Você está na página 1de 18

Execução

Notariado dos
atos notariais
Execução dos atos notariais

Espécies de documentos/Art.º 35.º:

Os documentos lavrados pelo notário, ou em que ele intervém, podem ser:

a) Autênticos – quando exarados pelo notário nos respetivos livros ou em


instrumentos avulsos, e os certificados, certidões e outros documentos
análogos por ele expedidos.

b) Autenticados – os documentos particulares confirmados pelas partes perante


o notário.

c) Ter o reconhecimento notarial – os documentos particulares cuja letra e


assinatura oi só assinatura, se mostrem reconhecidas pelo notário.
Execução dos atos notariais

Onde são exarados/Art.º 36.º:

Nos livros de notas/n.º 1


a) Os testamentos públicos;
b) Os atos para os quais a lei exija escritura pública; ou
c) Os interessados queiram celebrar por essa forma.

São exarados em Instrumentos fora das notas/n.º 3


• Os atos que devam constar de documento autentico, mas para as quais a lei não exija ou
as partes não pretendam a redução a escritura pública.

No próprio documento a que respeitam ou em folha anexa/n.º 4


• Termos de autenticação e reconhecimentos.
Execução dos atos notariais

Composição (art.º 38.º)

Regra geral:
• É permitido o uso de qualquer processo gráfico, à mão ou à máquina, desde
que os caracteres sejam nítidos.

Exceções:
• Testamentos, escrituras de revogação de testamentos e os instrumentos de
aprovação de testamentos cerrados – devem ser manuscritos, só podendo ser
dactilografados ou processados informaticamente, se estiver em exercício um
notário e se o suporte informático for destruído após a sua feitura;
Composição/art.º 38.º

Escrituras:
Execução dos • Devem ser dactilografadas ou processadas
informaticamente - n.º 3;
atos notariais
Restantes atos notariais:
• Podem ser utilizados carimbos nos
reconhecimentos e na certificação de
fotocópias - art.º 38.º, n.º 3
Materiais utilizáveis/Art.º 39.º:
Execução dos
atos notariais
• Os materiais utilizados devem ser de cor preta e
devem conferir à escrita duração e inalterabilidade.
Execução dos atos notariais

Regras a observar na escrita dos atos/Art.º 40.º:

• Em regra os atos são escritos por extenso e sem espaços em branco.


Execução dos atos notariais

Regras a observar na escrita dos atos/Art.º 40.º (continuação)

• É apenas permitido o uso de algarismos e abreviaturas (art.º 40.º, n.º 3), nos seguintes casos:
• Reconhecimentos, averbamentos, extratos, registos e contas;
• Na indicação da naturalidade e residência;
• Na menção dos números de polícia dos prédios, nas inscrições matriciais e valores
patrimoniais;
• Na numeração de artigos e parágrafos de actos redigidos em forma articulada e na
numeração das folhas dos livros ou dos documentos;
• Na referenciação de diplomas legais e de documentos arquivados ou exibidos;
• Nas palavras usadas para designar títulos académicos ou honoríficos.

• Os espaços em branco devem ser inutilizados (art.º 40.º, n.º 4).


Execução dos atos notariais

Ressalvas/Art.º 41.º:

• As palavras emendadas, escritas sob rasura ou entrelinhadas devem ser


expressamente ressalvadas(n.º 1). Se não forem ressalvadas consideram-se não
escritas ( n.º 4);

• A eliminação de palavras deve ser feita por meio de traços que as cortem mas que
as deixem legíveis (n.º 2);

• A falta de observância desta regra determina a nulidade formal do ato notarial


(art.º 70.º, n.º 1, c) CN).

• As palavras traçadas, mas legíveis, que não forem ressalvadas consideram-se não
eliminadas (n.º 5).
Execução dos atos notariais

Redação/Art.º 42.º:

• Os atos devem ser escritos em língua portuguesa e redigidos com correção, em


termos claros e precisos, evitando-se as frases inúteis.

