Manuais:
Pratica Notarial – Borges Araújo – Editora Almedina ( principal ).
Manual Técnico e Prático de Notariado – José Carlos Gouveia Costa – Almedina
Manual de Direito Notarial – Zulmira Neto Lino da Silva e Fernando Neto
Ferreirinha - Almedina ou Coimbra Editora?
Registo Predial:
È através do registo que os negócios jurídicos que incidem sobre imóveis têm
eficácia “erga omnes”.
Competências.
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso 1
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
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Registos e Notariado
Essa identificação pode ainda ser confirmada pela assinatura que conste de
documento autêntico ou autenticado que instrua o pedido.
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poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
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Registos e Notariado
Finalmente pode ainda ser confirmada quando se trate de entidade oficial pela
aposição do selo branco.
Depois da identificação, na requisição do registo tem ainda de constar a
identificação dos factos a registar.
Essa indicação é feita com referência aos prédios respectivos pela ordem
resultante da sua dependência ou, sendo independentes, pela ordem da sua antiguidade –
artigo 42.º n.º 4.
Após isto temos a indicação dos prédios que é feita pelo número da descrição –
artigo 42.º n.º 5.
Todos os prédios registados têm um número de descrição de uma determinada
freguesia e registados numa determinada conservatória.
Documentos que servem de base ao registo.
Casos especiais:
Artigo 48.º - Registo de aquisição por venda judicial – é feito com base em
certidão comprovativa da identificação do adquirente, do objecto e do depósito da parte
do preço exigida.
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Registos e Notariado
Artigo 50.º - Hipoteca legal e judicial – O respectivo registo faz-se com base em
certidão do título de que resulta a garantia e em declaração que identifique os bens, se
necessário.
Artigo 54.º - Registo da autorização para loteamento – este registo é feito com
base no respectivo alvará com individualização dos lotes.
Artigo 55.º - Contrato para pessoa a nomear – em que o registo da nomeação faz-
se com base no instrumento de rectificação e também em declaração do contraente
originário da qual conste que foi validamente comunicada ao outro contraente.
Artigo 56.º - Cancelamento de hipoteca – é feito com base em documento
autêntico de que conste o consentimento do credor. – Ver também artigo 13.º.
Artigo 59.º n.º 4 – Cancelamento do registo provisório de acção – faz-se com base
em certidão da decisão, transitada em julgado que absolva o réu do pedido ou da
instância, a julgue extinta ou a declare interrompida.
__________
O pedido de registo pode ser pedido com urgência, tendo de ser a mesma
fundamentada no requerimento por parte do apresentante e no caso de ser admitida, o
conservador pode proceder á realização do registo sem subordinação à ordem de
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Registos e Notariado
Por outro lado se o registo recair sobre quota-parte de prédio indiviso, deve
declarar-se complementarmente o nome, estado civil e residência de todos os
comproprietários – artigo 42.º n.º 7.
Apresentação.
Também pode ser feita pelo notário nos termos do artigo 41.º-A em que o pedido
do registo é remetido ou apresentado directamente pelo notário na conservatória
competente e deve ser acompanhado pelos respectivos documentos e preparo, nos
termos previstos na lei notarial.
Neste caso, o conservador deve remeter aos interessados a respectiva senha de
apresentação e, cinco ( 5 ) dias após a realização do registo deverá remeter os
documentos que serviram de base ao registo bem como a fotocópia dos registos
efectuados e o excesso de preparo se a ele houve lugar.
A prova do pedido de registo é feita pelo destacável e recibo do preparo que foi
pago. Este destacável deve ser entregue depois de rubricado indicando também o
montante do preparo e o número e a data da apresentação.
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Registos e Notariado
O pedido de registo pode ser rejeitado com os fundamentos previstos nas várias
alíneas do n.º 1 do artigo 66.º.
Recusa do registo.
