-Saxónico; (Ingleses)
As partes redigem os documentos e os tituladores (notários) certificam a veracidade das
declarações perante ele manifestadas.

c) Administrativo.
Sistema do próprio Estado. Oficial público numa estrutura hierarquizada. (ele faz o que lhe
mandam)

Os atos são sucetiveis de ser elaborados mediante orientação superior.

Estatuto do Notariado – 2004


Artº 1 – o notário é um oficial que confere fé pública (redigi documentos) e exerce
(profissão liberal) uma atividade privada (organização)

A Fé pública – distingue o notário de outros titulares, aquele que vai redigir documento
e com fé pública e é profissional liberal. O notário é jurista.

Passou a ser privado


Documentos terem força provatória
perante as autoridades. Oficial público.

Documento autêntico e Documento autenticado não têm o mesmo valor.


Autenticados- prova bastante.
Autênticos- força prova plena; redigidos que tem preparação técnica; notários porque
têm fé pública.

O local do notário : Cartório Notarial – Artº 5 E.N. – tem de ser um espaço físico e com
determinadas condições.
Tem de ter 2 profissionais no cartório que trabalham:
- Notário;
- Oficiais do Notário (quem prepara os atos para o notário ler, é um exemplo).
Os notários não podem praticar atos fora do concelho do notário do seu cartório. Artº
5, Artº 6, Artº 7, Artº8 E.N.

Até 2004, os Notários eram do setor público e faziam concurso público. Hoje, os oficiais
é por contrato individual.
Acesso à função notário tem 2 princípios fundamentais/requisitos objetivos:
a) Numerus Clausus – quanto ao número de notários
b) Delimitação territorial – abertura ou atribuição de licenças de instalação do cartório.

• Delimita a competência territorial;


• Aferida pelo concelho/localidade da atribuição da licença.

Requisitos subjetivos, Artº 25 E.N. :


• Licenciatura em direito;
• Não cometer nenhum crime;
• Não estar inibido do exercício da profissão;
• Frequentar o curso de formação;
• Obter aproveitamento em todas as fases da formação.

Artº 4 E.N. + Artº 1 C.N. = Define a competência material da função notarial

Função notarial:
a) Funções operacionais;
b) Funções de apoio.

a) É dar forma legal aos atos. É autenticar e certificar documentos, ou seja, a confirmação
do conteúdo conforme a sua vontade das partes. É arquivar e conservar documentos.

Função Notarial:
→ D.L. 233/93 de 15 julho (exceção ao Artº 80 nº1 C.N. e Artº 875 C.Civil)
Instituições de crédito (bancos).
Doc. Particular de compra e venda + Mútuo com hipoteca destinados à habitação = ligado
às instituições de crédito.

→ D.L. 28/2000 de 13 Março


CTT
Juntas de freguesia
Advogados Extrair fotocópias conforme o original
Solicitadores
Câmaras comércio e indústria
(Fotocópia com carimbo vale muito)

→ D.L. 36/2000 de 14 Março (alterou o Artº 81 C.N. e Artº 85 nº3 C.S.C.)


Dispensa de EP (escritura pública) os atos societários

- Alteração contrato da sociedade; Podem os atos serem lavrados por atas.


-Dissolução da sociedade; As atas pode ser o secretário a realizar
-Constituição de sociedades unipessoais. desde que tenha licenciatura em direito,
assim pode não ser o notário a fazer as atas.
(não precisa de EP pode ser feita por atas)
→ D.L. 64 A/200 de 22 Abril
Dispensa de E.P. – Arrendamento urbano.

→ D.L. 237/2001 de 30 Agosto


Câmara comercial indústria (CCI);
Advogados; Reconhecimentos de assinaturas por
Solicitadores. semelhança convenções especiais.

→ D.L. 111/2005 de 8 Julho


ENH (Empresas na hora) – Aboliu a necessidade EP para formalizar o contrato de sociedades.

Conservadores de registos

→ D.L. 76 A/2006 de 29 Março


Artº38, Reconhecimento de todo o tipo de assinaturas -> Advogados; Solicitador; CCI

Eliminou a EP para tos os atos societários em geral -> Atas lavradas pelos órgãos sociais:
advogados e solicitadores.

