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TERMOS DE AUTENTICAÇÃO

É o acto notarial no qual as partes confirmam perante o notário, ou perante entidades habilitadas para
o efeito como Advogados e Solicitadores, o conteúdo de um documento particular

Os Documentos particulares adquirem a natureza de documentos autenticados desde que as


partes confirmem o seu conteúdo, mediante termo de autenticação, perante, o notários, advogado ou
solicitador Artigo 150.º CN;

- Requisitos comuns que devem constar no termo de autenticação – artigo 151.º CN;

- Requisitos especiais (quando assinado a rogo) que devem constar no termo de autenticação – artigo
152.º CN;

- RECONHECIMENTOS: PODEM SER SIMPLES OU COM MENÇÕES ESPECIAIS: - ART. 153.º


CN;

 Não é possível reconhecer a assinatura (art. 157º CN):

o Doc escrito ou assinado a lápis


o Doc com espaços em branco não inutilizados
o Doc em branco
o Doc escrito em língua estrangeira que o notário não domine sem que se faça a
respectiva tradução
o Doc que não se encontre devidamente selado (procurações e contratos, etc)
o Doc cuja leitura não seja facultada ao Notário
o Doc com materiais sem garantias de fixidez
o Doc não selado sem menção de isenção/redução
- lavrados no pp doc ou em folha anexa (art. 36, nº 4)
 Quando lavrado em folha anexa, será esta agrafada ao documento, de forma a não permitir a
sua separação, numerando-se e rubricando-se todas as folhas.
 Um meio expedito de evitar a separação das folhas será apor a rubrica do notário e o selo
branco do Cartório de maneira a abranger as duas folhas.

- Sempre - numerar e rubricar todas as folhas

- Contrato Promessa CV: se houver


- Elementos que deve conter (Art 46 CN):
 Dia, mês, ano (hora é indicada a pedido)
 Lugar
 Nome completo do funcionário, qualidade e cartório a que pertence
 Nome completo dos outorgantes
 Estado civil dos outorgantes
 Naturalidade dos outorgantes
 Residência habitual dos outorgantes
 Quando os outorgantes são estrangeiros
 Nome completo dos representantes das pessoas singulares
 Estado civil dos representantes das pessoas singulares
 Naturalidade dos representantes das pessoas singulares
 Residência habitual dos representantes das pessoas singulares
 Nome completo dos abonadores
 Estado civil dos abonadores
 Residência habitual dos abonadores
 Forma como se verifica identidade dos outorgantes e dos abonadores
 Menção das procurações e docs que justifiquem qualidade e mencionar que “foram verificados
os poderes necessários para o acto” na representação legal e orgânica
 Menção dos docs arquivados com natureza do doc e IMT com nº, data e serviço emitente
 Menção dos docs exibidos com natureza, data de emissão e serviço emitente
 Referência ao juramento ou compromisso de honra dos intérpretes, peritos ou leitores com a
indicação dos motivos que determinaram a sua intervenção
 Menção de ter sido feita a leitura do instrumento lavrado ou de ter sido dispensada a leitura
pelos intervenientes, bem como a explicação do seu conteúdo
 Indicação dos outorgantes que não assinem a declaração de que não assinam por não saber ou
por não poder fazê-lo
 Assinaturas dos outorgantes depois do texto
 Assinatura do funcionário que será a última do instrumento
 Nos actos com outorgantes que não compreendam a língua portuguesa (Art. 65º CN), intervém
intérprete da escolha do outorgante, que deve transmitir verbalmente a tradução do
instrumento ao outorgante e a declaração de vontade deste ao notário; com mais de um
outorgante com várias línguas, intervêm os intérpretes necessários; se o notário dominar a
língua e traduzir verbalmente, não é necessário intérprete.
 Nos actos com intervenção de surdos e mudos (Art. 66º CN)
o Se for surdo mas não mudo, lê em voz alta
o Se for surdo e mudo, pode designar pessoa para fazer 2ª leitura e explicar-lhe o
conteúdo
o Se for surdo e o acima não for possível, intervém intérprete
o Se for mudo e souber ler e escrever, declara por escrito no próprio instrumento e antes
das assinaturas, que leu e reconheceu conforme à sua vontade
o Se for mudo e não souber escrever, manifesta a sua vontade por sinais que o notário e
intervenientes compreendam.
o Se for mudo e o acima não for possível, intervém intérprete

 Nos actos com assinaturas a rogo (Art. 152º CN e Art. 373º, nº 4, CC) – não sabe ou não pode
assinar
o Nome completo do rogado
o Naturalidade do rogado
o Estado do rogado
o Residência do rogado
o Menção de que o rogante confirmou o rogo no acto da autenticação
 Se não souber ler (art. 66 CN ) o notário deve ler, OU ainda designar uma segunda pessoa da
sua confiança que na presença de todos os interveniente proceda a uma segunda leitura do
doc. que se pretende autenticar e consagrar no termo de autenticação essa circunstância

Outros elementos – Art. 151º, nº 1 CN


 Declaração das partes de terem lido o documento ou de estarem perfeitamente inteiradas do
seu conteúdo, e deste exprimir a sua vontade
 Ressalva das emendas, entrelinhas, rasuras ou traços contidos no doc e que não estejam nele
devidamente ressalvados

 Se o documento a autenticar operar transmissão de bens imóveis (caso do contrato de


promessa de aquisição em que seja clausulado que o promitente adquirente pode ceder a sua
posição contratual a terceiro, ou do Contrato de cessão dessa posição) – o notário é obrigado a
arquivar em maço próprio a declaração para a liquidação do IMT e o correspondente
comprovativo da cobrança. – Art.º 49.º CIMT. Em tal hipótese, deve o termo de autenticação
incluir:
o referência à liquidação e ao pagamento prévios do Imposto; e
o a menção do arquivamento dos correspondentes documentos.

Se não souber ou não puder assinar:


 A rogo
 Impressão digital

CERTIFICADOS, CERTIDÕES E DOCUMENTOS ANÁLOGOS ARTIGOS 158.º E SEGUINTES DO


CN:

 Requisições art.º 158.º CN


 Prazos – devem ser passados dentro de três dias úteis a contar da data que foram pedidos ou
requisitados – se for pedido urgente 24 horas, com emolumentos elevados ao dobro - artigo
159.º;
 Requisitos comuns dos certificados, certidões e documentos análogos - artigo 160.º CN:

TIPO DE CERTIFICADOS

 CERTIFICADOS DE VIDA E DE IDENTIDADE – ART. 161.º CN


 CERTIFICADO DE DESEMPENHO DE CARGO – ART. 162.º CN
 CERTIFICADO RELATIVOS A SOCIEDADES ANÓNIMAS EUROPEIAS – ART. 162-A.º
CN
 REGRAS ESPECIAIS RELATIVAS AO CERTIFICADO PARA TRANSFERÊNCIA DE SEDE
SOCIEDADE ANÓNIMA EUROPEIA – ART. 162 - B CN
 CERTIFICADOS DE OUTROS FACTOS – ART. 163.º CN

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