Averbamentos à descrição
Os requisitos gerais constam do artigo 93.º e dizem respeito aos sujeitos, factos a
registar, menção das letras, seguidas do número de ordem.
Registo Comercial:
Os actos sujeitos a registo têm de ser publicados nos termos do artigo 70.º.
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Registos e Notariado
Os factos sujeitos a registo têm de ter uma base documental ( titulados por
documento ).
Surgem 3 elementos:
1- Obrigação de contribuição.
2- Exercício comum de uma actividade económica.
3- Repartição dos lucros.
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Registos e Notariado
Forma: 3 elementos.
Conteúdo:
Se houver entradas que não são realizadas em dinheiro será necessário apresentar
a relação desses bens e os respectivos valores.
No caso das pessoas singulares a identificação é feita pelo nome completo, estado
civil e, se o sócio for casado, o nome do cônjuge e o regime de bens. Além disso, tem de
se identificar a naturalidade e a residência habitual.
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Registos e Notariado
A lei permite ainda que se constituam sociedades entre cônjuges desde que os
mesmos não assumam ambos responsabilidade ilimitada.
Requisitos da firma:
Quanto ao objecto:
A sede tem de ser logo determinada no pacto social, não pode ser sujeita a
deliberação posterior e é identificada pela rua, número, freguesia e concelho.
Capital social.
- Certidão da escritura.
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Registos e Notariado
Estas alterações terão de ser realizadas por escritura pública excepto se constarem
de deliberação expressa em acta elaborada por notário e não respeitar a aumento de
capital.
O aumento de capital pode ser realizado por novas entradas em dinheiro mas
exigindo-se neste caso o comprovativo de depósito do capital social numa instituição
bancária.
Pode ser também por novas entradas em espécie e aqui aplica-se as regras da
constituição da sociedade, nomeadamente a exigência do relatório do R.O.C.
Esta incorporação de reservas pode ser feita através dos lucros da sociedade em
cada exercício, sendo necessário para este caso o balanço do último exercício elaborado
com menos de 3 meses.
Também é possível o aumento de capital misto ou seja, uma parte por novas
entradas e outra por incorporação de reservas.
Tem essencialmente por objectivo libertar bens ou para permitir a cisão simples de
uma sociedade.
A redução do capital é feita por escritura pública ou por acta lavrada pelo notário.
Documentos necessários:
- Certidão da escritura de alteração.
- Declaração do administrador no caso de incorporação de reservas.
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Registos e Notariado
Transformação da sociedade.
Artigo 13.º e seguintes do Código das Sociedades Comerciais.
- Que do balanço resulte que o património da sociedade não seja inferior a soma
do capital mais as reservas.
- Não haja a oposição de qualquer sócio titular de um direito especial ( ex. direito
á gerência ).
Podem registar-se também acções, nos termos do artigo 43.º e, este registo tem por
base a certidão de teor do articulado.
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Registos e Notariado
Hipótese:
A e B, menor, pretendem constituir uma sociedade comercial por quotas cujo
capital social será integralmente realizado em dinheiro e na proporção de 50% para
cada um dos sócios.
1) Que documentos são necessários para a escritura de constituição da
sociedade?
Ambos os sócios. A e, uma vez que B é menor o seu representante legal (pais ou
tutor).
- Certidão da escritura.
- Declaração de inicio de actividade.
- Certificado de admissibilidade de firma ou denominação.
- Relatório do Revisor Oficial de Contas.
Hipótese 2:
Objecto social – actividade que vai ser desenvolvida pela sociedade (convém ser
amplo).
- O sócio unitário
- Guia do depósito do capital social quando este não tenha sido apresentado na
escritura.
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Registos e Notariado
Trespasse:
Deixou de ser exigida escritura pública com a redacção do artigo 3.º do D.L.
273/2001 de 13 de Outubro cuja obrigatoriedade de escritura pública para o trespasse e
para a locação vinha prevista na alínea m) do n.º 2 do artigo 80.º do Código Notariado.