Direitos de Propriedade
Garantia Reais
→ D.L. 263-A/2007 de 23 Julho
Escritura Pública ≠ (ou) Procedimento Especial de transmissão e oneração e registo imediato
de bens móveis.
Projeto de Casa Pronta Conservatória de registo-
conservador e oficial de registos
IRN
Ou
MJ
Espaço de registo

Conservador faz os seguintes atos: (atos de função notariado)


- Compra e venda
- Propriedade horizontal;
São titulados - Doação; Deixaram de ser atos de competência exclusivo do
por - Hipoteca; notário. Passaram também a ser lavrados não só por
procedimento - Servidões; escritura mas por Procedimento Especial.
especial
- Divisão de coisa comum;
-Permuta.
Escritura Pública (Notário) Procedimento Especial (Conservador ou oficial de
registo)
- Intervenientes;
-Objeto (contrato); Documentos -Intervenientes; CC;BI;Passaporte
- Facto Jurídico -Objeto; (Vai saber de tudo o que
-Facto Jurídico.
precisa)

Para efeito das partes e dos efeitos de 3º Para efeito das partes e dos efeitos de 3º

Efeitos
Efeitos
São conhecidos das partes (efeitos para com as partes);
Efeito com 3º
(intervenientes)
Registo imediato da celebração do Ato
É mais seguro
Depois de ser celebrada tem de ser registada na
conservatória do registo predial, para mediar/prazo tem
10 dias para registar a partir da data da escritura.

Exemplo:
A vende um prédio X a B. fizeram por escritura pública no dia 04/10/2020. Logo têm 10
dias para fazer o registo e conta-se como no CPC. Ou seja dia 14 acaba o prazo. Mas como não
houve registo, o A foi vender esse mesmo prédio a C e fez pelo Procedimento Especial. Vende a
C no dia 06/10/2020, porque o A não registou o 1º ato (fez de má fé). C regista o imóvel o prédio
e está de boa Fé.
O B pede o registo a 14/10/2020. O ato é recusado porque há dupla alienação e o B não
lhe é nada. Vão ter de ir ao tribunal para resolver o litigio. B tenta uma ação contra A e C. O C
tem o direito de oponível a 3º, o que o B não tem e como não registo o imóvel. O C pode opor-
se à reconstituição do bem.

Escritura Pública Procedimento Especial

-É menos eficiente -Produz efeitos imediatos para 3º:


-Não produz efeitos imediato para com 3º; -Procedimento é só um – único;
-Para produzir efeitos para com 3º é por: EP + Registo; - ato é mais barato;
- Ato é mais caro (tem de ir as finanças. Conservatória, - Há mais segurança judicial
câmara, notário, conservador) (Precisa do CC e é logo tudo tratado; se mudar de casa
eles automaticamente mudam a morada do CC, no
veículo, C.Condução)

→ D.L. 40/2007 de 24 Agosto


Possibilidade de associação na Hora – ANH
- EP no notário (2 atos) + Registo RNPC
Ou
- PE de contribuição ANH + Registo imediato no RNPC ( ato único)
→ D.L. 324/2007 de 28 de Setembro BHDP
Alterou os Artº 210 A; Artº 272 A a Artº 272 C do Código de Registo Civil
Balção de Heranças Divórcios com Partilha – Conservador de registo e oficiais de registo

Divórcio por EP ou PE
Atos Jurídicos consensuais –
quando existe acordo de
todos os interessados

Escritura Pública Procedimento Especial

Habilitações Herdeiros Registo é imediato


Em comum e sem determinação de parte ou direito Faz logo tudo.
por todos os herdeiros.
(qualidade de herdeiro; quando sucede por morte;
declarativo; não se fala em bens; exclusivo de notário
ou conservador)

+
Partilha
Adjudicação a cada um dos herdeiros do acervo do
património hereditário que lhe for atribuído.
(acto que divide e atribui os bens pelos sucessores;
Advogado ou solicitador; 1º certidão herdeiros e só
depois a partilha)

+
Registo

Comunhão Herdeiros
(pessoa morreu e os herdeiros não realizam o ato da
partilha

→ D.L. 116/2008 04 Julho


Alterou substancialmente ao C.Notariado, C.Registo Predial.
Artº 22 – exclui a obrigatoriedade de escritura pública podendo os atos previstos no Artº 80
C.Notariado ser lavrados por Doc.Particular autenticado – DPA. (feito pelas partes + uma
autenticação)
DP + Autenticado + Depósito eletrónico do documento + 10 dias para pedir registo
Termos de autenticação

Advogados;
(Os que podem fazer)

Solicitadores;
Notários;
Conservadores e
oficiais de registo
(não fazem
escrituras)
Para ser autenticado – a pessoa vem verificar mas tenho de ler em voz alta e explicar-
lhe. É um instrumento dos notários avulsos de contra partição da EP.
No Depósito eletrónico do documento- tem de ser no mesmo da autenticação.

Posso fazer uma EP. Mas ou faço um EP ou faço um DPA pode servir para todos os
contratos, exceto na de habilitações de herdeiros.
Aquisição derivada/originária de D.Reais de propriedade através de usucapião (EP ou
PE) é um ato de exceção.
Em 1998 – registo era de obrigatoriedade indireta e em 2008 – o registo passou a ser de
obrigatoriedade direta

Escrituras DPA P.Especial Autenticaçã R.Assinatura Certidã Procuraçõe Atas de


o s o s Sociedade
e do
Condomíni
o
Notários .Testamento Doc.que
Artº106 C.N. titulem atos ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
(compra sujeitos a
venda; registo
doações; contratos de
partilha; transmissão de
hipoteca – D.Propriedade
exclusivo)
(usufruto;
Prop.Horizont
al)
.Justificação
Habilitações
Herdeiros
Artº80 nº1 d),
nº1 a) C.N.

