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Notariad Execução

o dos
atos notariais
Modalidades de
documentos escritos
Art.º 363.º CCivil:

• Autênticos – São os documentos


exarados, com as formalidades legais,
pelas autoridades públicas, nos limites da
Modalidades de sua competência ou, dentro do círculo de
atividade que lhe é atribuído, pelo notário
documentos escritos ou outro oficial público provido de fé
pública;

• Particulares – São particulares todos os


outros documentos;
Força probatória/Art.º 371.º CCivil.

• Os documentos autênticos fazem prova plena


dos factos que referem como praticados pela
Documentos autoridade ou oficial respetivo, assim como dos
factos que neles são atestados com base nas
autênticos perceções da entidade documentadora.

• A força probatória dos documentos autênticos


só pode ser ilidida com base na sua falsidade
(art.º 372.º CCivil)
Art.ºs 373.º/375.º/376.º CCivil:
Documentos

particulares Os documentos particulares devem ser assinados
pelo seu autor, ou por outrem a seu rogo, se o
Reconhecimento rogante não souber ou não puder assinar/Art.º
373.º, n.º 1;
notarial
• A letra e a assinatura do documento, ou só a
assinatura, têm-se por verdadeiras se estiverem
reconhecidas presencialmente, nos termos das leis
notariais/art.º 375.º, n.º 1 CCivil

• O documento particular, com reconhecimento


notarial, faz prova plena quanto às declarações
atribuídas ao seu autor/art.º 376.º, n.º 1 CCivil
Documentos Art.º 377.º CCivil:

particulares • Os documentos particulares podem ser


autenticados autenticados nos termos das leis notariais.

• Neste caso gozam da força probatória dos


documentos autênticos, mas não os substituem
quando a lei exija documento desta natureza
para a validade do ato.
Execução dos atos notariais
Execução dos atos notariais

Espécies de documentos/Art.º 35.º:

Os documentos lavrados pelo notário, ou em que ele intervém, podem ser:

a) Autênticos – quando exarados pelo notário nos respetivos livros ou em


instrumentos avulsos, e os certificados, certidões e outros documentos
análogos por ele expedidos.

b) Autenticados – os documentos particulares confirmados pelas partes perante


o notário.

c) Ter o reconhecimento notarial – os documentos particulares cuja letra e


assinatura oi só assinatura, se mostrem reconhecidas pelo notário.
Execução dos atos notariais

Onde são exarados/Art.º 36.º:

Nos livros de notas/n.º 1


a) Os testamentos públicos;
b) Os atos para os quais a lei exija escritura pública; ou
c) Os interessados queiram celebrar por essa forma.

São exarados em Instrumentos fora das notas/n.º 3


• Os atos que devam constar de documento autentico, mas para as quais a lei não exija ou
as partes não pretendam a redução a escritura pública.

No próprio documento a que respeitam ou em folha anexa/n.º 4


• Termos de autenticação e reconhecimentos.
Execução dos atos notariais

Composição/art.º 38.º

Regra geral:
• É permitido o uso de qualquer processo gráfico, à mão ou à máquina, desde
que os caracteres sejam nítidos.

Exceções:
• Testamentos, escrituras de revogação de testamentos e os instrumentos de
aprovação de testamentos cerrados – devem ser manuscritos, só podendo ser
dactilografados ou processados informaticamente, se estiver em exercício um
notário e se o suporte informático for destruído após a sua feitura;
Composição/art.º 38.º

Escrituras:
Execução • Devem ser dactilografadas ou processadas
dos atos informaticamente - n.º 3;

notariais Restantes atos notariais:


• Podem ser utilizados carimbos nos
reconhecimentos e na certificação de
fotocópias - art.º 38.º, n.º 3
Execução Materiais utilizáveis/Art.º 39.º:

dos atos
notariais • Os materiais utilizados devem ser de cor preta e
devem conferir à escrita duração e inalterabilidade.
Execução dos atos notariais

Regras a observar na escrita dos atos/Art.º 40.º:

• Em regra os atos são escritos por extenso e sem espaços em branco.


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Regras a observar na escrita dos atos/Art.º 40.º (continuação)

• É apenas permitido o uso de algarismos e abreviaturas (art.º 40.º, n.º 3), nos seguintes
casos:
• Reconhecimentos, averbamentos, extratos, registos e contas;
• Na indicação da naturalidade e residência;
• Na menção dos números de polícia dos prédios, nas inscrições matriciais e
valores patrimoniais;
• Na numeração de artigos e parágrafos de atos redigidos em forma articulada e na
numeração das folhas dos livros ou dos documentos;
• Na referenciação de diplomas legais e de documentos arquivados ou exibidos;
• Nas palavras usadas para designar títulos académicos ou honoríficos.

• Os espaços em branco devem ser inutilizados (art.º 40.º, n.º 4).