- Número fiscal.
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Registos e Notariado
Hipoteca
É o acto que confere ao credor o direito de ser pago pelo valor de certas coisas
imóveis ou equiparadas pertencentes ao devedor com preferência sobre os demais
credores que não gozem de um privilégio especial ou prioridade de registo.
Artigo 686.º CC, as coisas equiparadas são coisas móveis sujeitas a registo, como
é o caso dos automóveis e dos navios
A hipoteca comporta assim um direito de preferência que se assume como um
privilégio face aos outros credores, comporta também a indivisibilidade na medida em
que subsiste por inteiro face às coisas oneradas mesmo que estas venham a ser
divididas, e comporta ainda um direito de sequela, em que o direito do credor
acompanha os bens hipotecados mesmo que este sejam alienados. O credor hipotecário
pode executar a hipoteca quando o devedor não cumpra mas não tem o direito de
apropriar-se da coisa onerada com a hipoteca. Nestes termos será nula a clausula em que
se convencione que o credor fará sua a coisa hipotecada, no caso de o devedor não
cumprir 694 CC.
Artigo 688.º CC, esta pode ter como objecto os prédios rústicos e urbanos, o
direito de superfície, o direito resultante de concessões em bens do domínio publico, o
usufruto, das coisas ou direitos referidos acima, ou seja, os prédios rústicos ou urbanos,
ou ainda o domínio directo e o domínio útil dos prédios enfitêuticos 681 n1 b). Pode ter
ainda como objecto as partes de um prédio susceptíveis de propriedade autónoma, sem
perca da sua natureza imobiliária, não podem ser objecto de hipoteca a meação dos bens
comuns do casal, 690.º CC, a quota de herança indivisa, na medida em que o objecto da
hipoteca deve ser especificado 716 CC. A quota em propriedade pode ser objecto de
hipoteca de acordo com o 689 n1 CC. A hipoteca abrange as árvores, frutos naturais,
enquanto ligados ao solo, as partes integrantes e as acessões naturais. Na hipoteca duma
fábrica estão abrangidas pela hipoteca os mecanismos e demais móveis inventariados no
título mesmo que não sejam parte integrante dos respectivos imóveis 691 n2 CC.
- Hipoteca Legal, ocorrer por força da lei sem dependência das vontades das partes
– artigo 704.º e seguintes CC.
Tem legitimidade para hipotecar quem tinha capacidade para alienar os bens a
hipotecar, no caso dos cônjuges será necessário o consentimento de ambos, excepto se o
regime de bens for o da separação de bens, 1682 A CC. Assim numa escritura de
compra e venda de um bem com hipoteca para garantia de preço em, divida será
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Registos e Notariado
Esta renúncia do credor tem de ser expressa e não carece de aceitação do devedor
Esta só se constitui pelo registo 687.º CC, pode ser alvo de registo prévio, ou seja,
antes de titulado o negocio, a fim de garantir a prioridade do registo assegurar a garantia
total do credito, o cancelamento do registo faz se por documento autentico ou
autenticado emitido pelo credo, dando o consentimento.
Propriedade Horizontal
(1414.ºss CC)
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Registos e Notariado
Este diz respeito a unidades independentes, distintas e isoladas entre si, com saída
própria para uma parte comum ou para a via pública. Acima de 2 ou mais andares
podem formar 1 única fracção. Podem também agrupar 2 ou mais fracções numa só
deste que contíguas, ou seja, arrecadações ou garagens é também possível dividirem
fracções autónomas deste que o tipo o permita e a associação de condóminos também.
Esta alteração pode ser feita pelo administrador do condomínio segundo as regras
do artigo 1419.º n.º 1 e n.º 2 do Código Civil.
Quando nasce a obrigação tributária – artigo 5.º n.º 1 e n.º 2. (pagar perto da
escritura).