Conservador .Compra Habilitação


Venda Herdeiros ✓ ✓ ✓ ✓ _____
(Registo) Artº20
.Doações
.Partilha C.R.Civil
.Usufruto e .Compra
Uso Habitação venda
.Proprie.Horizo .Doações
ntal .Partilha
.Hipoteca .Prop.Horizon
tal
.Usufruto
.Justificação
(Conservador
e Notário)
Advogado
✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Solicitador
✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Artº 3 nº2 C.N. -
- Estado de Calamidade – Função Notarial

- Juízes; Legal calamidade


Órgãos especiais
-Sacerdotes. substituição

- fora das situações de calamidade – Função Notarial – Artº 3 nº1 a), b) e c) C.N.

Órgãos Especiais - Diplomatas;


- Consules;
-Notários privativos da Caixa Geral
Depósitos;
- Comandantes aeronaves;
-Entre outras entidades. (Adv.; Sol.;
Conservadores; junta de freguesias;
câmaras de comércio e indústria;
secretários das sociedades.

- Forma – Requisitos formais para os contratos – C.Notariado e C.Civil.


- Exercício das competências inseridas na Função Notarial – Artº 4 C.N. em legislação
avulsa (DL. 26/2004 04 de Fevereiro do Artº 10 a 16 E.N. e C.Notariado do Artº 1 e 5)
→ Princípios:
a) Legalidade – Artº 11 E.N. + Artº 70 C.N. + Artº 294 CC.
Viabilidade do ato pedido;
Legitimidade dos interessados;
Regulariedade Formal;
Regulariedade Substancial.
O notário pode recusar o ato quando: Artº 2 nº2 C.N.
- Forem Nulos – Artº 70 C.N. (Na forma aplicamos o Artº 70 C.N. e na substancia Artº 294 CC);
-Quando não couberem na sua competência – Artº 4 E.N.

b) Autonomia;

c) Imparcialidade – Artº15 C.N. – Artº 13 e 14 E.N.


-Não pode interferir nos negócios jurídicos dos particulares;
-Notário, Advogado, Solicitador, Conservador estes profissionais não podem participar nos atos:
a) Quando neles tenham interesse pessoal (não fazemos atos a familiares);
b) Quando intervenham ou neles tenham interesse o cônjuge, pessoa em situação
análogas ao do cônjuge for mais de 2 anos (união de facto) (não posso ir ao cônjuge que é
advogado para fazer; não posso reconhecer atos do outro)
c) Parentes, ou afim na linha reta ou até ao 2º grau da linha colateral – Artº 5 C.N.
(Pais, avôs, filhos, sogros e cunhados; Irmãos (2º linha). (se for sobrinho já posso)

d) Exclusividade (Notários) e livre escolha.

Ainda que estas pessoas estejam representadas por procurador


Exceção:
- Pode-se intervir em que seja parte ou interessada uma sociedade por ações- Artº 5
nº3 C.N. e Artº 6 C.N.
- Exemplo: António, filho de Maria, é socio de uma sociedade por quotas, pretende que
Maria, Solicitadora, reconheça a assinatura do _________ sociedade de que é sócia. Resposta:
Não pode. Temos de conjugar com o princípio da legalidade.

Notários – Poder de Direção

Trabalhadores do Notário – Artº 6 C.N. + Artº 13 + Artº 11


- Exercem funções de lhe estão distribuídas pelo Notário;
- Não podem praticar atos em que intervenham os Notários.

→ Exceção Artº 6 nº2 C.N. – Reconhecimento de assinaturas – Artº 11

São também da competência dos trabalhadores

Exemplo: António é solicitador e requereu um ato de registo de compra do carro, via online, em
seu nome. (ele está no seu próprio interesse vai ter de pagar impostos, IVA, é porque é um ato
de 3º. Se autenticar-se com o cartão de cidadão, as finanças não lhe cobrem o imposto. Mas
como requereu enquanto Solicitador paga o imposto).

→ Cessação da Atividade Notarial – Artº 47 E.N., 48,49, 50 e 51


- A pedido do Notário – no caso de não querer ser mais notário Os arquivos são transferidos para outro
-Quando atingir os 70 anos de idades; notário da localidade, enquanto a licença
-Perturbações psíquica; notarial e não for atribuída a outro notário
-Falecer; – Artº 41 E.N.
-Interdição na sequência de infração disciplinar – Artº 41 a 46 E.N.

