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Perguntas Notariado

1- Em que consiste a autenticação de documentos e de que forma são autenticados?

R: A autenticação de documentos ( Particulares) consiste na confirmação pelas partes


perante o notário (órgão próprio – art. 2 nº1 C.N.), agentes consulares portugueses, notários
privativos das Câmaras Municipais e Caixa Geral de Depósitos, comandantes de forças
militares, de navios e aeronaves (órgãos excepcionais – art. 3 C:N) ou por quem exerça a
função notarial (designadamente – Advogados, solicitadores e Câmaras de Comercio),
gozando estes documentos autenticados a força probatória dos documentos autênticos.

Sendo apresentando um documento particular para fins de autenticação, deve este ser
reduzido a termo. O termo de autenticação deve ser lavrado no próprio documento a que
respeita ou em folha anexa, (art. 46 nº 4 C.N.) neste caso esta terá que ser agrafada ao
documento de modo a não permitir a sua separação, numerando-se e rubricando todas as
folhas.

2- Para se proceder à partilha, em caso de sucessão por morte, quais os actos que terão
que preceder a mesma?

R: A partilha tem por objecto a universalidade da herança, mediante a atribuição aos herdeiros
dos bens que a constituem, podendo estes, no preenchimento dos seus quinhões, adjudicar a
totalidade dos bens a um só ou reparti-los entre si, por forma a que herdeiros a quem foram
atribuídos bens a mais do valor do seu direito reponham o excesso a favor de quem levou a
menos ( tornas), par igualar os quinhões.

Assim para se proceder à partilha é necessário:

1-saber quem são os herdeiros – através da habilitação de herdeiros – art. 83C.N. (acto
preparatório da partilha, na qual se deve inserir todos os elementos necessários para o calculo
correcto dos quinhões Ex: pré-morte ou o repúdio, como fundamento do direito de
representação, a substituição directa ou o direito de acrescer)

- Havendo pluralidade de titulares desse direito – determinar o modo e a medida em que entre
eles se faz a repartição dos bens. A determinação do modo e da medida da repartição dos bens
entre os herdeiros (conhecimento das normas do direito sucessório), implica a realização de
certas operações: a descrição dos bens, com a indicação da sua situação registral e dos seus
valores; a separação de meações (se as houver); o calculo do valor da herança e do quinhão de
cada herdeiro; as adjudicações; e o calculo que cada interessado leva a mais relativamente ao
quinhão a que tem direito.
3 – a) De que forma o notário – ou quem exerça a função notarial - deve verificar a
identidade dos outorgantes num documento autêntico?

R: art. 48º do Código do Notariado: Bilhete de Identidade, carta de condução, passaporte,


conhecimento pessoal ou dois abonadores.

b) E tratando-se de uma sociedade, o que tem de ser verificado?

R: Terá que se verificar se aquela sociedade existe como tal (está registada/ matriculada) e se
os seus representantes têm poderes para o acto. Esta verificação faz-se através da certidão
comercial, sem embargo de se poder solicitar outros documentos para se verificar os poderes
invocados, nomeadamente actas de reunião dos órgãos sociais, nos casos em que a lei ou o
contrato de sociedade impõem, para a prática de determinado acto, deliberação prévia do órgão
colegial próprio – art. 49 nº1 C.N.

1 – A actividade notarial é exercida com respeito pelos princípios da legalidade, da


autonomia, da imparcialidade, da exclusividade e da livre escolha. Caracterize dois
destes princípios.
Princípio da legalidade: o notário deve apreciar a viabilidade de todos os actos cuja prática
lhe é requerida, tendo em vista as disposições legais aplicáveis e os documentos que lhe são
apresentados; verificando a legitimidade dos intervenientes, a regularidade formal e substancial
dos documentos e a legalidade substancial do acto solicitado;
Princípio da autonomia: o notário exerce as suas funções com independência, quer em relação
ao Estado quer a quaisquer interesses particulares;
Princípio da imparcialidade: o notário tem a obrigação de manter equidistância relativamente
a interesses particulares susceptíveis de conflituar, abstendo-se, designadamente, de assessorar
apenas um dos interessados num negócio;
Princípio da exclusividade: as funções do notário são exercidas em regime de exclusividade,
sendo incompatíveis com quaisquer outras funções remuneradas, públicas ou privadas, salvo
actividades docentes ou de formação autorizadas, participação em conferências, colóquios e
palestras, ou ainda a percepção de direitos de autor;
Princípio da livre escolha: o notário é escolhido livremente pelos interessados, observadas as
normas relativas à competência territorial.

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