Hipótese:
Compra e Venda:
- É bilateral uma vez que existem duas partes que se obrigam reciprocamente,
uma a transmitir a propriedade da coisa ou do direito e a outra a pagar o preço.
Quanto ao objecto:
Podem por isso ser objecto de compra e venda, todas as coisas que existam ou
possam existir.
Todavia se a coisa é impossível o contrato é nulo.
Quando as coisas ainda não existam estamos a falar de bens futuros, tendo por isso
que se fazer menção dessa incerteza no contrato de compra e venda.
É nulo o contrato de compra e venda cujo objecto seja contrário á lei, ordem
pública ou ofensa dos bons costumes.
Estes não têm capacidade de exercício, logo os contratos de compra e venda são
anuláveis – artigos 125.º e 126.º do Código Civil. Excepções – prevista no artigo 127.º.
Interditos:
Esta tem em princípio a administração dos bens, existe um curador – artigo 153.º
do Código Civil.
Curador este que autoriza a celebração do negócio, sendo certo que esta
autorização pode ser suprida judicialmente.
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Registos e Notariado
Se os pais venderem bens do menor sem autorização judicial, estes actos são
anuláveis.
No caso da tutela, segue-se o mesmo regime dos pais – artigo 1921.º do Código
Civil.
Também segundo o artigo 877.º os pais e os avós não podem vender a filhos ou a
netos sem o consentimento dos outros. Disposição que pretende evitar simulações a
prejuízo da legítima.
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Registos e Notariado
anulável sendo certo que o notário não poderá recusar a realização da escritura mas
adverte também para essa anulabilidade – artigo 175.º Código Notariado.
A compra e venda de bens imóveis está sujeita a registo e dele depende a eficácia
face a terceiros – artigo 5.º do Código do Registo Predial.
Diferente regime tem a venda a prestações na medida a que nada obsta a uma
eficácia imediata.
Consequências:
Requisitos comuns – artigo 46.º do Código Notariado (constam das alíneas do n.º
1).
Se a compra e venda tiver por base factos sujeitos a registo tem de constar na
escritura:
- Os números das inscrições – artigo 54.º n.º 1 do Código Notariado.
Estando omisso na matriz indica-se na escritura essa omissão e declara-se ter sido
já apresentada no serviço de finanças competente a participação para inscrição – artigo
57.º n.º 1 do Código Notariado.
A determinação do valor dos bens faz-se com base em simples declaração das
partes ou em publicação oficial – artigo 63.º n.º 2 do Código Notariado.
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Registos e Notariado
Esta comunicação do óbito cabe cônjuge que o cabeça de casal. Se não houver
cônjuge é o filho mais velho.
Passamos então para a habilitação de herdeiros, que pode ser feita judicialmente
ou extrajudicial, seguindo neste último caso a forma de escritura pública – artigo 82.º
Código Notariado.
Esta escritura assume-se como um meio de prova da qualidade de sucessor de uma
pessoa falecida.
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Registos e Notariado
Hipótese:
- De acordo com o disposto no artigo 84.º e 83.º não pode por não ser a cabeça de
casal e também não pode como declarante porque é sucessível do autor.
2- Não querendo B intervir como declarante em tal escritura, quem mais o pode
fazer?
- Artigo 83.º n.º 1 – 3 pessoas
- TPC
Partilha.
- Herança.
- Partilha dos bens do casal (divórcio e separação judicial de pessoas e bens).
- Partilha dos bens sociais ou seja, a distribuição do activo entre os sócios após
dissolução da sociedade.
Nesta última situação, se das quotas dos sócios fizerem parte bens imóveis, a
partilha reveste a forma de escritura pública.
A partilha em vida, prevista no artigo 2029.º do Código Civil é possível desde que
não envolva qualquer espécie de pacto sucessório, sendo certo que pode ser substituída
por doação ou testamento cujos efeitos são contudo semelhantes.