Ordem Notários assegura o exercício da atividade


durante o período da interdição – Artº 47 e 48 E.N.
Quem exerce a função notarial

Onde se exerce a função

• Documentos:
1. Autênticos (art. 35º CN + 363º; 369º e 375º CC) – Públicos – Lavrados por notários,
conservadores e oficiais de registo que redigem os próprios atos → dotados de fé pública
2. Autenticados – Particulares – Redigidos pelas partes, mas o seu conteúdo tem de ser
confirmado perante: advogado; solicitador; conservador; notário; oficial de registo

Existem documentos que são:

• Lavrados em livros de notas – Art 7 a 24º CN


• Instrumentos notariais avulsos – fora dos livros de notas

− Livros: Livros de escrituras e livros de testamentos (2 livros diferentes)


1. Livros de notas
2. Livros especiais (podem ser em suporte papel ou eletrónico)
 Protesto de letras
 Registo de testamentos, apenas para testamentos cerrados
 Registo de escrituras diversas
 Registo de outros instrumentos avulsos e documentos que os
interessados pretendem arquivar
 Registos de contas de envolvimentos e selo

A partir do momento em que a escritura está assinada não se pode escrever mais nada, art 12º CNC.
A não ser que se junte um anexo (averbamento).

Art 20º ao 29º CN → Não se pode começar a escrever o livro 2, sem que o livro 1 esteja completo.

Livros

• Têm no mínimo 150 folhas


• Têm numeração sequencial
• Só está em uso um livro de cada vez (regra) - (excecionalmente: pode ser utilizado mais que um livro
ao mesmo tempo desde que desdobrado em ordem sequencial numérica e alfabética. Ex.: 1; 1A; 1B;
2; 2A)
• Têm de ser encadernados, dentro ou fora do cartório (quem encaderna tem de assinar termo de
responsabilidade e esta sujeito a sigilo)
• Os livros permanecem no cartório, a saída só é autorizada por lei (para encadernar ou para leitura
dos atos fora do cartório, como por exemplo os testamentos) ou por despacho do presidente do IAN
(para fins de investigação criminal)

Legislação dos livros art 22º CN

Nenhum livro pode ser utilizado sem se legalizado. Não podem ter folhas totalmente em branco.

Para ser legalizado têm de ter termo de abertura, termos de encerramento, ter as folhas todas
rubricadas e numeradas.
Destruição de Documentos- Artº 31 C.N.
• Livros de receitas e defesas – Prazo de 10 anos
-Duplicado de participação dos atos notariais;
- Identificação em ato de destruição;
- é efetuada de 5 em 5 anos (depois é destruído).

Requisitos Ato destruição:


- Identificam do destruídos;
- o modo de destruição;
- Identificação dos documentos que se vao destruir;
-Assinado e data.
O ato de destruição – abater os documentos destruídos registados no livro de inventário
(Artº 18 C.N.) (o livro de notas não se pode destruir).
• Documentos respeitantes a duplicados de contas dos atos – 5 anos
• Correspondência
• Verbetes estatísticos (comunicam às estatísticas, registo eletrónico).

Transferência de documentos – Artº 34 C.N.


Só após 30 anos da sua conclusão e da sua inventariação (tem de permanecer no
cartório):
– livros e documentos que não podem ser destruídos, são transferidos para:
a) Arquivo Nacional da Torre de Tombo – Transferência é feita em 5 em 5 anos.
b) Biblioteca do Estado e Arquivos Distritais – sede de escritório

- quando são transferidos é lavrado um ato de entrega – é anotada a transferência no livro de


inventário.

Saídas dos livros e documentos – Artº 33 C.N. (Notários ou oficial do Notário autorizado)
1. Para serem encadernados – Artº 21 C.N.
2. Só podem sair do cartório mediante autorização escrita e fundamentada. Livros de
escrituras diversas quando o ato é lido fora do cartório.
3. Por motivos de força maior.
4. Para transferência.

A consulta só é permitida mediante requerimento devidamente por terceiro fundamentado:


- só é permitido para fins investigação cientifica ou criminal.
Segredo Profissional – Artº 32 C.N.
→ Escrituras, DPA, Procedimento Especial
- livros
- documentos preparatórios dos atos que se titulam – são preparatórios ate serem
feitos/realizados/concretizados até assinarem.

O seu conteúdo não pode ser divulgado sem ser levantado o segredo profissional.

→ Testamentos
Não podem ser revelados o conteúdo sem ser ao testador, enquanto não existir certidão do
óbito.
O testador é representante com poderes especiais.

Documentos
• Papel Avulso (instrumentos notariais avulsos)
- Instrumentos notariais ratificação
-Declaração de consentimento
-Procuração;
-Certidões;
-Informação escritas.