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Ressalvas/Art.º 41.º:

• As palavras emendadas, escritas sob rasura ou entrelinhadas devem ser


expressamente ressalvadas(n.º 1). Se não forem ressalvadas consideram-se não
escritas ( n.º 4);

• A eliminação de palavras deve ser feita por meio de traços que as cortem mas
que as deixem legíveis (n.º 2);

• A falta de observância desta regra determina a nulidade formal do ato notarial


(art.º 70.º, n.º 1, c) CN).

• As palavras traçadas, mas legíveis, que não forem ressalvadas consideram-se não
eliminadas (n.º 5).
Execução dos atos notariais

Redação/Art.º 42.º:

• Os atos devem ser escritos em língua portuguesa e redigidos com correção,


em termos claros e precisos, evitando-se as frases inúteis.

• A vontade das partes deve ser traduzida em linguagem jurídica, por forma a
evitar a inserção nos documentos de menções supérfluas ou redundantes.

• Podem, no entanto, ser reproduzidas, no contexto dos atos, normas legais, a


pedido das partes se for alegado que é essencial ao melhor esclarecimento da
vontade negocial.
Execução dos atos notariais

Redação/Art.º 42.º:

• Os atos notariais resultam de declarações de vontade, por isso, o notário deve


ouvir bem e manter o total respeito pela vontade das partes.

• Na redação do ato o notário deve transformar a vontade empírica em


ordenamento, evitando tudo o que seja supérfluo.

• Não se deve cair no exagero, especialmente no que aos testamentos diz


respeito, sendo até perigoso adotar uma terminologia demasiado rígida e
técnica, pois este procedimento pode conduzir a uma difícil interpretação do
testador, num momento em que já não é possível indagar a sua vontade.
Execução dos atos notariais

Redação/Art.º 42.º:

• O notário presta assessoria às partes na expressão da sua vontade negocial (art.º


1.º, n.º 2), fazendo uma prévia preparação do ato a realizar e faz a explicação do
ato, verificando a conformação da vontade das partes com o conteúdo do texto.

• Não deve, contudo, o notário propor a realização de um ato diferente do


pretendido, por exemplo sugerir uma compra tendo sido pedido uma permuta.
Minutas/Art.º 43.º:

• As partes podem apresentar minutas do ato


ao notário que as deve reproduzir, se
estiverem redigidas em conformidade.

Execução • O notário reproduz a minuta, salvo naquilo


dos atos em que ela infringir leis de interesse e
ordem pública/n.º 2
notariais
• Se a redação da minuta for imperfeita, o
notário deve advertir o interessados da
imperfeição e adotar a redação que, em seu
juízo, mais fielmente exprima a vontade dos
outorgantes/n.º 3
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Documentos passados no estrangeiro/Art.º 44.º:

• Os documentos estrangeiros são aceites sem prévia legalização, devendo ser


acompanhado da tradução correspondente.

• Se houver dúvidas acerca da autenticidade pode ser exigida a legalização


(art.º 440.º do CPCivil).
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Documentos passados no estrangeiro/art.º 44.º

Legalização de documentos passados no estrangeiro/Art.º 440.º do CPCivil

• Os documentos autênticos passados em país estrangeiro, na conformidade da


lei desse país, consideram-se legalizados desde que a assinatura do
funcionário público esteja reconhecida por agente diplomático ou consular
português no Estado respetivo e a assinatura deste agente esteja autenticada
com o selo branco consular respetivo.
Execução dos atos notariais

Documentos passados no estrangeiro/art.º 44.º

Convenção de Haia:

• Para os países que aderiram à Convenção de Haia de 5 de Outubro de 1961


(Decreto-Lei n.º 48 540, de 24 de Junho de 1 968), a legalização é feita no país
de origem, por apostila.
Execução dos atos notariais

APOSTILA
(Convenção da Haia de 5 de Outubro de 1961
1. País…
2. O presente documento público foi assinado por …
3. Atuando na qualidade…
4. Leva o selo carimbo..de..Certificado:
5.em…
6.no dia…
7.por…
8.sob o n.º…
9.Carimbo/Selo
10.Assinatura
Execução dos atos notariais

Países aderentes à Convenção de Haia

Alemanha, Áustria, Argentina, Bélgica, Chipre, Espanha, EUA, Finlândia, França, Grécia,
Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal, Reino Unido, Suiça, Surinam,
Turquia, Bahamas, Botswana, Fidgi, Hungria, Lesotho, Liechtenstein, Malawi,
Malta, Ilhas Canárias, Seychelles, Suazilândia e Tonga.
Execução dos atos notariais

Tradução do documentos passado no estrangeiro/art.º 44.º, n.º 2

• O documento escrito em língua estrangeira deve ser acompanhado da tradução


correspondente

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