A partilha da herança vem prevista nos artigos 2101.º e seguintes do Código Civil.
Pode ser feita em qualquer momento, não havendo portanto prescrição do direito.
Pode ser pedida por qualquer co-herdeiro ou pelo cônjuge meeiro.
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Registos e Notariado
A partilha pode ser impugnada nos termos do artigo 2121.º do Código Civil.
Também a judicial pode ser impugnada nos termos do artigo 1386.º a 1389.º do
Código Processo Civil.
A par da partilha pode existir uma partilha adicional que tem lugar se forem
omitidos alguns bens – artigo..........do Código Civil e 1395.º do Código Processo Civil.
Traduz-se numa nova partilha complementar da primeira.
- Outros documentos relativos aos bens móveis (ex: lista do recheio de uma
casa).
Hipótese:
3- Quais os outorgantes.
Permuta:
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Quanto ao objecto:
Quanto à forma:
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Registos e Notariado
Hipótese:
Doação:
A doação tem ainda um carácter pessoal daí se retirando o facto de o doador ter de
designar a pessoa do donatário e o objecto da doação.
Não pode atribuir a outrem essa faculdade.
Quanto ao objecto:
Serão todos os bens presentes do doador ou aqueles a que tenha direito mas não
estejam ainda na sua posse por exemplo, bens de uma herança recentemente aberta. Não
pode por isso a doação abranger bens futuros (artigo 942.º n.º 1 do Código Civil), bem
como não pode abranger direitos pessoais intransmissíveis, uma vez que estes não
podem ser alienados.
A doação de bens futuros será assim nula nos termos do artigo 280.º do Código
Civil, devendo o notário recusar a celebração da escritura – artigo 173.º n.º 1 alínea a)
do Código Notariado.
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Registos e Notariado
Os maiores de 16 anos podem doar bens para o casamento nos termos do artigo
170.º do Código Civil através da convenção antenupcial.
Os representantes dos incapazes não podem doar em nome destes – artigo 949.º n.º
2 do Código Civil, nem podem os incapazes doar com autorização dos representantes.
O falido está proibido de doar bens da massa falida, se o fizer a doação está ferida
de ineficácia.
Os incapazes podem aceitar doações através dos seus representantes legais – artigo
951.º do Código Civil.
Aceitação da doação.
O ciclo negocial completa-se pela aceitação da doação uma vez que até lá só
existe uma proposta de doação que pode ser revogada pelo doador - artigo 969.º n.º 1.
A doação e a aceitação são em regra feitas no mesmo acto notarial com excepção
de 2 momentos:
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Modalidades da doação:
A doação pode ser pura ou sujeita a encargos ou condições.
Ex. A doação feita com cláusula de reversão – artigo 960.º do Código Civil, na
qual existe o direito de regresso ao doador no caso de este sobreviver ao donatário ou
descendente.
Esta doação deve ser registada de acordo com o artigo 94.º alínea b) do Código do
Registo Predial.
Ex3. Doação modal – Ocorre quando o doador impõe encargos a favor deste ou de
terceiro – artigo 963.º do Código Civil. Estes encargos devem ser enquadrados dentro
dos limites da coisa doada daí que, o donatário não seja obrigado a cumprir os encargos
senão dentro dos limites do valor da coisa ou do direito doado.
Ex6. Doação feita a herdeiros legítimos – será feita por conta da legítima e aqui
pode entender-se que existe um adiantamento ao donatário e não propriamente para
doação.
A doação pode ainda ser feita com ónus de colação ou por conta da quota
disponível.
O notário deve questionar se a doação é por conta da legítima ou da quota
disponível. Em caso de omissão será considerada por conta da legítima.
A doação pode ainda ser conjunta quando é feita a várias pessoas conjuntamente,
existindo a regra que a cada pessoa corresponderá uma quota igual.