• Livros – escrituras e testamentos

• Próprio documento ou folha anexa


-Termos de autenticação
-Reconhecimento assinaturas;
-Traduções;
-Instrumentos de depósito de testamentos cerrados

Documentos
a) Autênticos
São lavrados pelos notários nos livros.

b) Autenticados
- Documentos particulares confirmados pelas partes – mediante elaboração do termo de
autenticação que têm força probatória plena quando lavrados pelo notário.
- Documentos com intervenção de Advogado/Solicitador.
- Registos informático + termo de autenticação

c) Reconhecimento notarial
- Apenas existe intervenção dos titulares para confirmar a assinatura como pertença de
determinada pessoa ou
- Reconhecimento de letra e assinatura
Artº 35 C.N. – destinam-se a dar forma legal e a conferir fé pública aos atos jurídicos
extrajudiciais – Artº 1 nº1 C.N.
Ao Artº 35 C.N. juntar Artº 363, 369, 375 CC. Artº 35 remeter para o Artº 38 do DL 100/2008,
Portaria 65 B/2006 de 29 de junho.

Averbamento – atos notariais lavrados nos próprios documentos dentro dos limites da lei,
destinados a completar ou retificar atos jurídicos já lavrados.

Documentos
→ Materiais a utilizar – Artº 39 C.N.
- cor preta;
- inalterabilidade da cor da tinta com que se lavra o ato;
- durabilidade

→ Composição – Artº 40 C.N.


-Regras para a escrita dos atos – Escritos por extenso

Exceção

- Admite-se abreviamento e algarismos (certidão e traduções);


- Reconhecimento de assinaturas;
-Averbamento;
-Indicação da Naturalidade e Residência;
-Nº Polícia, Artigo Matriz;
-Numeração das folhas;
-Títulos académicos ou honoríficos.

- Não pode haver um espaço em branco no texto dos documentos. Os espaços em branco são
trancados com linha horizontal.

Artº 41 nº1 e nº2 C.N. soa ressalvas têm de ser feita antes da assinatura.

Formalidades dos documentos – Artº 46 a 65 C.N.


• Caraterísticas da redação - Artº 42 a 44 C.N.
- Língua Portuguesa;
-Escritos com clareza e correção;
- Têm de traduzir em linguagem jurídica a vontade das partes;
-Evitando menções supérfluas;
-Redação dos algarismos por extenso, salvo quando a lei permite a utilização de numeração.

• Elementos que compõem a relação dos documentos. Os documentos são ordenados


ocupando o seu lugar próprio.
Elementos Ordenadores
Partes essências

1.Identificação
Ato, do lugar e das pessoas que intervém nos atos – Denominação do Ato – compra e venda e
mútuo com hipoteca e fiança.

- Denominação do ato;
-Data e lugar da celebração do ato;
- Identificação do serviço – Cartório, Solicitador, Advogado, conservador do oficial.
- Quem o presidiu à celebração- 2 sujeitos na compra e venda: sujeito ativo (comprador) e sujeito passivo
(vendedor);
- Identificação dos ortograntes/intervenientes/contraentes – partes da relação jurídica- 1 mutuante
(comprador) e 1 mutuário (vendedor)

1 Fiador + 3 Sujeitos (Ativo e Passivo) [ + 1 titular e 4 identificações] = Obejto = Prédio Urbano

2.Conteúdo Jurídico
- Menções relativas ao objeto da relação jurídica:
a)Bens móveis ou imóveis sujeitos a registo (prédios ou veículos ou máquinas)

Código Civil; Lei do Urbanismo; C.Processo Civil; Direito Fiscal; D.Registo Predial e do Autómovel

Prédios:
a) Matriz – Finanças;
b) Predial – Conservatória

Móveis:
a) Matricula – Conservatória

-Menções relativas ao negócio jurídico:


→ Preço – Compra e Venda;
→ Forma de pagamento – dinheiro;
→ Forma à partilha – partilha;
→ Gratuitidade;
→ Sucessão hereditária – habilitação de herdeiros;
→ Divisão em frações – propriedade horizontal;
→ Estabelecer regime de bens.

3.Menções Especiais
• Comuns (em todos os atos)
- Arquivamento ou exibição de documentos quer serviram para instruir o ato jurídico;
- Leitura e explicação do ato jurídico que se está a redigir;
- Estatísticas.

• Especiais (para determinados atos)


- Intervenção do mediador;
-Menção de não assinar de não saber ou não puder assinar;
-Intervenção de testemunhas/declarantes.
-Liquidação dos impostos;
-Advertências.

Artº 46 C.N. Formalidades comuns – Contratos todos os atos que produzem.

Artº 46 nº1 c) C.N. – Identificação dos outorgantes, contraentes ou intervenientes (imitir uma declaração
dos sujeitos da Relação Jurídica)
SA + SP + Objeto + Preço Elementos:
- Nome completo;
- Estado (regime de bens);
- Naturalidade e Concelho;
- Representação voluntária;
- Residência – Freguesia, Concelho, Rua,
-Representação orgânica;
NºPolícia
- Representação legal.