• A vontade das partes deve ser traduzida em linguagem jurídica, por forma a
evitar a inserção nos documentos de menções supérfluas ou redundantes.

• Podem, no entanto, ser reproduzidas, no contexto dos atos, normas legais, a


pedido das partes se for alegado que é essencial ao melhor esclarecimento da
vontade negocial.
Execução dos atos notariais

Redação/Art.º 42.º:

• Os atos notariais resultam de declarações de vontade, por isso, o notário deve


ouvir bem e manter o total respeito pela vontade das partes.

• Na redação do ato o notário deve transformar a vontade empírica em


ordenamento, evitando tudo o que seja supérfluo.

• Não se deve cair no exagero, especialmente no que aos testamentos diz


respeito, sendo até perigoso adotar uma terminologia demasiado rígida e
técnica, pois este procedimento pode conduzir a uma difícil interpretação do
testador, num momento em que já não é possível indagar a sua vontade.
Execução dos atos notariais

Redação/Art.º 42.º:

• O notário presta assessoria às partes na expressão da sua vontade negocial (art.º


1.º, n.º 2), fazendo uma prévia preparação do ato a realizar e faz a explicação do
ato, verificando a conformação da vontade das partes com o conteúdo do texto.

• Não deve, contudo, o notário propor a realização de um ato diferente do


pretendido, por exemplo sugerir uma compra tendo sido pedido uma permuta.
Minutas/Art.º 43.º:

• As partes podem apresentar minutas do ato


ao notário que as deve reproduzir, se
estiverem redigidas em conformidade.

Execução dos • O notário reproduz a minuta, salvo naquilo


em que ela infringir leis de interesse e
atos notariais ordem pública/n.º 2

• Se a redação da minuta for imperfeita, o


notário deve advertir o interessados da
imperfeição e adotar a redação que, em seu
juízo, mais fielmente exprima a vontade dos
outorgantes/n.º 3
Execução dos atos notariais

Documentos passados no estrangeiro/Art.º 44.º:

• Os documentos estrangeiros são aceites sem prévia legalização, devendo ser


acompanhado da tradução correspondente.

• Se houver dúvidas acerca da autenticidade pode ser exigida a legalização (art.º


440.º do CPCivil).
Execução dos atos notariais

Legalização de documentos passados no estrangeiro/Art.º 440.º do CPCivil

• A legalização, de acordo com o art.º 44º.º, consiste:

a) No reconhecimento da assinatura do funcionário público que haja passado


ou legalizado o documento, por agente diplomático ou consular português no
Estado respetivo; e
b) Na autenticação da assinatura do agente diplomático ou consular português
pela aposição do selo branco consular.
Documentos passados no estrangeiro/Art.º
44.º:

Execução dos Convenção de Haia:

atos notariais • Para os países que aderiram à Convenção de


Haia de 5 de Outubro de 1961 (Decreto-Lei
n.º 48 540, de 24 de Junho de 1 968), a
legalização é feita no país de origem, por
apostilha.
Execução dos atos notariais

APOSTILHA
(Convenção da Haia de 5 de Outubro de 1961
1. País…
2. O presente documento público foi assinado por …
3. Atuando na qualidade…
4. Leva o selo carimbo..de..Certificado:
5.em…
6.no dia…
7.por…
8.sob o n.º…
9.Carimbo/Selo
10.Assinatura
Execução dos atos notariais

Países aderentes à Convenção de Haia

Alemanha, Áustria, Argentina, Bélgica, Chipre, Espanha, EUA, Finlândia, França, Grécia,
Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal, Reino Unido, Suiça, Surinam,
Turquia, Jusgoslávia, Bahamas, Botswana, Fidgi, Hungria, Lesotho, Liechtenstein, Malawi,
Malta, Ilhas Canárias, Seychelles, Suazilândia e Tonga.

Você também pode gostar