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Não há aqui direito de acrescer ou seja, se um deles não aceitar ou não puder
aceitar, a sua parte não acresce aos outros. Caduca o direito nessa parte, excepto no
usufruto constituído por doação.
As doações por morte são em regra proibidas excepto nos casos especialmente
previstos na lei.
Ex. Disposições constantes de convenção antenupcial para doações para
casamento.
Fora dos casos previstos na lei entende-se como disposição testamentária desde
que seja feita por escritura pública e com intervenção de duas testemunhas
instrumentais.
As doações para casamento caducam nos termos do artigo 1760.º do Código Civil.
As doações entre casados serão nulas quando estamos perante o regime imperativo
de separação de bens – artigo 1762.º do Código Civil.
Quanto á forma da doação, vem prevista no artigo 947.º do Código Civil, tem por
objecto bens imóveis e reveste a forma de escritura pública.
O objecto são os bens doados, podendo ser livremente revogados nos termos do
artigo 1765.º do Código Civil.
A doação entre casados caduca nos termos do artigo 1766.º n.º 1 alíneas a), b) e c)
do Código Civil.
Quando entejam em causa bens móveis, por documento escrito tendo de ser
declarada ao doador.
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Notariado:
Artigo 1.º - Função notarial – A função notarial destina-se a dar forma legal e
conferir fé pública aos actos jurídicos extrajudiciais.
No n.º 2 deste mesmo artigo vemos o notário numa ideia de profissional liberal.
Artigo 4.º - Competências dos notários – n.º 1 e n.º 2 temos uma competência
material.
No n.º 3 temos uma competência territorial.
Ex. Uma escritura pode ser praticada em qualquer cartório á minha escolha.
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Registos e Notariado
- Escrituras
1) Livros de Notas
- Testamentos
N.º 1 alínea a) – não só quando solicitado pelas partes – também quando celebrado
depois das horas de expediente do notário (após as 16:00).
Ex. O pedido das partes – testamento.
Descrição ≠ inscrição
Estes, bem como muitos dos apontamentos disponibilizados no blog Direito Lusófono, são de autoria desconhecida, ou foram
feitos sem grandes preciosismos, ou, ainda, podem representar temáticas estudadas em anos diferentes dos actuais e que por isso 38
poderão incorrer em imprecisões normativas ou doutrinais.
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Registos e Notariado
Caso não esteja inscrito nas finanças: tenho de pedir a inscrição mediante o
preenchimento do modelo 129 - artigo 57.º n.º 3. O mesmo tem validade de um ano e
pode ser renovado até o máximo de 5 anos.
Justificação Notarial:
(artigos 89.º a 101.º).
Outra noção: Acto pelo qual uma pessoa explicita o modo de aquisição do seu
direito de propriedade, precisando os factos que o comprovam. È, deste modo, um
expediente técnico-legal destinado a possibilitar o registo de um direito.
3 Tipos:
Quem tem legitimidade (artigo 92.º n.º 2) – Quem demonstre ter legítimo
interesse; os credores do titular do direito justificando.
Como se qualifica juridicamente esta escritura de justificação?
Outorgantes:
- Justificante mesmo casado tem legitimidade sozinho.
- Relativamente aos menores têm legitimidade os representantes legais que não
necessitam de autorização judicial.
O justificante além das outras duas declarações tem ainda de identificar o prédio
de modo a que o conservador tenha na sua posse os elementos necessários para
descrever o prédio – artigo 82.º do Código do Registo Predial.
Esta justificação aplica-se aos prédios não descritos (predial) ou estão descritos
mas não estão inscritos (finanças).
Ex: A B C D E
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Registos e Notariado
Vou ter de declarar 2 coisas: sou dono com exclusão de qualquer outro e, vou
explicar as razões que me impossibilitam de ter os documentos.
- Usucapião
2) Caderneta predial ou certidão de teor matricial como o prédio está inscrito nas
finanças. – Validade 1 ano – artigo 57.º do Código Notariado.
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