Compra e venda (bilateral, oneroso e sinalagmático):


Sujeito + Objeto

Propriedade
Comunhão e sem
Plena Conjugal determinação da parte
Compropriedade: Direito
- Fracionado;
- Divisão (2
artigos)
anexão/criar
objetos

Lei 58/2020 de 31 Agosto – Artº 23, 24 e 25 Para Imprimir

Documentos:
Pessoas Singulares
a) CC – Lei 07/2020 de 05 fevereiro (tem de ser co fotografia)
b) BI – Lei 07/2020 de 05 Fevereiro
c) Passaporte – SEF, Conservatórias Registo Civil
d) Autorização de residência
e) Carta de condução
f) NIF – Sujeitos – DL 463/79 30 Novembro – Contributivos (identificação)
g) Ficha de identificação – documento a ficar quando para efeito do Artº 24 Lei 58/2020 de 13
Agosto a profissão e a origem do dinheiro para pagamento do preço.
Primeiro
(A) António Maria Lopes, casado com Maria Amélia Moreira Lopes na separação de bens

Ou

(B) António Maria Lopes e mulher Maria Amélia Moreira Lopes casados na comunhão de geral de
bens

Ou

(C) António Maria Lopes casado com Maria Amélia Moreira Lopes na comunhão de adquiridos,
devidamente autorizados para o presente ato, pelo referido cônjuge.

(A) …. Ambos naturais de freguesia de Sé de concelho de Coimbra, onde residam na Rua 25 de Abril,
nº28, r/chão esquerdo. Com o cartão do cidadão nº04231820 4 yhi válido até 20 agosto de 2024 (Artº
40 al.f C.N.), com o NIF 123456789.

Identificação dos outorgantes:


- dever de identificação Lei 58/2020 Artº 23,24,25 Artº 4 al.f +
-Pessoas coletivas – Artº 171 C.S.C.; artº 49 C.N.
- sociedades, associações, entidades religiosas e eclesiásticas.
- Elementos: a) sede, denominação, NDPC e b) Capital social.
- Documentos: cartão da empresa; NIPC; certidão de conservatória do
registo comercial; válido por 1 ano; e pode ser por ata.

Compra e Venda – Outorgantes

António casado na comunhão de adquiridos com Maria, é titular do direito de propriedade de


um prédio urbano. Maria pretende outorgar a escritura de venda, por si e pelo seu marido que não está
disponível para estar presenta na data da escritura.
Neste caso aplicamos os Artº 46 C.N., Artº 1901, 1906, 1911, 1889 e 1689 CC. António é o dono
do bem próprio e Maria tem de dar consentimento, logo tem de haver procuração.
Maria tem de consentir por si e na qualidade de autorizante do seu marido para a prática do ato
– consentimento. Em representação do marido – procuração.

Representação
- Legal
- Autorização da regularização do exercício do poder paternal;
Documentos

-Alienação e oneração de bens com prévio consentimento do MP;


-Tutor ou curador;
-Menores e Maiores acompanhados

-Voluntária
- Procuração – com poderes especiais;
- Declaração de consentimento conjugal

-Orgânica - Pessoas Coletivas


- Atas e Procurações;
- Precisamos de certidão do registo comercial
Maria, casada com António na comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho
de Mirandela, onde residem na Rua 25 de Abril nº28, *que outorga em representação, na qualidade e
com poderes para este ato, conferidos por procuração passado pelo seu referido cônjuge António, ao qual
presta o necessário consentimento para a matéria deste ato.
Maria por si e na qualidade de autorizada do seu marido para efeito do ato- procuração. Em
representação do marido – procuração.

*que outorga por si e em representação do seu cônjuge supre identificado.


Pelo marido, comunhão de geral, o marido não pode comparecer na data da escritura pública se
maria pode vir ao notário.

António casado com Maria na separação de bens que outorga em Maria por sua representação.
António não pode vir à escritura e pretende que venha maria, seu cônjuge casados em sepração
geral.

Regra 1 – comunhão geral


Se ambos os cônjuges forem proprietários dos bens imoveis para transmitir ou alienar ou onerar,
ambos têm que comparecer nos títulos de transmissão para outorgar, intervir ou contratar. Caso algum
dos cônjuges não possa estar presente no momento da leitura do ato deverá fazer-se representar-se com
uma procuração, com poderes para o ato, procuração essa que pode ser conferida ao outro cônjuge ou a
terceiro.

Regra 2 – Comunhão de adquiridos


Se o cônjuge titular de direito de propriedade e um bem imóvel no âmbito da comunhão conjugal
pretender alienar ou onerar um bem imóvel deverá comparecer na escritura, DPA ou procedimento para
outorgar o cônjuge não detentar do direito de propriedade, deverá intervir nos referidos títulos para
consentir na pratica do ato o seu marido.
Se o outorgante marido detento do direito de propriedade não puder comparecer ao ato deverá
previamente ao titulo passar uma procuração ao outro cônjuge ou a terceiro.
Se o outorgante marido intervir no titulo de transmissão/oneração do bem imóvel de que é
proprietário passará a procuração e o seu cônjuge se puder estar presente no titulo prestará o necessário
consentimento no próprio titulo para a prática deste.
Se não puder comparecer ao ato passará uma declaração de consentimento por instrumento
notarial avulso.

Procuração – Artº 262 a 269 CC


Instrumento de consentimento – Artº 4 C.N. al.f)

Regra 3 – Separação de bens


Só intervém no ato o cônjuge detentor do direito de propriedade. O outro cônjuge não intervém
no ato porque não havendo bens comuns não tem que consentir na prática do ato.

Nestas regras aplicamos: CC, Direito da família completo, regime de bens e as dívidas dos cônjuges.
No que diz respeito agora às pessoas coletivas
Temos de remeter o Artº 46 nº1 al.c) C.N. para o Artº 49 C.N.
Artº 192 C.S. – representa são os gerentes ou administração dentro do objeto. Fora do objeto há
um instrumento, ata, que permite os sócios (na sede da sociedade) para reunir para deliberar (Assembleia
Geral) conceder poderes a alguém e será o gerente ou administrador.
Artº 46 nº1 c) C.N. os outorgantes que o representam são os gerentes e administradores que
podem ser.
Artº 163 Código Civil, a pessoa coletiva no tribunal e nos contratos da administração ou quem
ela se designa. Associações, fundações, fundos imobiliários. O administrador mandatado não pode vir,
pode ser por representação voluntária ou orgânica.
No caso de ser voluntária, mandato do C.S.C., para celebrar negócios. Tem direitos e deveres no contrato
e não recai na esfera do procurador mas sim a quem a (procuração) passou Artº 116 C.N.

Pessoas coletivas no direito canónico


Portugal admite várias igrejas. As que não fazem parte dos católicos têm de estar como entidade
equiparadas coletivas. Representa quem vem figurar aquela entidade, Presidente daquele culto. Igreja
católica, as autoridades para representante são os dioceses, bispo. Não precisam de ter personalidade
jurídica, porque a própria lei lhes atribui. Mas precisamos de provar se tem poderes. Se não está a vender
um vender alheio, por exemplo.

Pessoas singulares (1) e Pessoas Coletivas (2)


(1)por si juízo ou se não tiver: representação de alguém ou por procuração
(2)certidão de comprove a existência e personalidade através do registo comercial, estatuto. Ata
com os poderes descritos. Por representação, caso não possa estar presente.

Associações, Fundações- Artº 163 C.Civil

Sociedades- Artº 192, 252, 294, 409 C.S.C.

Representação Pessoas canónicas – concorda atribui personalidade jurídica

Procuração Artº 262 a 269 C.Civil, Artº 1157 a 1184 C.Civil

Representação Legal- Artº 1911 C.Civil

Consentimento dos cônjuges – Artº 1682 C C.Civil

Formas de Representação
Gestão de negócios
Artº 464 C.Civil – é outra figura jurídica – gestão de negócios. Destina-se que o alheio tem de ter
mandato. Se houver procuração não há gestão de negócios

Ratificação é o dono chegar e dizer que aceita naqueles termos, verbalmente. Só fica perfeito
quando fizerem a escritura Artº 4 C.N. al. c) pelos atos praticados sem estar mandato.

O contrato produz efeitos obrigacionais. No momento da gestão mas os efeitos obrigacionais não
produzem efeitos reais por causa da ratificação.
Gestão (Artº 46 C.N.) de negócio é notificado o procurados (al.c) e o gestor.
Procuração – representado e representante.
António casado ….na qualidade de presidente e em representação verificamos a qualidade
(administrador).
Neste caso aplicamos os Artº 1111 C.Civil da representação legal; 1162 a 1184 C.Civil da
representação voluntária e Artº 1163 C.Civil das representação de pessoas coletivas.
Os documentos necessários serão atas, procuração, estatutos, certidões comerciais.

Intervenientes na compra e venda


Aplicamos o Artº 46 C.N. al.c) e e) remetendo para o Artº 67 C.N.
Próprio, gestor, procurador, etc.
Se em alguns atos houver a necessidade de alguém intervir por algum motivo direcionado de
saúde, serão chamados interpretes de língua de surdez e mudez Artº 65, 66 e 67 C.N.
Também podem intervir testemunhas – Artº 67 C.N. , Artº 48 C.N. – Artº 83, 84, 96 C.N. Estas
testemunhas podem ser instrumentárias e abonatórias. Abonatórias só para identificarem as partes mas
já caiu em desuso. Podem ser testemunhas obrigatórias Artº 67 C.N.
Artº 83, 84 C.N. revestem testemunhas de justificação, ratificação. Artº 96 C.N. declarantes na habilitação
de herdeiros.
Perito médico + testemunha – termo de autenticação.

Artº 65 C.N.- outorgantes


Artº 46 C.N- Remeter Artº 47 e 48 C.N. – documentos e requisitos às pessoas.
P.Coletivas – associações, fundações – é sempre preciso de documentos. Há poderes
representativos Artº 49 C.N. + Ata
Documentos em que os pais precisam quando os filhos são menores Art 46 nº5 C.N.

Minuta de compra e venda – no final da minuta estava escrito “verifiquei a identidade dos
primeiros outorgantes por conhecimento pessoal, a do segundo outorgante por exibição, etc…”esta
minuta não poderia ser válida nem ser usada devido ao “conhecimento pessoal”.

Elementos Relativos
- Preço
- O que vai vender;
-Prova – exemplo que existe o bem imóvel através da matriz e certidão predial.

No caso de compra e venda, os artigos a utilizar será o Artº 465 CC e ss. O facto do contrato ser
onerosos porque tem um preço pelo qual será vendido. Os prédios podem ser urbanos ou rústicos. Temos
de ter uma certidão que comprove que o prédio está inscrito na Conservatória. Essa prova é a certidão
predial e as menções da matriz. O preço será definido em determinadas caraterísticas: área do prédio,
localização, dimensões, etc- Artº 63 nº2 C.N. Temos de controlar o preço e as obrigações fiscais Artº 63
C.N. Como já sabemos, caso não haja preço já não é uma compra e venda mas sim uma doação.
Haverá uma transmissão do prédio.
Pode ser pago no momento da prática do ato ou em prestações. Na prática do ato caso já tenha
recebido o valor na conta bancária. Se não pago o ato é nulo e as partes não assinam. Artº 47 nº6 C.N.
requisito formal de pagamento (forma de pagamento. Artº 47 nº5 C.N. data do pagamento.
Pagamento em dinheiro – Art 879 al.c C.Civil e colocar em que moeda foi.
Artº 47 nº6 C.N. – cheque ou transferência bancária.
As Pessoas Coletivas não podem doar mas podem receber uma doação.
Prédios rústicos são mais direcionados para trabalhos próprios da agricultura.
Artº 202 C.Civil – coisas que registamos Artº 204 C.Civil.
Antes de fazer isto tudo e de fazer o ato pedimos primeiro a matriz Artº 57 C.N.
Prédios
Podem ser rústicos, urbanos e mistos.

• Rústicos
-Podem ser regadios e sequeiros – árvores neles implementados, solo, água.
-Lei fracionamento e divisas físicas.

• Urbanos
- construção/edifício; Composição
-parcelas de terreno para construção. Inseridas por DM ou operação urbanística.
- Logadouros anexos à construção sem autonomia económica. Ex: pátio, jardins, piscina.

Divisão física:
- operação urbanística – DL 555/99 de 16 dezembro Artº16;
Artº 49 nº1 C.N. numero de operação do alvará do loteamento deverá constar com menção na descrição
de prédios resultante das operações urbanísticas nos atos e contratos que titulam certidão predial.
- Propriedade horizontal – PH

• Mistos
- Compostos por uma parte rústica e uma parte urbano desse que sejam contínuos.

Anexão- união de duas ou mais prédios contínuos.


Desanexação – criação de um ou mais prédios a partir de 1 prédio existente.

Prédios Divisão
Física – partes comuns e partes próprios – área, confrontações, lugar;
Económica – composição;
Fiscal- Artigo (prédio mãe 2020 – filhos – frações) e valor -> matricial

Poligno (rústicos) = planta

Prédios divisão em PH
1. Prédios mãe – descrição genérica (todo)
2. Frações – descrição subordinadas

1.Nos prédios mães:


Física:
- urbano, rua 28, freguesia Mirandela;
- superfície coberta de 300 m2, logadouro de 400 m2;
- temos de ir às finanças – artigo onde tem a descrição fiscal – VF/VP de 200 000 euros e Artº 11
Urbano;
= Artº 58 CN e Artº 38 CRP
- ir a conservatória – certidão de teor das descrições e a mesma em vigor.
Aquisição a favor de: nome Ana Paula, estado civil se casada nome do cônjuge e regime de bens;
residência.
- Câmara tem de aprovar o projeto urbanístico; divisão do prédio urbano; certidão comunica as
10 frações autónomas.
Artº 59, 60, 61 C.N.

Económica – confessar – rez do chão.


Fiscal- artigo e VF/VP
2.Física: Fração A – cave 1 esquerda nº1;
Económica – valor da fração
Valor pode ser permilagem 1000% ou em percentagem 100 %

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